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Circular N.º 165/2020

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Academic year: 2021

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Assunto:Linhas gerais de apoio à elaboração de um plano de contingência no âmbito do combate à pandemia Covid-19

Setor: Segurança, Higiene e Saúde

Circular N.º 165/2020 Data: 24/09/2020

Prioridade: ALTA NORMAL Prioridade:

Caros Colegas,

Dado o momento particular que continuamos a viver no que toca à Pandemia e a necessidade de pre-venir e/ou minimizar as situações de contágio nas empresas através da implementação de planos de contingência nas mesmas, a Adipa concebeu um documento com as linhas gerais de apoio à elabora-ção de um plano de contingência no âmbito do combate ao Covid-19.

O documento em causa é apenas uma sugestão para a elaboração de um plano de contingência a

im-plementar nas empresas, devendo o mesmo, como é natural, ser devidamente adaptado à realidade

de cada empresa, colmatado com o estrito cumprimento de todo o enquadramento legal em vigor e

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LINHAS GERAIS DE APOIO À ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE CONTINGÊNCIA

NO ÂMBITO DO COMBATE À PANDEMIA COVID-19 APRESENTAÇÃO

Independentemente da implementação de um plano de contingência no âmbito da atual situação de pandemia COVID-19, deve igualmente dar-se cumprimento às disposições contidas no regime

jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, estabelecido pela Lei n.º 102/2009 (1), de 10

de setembro, na sua redação atual, o qual define como obrigação do empregador público ou privado, assegurar aos seus trabalhadores condições de segurança e de saúde, de forma continuada e permanente, tendo em conta os princípios gerais de prevenção.

Feita esta nota preliminar, apresentam-se de seguida as linhas gerais de apoio para a elaboração de um Plano de Contingência adaptado à realidade de cada empresa, cujas orientações/medidas devem ser adotadas e implementadas pelos seus responsáveis e divulgadas a todos os colaboradores, com vista à concretização e implementação do mesmo.

As linhas gerais para a implementação do plano de contingência que ora se apresentam, seguem os

princípios definidos na Orientação n.º 006/2020 (2), de 26 de fevereiro, emitida pela Direção-Geral

de Saúde, devendo este ser adaptado e atualizado consoante o evoluir da situação e em função das futuras orientações que venham a ser divulgadas pela DGS.

(1) https://adipa.pt/wp-content/uploads/2018/10/Consolida%C3%A7%C3%A3o_105827031_04-10-2018.pdf

(2) https://covid19.min-saude.pt/wp-content/uploads/2020/03/Orientac%CC%A7a%CC%83o-006.pdf

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LINHAS DE ORIENTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE CONTINGÊNCIA

● Sugere-se que a empresa solicite aos trabalhadores ao seu serviço para que procedam ao processo de automonitorização no que diz respeito à medição da sua temperatura corporal antes de se apresentarem ao serviço para dar início às respetivas funções laborais na empresa, com o intuito de prevenir a propagação dos efeitos da pandemia do Coronavírus COVID-19 (cf. art.º 13.º-C do Decreto Lei n.º 20/2020, de 1/5 – cf. n/circular n.º 100/2020).

● Procedimentos básicos para higienização das mãos (ex. lavar as mãos com água e sabão durante pelo menos 20 segundos. Em alternativa poderá utilizar-se um desinfetante para as mãos que tenha pelo menos 70% de álcool, cobrindo todas as superfícies das mãos e esfregando-as até ficarem secas. Sabão e água devem ser usados preferencialmente se as mãos estiverem visivelmente sujas).

● Procedimentos de etiqueta respiratória (ex. evitar tossir ou espirrar para as mãos; tossir ou espirrar para o antebraço ou manga, com o antebraço fletido ou usar lenço de papel; higienizar as mãos após o contacto com secreções respiratórias).

● Procedimentos de colocação de máscara cirúrgica (incluindo a higienização das mãos antes de colocar e após remover a máscara).

● Procedimentos de conduta social (ex. alterar a frequência e/ou a forma de contacto entre os trabalhadores e entre estes e os clientes - evitar o aperto de mão, as reuniões presenciais, os postos de trabalho partilhados).

● Afixação do folheto informativo (3) nos locais considerados mais apropriados da empresa de

forma a que seja possível proporcionar a transmissão da sua mensagem, de modo eficiente e eficaz, ao universo dos trabalhadores da empresa.

● Divulgar o Plano de Contingência a todos os trabalhadores da empresa e informar os mesmos sobre os procedimentos específicos a adotar perante um Caso Suspeito.

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● Comunicação interna - Processo de alerta de trabalhador com sintomas e ligação epidemiológica (compatíveis com a definição de caso suspeito de COVID-19).

− O trabalhador com sintomas - ou o trabalhador que identifique um trabalhador com sintomas na empresa - deve informar a chefia direta/empregador (ou alguém por este designado), devendo este processo de comunicação ser o mais célere e expedito possível.

2. Identificação dos efeitos que a infeção de trabalhadores por COVID-19 pode causar na empresa

Os responsáveis/representantes das empresas devem estar preparados para a possibilidade de parte dos trabalhadores não irem trabalhar, na sequência de doença, suspensão de transportes públicos, entre outras. Assim, deverão adotar-se as seguintes medidas:

● Identificar os serviços que são imprescindíveis para que os mesmos continuem em funcionamento de modo a ser possível assegurar-se, na medida do possível, o desenvolvimento normal da atividade da empresa;

● Determinar o número mínimo de trabalhadores que devem ficar afetos aos respetivos serviços, caso ocorra a impossibilidade de prestação de serviço por grande parte destes trabalhadores;

● Identificar os trabalhadores com maior risco de infeção, designadamente por desempenharem funções de atendimento ao público, terem realizado viajem para países com casos de transmissão ativa sustentada na comunidade, entre outras diversas situações;

● Identificar as tarefas de cada serviço/setor que podem ser realizadas à distância e preparar os equipamentos informáticos que permitam, designadamente o teletrabalho, o acesso remoto e/ou realização de reuniões por vídeo e teleconferência.

3. Preparação de medidas para fazer face a um possível caso de infeção por COVID-19

Para fazer face a um possível caso de infeção por COVID-19 dos trabalhadores que prestem trabalho nos diversos serviços/setores devem as respetivas empresas adotar as seguintes medidas:

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● Estabelecer uma área de “isolamento” (sala, gabinete, secção ou zona, em função das características de cada edifício) em cada armazém/estabelecimento, para onde devem ser encaminhadas as pessoas que possam ter sido expostas, que tenham sido infetadas ou manifestem sintomas compatíveis com o COVID-19.

■ A área de isolamento deve ter ventilação natural ou mecânica, possuir revestimentos lisos e

laváveis (ex. não deve possuir tapetes, alcatifa ou cortinados) e estar equipada com telefone, cadeira ou marquesa (para descanso e conforto do trabalhador, enquanto aguarda a validação de caso e o eventual transporte pelo INEM), kit com água e alguns alimentos não perecíveis, contentor de resíduos (com abertura não manual e saco de plástico); e os seguintes equipamentos e produtos:

– Uma solução antisséptica de base alcoólica que deverá ser disponibilizada à entrada das instalações da empresa, da área de isolamento e em outros locais que se considerem necessários;

– Toalhetes de papel;

– Desinfetante para superfícies; – Máscaras cirúrgicas;

– Luvas descartáveis – Termómetro.

● Nesta área, ou próxima desta, deve existir uma instalação sanitária devidamente equipada, nomeadamente com doseador de sabão e toalhetes de papel, para a utilização exclusiva do trabalhador com Sintomas/Caso Suspeito.

● Identificação do contacto, preferencialmente telefónico, da chefia direta de cada trabalhador, para que este possa reportar a situação ao seu superior hierárquico.

● A empresa deverá estabelecer o(s) circuito(s) a privilegiar quando um trabalhador com sintomas se dirige para a área de “isolamento”. Na deslocação do trabalhador com sintomas, devem ser evitados os locais de maior aglomeração de pessoas/trabalhadores nas instalações.

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● Nas situações em que o trabalhador com sintomas necessita de acompanhamento (ex. dificuldade de locomoção), devem estar definidos os o(s) trabalhador(es) que acompanha(m)/presta(m) assistência ao doente.

● Contactar as empresas prestadoras de serviços de limpeza, alertando-as para a necessidade de redobrar os cuidados a tomar nos atos de limpeza, os quais deverão ser mais frequentes e visíveis, bem como para a necessidade de efetuar a limpeza das áreas de isolamento nos termos definidos pela DGS.

4. Estabelecimento de procedimentos específicos num Caso Suspeito

● Qualquer trabalhador com sinais e sintomas de COVID-19 ou ligação epidemiológica deve informar a chefia direta, por via telefónica, e dirigir-se para a área de isolamento definida no Plano de Contingência.

● A chefia direta do trabalhador deve reportar a situação de imediato ao gerente/administrador da empresa e ao responsável para a Segurança e Saúde no Trabalho.

● Depois de o trabalhador se encontrar na área de isolamento, deve ser contactado o SNS 24 (808 24 24 24), devendo ser anotada a hora da realização do contacto telefónico e o nome do profissional de saúde que o atendeu, não devendo o trabalhador isolado, em caso algum, abandonar a área de isolamento, sem ordem expressa das autoridades de saúde.

● Após avaliação da situação, o profissional do SNS 24 informa o trabalhador se se trata de:

■ Caso suspeito não validado: o SNS 24 define os procedimentos habituais adequados à

situação clinica do trabalhador, devendo este informar o superior hierárquico direto da não validação, que, posteriormente, informa o gerente/administrador da empresa e o responsável para a Segurança e Saúde no Trabalho, ficando o processo encerrado para o COVID-19, devendo proceder-se à limpeza e desinfeção.

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– a DGS ativa os meios necessários, devendo a chefia direta do trabalhador informar o gerente/administrador da empresa e o responsável para a Segurança e Saúde no Trabalho da existência de um caso suspeito validado;

– a pessoa doente deve ficar na área de isolamento com a máscara cirúrgica (caso a condição clínica o permita) até à chegada do INEM, ativado pela DGS, que assegura o transporte para o hospital de referência;

– fica interditado o acesso de outros trabalhadores à área de isolamento (exceto àqueles que forem designados para prestar assistência), até à validação da descontaminação (limpeza e desinfeção) pela Autoridade de Saúde Local;

– o gerente/administrador da empresa deve colaborar com a Autoridade de Saúde Local na identificação dos contactos próximos do doente (caso validado) e informar o médico de trabalho responsável pela vigilância da saúde do trabalhador;

– o gerente/administrador da empresa deve informar os trabalhadores acerca da existência de um caso suspeito validado.

5. Procedimentos perante um Caso Suspeito Validado

Depois de recebida comunicação da confirmação de um Caso Suspeito Validado por parte da Autoridade de Saúde, na sequência dos resultados laboratoriais, o gerente/administrador da empresa deve:

● Providenciar pela limpeza e desinfeção (descontaminação) da área de isolamento;

● Providenciar pelo reforço da limpeza e desinfeção das superfícies frequentemente manuseadas e mais utilizadas pelo doente confirmado com o COVID-19;

● Armazenar os resíduos do caso confirmado em saco de plástico (com espessura de 50 ou 70 mícron), que, após ser fechado, deve ser separado e enviado para o operador licenciado para a gestão de resíduos hospitalares com risco biológico.

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● Devem ser reportadas à Gerência/Administração da empresa todas as situações de trabalhadores que tenham estado em áreas afetadas nos últimos 14 dias ou que tenham tido um contacto próximo com um caso confirmado, mas não apresentem sintomas no momento, para que sejam adotadas as medidas adequadas à situação em causa, designadamente de trabalho domiciliário.

● Para ativação dos procedimentos de vigilância ativa dos contactos próximos, relativamente ao início de sintomatologia e gestão dos respetivos contactos, a Autoridade de Saúde Local, em estreita articulação com o gerente/administrador da empresa e o médico dos SST, deve:

– Identificar, listar e classificar os contactos próximos (incluindo os casuais);

– Proceder ao necessário acompanhamento dos contactos (telefonar diariamente, informar, aconselhar e referenciar, se necessário). Como medida de precaução, a vigilância ativa dos contactos próximos decorre durante 14 dias, contados desde a data da última exposição a um caso confirmado de COVID-19.

7. Aquisição e disponibilização de equipamentos e produtos

Para disponibilização dos equipamentos e produtos indicados na orientação da DGS, devem os mesmos ser adquiridos pela empresa, nomeadamente no que respeita aos seguintes:

– Luvas descartáveis; – Termómetro;

– Equipamento de limpeza de uso único;

– Contentor de resíduos com abertura não manual; – Sacos de plástico;

– Solução antisséptica de base alcoólica que deverá ser disponibilizada nas zonas de atendimento (para uso dos trabalhadores e clientes), na área de isolamento e na zona de refeições, bem como os respetivos suportes;

– Desinfetante para superfícies; – Máscaras cirúrgicas.

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