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ESTUDO DE TEMPOS APLICADOS AO SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DE CARROS DE PASSEIO NA CIDADE DE MARABÁ-PA

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ESTUDO DE TEMPOS APLICADOS AO

SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO SIMPLES

DE CARROS DE PASSEIO NA CIDADE

DE MARABÁ-PA

Marla Rubia Ribeiro Barbosa (UEPA ) marlabarbosa.125@gmail.com GLEYCIANNE DO SOCORRO PANTOJA DE SANTANA (UEPA ) gleycianne44@gmail.com RAFAELA ALVES DE OLIVEIRA (UEPA ) rafhaella.alves@hotmail.com Julyana Carvalho Kluck Silva (UEPA ) julianakluck@hotmail.com

O artigo tem como objetivo aplicar o estudo de tempos como uma ferramenta de auxílio no planejamento da produção. Os serviços manuais executados possuem uma instabilidade quanto ao controle de sua produção, levando em consideração o tempo dde realização. Com isso, o estudo de tempos proporciona uma observação mais detalhada do serviço prestado, levando em consideração partes importantes do processo. Logo, o seguinte artigo visa o estudo de tempos em uma empresa de higienização de automóveis situada na cidade de Marabá, no estado do Pará. Onde o processo de higienização simples de carros de passeio foi selecionado para a aplicação do estudo, com finalidade de avaliar a capacidade produtiva da empresa, desperdícios e possíveis ganhos no processo, lucros para a empresa, e ganhe fatores que o diferencie no mercado por meio de melhorias sugeridas. Para a realização do estudo foram necessários levantamentos bibliográficos, observação direta do processo produtivo e cronometragens das etapas que compunham o serviço prestado pela empresa (lava-jato). A partir do levantamento de dados através de tempos cronometrados obteve-se o tempo normal, o tempo padrão, o fator de tolerância e a capacidade produtiva da empresa. Com esses dados observou-se que o tempo padrão para a lavagem de um carro de passeio é de 49,43 minutos e dessa forma a capacidade produtiva de cada lavador é de 9 lavagens por dia, e com esses resultados foi possível sugerir possíveis melhorias para a empresa, no que diz respeito a sua capacidade produtiva, padronização dos movimentos, reelaboração do layout e uma otimização de seu ambiente para melhor atender seus clientes.

Palavras-chave: Estudo de tempos, prestação de serviços, capacidade produtiva

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2 1. Introdução

No ambiente empresarial a competitividade vem se intensificando significativamente ao longo dos anos. Com o alto número de concorrentes existentes no mercado de trabalho, fica ao empresário o dever de visar melhorias e desenvolvimentos na empresa, seja ela de pequeno ou grande porte, ou seja, se destacar e alcançar um diferencial para que seu produto ou serviço oferecido obtenha uma demanda constante e confiável no mercado.

Segundo Porter (1999), há algumas décadas atrás a concorrência era praticamente inexistente em quase todo o mundo, existia uma grande proteção por parte dos governos às empresas e as formações de grandes cartéis colaboravam para a quase inexistência de competitividade. Após o final da segunda guerra mundial o acirramento da competitividade se desenvolveu em virtude do progresso econômico da Alemanha e Japão.

Para Ferraz (1997, p. 03), “a competitividade é a capacidade da empresa formular e implementar estratégias, concorrências, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado”.

O estudo de tempos se sobressai diante outros métodos, pois é capaz de analisar o tempo em várias etapas de um mesmo processo tornando erros menos comuns, tabelando os dados obtidos de forma separada para uma melhor análise e com isso utilizar os resultados obtidos de forma analítica para observar o desempenho da empresa ao longo do seu processo produtivo.

Além disso, o estudo de tempos viabiliza redução de custos, auxilia na padronização do serviço prestado, entre outros. Dessa forma afirma-se que o estudo de tempos e movimentos pode melhorar alguns processos internos das organizações devido a otimização das tarefas que os compõe, isso permite a organização reduzir custos, devido a redução do lead time e da própria redução de recursos necessários à tarefa. Possibilita ainda um aumento na flexibilidade da organização. ( BALDAM; VALLE; ROZENFELD, 2014.)

Logo, o desenvolvimento deste artigo tem como objetivo geral calcular a capacidade produtiva de uma empresa de higienização simples de carros de passeio localizada na cidade de Marabá - Pará, utilizando para isso o estudo de tempos. Durante a fase de observação dos processos pretende-se propor melhorias que evitem o desperdício, visando a redução das despesas e, consequentemente, aumentando o lucro e fortalecendo a empresa no mercado.

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3 Para uma melhor abordagem do assunto, o artigo está dividido nas seguintes seções: referencial teórico, abordando o assunto em geral e de forma sucinta para melhor entendimento; informa-se a metodologia utilizada; abordam-se informações sobre a empresa, assim como análise e resultados; as conclusões encontradas no decorrer do estudo.

2. Referencial Teórico

2.1 Estudos de tempos cronometrados

O estudo de tempos teve seu início em 1881, na usina Midvale Steel Company, e Frederik Taylor foi seu introdutor. A entrada de Taylor na Midvale Steel Company fez com que ele chegasse a conclusão de que o sistema operacional da fábrica deixava muito a desejar. Logo após tornar-se mestre geral, decidiu tentar mudar o estilo de administração de tal modo que “os interesses dos trabalhadores e os da empresa fossem os mesmos, que não conflitassem” (BARNES, 1977).

Estudo de tempos é uma técnica de medida de trabalho para registrar os tempos e o ritmo do trabalho para os elementos de uma tarefa especializada, realizada sob condições especificadas, e para analisar os dados de forma a obter o tempo necessário para a realização do trabalho com um nível definido de desempenho (SLACK et al, 2009).

Ivan e Miguel (2011) apontam que o estudo do tempo é uma técnica usada para se obter um tempo adequado na realização de uma atividade particular. Isso é baseado em estabelecimento de padrões autorizados para executar uma tarefa com suplementos ou folgas por dificuldades pessoais ou atrasos inevitáveis e tempo, e, portanto, resolver os problemas associados com os processos de fabricação.

Para Jacobs e Chase (2012) o estudo de tempos geralmente é feito com um cronometro, seja no local ou analisando um vídeo do trabalho. O trabalho ou tarefa estudado é dividido em partes ou elementos mensuráveis e o tempo de cada elemento é contado individualmente. No estudo de tempos, os analistas cronometram a operação que é executada pelos trabalhadores. Esses tempos observados são então convertidos em padrões de mão- de- obra que são expressos em minutos por unidade de produção para operação (GAITHER e FRAZIER, 2007).

Os elementos utilizados para o estudo são a filmadora, o cronômetro e a folha de registros. A filmadora serve para estudar as operações a serem cronometradas e também para documentar o histórico do processo anterior. Com isso, podem ser registradas as possíveis anomalias

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4 encontradas. O cronômetro indicado para esta atividade consiste em um cronômetro centesimal analógico ou digital. É importante que o analista esteja familiarizado com o equipamento para que erros ou perdas de medições não aconteçam. Já a folha de registro é utilizada para anotação das sequências das operações, dos tempos cronometrados e dos cálculos dos tempos padrões. Da mesma forma o analista dever ser capaz de registrar corretamente as medições e de calcular os tempos padrões (JUNIOR, 2012).

Weise et. al. (2013), destacam que após a definição dos equipamentos necessários para a realização do estudo, segue-se as seguintes etapas: divisão da operação em elementos (definição dos elementos a serem estudados); determinação do número de ciclos a serem cronometrados (número de cronometragens a serem feitas, entre 10 a 20 cronometragens); verificação da agilidade do operador (a escolha do operário a ser estudado, através da análise da velocidade com qual realiza a atividade); determinação de tolerâncias (tempo que um operador gasta para repouso ou necessidades pessoais) e resolução do tempo-padrão (após ter obtido o número de ciclo e posteriormente suas médias, faz-se o cálculo do tempo cronometrado e tempo normal).

Para Barnes (1977), hoje o estudo de tempos, é utilizado com diversas finalidades dentre ela estão: determinação dos custos- padrões que auxiliam no preparo de orçamentos; estimar o custo de um novo produto, antes mesmo do início de sua fabricação. Podendo assim auxiliar na formulação de proposta para a concorrência e na determinação do preço deste novo produto; determinar o número de maquinas que cada operário pode operar e a quantidades de pessoas necessárias para o funcionamento adequado de um grupo; auxiliar no balanceamento de linhas de montagem; determinar tempos-padrões a serem usados para o pagamento de incentivos a mão de obra, pagamento de mão de obra indireta e usados como base do controle de custo de mão de obra.

Rocha (2008) aponta que a importância da medição do tempo é significativa para operações que se repetem com frequência, especialmente em empresas que dependem do esforço das pessoas, e onde elas, e não os equipamentos, são os principais responsáveis pela velocidade ou pelo volume de trabalho. O estudo de tempos tem um papel fundamental na organização de trabalho, pois através de métodos padronizados das operações, são oportunizadas condições para avaliar a capacidade produtiva de mão-de-obra e, principalmente, identificar os pontos de melhorias dos processos (JUNIOR, 2012).

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5 2.2. Cálculo do estudo de tempo cronometrados

O estudo de tempos é uma forma de mensurar o trabalho por meio de métodos estatísticos, permitindo calcular o tempo padrão que é utilizado para determinar a capacidade produtiva da empresa, elaborar programas de produção e determinar o valor da mão-de-obra direta. O tempo padrão engloba a determinação da velocidade de trabalho do operador e aplica fatores de tolerância para atendimento às necessidades pessoais, alívio de fadiga e tempo de espera (PEINADO e GRAEML, 2007).

Para a velocidade de operação normal do operador é atribuída uma taxa de velocidade, ou ritmo, de 100%. Velocidades acima do normal apresentam valores superiores a 100% e velocidades abaixo do normal apresentam valores inferiores a 100% (PEINADO e GRAEML, 2007). A fórmula da Velocidade do Operador está expressa na Equação 1:

(1) V = Tempo internacional / Tempo obtido

Onde: V é a velocidade do operador, tempo Internacional é de 30s e tempo obtido é a média do funcionário-padrão.

Tempo normal é o tempo requerido para um operador completar a sua operação operando com velocidade normal. Por sua vez velocidade normal é aquela que pode ser obtida e mantida por um trabalhador de eficiência média durante o dia típico de trabalho sem fadiga indevida (MOREIRA, 2013). A fórmula que expressa o Tempo Normal é dada na Equação 2: (2) TN = TC X V

Onde: TN é o tempo normal, TC é o tempo cronometrado e V é a velocidade do operador. Após o cálculo do tempo normal, deve-se calcular o tempo padrão. O tempo padrão é obtido somando-se ao tempo normal a tolerância de tempo para necessidades pessoais (como banheiro e intervalos para café), atrasos inevitáveis no trabalho (como defeitos no equipamento ou falta de material) e fadiga do trabalhador (física ou mental) (JACOBS e CHASE, 2012). A fórmula do Tempo Padrão está expressa na Equação 3:

(3) TP = FT X TN

Onde: TP é o tempo padrão, FT é o fator de tolerância e TN é o tempo normal.

Fator de tolerância é referente ao tempo que um operador perde em atividades que não são às específicas de produção, como parada por fadiga ou para atender alguma necessidade pessoal

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6 (ida ao banheiro ou ao bebedouro, por exemplo) (ROCHA, 2008). A fórmula do Fator de Tolerância está expressa na Equação 4:

(4) FT = 1 / 1-P

Onde: FT é Fator de tolerância e P é a razão do Tempo permissivo pelo Tempo de trabalho. A partir do estudo de tempos é possível ter uma visão sobre a capacidade produtiva de uma empresa, definida através do tempo-padrão. Capacidade produtiva seria a máxima produção possível de ser obtida em condições normais de trabalho e em determinado período de tempo (SLACK et al, 2009). A fórmula da Capacidade Produtiva está expressa na Equação 5:

(5) CP = HT / TP

Onde: CP é a capacidade produtiva, HT são horas diárias de trabalho e TP é o tempo padrão. Os resultados finais obtidos com a aplicação do estudo de tempos geram informações de grande importância para as organizações tais como, a determinação da capacidade produtiva de mão de obra disponível, o cálculo da produtividade da mão de obra, a definição do custo unitário da produção, a capacidade instalada da fábrica e o dimensionamento correto da mão de obra fabril (JUNIOR, 2012).

3. Método de Pesquisa

Para a realização deste artigo foram feitas pesquisas de caráter exploratório e quantitativo, onde realizaram-se cronometragens em diferentes etapas do processo, por dois dias no período da tarde, onde o processo se caracteriza em higienização simples de carros de passeio, que é o serviço prestado que mais possui demanda.

Para melhor entendimento de como funciona o serviço prestado, dividiu-se em oito etapas distintas o processo de higienização, onde foi selecionado dois dos funcionários mais ágeis da empresa, através do método do baralho, para desenvolver o trabalho.

Para uma observação eficaz foram utilizadas as seguintes ferramentas:

a) Coleta de dados: organizou-se em uma folha de informações os dados a obter no decorrer do processo produtivo;

b) Obtenção do fator de ritmo: foi realizada com auxílio de um cronômetro e 52 cartas de baralho a obtenção da velocidade de quatro dos funcionários da empresa;

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7 c) Cronometragem: Após determinar o número de cronometragens necessárias (n) para realizar o estudo, 4 cronometragens foram feitas e o resultado mostrou que o número de cronometragem era suficiente para realização do estudo;

d) Após estas etapas foi observado o processo produtivo com base nos dois funcionários que passaram no teste de velocidade e tabelado os dados obtidos através da observação e cronometragem. Feito isso, foram realizados cálculos para quantificar os resultados e tornar possível mapear os gargalos no processo e a capacidade produtiva da empresa para a higienização de automóveis.

e) Realização dos cálculos: para determinar o Tempo Normal (TN) foi utilizado o Tempo Médio (TM) de cada operação, de acordo com a equação 2. Para o tempo padrão foi utilizado o tempo normal e o fator de tolerância, conforme a equação 3, após a obtenção do tempo padrão foi calculada a capacidade produtiva da empresa nesse serviço, por meio da equação 5.

4. Resultados

A empresa onde realizou-se o estudo, atua no ramo de lavagem de carros, situado na cidade de Marabá-Pa. O mesmo está no mercado a dois anos, com um proprietário e quatro lavadores que revezam as lavagens de acordo com a demanda diária, sendo o funcionamento de segunda a sábado e fechando aos feriados.

O projeto idealizado pelo proprietário, que atua como gestor em todas as áreas da empresa, é de oferecer serviços para todos os nichos de transportes terrestres convencionais, como carros de passeio, picapes, caminhões 3/4 e até mesmo os modelos trucks. Essa ideia surgiu da necessidade de se obter um lava jato que englobasse todos esses tipos de veículos, uma vez que, esse tipo de serviço ainda não era oferecido em um mesmo local.

O lava jato possui várias categorias de lavagem, sendo elas: a externa (onde só a parte externa do carro é higienizada), a lavagem simples (que é a higienização da parte externa e interna), a lavagem completa (higienização da parte externa, interna, motor e abaixo do carro) e a limpeza total (onde são feitos todos os procedimentos anteriores, com a inclusão de retiradas dos bancos para limpá-los a seco).

O processo de lavagem inclui uma série de etapas, onde cada colaborador lava um carro por vez, não trabalhando em equipe, e após a lavagem espera sua vez novamente para lavar outro

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8 veículo, uma vez que, a empresa remunera seus colaboradores por produção. Assim, analisamos dois colaboradores em dois processos de lavagem diferentes.

O tempo cronometrado e as informações referentes a cada atividade estão disponíveis no Quadro 1, assim como o fluxograma e a velocidade de cada colaborador.

Quadro 1- Cronometragem das atividades

Fonte: Autores (2016)

Com base nas informações obtidas, foi possível calcular as médias das etapas, o TN (tempo normal) e o TP (tempo padrão), inerentes ao estudo de tempos que estão dispostos no Quadro 2.

Quadro 2 - Cálculos inerentes ao estudo de tempos

Fonte: Autores (2016)

Com os resultados obtidos acima, foi possível analisar que o processo de lavagem de um carro de passeio dura em média 30,43 minutos ou 0,51 horas. Ao calcular o tempo padrão não

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9 foi levado em consideração o tempo de pausas (conversas paralelas ou a busca de materiais e equipamentos utilizados na lavagem). O cálculo foi de acordo com cada etapa em execução, ao término dela era imediatamente parado o cronômetro e só iniciado novamente com o início da próxima etapa. Assim obteve-se para tempo padrão o valor de 49,43 minutos ou 0,82 horas.

Por meio do tempo padrão é possível calcular a capacidade produtiva de cada colaborador, expressa por horas diárias trabalhadas (8horas) sobre o tempo padrão. Dessa forma cada colaborador possui uma capacidade produtiva de 9 lavagens diárias. As aproximadas três horas em que o colaborador fica ocioso, é devido ao aguardo de veículos para a realização de uma nova lavagem.

O estudo de tempo aplicado à prestadora de serviços demonstrou uma variação de tempo entre os funcionários para a realização dos processos de lavagem, uma vez que o tempo de lavagem se torna relativo, quando se analisa o grau de sujeira de cada veículo, a não padronização e a velocidade de cada colaborador, podendo assim haver atrasos ou rapidez na entrega do veículo.

Durante a primeira lavagem do lavador 1, foi possível observar que ele obteve o menor tempo cronometrado, onde foi considerou-se as seguintes variantes: grau de sujeira do veículo e a velocidade do mesmo.

No processo de lavagem, enquanto um lava, não necessariamente os outros estarão lavando carros, pois como foi dito, eles ficam esperando sua vez ou a chegada de veículos. Dessa forma, pode-se notar que dependendo do dia e do movimento eles passam muito tempo ociosos, devido a isso foi retirado uma média do tempo permissivo de cada um, durante a semana ou do final da mesma e foi utilizado nesse estudo o tempo ocioso durante a semana, que foram de 3 horas em média, pois foram nos dias de semana que se realizou o estudo. Analisando-se as três últimas lavagens observa-se uma variação menor de tempo, onde a padronização, velocidade e grau de sujeira dos veículos foram quase os mesmos. Assim foi possível determinar a velocidade de cada colaborador no processo realizado.

5. Conclusões

No presente estudo, foi possível alcançar o objetivo proposto e com os tempos cronometrados obteve-se o tempo normal, o tempo padrão, o fator de tolerância e a capacidade produtiva da empresa. Com esses dados observou-se que o tempo padrão para a lavagem de um carro de

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10 passeio é de 49,43 minutos e dessa forma a capacidade produtiva de cada lavador é de 9 lavagens por dia.

Para realizar o estudo de tempos foram necessários dois dias para a cronometragem do processo, visto que foram encontradas algumas dificuldades para a realização do mesmo, que foram: o fato do movimento passar por sazonalidades semanais, chegar no estabelecimento e esperar veículos para a lavagem e a temporária indisposição dos funcionários para se submeterem ao “teste do baralho”.

Com base nessas informações foram verificadas possíveis falhas da empresa e o que poderia ser feito para a melhoria das mesmas. Dessa forma sugeriu-se algumas melhorias para uma melhor produtividade dos funcionários, de modo a promover redução nos tempos de lavagem e, por conseguinte, aumento na capacidade produtiva.

Uma das alternativas para aumentar a capacidade produtiva da empresa, seria a divisão de duas equipes, cada uma com dois lavadores, onde os que realizassem a limpeza externa mais rápido e com maior eficiência executariam tal função e os outros que consideraram-se mais eficientes em limpeza interna seriam responsáveis por essa atividade. Com isso a empresa iria aumentar na sua capacidade produtiva, diminuindo o tempo ocioso dos colaboradores, atendendo sua demanda com rapidez e qualidade no processo desenvolvido, pois no estudo observou-se que só um colaborador realiza a lavagem enquanto os outros ficam esperando outros veículos.

A padronização dos movimentos realizados, onde diminuiria o tempo gasto para realizar os procedimentos e também proporcionaria economia no uso da água. A reelaboração do layout, onde a nova proposta seria de unificar o local da lavagem externa com o local da limpeza interna, isso evitaria movimentos desnecessários e perdas de tempo, proporcionando também a organização dos equipamentos e materiais utilizados e tornando sua localização de rápido acesso, isso geraria um aumento não só na capacidade produtiva da empresa, mas também em qualidade e rapidez.

Além das sugestões anteriores, observou-se em uma lavagem que o cliente preferiu esperar no local o carro ser lavado, porém o lugar não oferece condições confortáveis para espera do termino do serviço. Dessa maneira sugere-se que o proprietário, de alguma forma otimize esse ambiente para seus clientes, onde eles pudessem esperar confortáveis aguardando o seu

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11 veículo. Com isso a empresa ganharia um marketing feito pelo próprio cliente, oferecendo um serviço de qualidade e consequentemente fidelizando os mesmos.

As sugestões de melhorias para empresa foram consideradas pelos proprietários bem viáveis ao ponto de serem analisadas, e provavelmente serem aplicadas aos poucos, pois tais modificações gerariam um custo relevante e consequentemente uma mudança em suas maneiras de trabalho.

Referências

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BALDAM, Roquemar; ABEPRO, Associação; ROZENFELD, Henrique. Gerenciamento de Processos de Negócio - BPM: Uma referência para implantação prática. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2014.

FERRAZ, J.C; KUPFER, B; HAUGUENAUER, L. Made in Brazil: desafios competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

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JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração de operações e da cadeia de suprimentos. 13. ed. Porto Alegre: McGrawHill, 2012.

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PEINADO, J; GRAEML, A.R. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: Unicemp, 2007.

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SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 3. ed. São Paulo: Atlas.

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