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ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES DIRETORIA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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Define os serviços regulares e suas características, e estabelece especificações e padrões técnicos a serem observados nos ônibus utilizados nos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.

A DIRETORIA da AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT, no uso de suas atribuições, fundamentada nos termos do Relatório D____-____/2007, de ___ de _________ de 2007, constante do processo nº 50500.049875/2006-41 e 50500.051152/2006-10, e

CONSIDERANDO o disposto nos arts. 20, inciso II, 22, inciso III, e 24, inciso IV, da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, RESOLVE:

Art. 1º Definir os serviços regulares de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e suas características, e estabelecer especificações e padrões técnicos a serem observados nos ônibus novos que entrarem em operação na vigência desta Resolução.

Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Resolução, considera-se novo o veículo zero quilômetro, saído de fábrica.

Art. 2º Aplicam-se subsidiariamente aos conceitos apresentados nesta Resolução as definições existentes na Resolução ANTT nº 16, de 23 de maio de 2002.

Art. 3º A presente Resolução não desobriga os fabricantes de ônibus e as empresas transportadoras de cumprir as demais normas e regulamentos técnicos que tratam da matéria.

CAPÍTULO I – DOS SERVIÇOS REGULARES

Art. 4º Serviços regulares são aqueles delegados, mediante permissão ou autorização vinculada à permissão que lhe deu origem, e que atendem os mercados de determinada linha em todos os meses do ano, respeitada a prática de freqüências inferiores autorizadas antes da publicação desta Resolução.

Art. 5º Os serviços regulares são classificados em básicos, diferenciados, complementares e serviços prestados em caráter emergencial.

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Parágrafo único. Os serviços diferenciados e os serviços prestados em caráter emergencial podem ser executados apenas em determinados meses do ano, em conformidade com a legislação específica aplicável à espécie.

Art. 6º Considera-se básico o serviço delegado:

I - mediante permissão, após realização de licitação para seleção da operadora;

II - mediante permissão antes da promulgação da Constituição de 1988; e

III – mediante autorização e transformado em linha autônoma por ato administrativo anterior à promulgação da Constituição Federal de 1988.

Art. 7º Considera-se diferenciado o serviço vinculado a serviço básico ou complementar, executado no mesmo itinerário e que emprega equipamentos de características distintas das utilizadas no serviço que o originou, para atendimento de demandas específicas e com tarifa compatível com o serviço executado.

§ 1º Os serviços diferenciados poderão ser prestados em um mesmo ônibus, desde que sejam atendidos os requisitos mínimos dos respectivos serviços, com a cobrança das tarifas correspondentes.

§ 2º O disposto no §1º deste artigo aplica-se também à prestação conjunta dos serviços diferenciados com os serviços básicos ou complementares a que estão vinculados.

§ 3º O serviço básico ofertado em conjunto com serviço diferenciado em um mesmo veículo somente será considerado, para efeito de aferição da freqüência mínima, quando prestado em ônibus de piso duplo, e desde que o piso de maior capacidade seja reservado ao serviço básico.

Art. 8º Considera-se complementar o serviço autorizado durante a vigência do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 92.353, de 31 de janeiro de 1986, ou legislação anterior, e que esteja vinculado a serviço básico, excetuados os serviços diferenciados.

Art. 9º Considera-se serviço prestado em caráter emergencial aquele delegado mediante autorização, independentemente de licitação, pelo prazo máximo de cento e oitenta dias, para suprir serviço de transporte extinto em virtude de caducidade, rescisão ou anulação do contrato de permissão ou, ainda, de falência ou extinção da transportadora.

Art. 10. Os serviços regulares relacionados no art. 5º podem ser classificados, quanto ao tipo, em:

I - serviço convencional, com ou sem sanitário: oferecido em ônibus da categoria convencional ou superior;

II - serviço executivo: oferecido em ônibus da categoria executiva ou superior;

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III - serviço semi-leito: oferecido em ônibus da categoria semi-leito ou superior;

IV - serviço leito: oferecido em ônibus da categoria leito; e

V - semi-urbano: possui extensão igual ou inferior a 75 km e utiliza em sua operação ônibus de características urbanas ou de categoria superior.

CAPÍTULO II - DA CLASSIFICAÇÃO

Art. 11. Os ônibus destinados ao transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, por suas condições de utilização e conforto, classificam-se nas classificam-seguintes categorias:

I - Semi-Urbano; II - Convencional; III - Executivo; IV - Semi-Leito; V - Leito; e VI - Misto.

SEÇÃO I - DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS

SUBSEÇÃO I - DOS CORREDORES

Art. 12. Todas as superfícies destinadas à circulação dos passageiros deverão ter características antiderrapantes.

Art. 13. A largura livre mínima dos corredores destinados ao trânsito dos passageiros, medida horizontalmente em qualquer ponto de seu percurso, deverá ser de 35 cm.

Art. 14. A altura mínima interior, em qualquer ponto do corredor de trânsito de passageiros, medida verticalmente do piso do veículo ao revestimento interior do teto, será de 185 cm.

Art. 15. Nos veículos em que existam desníveis no corredor de trânsito de passageiros, deverão ser usadas rampas ou degraus com as seguintes características:

I - degraus: altura máxima de 20 cm e profundidade mínima de 30 cm; ou

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Parágrafo único. O ressalto do teto, correspondente ao degrau interno, construído para manter a altura mínima especificada no art. 6º, deverá preceder ao degrau correspondente em pelo menos 30 cm.

Art. 16. A iluminação do compartimento de passageiros será feita por meio de luzes controladas pelo motorista.

§ 1º Todos os veículos deverão contar com iluminação específica para a caixa de degraus das portas de entrada e saída, disposta de tal forma que ofereça visibilidade adequada e não afete a segurança e o deslocamento dos passageiros.

§ 2º Os desníveis e degraus do corredor interno de circulação, deverão ser delimitados no piso do veículo, mediante luzes indicadoras localizadas de forma a não interferir na circulação.

§ 3º Poderão ser instaladas luzes guia para orientar o deslocamento dos passageiros nos corredores de circulação, exceto na cor vermelha.

§ 4º A iluminação contígua ao posto do motorista deve ser tal que evite reflexos no pára-brisa e nos espelhos retrovisores.

SUBSEÇÃO II- DAS POLTRONAS

Art. 17. As poltronas dos passageiros deverão atender aos seguintes requisitos:

I - ser obrigatoriamente estofadas e forradas;

II - ter altura do encosto, na posição normal, entre 70 cm e 75 cm;

III - possuir altura da borda superior do assento, em relação ao piso onde estiver fixada a poltrona, entre 40 cm e 50 cm;

IV - ter apoio para os braços dos passageiros, obrigatoriamente escamoteável entre as poltronas, quanto essas forem duplas;

V - apresentar altura do apoio para os braços dos passageiros, com relação ao assento, entre 15 cm e 20 cm;

VI - possuir apoio para os pés;

VII - apresentar luz de leitura com focos direcionados para cada poltrona, providos de interruptores individuais acionados pelo respectivo passageiro;

VIII - no caso de veículos dotados de ar condicionado, apresentar controles de fluxo de ar individuais; e

IX - cinto de segurança individual.

Art. 18. As poltronas deverão estar dispostas ao longo do eixo longitudinal do veículo no sentido de marcha, exceto aquelas que fizerem parte de um salão de estar e que não sejam de uso obrigatório dos passageiros.

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Art. 19. As poltronas deverão ser numeradas de modo padronizado, ficando os números ímpares sempre do lado da janela e os pares do lado do corredor, sendo iniciada a numeração da esquerda para a direita.

SUBSEÇÃO III - DO GABINETE SANITÁRIO

Art. 20. O gabinete sanitário deverá ser estanque, provido de ventilação natural e de exaustor de ar com capacidade suficiente para funcionamento constante durante toda a viagem.

Art. 21. O gabinete deverá conter vaso sanitário com dispositivo para manter a tampa na posição vertical, lavatório, sabão, pega-mãos, porta-papéis e caixa para depósito de papéis usados, adequadamente localizados.

Art. 22. A água do lavatório deverá ser obrigatoriamente limpa, proveniente de reservatório especialmente instalado para essa função e que não tenha contato com outros reservatórios líquidos e dejetos do sanitário.

Art. 23. O gabinete sanitário não deverá conter cantos vivos que permitam o acúmulo de sujeira e dificultem sua limpeza.

Art. 24. As janelas do gabinete sanitário não deverão permitir que seu interior seja visualizado por pessoas localizadas no lado externo do ônibus.

Art. 25. O gabinete sanitário deverá ter área mínima de 0,80 m2, altura interior mínima de 175 cm e porta de entrada com largura e altura mínimas de 45 cm e 170 cm, respectivamente.

Parágrafo único. Deverá ser garantido um espaço livre mínimo de 35 cm entre o vaso sanitário e qualquer artefato localizado imediatamente à sua frente.

Art. 26. A porta do gabinete não deverá afetar a comodidade e a segurança dos passageiros quando de sua abertura ou fechamento e possuirá fechadura que, somente em casos de emergência, poderá ser acionada pelo seu lado exterior.

Art. 27. O gabinete sanitário conterá a inscrição “Sanitário” na sua porta ou proximidades, bem como sinal luminoso indicativo de ocupado, posicionado de tal forma que permita a sua fácil visualização pelos passageiros.

SUBSEÇÃO IV - DOS BAGAGEIROS E PORTA-EMBRULHOS

Art. 28. Os ônibus deverão dispor de compartimento fechado, em separado, com acesso pela parte externa, para o transporte das bagagens dos passageiros, devidamente dimensionado para tal fim.

§ 1º Os bagageiros deverão ter características construtivas que impeçam a entrada de pó, água e gases provenientes de combustão.

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§ 2º As tampas de acesso aos bagageiros devem ser equipadas com dispositivos de segurança que evitem sua abertura acidental durante a marcha do veículo.

§ 3º Os bagageiros deverão dispor de dispositivo de emergência que permita sua abertura pelo lado interno.

§ 4º Os componentes auxiliares do veículo, tais como roda sobressalente e ferramentas, deverão estar acondicionados em separado das bagagens dos passageiros, por meio de anteparo divisório que impeça o contato entre os mesmos.

Art. 29. Ficam os ônibus obrigados a possuir, em seu interior, porta-embrulhos, em forma de prateleira a partir das paredes laterais do veículo, destinadas a colocação de volumes leves e pequenos.

§ 1º Os porta-embrulhos deverão possuir bordas e inclinação para seu interior ou portas de segurança, para evitar a queda de volumes durante a marcha normal do veículo.

§ 2º A altura dos porta-embrulhos, medida do assoalho de fixação das poltronas à sua parte mais baixa, não deverá ser inferior a 135 cm e, nos ônibus de piso duplo, não poderá ser inferior a 130 cm.

§ 3º A altura livre interna, medida entre a borda do porta-embrulho e o teto, deverá ser de no mínimo 20 cm e a profundidade, medida horizontalmente e em direção perpendicular ao painel lateral do ônibus, deverá ser de no mínimo 40 cm e no máximo de 75 cm.

SUBSEÇÃO V - DAS PORTAS, ESCADAS E JANELAS

Art. 30. Os ônibus deverão dispor de, pelo menos, uma porta de entrada e saída na parte dianteira do lado direito da carroçaria que cubra totalmente os estribos, quando fechada.

§ 1º O acionamento das portas nos veículos deverá ser efetuado do posto do motorista, ao abrigo de manuseio não autorizado.

§ 2º As portas deverão contar com dispositivo que permita abri-las manualmente pelo interior do ônibus em casos de emergência, acessível aos passageiros e protegido para evitar seu acionamento acidental.

§ 3º Os dispositivos de abertura de emergência das portas deverão ter uma legenda que permita sua identificação e explique a forma correta de operação.

§ 4º As portas de entrada e saída do veículo deverão ter dimensões tais que, quando abertas, permitam uma passagem, totalmente livre, de pelo menos 180 cm de altura e 60 cm de largura.

Art. 31. A escada de acesso ou saída do ônibus deverá ter características que permitam o deslocamento seguro dos passageiros.

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§ 1º A largura dos degraus deverá ser igual à largura da porta contígua aos mesmos.

§ 2º A altura máxima permitida para o primeiro degrau da escada será de 40 cm e a altura dos demais degraus não ultrapassará 20 cm.

§ 3º A profundidade do piso de qualquer degrau será de, no mínimo, 25 cm.

§ 4º Deverá existir apoio fixo para as mãos, paralelo à linha descrita pela borda dos degraus, com prolongamento vertical próximo à porta para facilitar o acesso de deficientes e pessoas com mobilidade reduzida.

Art. 32. Deverá existir um anteparo fixo e resistente à frente das poltronas contíguas às escadas, com altura mínima de 60 cm acima do assoalho dessas poltronas, destinado a proteger os passageiros que as ocupem.

Art. 33. Os ônibus deverão possuir janelas laterais simples ou duplas, estáveis e isentas de trepidação, nas áreas das poltronas.

§ 1º A dimensão mínima da janela simples será de 60 cm.

§ 2º A soma do comprimento e da altura da janela dupla não poderá ser inferior a 190 cm, sendo obrigatória a observação de altura mínima de 60 cm e de comprimento mínimo de 110 cm.

§ 3º A altura do marco inferior da janela, medida a partir do nível do piso do veículo no qual estão fixadas as poltronas, deverá situar-se entre 70 cm e 100 cm.

§ 4º Os dispositivos de abertura e fechamento das janelas deverão ser simples e não apresentar dificuldades ou exigir grande esforço dos passageiros para sua utilização.

§ 5º Os veículos equipados com sistema de ar condicionado poderão ter janelas fixas ou móveis.

§ 6º Janelas que possuam vidros móveis, quando simples, devem permitir abertura horizontal mínima de 20 cm e, quando duplas, duas aberturas horizontais mínimas de 20 cm cada.

§ 7º Todas as janelas serão providas de cortinas ou de outro dispositivo de proteção solar.

SUBSEÇÃO VI - DA SINALIZAÇÃO INTERNA E EXTERNA

Art. 34. Os ônibus deverão possuir, além das placas indicativas da tara, lotação, peso bruto total e capacidade máxima de tração, conforme determinação do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, os seguintes letreiros e indicações, dispostos em locais de fácil visualização no interior do veículo:

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II - “Evite conversar com o motorista”; III - “É proibido viajar em pé”;

IV - “É proibido viajar nos degraus das escadas”; e

V - contato da ANTT, em conformidade com o disposto na Resolução ANTT nº 79, de 09 de setembro de 2002.

Parágrafo único. O inciso III deste artigo não se aplica aos ônibus semi-urbanos.

Art. 35. Na parte dianteira superior do veículo ou, internamente, no lado direito do pára-brisas, deverá ser reservado espaço privativo para colocação do letreiro indicativo dos nomes dos pontos terminais da linha, retangular e com dimensões mínimas de 80 cm x 10 cm.

Art. 36. Nas partes laterais do ônibus, deverá constar o nome da empresa por extenso ou abreviado, o código de identificação da empresa junto à ANTT, a inscrição indicativa da categoria na qual se enquadra o veículo e, caso exista, o seu emblema característico ou logotipo.

§ 1º A inscrição indicativa da categoria na qual se enquadra o veículo deverá ser clara, possuir letras com altura mínima de 20 cm e apresentar os seguintes dizeres, conforme a categoria do veículo:

I - “ÔNIBUS SEMI-URBANO”; II - “ÔNIBUS CONVENCIONAL”; III - “ÔNIBUS EXECUTIVO”; IV - “ÔNIBUS SEMI-LEITO”; V - “ÔNIBUS LEITO”; e VI - “ÔNIBUS MISTO”.

§ 2º A inscrição descrita no inciso VI do §1º deste artigo deverá sempre ser acompanhada das inscrições indicativas de todas as categorias em que o veículo se enquadra.

SUBSEÇÃO VII - DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Art. 37. As saídas de emergência deverão permitir uma rápida e segura desocupação à totalidade de passageiros e ao pessoal de bordo dos ônibus rodoviários, em obediência às seguintes premissas:

I - a abertura da saída de emergência deverá permitir sua utilização ainda que a estrutura do ônibus tenha sofrido deformações;

II - quando as janelas possuírem sistemas para a destruição dos vidros, deverão contar com martelos de massa suficiente para rompê-los;

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III - os sistemas de acionamento deverão ser operados de forma fácil e rápida; e

IV - os passageiros devem ser informados preventivamente sobre os dispositivos de segurança e emergência disponíveis nos ônibus, em conformidade com a Resolução ANTT nº 643, de 04 de julho de 2004.

Art. 38. No mínimo, duas janelas duplas, de cada lado do ônibus, deverão funcionar como saídas de emergência, devidamente sinalizadas.

§ 1º Deverão existir instruções objetivas e claras referentes à utilização das janelas de emergência, próximas a cada janela e em local de fácil visualização para os usuários.

§ 2º As janelas de emergência, quando acionados seus mecanismos de abertura, deverão ser totalmente ejetáveis ou destrutíveis, sem deixar componente, de qualquer natureza, que possa vir a interferir ou obstruir a livre passagem.

§ 3º O dispositivo de acionamento da janela de emergência ficará resguardado em recipiente fechado de cor preferencialmente vermelha, porém sempre contrastante com a forração interna, perfurável ou removível com facilidade, situado ao lado da janela de emergência.

§ 4º Quando o recipiente que contém o dispositivo de segurança não for embutido, deverá ser livre de cantos vivos e protuberâncias que possam causar ferimentos nos passageiros.

Art. 39. No teto do ônibus deverão existir, em caráter obrigatório, pelo menos duas aberturas para saídas de emergência que permitam a inscrição de um retângulo de área igual a 0,20 m2, com dimensão mínima de 43 cm em seu menor lado.

SUBSEÇÃO VIII - DA CABINE DO MOTORISTA

Art. 40. Os ônibus poderão possuir cabine, destinada ao condutor, independente do habitáculo dos passageiros.

Art. 41. O campo de visão do motorista deverá ser o maior possível e a disposição dos comandos, controles, pedais, espelhos e demais dispositivos de operação e controle dos ônibus, visará o máximo de funcionalidade, de forma a minimizar a fadiga operacional e facilitar a atenção e a concentração do motorista.

Parágrafo único. É vedada a colocação de quaisquer avisos, letreiros ou outros materiais que diminuam a visibilidade do motorista.

Art. 42. A poltrona do motorista deverá ser adequada às determinações de análises de cada movimento típico do condutor, respeitando os princípios biomecânicos, além de permitir ajustes de altura, inclinação e afastamento em relação ao volante, ser acolchoada e possuir suspensão e amortecimento hidráulico

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ou similar, levando-se em consideração os aspectos funcionais e de conforto do motorista, de forma a minimizar seu desgaste físico e mental.

§ 1º As dimensões mínimas serão 45 cm de largura, 40 cm de profundidade e 50 cm de altura do encosto, sem considerar o apoio para a cabeça.

§ 2º A poltrona estará localizada de forma a evitar que o motorista seja incomodado pela proximidade ou trânsito de passageiros no veículo.

Art. 43. Deverá existir um anteparo fixo e resistente atrás da poltrona do motorista, desde a parede lateral do compartimento até ultrapassar a referida poltrona em pelo menos 10 cm, e desde o assoalho até o nível superior das janelas ou da parte inferior da porta embrulhos, se existir.

Parágrafo único. A partir de 60 cm acima do assoalho das poltronas situadas imediatamente atrás do posto do motorista, a divisória deverá ser construída com material transparente e dotada de cortinas ou de outro dispositivo de proteção solar.

SUBSEÇÃO IX - DAS DEMAIS CARACTERÍSTICAS

Art. 44. Todos os ônibus deverão ser dotados de sistema de ventilação que assegure a renovação do volume de ar interno, pelo menos vinte vezes por hora.

Parágrafo único. A renovação do ar deverá efetuar-se uniformemente pelo interior do ônibus, mesmo que as portas e janelas estejam fechadas e o veículo parado.

Art. 45. Qualquer que seja o sistema de ventilação utilizado, suas aberturas para admissão e de exaustão de ar deverão estar equipadas com dispositivos de regulagem ou orientação direcional.

Parágrafo único. As aberturas deverão ser projetadas e instaladas de maneira tal que possam assegurar a devida ventilação sem permitir a penetração tanto de água quanto de emissões gasosas de combustíveis no interior do veículo.

Art. 46. Quando o ônibus dispuser de aparelho de refrigeração e/ou calefação, os mesmos deverão ter características que permitam, no caso de refrigeração, manter um diferencial mínimo de temperatura de 8º C em relação à temperatura exterior, e no caso de calefação, uma diferença mínima de temperatura de 15º C.

Parágrafo único. O sistema de refrigeração e/ou calefação deverá ser regulável e a temperatura interna estará visível para os passageiros a qualquer momento, por meio de visor disposto em local adequado.

Art. 47. Os ônibus deverão estar equipados com sistema de direção assistida hidraulicamente, devendo ficar assegurada a dirigibilidade do veículo, mesmo quando ocorrerem falhas em seus sistemas hidráulicos.

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Art. 48. Quando existirem, os compartimentos específicos para sanitário, bar e sala de estar, entre outros, deverão estar localizados em áreas que não dificultem o deslocamento de passageiros, seu livre trânsito no corredor e, ainda, que não obstruam os acessos às portas do veículo e às saídas de emergência.

Art. 49. O cano de escapamento deverá ter sua extremidade localizada na parte superior traseira do ônibus, exceto por comprovados impedimentos de ordem técnica, devidamente justificados à ANTT.

Art. 50. Os ônibus de piso duplo cumprirão as disposições estabelecidas nesse regulamento, exceto nos aspectos a seguir discriminados:

I - altura mínima interior, medida do piso do corredor de circulação ao teto, será de 165 cm para o piso superior e de 180 cm para o piso inferior;

II - a escada de ligação entre os dois pisos terá largura mínima de 60cm e profundidade mínima dos degraus de 21 cm;

III - a altura máxima entre as plataformas das poltronas e o corredor de trânsito, no piso inferior será de 33 cm; e

IV - no mínimo, quatro janelas duplas, em cada piso do ônibus, uniformemente distribuídas em suas laterais, deverão funcionar como saídas de emergência, devidamente sinalizadas e com instruções claras de como devem ser operadas.

SEÇÃO II - DAS CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

SUBSEÇÃO I - DO ÔNIBUS SEMI-URBANO

Art. 51. O ônibus rodoviário semi-urbano oferecerá as condições de conforto e de segurança estabelecidas nas determinações apresentadas nesta seção.

Art. 52. Os bancos possuirão as seguintes características: I - altura mínima do encosto de 68 cm;

II - profundidade do assento entre 38 cm e 40 cm;

III - largura de no mínimo 45 cm nos bancos simples e de 86 cm nos bancos duplos;

IV - altura da borda superior do assento, em relação ao piso onde estiver fixado o banco, entre 40 cm e 50 cm;

V - o ângulo do assento com a horizontal deve estar compreendido entre 5º e 15º;

VI - o ângulo do encosto com a vertical deve estar compreendido entre 15º e 25º; e

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VII - os bancos devem ser livres de arestas ou saliências potencialmente perigosas para os passageiros.

Parágrafo único. Os bancos localizados imediatamente ao lado do corredor do ônibus deverão estar dotados de apoio para os braços, com dimensões mínimas de largura e comprimento de 4 cm e 30 cm respectivamente.

Art. 53. As distâncias mínimas entre um banco e aquele localizado imediatamente a sua frente serão:

I - de 30 cm, entre o assento da poltrona e o espaldar da imediatamente à sua frente; e

II - de 140 cm, entre os encostos dos bancos montados frente a frente. Art. 54. A altura interna, medida entre o assoalho do corredor central e o revestimento do teto, deverá ser de no mínimo 200 cm.

Art. 55. A largura mínima do corredor central será de 65 cm.

Art. 56. A área livre para passageiros em pé, antes de transpor a catraca, deverá ser de 1 m2 a 4 m2.

Art. 57. As janelas laterais devem oferecer visibilidade aos passageiros sentados e aos passageiros que viajam em pé.

§ 1º As janelas deverão ter largura compreendida entre 120 cm e 160 cm, com altura mínima de 80 cm.

§ 2º As janelas laterais devem possuir 4 vidros móveis ou uma vidraça fixa inferior e outra móvel superior, de forma que a parte fixa não exceda 50% da altura janela.

§ 3º A abertura da vidraça móvel deve ser de no mínimo 20% da área envidraçada.

§ 4º A altura do marco inferior da janela, medida a partir do nível do piso do veículo no qual estão fixadas as poltronas, deverá estar entre 70 cm e 95 cm.

Art. 58. No ônibus deverão existir interruptores e cordões de solicitação de parada que, quando acionados, emitirão simultaneamente sinal ótico e sonoro.

§ 1º O sinal ótico, quando acionado, deve permanecer ligado no posto do motorista e, no mínimo, em dois pontos visíveis de qualquer posição da área reservada aos passageiros em pé.

§ 2º Devem ser instalados, no mínimo, dois botões para acionamento do sinal de parada, sendo um próximo à porta de saída, a uma altura não superior a 150 cm em relação ao piso interno do veículo.

§ 3º Os cordões de acionamento da campainha, instalados na parte superior adiante da catraca não podem ter afastamento maior que 30 cm do corrimão superior.

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Art. 59. Os corrimãos superiores devem ser na quantidade mínima de dois, e estarão posicionados em paralelo e afastados, de modo que a projeção de cada um coincida com a extremidade superior mais próxima do corredor de cada fila de bancos.

Parágrafo único. A altura dos corrimãos deve estar compreendida entre 180 cm e 190 cm.

Art. 60. Os balaústres verticais devem ser montados junto aos bancos, do lado direito e esquerdo do corredor de circulação.

§ 1º Colunas devem ser instaladas junto às portas de entrada ou saída de passageiros, antes da escada.

§ 2º Em caso de porta dupla, deve-se instalar uma 2ª coluna ou um divisor de fluxo no centro da superfície do degrau intermediário.

§ 3º Nas demais regiões, o espaçamento longitudinal entre colunas, não deve ser superior a 200 cm.

§ 4º Deverá existir apoio fixo para as mãos paralelo à linha descrita pela borda dos degraus, com altura entre 86 cm e 96 cm, e com prolongamento vertical próximo à porta para facilitar o acesso de deficientes e pessoas com mobilidade reduzida.

Art. 61. Deve ser instalada pelo menos uma luminária próxima às escadas de entrada e saída de passageiros, sendo a mesma acionada pelo mecanismo de abertura da porta.

Art. 62. A poltrona do cobrador deve ser anatômica, regulável, acolchoada, e possuir ventilação, suspensão e amortecimento hidráulico ou similar, podendo possuir patamar de 15 cm a 45 cm acima do assoalho, levando em consideração os aspectos funcionais e de conforto do cobrador, para minimizar o seu desgaste físico e mental.

§ 1º A poltrona deverá ter apoios laterais acolchoados para os braços, sendo o lado de acesso, escamoteável.

§ 2º As dimensões da poltrona do cobrador deverão atender as exigências mínimas estabelecidas para a poltrona do motorista, além de possuir apoio para os pés, regulável quanto à altura.

Art. 63. O ônibus poderá ser dotado de catraca no corredor de circulação em frente ao assento do cobrador.

§ 1º A catraca deverá ter três ou quatro braços, com altura da parte superior entre 90 cm e 105 cm.

§ 2º A abertura permitida pelo braço da catraca, destinada à passagem dos passageiros deverá ser de, no mínimo, 40 cm.

§ 3º As catracas e os dispositivos necessários à sua instalação devem ser isentas de arestas vivas e de material que cause danos aos passageiros.

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Art. 64. As dimensões referentes às escadas e degraus devem seguir as especificações a seguir:

I - a altura máxima para o patamar do primeiro degrau da escada, medida perpendicularmente ao plano de rolamento do veículo a partir do nível do solo, deve ser de 45 cm;

II - a altura máxima dos patamares dos demais degraus deve ser de 30 cm;

III - a profundidade do piso de qualquer degrau das escadas deve ser no mínimo de 27 cm; e

IV - as larguras mínimas de cada degrau, já subtraída a dimensão do espaço para movimentação das folhas da porta, devem ser de 50 cm para porta simples e de 93 cm para portas duplas.

Art. 65. Todo ônibus semi-urbano deve possuir, pelo menos, duas portas de serviço, localizadas nos respectivos balanços, sendo a porta traseira posicionada o mais próximo possível do eixo traseiro.

§ 1º Quando dispuser de três portas, uma delas localizar-se-á no entre-eixo, mais próxima possível do centro, e no caso de quatro portas, duas devem estar situadas juntas, na parte central da carroçaria.

§ 2º Em ônibus com motor dianteiro aparente, a porta dianteira poderá localizar-se no entre-eixos, próximo à extremidade dianteira.

§ 3º As portas de serviço do veículo possuirão vãos livres mínimos, referentes à largura, de 70 cm quando simples e de 110 cm quando duplas.

§ 4º A altura mínima das portas de serviço será de 190 cm.

§ 5º As portas devem abrir de forma que o lado interno das mesmas fique voltado para os passageiros.

§ 6º A projeção máxima para o exterior, durante a abertura e o fechamento, não deve ultrapassar 25 cm e alcançar, no máximo, 15 cm quando a mesma estiver aberta, em relação à parte mais externa da carroçaria, excluindo-se os frisos.

§ 7º A abertura e o fechamento de todas as portas de serviço devem ser comandadas por dispositivo pneumático ou eletro-pneumático, localizado junto ao posto do motorista.

§ 8º A metade superior de todas as portas de serviço e a metade inferior da porta dianteira devem ser envidraçadas.

Art. 66. Além do disposto nesta seção e nos arts. 1º, 2º e 3º, aplicam-se aos ônibus semi-urbanos os arts. 4º, 7º, 8º, §§ 1º e 4º, §§ 1º, 2º e 3º do art. 22, § 1º do art. 23, 24, §§ 4º e 5º do art. 25, 26 inciso III, 27, 28, 29 inciso IV, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 38, 39 e 41 do Capítulo II, desta Resolução.

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Art. 67. Além do disposto no art. 23, deve ser indicada a capacidade do ônibus, com discriminação do número máximo de passageiros a serem transportados em pé e assentados.

§ 1º A capacidade do ônibus será correspondente à soma do número de lugares disponíveis para transportar passageiros assentados com o número máximo de passageiros transportados em pé.

§ 2º Para efeito de cálculo do número máximo de passageiros em pé, deverá ser considerada uma ocupação máxima de cinco passageiros por metro quadrado.

§ 3º Não deverão ser consideradas áreas disponíveis para o transporte de passageiros em pé as relacionadas a seguir:

I - a superfície de todas as partes não acessíveis a um passageiro em pé, quando os assentos estão ocupados;

II - a superfície de qualquer parte em que a altura livre em relação ao piso seja inferior a 185 cm;

III - o espaço situado a até 30 cm à frente de qualquer banco;

IV - a área ocupada pelas escadas destinadas ao acesso e saída de passageiros; e

V - qualquer área em que não seja possível inserir um retângulo com lados de 30 cm e 40 cm.

§ 4º Caso o resultado do cálculo do número máximo de passageiros em pé não seja um número inteiro, deve ser adotado o número inteiro imediatamente inferior ao valor obtido como a capacidade máxima de transporte de passageiros em pé do veículo.

Art. 68. Poderão ser utilizados ônibus articulados nos serviços semi-urbanos, desde que previamente autorizados pela ANTT.

SUBSEÇÃO II - DO ÔNIBUS CONVENCIONAL

Art. 69. O ônibus rodoviário convencional, com ou sem sanitário, atenderá às condições de conforto e de segurança estabelecidas no Capítulo II desta Resolução e às determinações específicas apresentadas nesta seção.

Art. 70. As poltronas possuirão as seguintes características e dimensões mínimas:

I - profundidade do assento, 42 cm; II - largura da poltrona, 45 cm;

III - dois estágios de inclinação do encosto da poltrona; e

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Art. 71. As distâncias mínimas entre uma poltrona e aquela localizada imediatamente a sua frente serão:

I - de 33 cm, entre o assento da poltrona e o espaldar da imediatamente à sua frente, com ambas em posição normal;

II - de 70 cm, entre o encosto de uma poltrona e o espaldar da que estiver à sua frente, com ambas na posição normal; e

III - de 30 cm, entre a parte superior do assento de uma poltrona e o espaldar da que estiver imediatamente à sua frente, quando esta estiver em sua reclinação máxima.

SUBSEÇÃO III - DO ÔNIBUS EXECUTIVO

Art. 72. O ônibus rodoviário executivo atenderá às condições de conforto e de segurança estabelecidas no Capítulo II desta Resolução e às determinações específicas apresentadas nesta seção.

Art. 73. As poltronas possuirão as seguintes características e dimensões mínimas:

I - profundidade do assento, 45 cm; II - largura da poltrona, 45 cm;

III - três estágios de inclinação do encosto da poltrona; e

IV - inclinação do encosto da poltrona, em relação à vertical, de 40º. Art. 74. As distâncias mínimas entre uma poltrona e aquela localizada imediatamente a sua frente serão:

I - de 40 cm, entre o assento da poltrona e o espaldar da imediatamente à sua frente, com ambas em posição normal;

II - de 80 cm, entre o encosto de uma poltrona e o espaldar da que estiver à sua frente, com ambas na posição normal; e

III - de 30 cm, entre a parte superior do assento de uma poltrona e o espaldar da que estiver imediatamente à sua frente, quando esta estiver em sua reclinação máxima.

Art. 75. Todos os ônibus executivos deverão dispor obrigatoriamente de: I - gabinete sanitário;

II - ar condicionado;

III - cabine individual para o motorista, caracterizada por separação física completa do espaço destinado aos passageiros;

IV - sistema de som e vídeo; V - refrigerador; e

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VI - dispositivo para servir bebida quente.

Parágrafo único. Para que um serviço seja considerado executivo, deverá ser oferecido em ônibus da categoria executiva ou superior.

SUBSEÇÃO IV- DO ÔNIBUS SEMI-LEITO

Art. 76. O ônibus rodoviário semi-leito atenderá às condições de conforto e de segurança estabelecidas no Capítulo II desta Resolução e às determinações específicas apresentadas nesta seção.

Art. 77. As poltronas possuirão as seguintes características e dimensões mínimas:

I - profundidade do assento, 45 cm; II - largura da poltrona, 49 cm;

III - 3 estágios de inclinação do encosto da poltrona; e

IV - inclinação do encosto da poltrona, em relação à vertical, de 55º. Art. 78. As distâncias mínimas entre uma poltrona e aquela localizada imediatamente a sua frente serão:

I - de 50 cm, entre o assento da poltrona e o espaldar da imediatamente à sua frente, com ambas em posição normal;

II - de 90 cm, entre o encosto de uma poltrona e o espaldar da que estiver à sua frente, com ambas na posição normal; e

III - de 35 cm, entre a parte superior do assento de uma poltrona e o espaldar da que estiver imediatamente à sua frente, quando esta estiver em sua reclinação máxima.

Art. 79. Todos os ônibus semi-leito deverão dispor obrigatoriamente de: I - gabinete sanitário;

II - ar condicionado;

III - cabine individual para o motorista, caracterizada por separação física completa do espaço destinado aos passageiros;

IV - sistema de som individual e vídeo;

V - encosto para as pernas com comprimento mínimo de 50 cm e largura mínima na extremidade dianteira de 45 cm;

VI - refrigerador; e

VII - dispositivo para servir bebida quente.

Parágrafo único. Para que um serviço seja considerado semi-leito, deverá ser oferecido em ônibus da categoria semi-leito ou superior.

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SUBSEÇÃO V - DO ÔNIBUS LEITO

Art. 80. O ônibus rodoviário leito atenderá às condições de conforto e de segurança estabelecidas nas normas gerais desta Resolução e às determinações específicas apresentadas nesta seção.

Art. 81. Este tipo de ônibus terá, no máximo, três fileiras de poltronas. Parágrafo único. Opcionalmente, poderão ser adotados dois corredores de circulação, desde que a largura dos mesmos não seja inferior a 27 cm.

Art. 82. As poltronas possuirão as seguintes características e dimensões mínimas:

I - profundidade do assento, 45 cm; II - largura da poltrona, 59 cm;

III - 4 estágios de inclinação do encosto da poltrona; e

IV - inclinação do encosto da poltrona, em relação à vertical, de 80º. Art. 83. As distâncias mínimas entre uma poltrona e aquela localizada imediatamente a sua frente serão:

I - de 60 cm, entre o assento da poltrona e o espaldar da imediatamente à sua frente, com ambas em posição normal;

II - de 105 cm, entre o encosto de uma poltrona e o espaldar da que estiver à sua frente, com ambas na posição normal; e

III - de 40 cm, entre a parte superior do assento de uma poltrona e o espaldar da que estiver imediatamente à sua frente, quando esta estiver em sua reclinação máxima.

Art. 84. Todos os ônibus leito deverão dispor obrigatoriamente de: I - gabinete sanitário;

II - ar condicionado;

III - cabine individual para o motorista, caracterizada por separação física completa do espaço destinado aos passageiros;

IV - sistema de som individual e vídeo;

V - encosto para as pernas com comprimento mínimo de 50 cm e largura mínima na extremidade dianteira de 45 cm;

VI - refrigerador;

VII - dispositivo para servir bebida quente; e

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Parágrafo único. Para que um serviço seja considerado leito, deverá ser oferecido em ônibus da categoria leito.

SUBSEÇÃO VI - DO ÔNIBUS MISTO

Art. 85. O ônibus rodoviário misto atenderá às condições de conforto e de segurança estabelecidas nas normas gerais desta Resolução e às determinações específicas referentes às respectivas categorias de veículos de que sejam constituídos.

§ 1º Deverá existir uma clara separação entre as categorias atendidas no interior do veículo misto.

§ 2º Os serviços diferenciados somente poderão ser prestados conjuntamente com o respectivo serviço básico a que estão vinculados em ônibus de dois pisos, sendo os lugares do piso de maior capacidade reservados para o serviço básico, ou de um piso assegurada a oferta de serviço básico de vinte e oito lugares.

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 86. Mediante acordos bilaterais, poderão ser admitidos, em linhas internacionais, veículos que possuam características diversas das especificadas nesta Resolução.

Art. 87. A inobservância do disposto nesta Resolução sujeitará o infrator às penalidades previstas na Resolução ANTT nº 233, de 25 de junho de 2003.

Art. 88. As permissionárias e autorizatárias deverão se adequar ao disposto nesta Resolução, no prazo de cento e oitenta dias, contados a partir da data de sua publicação.

Referências

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