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Manual de Procedimentos da Entidade Pagadora

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Academic year: 2021

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Manual de Procedimentos

da Entidade Pagadora

do FEDER e Fundo de Coesão

(2)

F

icha Técnica Título

Manualde ProcediMentosdaentidadePagadoradofederefundodecoesão Coordenação

unidadedegestãofinanceira

Edição

institutofinanceiroParaodesenvolviMentoregional, iP Design Gráfico

cristinasantos/PauloeMerenciano (coordenador) núcleodecoMunicaçãoedocuMentação

Data de Edição

20 deagostode 2013

C

ontrolo do Documento

Responsáveis Pedro Dias

Margarida Cabral Helena Geraldes

H

istórico de Alterações

Versão Data Autor Descrição

1.0 18-08-2010 UAGI/NGF Versão Inicial (de trabalho)

1.1 26-08-2010 UAGI/NGF Alterações (de trabalho)

1.2 10-01-2011 UAGI/NGF Alterações (de trabalho)

1.3 27-01-2011 UAGI/NGF Alterações

1.4 29-07-2011 UAGI/NGF Alterações

1.5 20-04-2012 UAGI/NGF Alterações

1.6 20-07-2013 UGF/NGF Alterações

A

provação

Versão Data Autor Descrição

1.3 31/01/2011 Conselho Diretivo Deliberação

1.4 01/08/2011 Conselho Diretivo Deliberação

1.5 04/05/2012 Conselho Diretivo Deliberação

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1 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão

ÍNDICE

1. Introdução...3

2. Objetivos e Estrutura do Manual... ...5

3. Entidade Pagadora ...7

3.1. Enquadramento da Atividade... 7

3.2. Organização Interna...11

3.3. Recursos Humanos e Atribuição de Tarefas...16

4. Sistemas de Informação... 19

4.1 Sistema de Informação da Entidade Pagadora – SIEP ... 19

4.2 Sistema Contabilístico de Dívidas - SCD ... 21

5. Fluxos Financeiros ...25

5.1. QREN FEDER e FC 2007-2013 ... 25

5.1.1. Disposições Regulamentares ... 25

5.1.2. Esquema Geral dos Circuitos Financeiro e Informativo ... 25

5.1.3. Entrada de Fundos ... 27

5.1.3.1. Transferências da CE ... 27

5.1.3.2. Operações Específicas do Tesouro ... 28

5.1.3.3. Aplicações Financeiras e Juros Credores... 29

5.1.4. Saída deFundos ... 30

5.1.4.1. Transferências para as AG dos PO das Regiões Autónomas ... 30

5.1.4.2. Transferências para Organismos Intermédios ... 31

5.1.4.3. Pagamentos a Beneficiários ... 33 5.2. QCAIII FEDER 2000-2006 ... 36 5.2.1. Disposições Regulamentares ... 36 5.2.2. Entrada de Fundos ... 37 5.2.2.1. Transferências da CE ... 37 5.2.2.2. Operações Específicas do Tesouro .. ... 37 5.2.3. Saída de Fundos ... 38 5.3. Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG IIIA 2000-2006 ... 38 5.3.1. Disposições Regulamentares ... 38 5.3.2. Entrada de Fundos ... 39 5.3.3. Saída de Fundos ... 39 5.4. Fundo de Coesão II 2000-2006 ... 41 5.4.1. Disposições Regulamentares ... 41 5.4.2. Entrada de Fundos ... 42 5.4.3. Saída de Fundos ... 42 5.5. MFEEE 2004-2009 ... 43 5.5.1. Disposições Regulamentares ... 43 5.5.2. Entrada de Fundos ... 44

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2 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão 5.5.3. Saída de Fundos ... 44 5.6. MFEEE 2009-2014 ... 46 5.6.1. Disposições Regulamentares ... 46 5.6.2. Entrada de Fundos ... 49 5.6.3. Saída de Fundos ... 49 6. Recuperações de Fundos ...51 6.1. QREN ...51

6.2. QCA I, QCA II e QCA III ... 54

6.3. PIC INTERREG IIIA ... 55

6.4. MFEEE 2004-2009 ... 55 6.5. FUNDO DE COESÃO II ... 56 6.6. Outras Situações ... 56 7. Procedimentos de Controlo ...57 Glossário de Siglas ...61 Anexos...63 Anexo I – Lista de Regulamentação comunitária e nacional com síntese identificadora...65

Anexo II - Recursos humanos UGF...69

Anexo III – Norma nº 3/2012, de 5 de dezembro...73

Anexo IV – Ficha de identificação do OI ...93

Anexo V – SIEP - Pedido de Transferência para OI...97

Anexo VI – Protocolos IFDR, AG e OI...101

Anexo VII – Mapa de controlo das transferências para os OI...105

Anexo VIII – Lista de importação de Pedidos de Pagamento...109

Anexo IX – SIEP - Pedido de Pagamento a beneficiário...113

Anexo X – Mapa de Gestão Financeira do QCAIII...117

Anexo XI – Notificação de transferências enviada ao FMO...121

Anexo XII – Mapa de conciliação bancária...125

Anexo XIII – Mapa de suporte à contabilidade do IFDR...129

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3 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão

1. Introdução

O presente Manual de Procedimentos da Entidade Pagadora visa reunir e sistematizar o conjunto de informações relevantes para o desempenho de funções da Entidade Pagadora (EP), da responsabilidade da Unidade de Gestão Financeira (UGF) através do Núcleo de Gestão Financeira (NGF) e do Núcleo de Programação Financeira (NPF), de modo a facilitar a compreensão da sua estrutura, funções e modo de funcionamento.

A centralização da função pagadora numa só unidade orgânica é um aspeto importante da conceção que o Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional, IP (IFDR) delineou para a sua área de negócios - a coordenação de fundos - e que consubstancia a segregação de funções nas áreas inerentes à sua gestão: apoio à gestão, pagamentos, certificação, controlo e auditoria.

Relativamente aos fundos comunitários, o exercício desta competência assenta numa forte articulação com as Autoridades de Gestão (AG), de onde emanam os pedidos de pagamentos e de transferências a realizar e a informação relativa aos montantes indevidamente pagos que têm de ser objeto de recuperação.

Esta função pagadora tem igualmente subjacente uma articulação sistemática com as restantes Unidades Orgânicas do IFDR, sendo de realçar a troca de informação de suporte necessária à tomada de decisões, à produção de informação para a gestão e à prestação de contas, bem como a cooperação para a manutenção da fiabilidade e da qualidade dos sistemas de informação utilizados.

Tendo em conta o enquadramento legal e regulamentar vigente pode referir-se, genericamente, que as funções de EP compreendem a gestão financeira dos fundos resultantes das contribuições comunitárias, a análise e decisão dos pedidos de transferência e pagamento submetidos pelas AG, de acordo com determinados pressupostos em particular a inexistência de dívidas registadas no Sistema Contabilístico de Dividas (SCD), bem como a recuperação dos montantes pagos e que sejam considerados indevidos.

A prossecução desta função apoia-se num sistema de informação específico, desenhado especialmente para os fluxos financeiros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo de Coesão (FC) e que foi adaptado para o exercício de atividades idênticas, nomeadamente os pagamentos tanto de outros períodos de programação, como de outros instrumentos financeiros relativamente aos quais o IFDR desempenha funções de EP. A desmaterialização dos processos estende-se também às ordens enviadas ao sistema bancário, através do homebanking da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, EPE (IGCP).

Este sistema é complementado com o SCD, destinado a assegurar toda a informação necessária ao acompanhamento individual dos processos de dívida por parte das AG, da AC, da EP e das Entidades Pagadoras dos PO (EP PO).

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2. Objetivos e Estrutura do Manual

O Manual de Procedimentos da EP tem por objetivo descrever as metodologias, os procedimentos e as ferramentas de trabalho utilizadas pela UGF, para exercício das funções inerentes à competência de EP do IFDR, conforme previsto nas alíneas a), b), c) e g) do artigo 5º dos seus Estatutos, Portaria n.º 366/2012, de 5 de novembro, as quais de seguida se transcrevem:

a) Assegurar o cumprimento das funções de pagamento do FEDER e do FC no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio (QCA III), do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), do FC II, dos programas de cooperação territorial e iniciativas comunitárias, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu ou de outros instrumentos financeiros para que venha a ser designado o IFDR, I. P.;

b) Desenvolver as verificações de suporte à regularidade dos pagamentos aos beneficiários e às transferências para as autoridades de gestão e os organismos intermédios;

c) Assegurar as relações com o sistema bancário e com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, EPE;

d) Assegurar os procedimentos relativos à reposição dos apoios concedidos pelo FEDER e pelo FC e ainda pelos programas de cooperação territorial europeia, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu ou outros instrumentos financeiros para que o IFDR, I. P., seja designado com funções de entidade pagadora.

As metodologias estabelecidas para os fundos têm por base a regulamentação comunitária e nacional e o conjunto de procedimentos e instrumentos que foram sendo adotados ao longo dos períodos de programação anteriores, numa perspetiva de preservação e adoção de boas práticas.

O IFDR, enquanto EP para o QREN e Autoridade de Pagamento (AP) para o QCAIII, Fundo de Coesão II (FC II), Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG IIIA (PIC INTERREGIIIA) e Mecanismo Financeiro de Espaço Económico Europeu (MFEEE), procura consolidar e uniformizar o conjunto de procedimentos e metodologias de trabalho a aplicar no desempenho das suas funções, tendo em vista assegurar uma eficiente e eficaz gestão financeira dos fundos comunitários a seu cargo, bem como a celeridade na concretização das transferências e pagamentos, de forma a evitar ruturas de fluxos financeiros e contribuir assim para a boa execução das operações apoiadas pelos fundos comunitários.

Para além da Introdução e dos Objetivos, o presente Manual de Procedimentos da EP está estruturado em 5 pontos fundamentais:

─ Como nota prévia, efetua-se um breve enquadramento em que se insere o exercício das funções de EP, apresentada a organização e descritas as funções do NGF e do NPF, bem como identificados os recursos humanos que lhes estão afetos e a respetiva distribuição de tarefas (Ponto 3);

─ Posteriormente, são abordados os Sistemas de Informação e evidenciadas as funcionalidades do SIEP – Sistema de Informação da Entidade Pagadora (SIEP), o qual constitui a ferramenta informática em que assenta toda a atividade desenvolvida pelo NGF e do Sistema Contabilístico de Dívidas (SCD), que suporta a contabilidade dos montantes de fundos a recuperar (Ponto 4); ─ No âmbito dos Fluxos Financeiros é efetuada uma abordagem específica desta temática,

consoante se trate do período de programação QREN ou de outros períodos de programação (Ponto 5);

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─ De seguida, são descritos os procedimentos associados às Recuperações de Fundos (Ponto 6); ─ Por último, são abordados os Procedimentos de Controlo interno das atividades desenvolvidas

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3. Entidade Pagadora

3.1. Enquadramento da atividade

No âmbito do QREN, a gestão dos fluxos financeiros do FEDER e do FC é assegurada pelo IFDR em conformidade com o disposto no DL n.º 312/2007, de 17 de setembro, alterado e republicado pelo DL n.º 74/2008, de 22 de abril e alterado pelo DL 99/2009, de 28 de abril e encontra-se regulamentada no capítulo VI – FINANCIAMENTO do Regulamento Geral do FEDER e do FC (RGFFC), aprovado por Deliberação da Comissão Ministerial de Coordenação do QREN, aprovada em 18 de Setembro de 2009, alterado por Deliberações desta Comissão aprovadas em 20 de abril de 2010, 21 de janeiro de 2011 e 21 de dezembro de 2011.

Internamente, tal como já foi referido, essas funções são asseguradas pela UGF, através do NGF. De acordo com este RGFFC, a intervenção do IFDR na gestão dos fluxos financeiros obedece às seguintes regras:

Artigo 25º

Fluxos financeiros no IFDR

1. As contribuições comunitárias relativas a FEDER e a Fundo de Coesão concedidas a título dos PO são creditadas pela CE diretamente em conta bancária específica para cada Fundo (Conta Fundo), criada para o efeito pelo IFDR junto do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P. (IGCP).

2. Complementarmente, o IFDR promove a criação no IGCP de uma conta específica para cada um dos PO (Conta PO), por Fundo, para a qual são canalizados os recursos financeiros a mobilizar para a realização desse PO.

3. Nos PO de Cooperação Territorial de que o IFDR é AC e atendendo ao âmbito supra nacional destes Programas, as contribuições comunitárias são pagas diretamente para a conta PO respetiva. 4. O IFDR efetua a gestão dos fluxos financeiros entre as Conta Fundo e as Conta PO prosseguindo o

objetivo de favorecer a realização financeira de cada PO.

5. As contribuições comunitárias relativas a FEDER e a Fundo de Coesão são transferidas pelo IFDR para a conta PO à medida das necessidades de execução de cada PO, em função dos pedidos de pagamento emitidos por cada AG e das disponibilidades de tesouraria.

6. Para efeitos do disposto no número anterior, entende-se por disponibilidade de tesouraria relativamente a cada PO, o valor das contribuições comunitárias relativas a FEDER e a Fundo de Coesão recebidas a título do PO.

7. Dentro dos recursos financeiros disponíveis nas Conta Fundo, e sempre que devidamente justificado pela AG, as disponibilidades de tesouraria podem ser ultrapassadas, por decisão do IFDR, até ao limite correspondente à despesa já apresentada por este Instituto à CE no âmbito da certificação, ainda que não reembolsada, acrescido do valor equivalente a um mês médio de programação financeira do PO, ou até um valor superior, neste caso em situações de natureza excecional, designadamente as relacionadas com a concretização das metas financeiras que cada PO tem de cumprir e as situações que ponham em risco os reembolsos aos beneficiários.

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8 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão

8. Para favorecer a realização financeira de cada PO, o IFDR pode mobilizar o quantitativo de Operações Específicas de Tesouro (OET) para que estiver autorizado pela lei que aprova o orçamento do Estado e nos limites da capacidade financeira deste Instituto para fazer face aos respetivos encargos. 9. O IFDR inscreve anualmente no seu orçamento a estimativa das receitas provenientes de aplicações

financeiras de verbas das Conta Fundo, bem como uma dotação destinada a suportar os encargos decorrentes da mobilização de OET, de forma a permitir dar concretização às orientações e prioridades definidas pela Comissão Ministerial de Coordenação do QREN.

10. Os juros ou quaisquer outros rendimentos gerados pelas aplicações financeiras das verbas transferidas da CE a título de pré-financiamento de cada PO, onde quer que sejam produzidos, são canalizados para o PO respetivo como parte da comparticipação pública nacional, e são declarados à CE aquando do encerramento do Programa.

11. O IFDR assegura às AG o acesso para consulta das contas PO respetivas, devendo, sempre que tal não seja possível, emitir extratos de conta com uma regularidade mínima mensal.

No que se refere ao exercício das funções de Entidade Pagadora, o mesmo Regulamento estipula que:

Artigo 27º

Transferências e pagamentos

1. O IFDR efetua pagamentos aos beneficiários e transferências para as AG dos PO das Regiões Autónomas, os OI responsáveis por subvenções globais e os organismos responsáveis pela gestão de sistemas de incentivos às empresas ou por mecanismos de engenharia financeira, com funções delegadas de pagamento aos beneficiários, a título de adiantamento, de reembolso ou de saldo final.

2. Os pagamentos e as transferências são executados com base em pedidos emitidos pelas AG. 3. O pedido de transferência a emitir pela AG deve incluir:

a) O valor da despesa já validada pela AG ou pelo OI certificável à CE;

b) O valor dos pagamentos efectuados pela AG dos PO das Regiões Autónomas ou pelo OI; c) As previsões de pagamento, apresentadas pela AG dos PO das Regiões Autónomas ou pelo

OI, neste caso validadas pela AG.

4. Os pedidos a emitir pelas AG a favor dos OI devem ser apresentadas ao IFDR com uma regularidade mensal, uma vez satisfeitas as condições fixadas para a utilização do pré-financiamento, podendo no entanto maior prazo, não superior a uma periodicidade trimestral, vir a ser definido nos protocolos a celebrar entre o IFDR, a AG e os OI.

5. O pedido de pagamento a emitir pela AG deve incluir:

a) Os elementos necessários à fundamentação do pedido, incluindo a identificação dos

procedimentos utilizados na validação da despesa e na verificação do valor dos pedidos de pagamento apresentados;

b) Comprovativos da regularidade da situação dos beneficiários perante o Estado e a Segurança Social.

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6. Os pedidos de pagamento devem ser agrupados e apresentados ao IFDR para reembolso numa base semanal.

7. Em situações de natureza excecional e temporária podem ser aceites periodicidades diferentes das fixadas no número anterior, por solicitação da AG aceite pelo IFDR.

8. Os pagamentos aos beneficiários são efetuados a título de:

a) Adiantamento, de acordo com o disposto no artigo 28º do RGFFC;

b) Reembolso, de acordo com as orientações definidas para o efeito pelas AG;

c) Saldo final, com a receção do saldo final ao PO, ou antes, observando-se as condições que constam do número 9.

9. Os pagamentos aos beneficiários são efetuados até ao limite de 95% do montante programado, à data, sendo o pagamento do respetivo saldo (5%) pedido pela AG após a apresentação pelo beneficiário do relatório final e confirmação da execução da operação nos termos previstos no contrato e processado em parte ou no todo, na medida das disponibilidades financeiras do IFDR.

10. Os pedidos de pagamento são apresentados pelos beneficiários à AG ou ao OI, consoante o caso aplicável, sendo observado o seguinte:

a) No prazo de 30 dias úteis, contados a partir da data da receção de um pedido de pagamento do beneficiário, efetuado a título de reembolso, a AG ou o OI, consoante o caso aplicável, deve analisar a despesa apresentada e deliberar sobre o pedido, emitindo o correspondente pedido de pagamento se for o caso, ou comunicando os motivos da não emissão;

b) Sempre que não seja possível proceder à emissão do pedido de pagamento a título de reembolso no prazo de 30 dias úteis, nos termos da alínea anterior, por motivos que não sejam imputáveis ao beneficiário, a AG ou o OI, consoante o caso aplicável, emite um pedido de pagamento a título de adiantamento, por um montante estimado não superior a 80% da comparticipação comunitária associada à despesa apresentada;

c) O pagamento efetuado a título de adiantamento, nos termos da alínea anterior, é convertido em pagamento a título de reembolso, logo que a correspondente despesa tenha sido validada. 11. A execução dos pedidos das AG é assegurada pelo IFDR no prazo de 15 dias, desde que satisfeitas

as seguintes condições:

a) A existência de disponibilidade de tesouraria;

b) A suficiência das informações exigíveis na fundamentação do pedido de pagamento; c) A regular situação contributiva e tributária dos beneficiários;

d) A inexistência de decisão de suspensão de pagamentos aos beneficiários ou de transferências às AG dos PO das Regiões Autónomas e aos OI responsáveis por subvenções globais, pela gestão de sistemas de incentivos às empresas ou por mecanismos de engenharia financeira, com funções delegadas de transferência direta para os beneficiários.

12. Eventuais situações de suspensão de pagamentos e respetivas supressões de financiamento devem ser comunicadas ao IFDR, pelas entidades competentes, nomeadamente as AG e os OI responsáveis por subvenções globais, pela gestão de sistemas de incentivos às empresas ou por mecanismos

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de engenharia financeira, para as quais as competências pagamento tenham sido delegadas em simultâneo com a respetiva decisão administrativa, acompanhadas da devida fundamentação. 13. O IFDR dá conhecimento às AG e, nos casos aplicáveis, ao OI, dos pagamentos efetuados aos

beneficiários e das transferências efetuadas para os OI responsáveis por subvenções globais, pela gestão de sistemas de incentivos às empresas ou por mecanismos de engenharia financeira, para os quais as competências de pagamento tenham sido delegadas, bem como dos montantes por si recuperados, no âmbito do respetivo PO.

Em matéria de devoluções à CE:

Artigo 29º Devoluções

1. Compete ao IFDR proceder à devolução do pré-financiamento de um PO caso não tenha sido enviado à CE, no prazo de vinte e quatro meses após o pagamento da primeira fração do pré-financiamento, qualquer pedido de pagamento a título do respetivo PO.

2. Todas as restituições à CE são da responsabilidade do IFDR, sem prejuízo dos mecanismos de recuperação, que devem ser promovidos pela entidade que efetuou o pagamento junto dos beneficiários, sendo relevadas nas contas dos respetivos PO.

3. Eventuais situações de suspensão de pagamentos e respetivas supressões de financiamento deverão ser comunicadas ao IFDR pelas entidades competentes, nomeadamente as AG e os OI para os quais as competências de pagamento tenham sido delegadas em simultâneo com a respetiva decisão administrativa, acompanhadas da devida fundamentação.

Relativamente à recuperação de fundos que se mostrem devidos aos PO:

Artigo 30º Recuperações

1. Os montantes de FEDER e de Fundo de Coesão que nos termos da regulamentação comunitária aplicável devam ser recuperados, designadamente por terem sido indevidamente pagos ou não justificados, constituem dívida das entidades que deles beneficiaram.

2. Para efeito do disposto no número anterior, a AG notifica o beneficiário do montante da dívida e da respetiva fundamentação, precedendo a audiência prévia de interessados nos termos do Código do Procedimento Administrativo.

3. A recuperação é efetuada pela AG por compensação com montantes devidos ao beneficiário já apurados no âmbito do mesmo PO, exceto se relativamente a tais montantes já tiverem sido submetidos os pedidos de pagamento à Entidade Pagadora caso em que a compensação é concretizada por esta. 4. Não sendo concretizável a compensação nos termos previstos no número anterior, a mesma é

efetuada pela Entidade Pagadora no âmbito de outro PO com montantes devidos ao beneficiário objeto de pedidos de pagamento que lhe tenham sido submetidos, desde que não seja explicitada discordância desta AG, sendo o beneficiário notificado deste facto.

5. Na impossibilidade da recuperação total ou parcial do montante em dívida por compensação e ainda nos casos em que o beneficiário devedor o solicite, é desencadeada a recuperação por reposição.

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6. A competência para efetuar a recuperação por reposição é da entidade que efetuou o pagamento do respetivo montante, a qual para o efeito notifica o beneficiário devedor do prazo, da decisão e do montante a repor.

7. O prazo de reposição é de 30 dias úteis, contados a partir da receção da notificação a que se refere o úmero anterior, sendo em caso de incumprimento devidos juros de mora à taxa aplicável às dívidas fiscais ao Estado.

8. No decurso do processo de recuperação, por compensação ou reposição, ficam suspensos os pagamentos ao beneficiário devedor no montante do valor em dívida.

9. A entidade competente para a recuperação por reposição pode, a requerimento fundamentado do devedor, autorizar que a mesma seja efetuada em prestações, nas seguintes condições:

a) Por período que não exceda 36 meses;

b) O devedor preste garantia idónea nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário;

c) Sujeição ao pagamento de juros à taxa fixada nos termos do n.º 1 do artigo 559.º do Código Civil.

10. Quando a reposição seja autorizada nos termos do número anterior, o incumprimento de uma prestação determina o vencimento imediato das restantes.

11. Em caso de incumprimento do dever de repor, a entidade competente para a recuperação do montante em dívida promove a mesma através de mecanismo legalmente previsto ou de cobrança coerciva por processo de execução fiscal podendo haver lugar à rescisão do contrato de financiamento a qual implicaa obrigação de reposição da totalidade dos montantes recebidos pelo beneficiário.

12. Em caso de recuperação parcial da dívida, o montante recuperado é primeiro imputado aos juros legais e moratórios que se mostrem devidos e só depois a FEDER ou Fundo de Coesão.

13. Não é desencadeado processo de recuperação por reposição sempre que o montante em dívida seja inferior ao estabelecido anualmente no decreto-lei de execução orçamental nos termos previstos no artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho.

14. O IFDR pode efetuar a recuperação de dívidas geradas em anteriores períodos de programação através da modalidade de compensação, independentemente do PO a que os montantes apurados e devidos ao beneficiário respeitem.

15. O IFDR submete ao membro do Governo responsável pela coordenação do QREN proposta de enquadramento orçamental de montantes de FEDER e Fundo de Coesão referentes a este período de programação que lhe sejam devidos e não recuperados.

3.2. Organização interna

A missão e atribuições do IFDR encontram-se definidas no Decreto-Lei n.º 125/2012 de 20 de junho e a sua organização interna encontra-se definida nos seus Estatutos publicados na Portaria n.º 366/2012, de 5 de novembro.

A organização interna do IFDR salvaguarda o princípio da separação de funções, conforme as boas práticas de gestão dos fundos estruturais., iniciando-se no Conselho Diretivo (CD) e concretizando-se

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nas atribuições e tutela das diferentes Unidades. Assim, as funções de Controlo e de Auditoria, incluindo a auditoria interna, estão na dependência do Presidente do Conselho Diretivo, José Santos Soeiro, a função de Certificação da Despesa na dependência de um dos Vogais, Dina Ferreira e a função de Entidade Pagadora na do outro Vogal, Pedro Dias.

A UGF é constituída por dois núcleos, conforme evidenciado no organograma seguinte:

Conforme já referido, o exercício das funções de EP para o FEDER e Fundo de Coesão constitui atribuição do IFDR no âmbito da sua lei orgânica, designadamente nos termos da alínea g) do n.º 2 do artigo 3.º – Missão e atribuições - do Decreto-Lei n.º 125/2012.

No âmbito das funções, compete à UGF, nos termos do artigo 5.º da Portaria n.º 366/2012, designadamente:

a) Assegurar o cumprimento das funções de pagamento do FEDER e do FC no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio (QCA III), do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), do FC II, dos programas de cooperação territorial e iniciativas comunitárias, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE) ou de outros instrumentos financeiros para que venha a ser designado o IFDR;

b) Desenvolver as verificações de suporte à regularidade dos pagamentos aos beneficiários e às transferências para as autoridades de gestão e os organismos intermédios;

c) Assegurar as relações com o sistema bancário e com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública— IGCP, EPE;

d) Preparar a contratação dos financiamentos, disponibilizar às entidades mutuárias os montantes dos financiamentos e assegurar a gestão do serviço da dívida, nos casos em que o IFDR, I. P., seja designado para exercer tais funções;

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e) Formular previsões relativas aos fluxos financeiros, bem como analisar, acompanhar e manter atualizados e sistematizados os elementos respeitantes a esses fluxos;

f) Monitorizar os pedidos de financiamento e das operações aprovadas para financiamento no âmbito de contratos celebrados com o Banco Europeu de Investimento e nos casos em que o IFDR, I. P., seja designado para exercer tais funções;

g) Assegurar os procedimentos relativos à reposição dos apoios concedidos pelo FEDER e pelo FC e ainda pelos programas de cooperação territorial europeia, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE) ou outros instrumentos financeiros para que o IFDR, I. P., seja designado com funções de entidade pagadora;

h) Assegurar os procedimentos necessários à recuperação de créditos a cargo do IFDR, I. P., incluindo a cobrança coerciva dos montantes devidos, se necessária.

A UGF é constituída por dois núcleos:

─ Núcleo de Gestão Financeira (NGF) e ─ Núcleo de Programação Financeira (NPF)

O NGF exerce especificamente as funções de EP e de AP dos fundos comunitários FEDER e FC, bem como de outros instrumentos financeiros a cargo do IFDR, como seja o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE), nos termos da Deliberação n.º 368/2013, de 14 de fevereiro, e em cumprimento com o n.º 2 do artigo 1.º dos Estatutos do IFDR , publicados pela Portaria 366/2012. No âmbito do FEDER, do FC e do MFEEE, o NGF exerce, nomeadamente, as seguintes funções:

1 Assegurar a gestão e disponibilização das verbas FEDER e FC e MFEEE;

2 Definir práticas e procedimentos a divulgar, com vista a um correto e eficiente desempenho da função de EP do FEDER e do FC;

3 Definir as funcionalidades do SIEP no âmbito do SIQREN e efetuar testes de validação da conformidade do sistema implementado;

4 Definir as funcionalidades do SCD e efetuar testes de validação da conformidade do sistema implementado;

5 Efetuar ações de formação junto das AG sobre a utilização do SIEP e, sempre que oportuno, em parceria com outros serviços do IFDR, designadamente a Unidade de Certificação (UC) e a Unidade de Sistemas de Informação (USI);

6 Participar na definição das regras de relacionamento com entidades exteriores, nomeadamente no âmbito de protocolos a celebrar com as AG e os OI;

7 Recuperar os montantes que se mostrem devidos, nomeadamente por constituírem dívidas aos PO, nos casos em que tenha efetuado o respetivo pagamento;

8 Apurar e transmitir os dados sobre movimentos bancários de fundos a serem relevados na contabilidade orçamental e patrimonial do IFDR.

Mais especificamente, os técnicos do NGF exercem as seguintes funções:

1 Acompanhar e monitorizar diariamente a movimentação relativa às contas bancárias tituladas pelo IFDR junto do IGCP;

(16)

14 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão 2 Efetuar diariamente através de consulta online e quinzenalmente com registo em ficheiro Excel a conciliação das contas bancárias cujo acompanhamento e controlo lhes está cometido; 3 Registar as entradas de fundos resultantes de transferências da CE no SIEP e informar o

Conselho Diretivo (CD) e a UC da ocorrência desses fluxos financeiros;

4 Efetuar os registos relativos a aplicações financeiras em CEDIC e a antecipações de fundos por operações específicas do Tesouro (OET) no SIEP;

5 Efetuar o tratamento em SIEP dos pedidos de transferência a favor dos OI e das AG dos PO das Regiões Autónomas, com análise dos mesmos tendo em consideração as disponibilidades de tesouraria, a suficiência das informações prestadas e a inexistência de suspensão de transferência de verbas comunitárias para o PO envolvido;

6 Efetuar o tratamento em SIEP dos pedidos de pagamento a beneficiários submetidos pelas AG, com análise dos mesmos tendo em consideração as disponibilidades de tesouraria, a regularidade da situação contributiva e tributária dos beneficiários portugueses, a suficiência das informações prestadas e a inexistência de suspensão de transferência de verbas comunitárias para a operação, o beneficiário ou o PO envolvido e a informação existente em SCD;

7 Proceder em SIEP à elaboração de propostas de transferências internas, após análise das disponibilidades da conta do PO QREN, entre a conta Fundo e conta do PO;

8 Registar em SIEP a data-valor de concretização das operações bancárias; 9 Consultar, registar informação e assegurar a manutenção atualizada do SCD;

10 Recuperar os fundos indevidamente pagos aos beneficiários, que se encontram cometidos à UGF;

11 Apoiar os utilizadores externos do SIEP, prestando os esclarecimentos e informações que se mostrem necessários;

12 Emitir certidões de pagamentos de FEDER, FC e MFEEE;

13 Preparar a informação sobre fluxos financeiros referentes a cada ano civil, a transmitir às AG; 14 Executar as devoluções à CE que sejam determinadas;

15 Assegurar a atualização da informação disponibilizada no portal do IFDR sobre as taxas de juros praticadas pelo IGCP para as operações ativas, a aplicar pelas AG em casos de incumprimento das condições estabelecidas para a regularização dos adiantamentos.

É da competência do Coordenador do NGF, e nas suas faltas e impedimentos, do Diretor da UGF, nomeadamente:

1 Validar em SIEP os pedidos de transferências internas (entre conta Fundo – contas PO) ou externas (entre contas PO – contas AG dos PO Regiões Autónomas/contas OI) e os pedidos de pagamentos analisados pelos técnicos;

2 Registar em SIEP as propostas a submeter ao CD dos montantes a transferir para as AG dos PO das Regiões Autónomas (RA) e para os OI, bem como os pagamentos aos beneficiários, analisados pelos técnicos;

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15 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão 3 Propor em SIEP ao CD as aplicações financeiras em CEDIC que potenciem a rentabilização dos fundos sob gestão do IFDR, bem como validar em SIEP a desmobilização antecipada de aplicações em CEDIC, sempre que o saldo de tesouraria o justifique;

4 Registar em SIEP as antecipações de fundos por OET, controlar os respetivos encargos e a sua regularização;

5 Validar a conciliação bancária das contas bancárias no IGCP com as contas em SIEP;

6 Validar a informação relativa aos movimentos das contas dos fundos a transmitir ao NAFP para registo na contabilidade orçamental e patrimonial do IFDR;

7 Preparar informação para gestão sobre a atividade da EP/AP, relevante para incorporação em documentos estratégicos e para divulgação no portal do IFDR.

No âmbito da sua participação nas funções de Entidade Pagadora do FEDER e do Fundo de Coesão, o Núcleo de Programação Financeira (NPF) é responsável, nomeadamente, por:

a) Desenvolver as verificações de suporte à regularidade dos pagamentos aos beneficiários e às transferências para as autoridades de gestão e os organismos intermédios;

b) Formular previsões de tesouraria relativas aos fluxos financeiros, bem como analisar, acompanhar e manter atualizados e sistematizados os elementos respeitantes a esses fluxos;

c) Acompanhar a completude do sistema contabilístico de dívidas. Mais especificamente, os técnicos do NPF exercem as seguintes funções:

1 Acompanhar e monitorizar os registos das dívidas em SCD; 2 Apoiar o registo de dívidas em SCD, por parte das AG e/ou OI;

3 Proceder à elaboração de propostas de procedimentos de verificação das conformidades dos pagamentos e transferências efetuados;

4 Proceder à análise dos tempos médios de pagamentos decorrido entre os pedidos de pagamento submetidos pelas AG à EP e pagos ao beneficiário final;

5 Desenvolver os procedimentos necessários à recuperação de fundos indevidamente pagos aos beneficiários no âmbito do QCA I, II e III;

6 Recolher informação das AG sobre previsões de pagamentos/transferências no âmbito do QREN;

7 Analisar, acompanhar e monitorizar as previsões de pagamentos/transferências recebidas das AG;

8 Preparar propostas de estimativas de pagamentos/transferências a efetuar, tendo em vista a boa gestão financeira dos fundos comunitários;

9 Preparar a informação sobre antecipações de fundos (OET) a solicitar ao IGCP, para decisão superior;

10 Preparar os procedimentos necessários à recuperação de créditos a cargo do IFDR, incluindo a cobrança coerciva dos montantes devidos, se necessária.

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16 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão

É da competência do Coordenador do NPF, e nas suas faltas e impedimentos, do Diretor da UGF, nomeadamente:

1 Validar a monitorização e análises efetuadas em SCD pelos técnicos e propor superiormente as necessárias medidas para concretizar a resolução dos problemas detetados;

2 Apreciar as verificações relativas à análise dos tempos médios de pagamentos tanto na vertente da AG como da EP e propor superiormente melhorias nos procedimentos;

3 Transmitir orientações e pressupostos para fundamentar as estimativas de fluxos de tesouraria elaboradas pelos técnicos e formular as propostas finais a apresentar superiormente, incluindo o recurso a operações específicas de tesouro (OET) caso se prove necessária a antecipações de fundos; 4 Verificar e apreciar as informações de natureza financeira elaboradas pelos técnicos, tendo em vista a sua divulgação quer a nível superior, quer para as várias AG; 5 Assegurar o cumprimento das instruções transmitidas às AG, através de contatos sistemáticos; 6 Garantir os procedimentos necessários à recuperação de fundos indevidamente pagos aos

beneficiários no âmbito do QCA I, II e III;

7 Garantir a articulação com outras Unidades do IFDR, nomeadamente UC, UCA e NAJC, para efeitos de verificações no SCD e cobrança coerciva.

3.3. Recursos humanos e atribuição de tarefas

Para o exercício das funções supra referidas, o NGF dispõe de uma equipa de cinco técnicos superiores, dirigida pela Coordenadora do Núcleo.

O NPF dispõe também de uma equipa de 5 técnicos superiores, embora apenas 3 estejam a desempenhar tarefas relacionadas com a função de EP/AP.

O processo de decisão e de execução direta das tarefas relativas à EP/AP envolve, no conjunto, 12 profissionais:

─ Vogal do Conselho Diretivo do IFDR; ─ Diretora da Unidade de Gestão Financeira; ─ Coordenador do Núcleo de Gestão Financeira;

─ Coordenador do Núcleo de Programação Financeira;

─ 5 Técnicos Superiores do Núcleo de Gestão Financeira; ─ 3 Técnicos Superiores do Núcleo de Programação Financeira.

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Para o exercício das funções anteriormente referidas, a atribuição individual de tarefas no âmbito da UGF/NGF privilegia uma lógica de afetação dos recursos humanos por áreas, que no caso do QREN é efetuada por PO (Anexo II).

De forma a garantir uma indispensável flexibilidade na gestão e embora cada um dos cinco técnicos seja responsável por um conjunto específico de áreas1, na medida em que desempenham funções idênticas subordinadas a regras e procedimentos semelhantes, são inter-substituíveis nas respetivas ausências e impedimentos, conforme distribuição constante do Anexo II.

Esta metodologia tem como objetivo assegurar a continuidade, eficiência e celeridade no desempenho das tarefas desenvolvidas pelo NGF e é igualmente adotada relativamente ao controlo e validação das análises realizadas pelos técnicos, antes da sua submissão ao CD para autorização, funções que são asseguradas pelos dirigentes intermédios, cabendo a responsabilidade da mesma ao Coordenador do NGF e nas suas ausências e impedimentos, ao Diretor da UGF.

Ao nível da autorização por parte do CD, esta competência é do Vogal responsável pela área dos pagamentos, sendo substituído nas suas ausências e impedimentos pelo Presidente do IFDR.

1 São consideradas áreas: os PO do QREN, o conjunto dos QCA I, II e III, o FCII, o PIC INTERREGIIIA, o MFEEE 2004-2009 e o MFEEE 2009-2014.

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Para o exercício das funções anteriormente referidas, no âmbito da UGF/NPF, a atribuição de tarefas pelos técnicos assenta numa lógica temática. (Anexo II).

Principais Funções na UGF

Diretora de Unidade

Exerce as competências inerentes ao cargo de dirigente intermédio de 1.º grau no que se refere à área de atuação do NGF e NPF. Assegurar, nas ausências e impedimentos do Coordenador do NGF e do NPF, as funções que lhe estão atribuídas.

Coordenador do Núcleo de Gestão Financeira

Assegura a qualidade técnica do trabalho produzido pelo NGF, garantindo o cumprimento dos prazos adequados ao eficaz exercício das funções de EP e de AP, bem como as demais funções enunciadas no ponto 3.2.

Técnicos do

Núcleo de Gestão

Financeira

Asseguram as tarefas inerentes ao exercício de funções de EP e AP, nomeadamente o registo das entradas de fundos da CE, a análise dos pedidos de transferências e de pagamentos emitidos pelas AG, o acompanhamento e monitorização dos movimentos de fundos nas contas bancárias tituladas pelo IFDR no IGCP, as recuperações de montantes devidos e a emissão das certidões de pagamentos FEDER, FC e MFEEE – vide ponto 3.2.

Coordenador do Núcleo

de Programação Financeira

Assegura a qualidade técnica do trabalho produzido pelo NPF, garantindo o cumprimento dos prazos adequados ao eficaz exercício das funções de EP e de AP, bem como as demais funções enunciadas no ponto 3.2. Técnicos do Núcleo de Programação Financeira

Asseguram as tarefas inerentes ao exercício de funções de EP e AP, nomeadamente o acompanhamento e monitorização dos registos em SIEP e em SCD, o desenvolvimento dos procedimentos necessários à recuperação de fundos indevidamente pagos aos beneficiários no âmbito do QCA I, II e III, elaboração de informação para a tomada de decisão superior relativamente às atividades desenvolvidas pela Unidade.

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4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

4.1 Sistema de Informação da Entidade Pagadora – SIEP

O SI FEDER/FC, em que assenta toda a gestão do QREN, baseia-se em tecnologias Web, assegurando a comunicação e integração com os sistemas de informação das diferentes entidades – CE e AG – suportada preferencialmente em webservices e recebe a informação da AG agregada ao nível do eixo prioritário.

É uma estrutura modular com aplicações para as várias áreas atribuídas ao IFDR, sendo de especial relevância para a EP o módulo SIEP e o módulo SCD.

Os acessos externos aos SI FEDER/FC, propriedade do IFDR, são efetuados por VPN IPSec Lan2Lan ou VPN IPSec Client2Lan.

A atividade desenvolvida pelo NGF tem por suporte a aplicação informática designada por SIEP - Sistema de Informação Entidade Pagadora - a qual apresenta as seguintes versões:

─ SIEP para o tratamento dos fluxos financeiros do FEDER e do FC do QREN;

─ SIEP PP 2000-2006 onde são tratados os fluxos financeiros do INTERREG III A, do QCA III e do MFEEE 2004-2009;

─ SIEP FCII para tratamento dos pagamentos do FC II.

O SIEP, nas suas versões QREN e FC II funciona numa plataforma web e foi concebido para ser utilizado pela UGF/NGF, pelo CD e também pelas AG do QREN e pela Unidade de Coordenação Nacional do FC II (UCN FC II), respetivamente. A parte relativa à submissão de pagamentos e transferências é da responsabilidade das AG/UCN FC II e o processamento dos pedidos é da responsabilidade do IFDR nos

SIEP FC

SIEP

SIEP PP 2000-2006

QREN

(FEDER e FC)

QCA III-FEDER MFEEE 2004-2009 INTERREG III A

FC II

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20 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão seus vários níveis - análise e validação na UGF/NGF, autorização e execução da ordem de pagamento bancário no CD.

Deste modo, através do on-line do sistema, é possível ter acesso às seguintes funcionalidades:

─ A. Pelas AG/UCN FC II:

a) Registar os pedidos de pagamento ou de transferência com perfil de técnico;

b) Submeter os pedidos à EP, alterá-los, suspendê-los ou reenviá-los para análise dos técnicos, com perfil de Gestor 2;

c) Acompanhar a fase de tratamento dos pedidos no IFDR, com perfil de técnico, de gestor ou de consulta;

d) Registar pedidos retificativos de pedidos de pagamento já submetidos que não sejam considerados dívidas;

e) Consultar a situação financeira do seu PO.

─ B. Pelo IFDR, com perfil de técnico, validador, autorizador ou de consulta:

a) Registar e consultar a informação relevante relativa às várias fases do circuito financeiro relacionado com os Fundos comunitários geridos pelo IFDR, bem como obter relatórios síntese e certidões comprovativas dos pagamentos efetuados a enviar às entidades beneficiárias; b) Criar contas, consultar saldos e movimentos das contas Fundo e das contas PO;

c) Controlar e gerir as contas, com base na informação recebida do sistema de homebanking do IGCP;

d) Controlar e gerir as contas relativamente às aplicações de fundos; e) Criar os pedidos de transferências internas e submetê-los ao CD;

f) Elaborar as propostas de transferências e de pagamento e submetê-las para aprovação e decisão superiores;

g) Gerar os ficheiros de TEI das transferências/pagamentos aprovados e submetê-los para o seu pagamento efetivo, através da funcionalidade de upload do sistema de homebanking do IGCP;

h) Gerar as respetivas comunicações à AG e beneficiários; i) Registar a recuperação de fundos pagos pelo IFDR;

j) Registar e consultar todos os movimentos de fundos relativos às antecipações de fundos (OET) solicitadas ao IGCP;

k) Registar e consultar todos os movimentos relativos às devoluções efetuadas a favor da CE.

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4.2 Sistema Contabilístico de Dívidas - SCD

O Sistema Contabilístico de Dívidas FEDER e FC (SCD), instituído com a publicação da Norma n.º 2/2008 e atualizado pela Norma n.º 3/2012, de 05 de dezembro do IFDR (Anexo III), é um sistema de gestão e acompanhamento que permite sistematizar todas as situações relacionadas com montantes indevidamente pagos aos beneficiários, desde o momento da sua deteção até à sua integral recuperação, bem como garantir que esses montantes sejam recuperados sem demora injustificada, isto é, visa assegurar toda a informação necessária ao acompanhamento individual de cada um dos processos de dívida dos beneficiários de operações financiadas por FEDER ou Fundo de Coesão por parte das AG, da AC, da EP FEDER e Fundo Coesão e das demais EP dos Programas Operacionais (EP PO).

Esta aplicação informática encontra-se desenhada para registar os elementos relativos a montantes a recuperar, bem como as fases subsequentes da recuperação e também para ser acedida pelos vários intervenientes no processo de recuperação de dívidas:

─ as unidades orgânicas do IFDR diretamente relacionadas com as recuperações, que constituem o grupo de utilizadores internos: UGFUC, UCA e NAJC;

─ as AG/OI, que constituem o grupo de utilizadores externos e que acedem remotamente aos módulos aplicacionais através de uma ligação via VPN (rede privada segura do IFDR).

De acordo com o modelo de governação do PO, pode a AG substituir-se aos OI no registo dos elementos de informação de que são responsáveis, cabendo-lhe nesse caso centralizar e registar no SCD os elementos de informação gerados por eles.

A título de caraterização geral e sumária, a arquitetura tecnológica do SCD obedece ao modelo conceptual fixado para o Sistema de Informação FEDER e Fundo de Coesão - SI FEDER/FC, em particular no que se refere às vertentes operacional, tecnológica, de autenticação e de segurança.

As especificações dos webservices para o SCD estão disponíveis na plataforma colaborativa, a que acedem todas as AG dos PO do QREN. Neste documento são detalhadas as especificações técnicas para o envio do reporte de informação diretamente dos SI das AG para o SI FEDER/FC.

Embora toda a comunicação entre os vários sistemas de informação, SI FEDER/FC e SI AG PO, seja baseada em webservices, no caso do SI PO AT FEDER este comunica com o SI FEDER/FC – módulo SCD - através de um interface com acesso via browser, para registo das dívidas. Neste caso, não há

Unidades Orgânicas do IFDR

Autoridades de Gestão (AG/OI)

Sistema Contabilístico de Dívidas - SCD

UGF/

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22 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão

comunicação entre SI, sendo a informação relativa às dívidas registada pelos utilizadores do SI PO AT FEDER.

No âmbito do IFDR, o exercício da responsabilidade de gestão e manutenção do SCD FEDER e Fundo de Coesão é garantido pela UGF que assegura as funções de EP.

Os elementos de informação a registar neste sistema, bem como as entidades responsáveis por tal registo encontram-se devidamente especificados na tabela constante do ponto 6 da Norma n.º 3/2012. O Ponto 8 da Norma n.º 3/2012, referente ao SCD FEDER e Fundo de Coesão estabelece os procedimentos a realizar, conforme se descrimina:

1. De acordo com o Artigo 30.º do Regulamento Geral FEDER e FC, os montantes de FEDER e de Fundo de Coesão que nos termos da regulamentação comunitária aplicável devam ser recuperados, designadamente por terem sido indevidamente pagos ou não justificados, constituem dívida das entidades que deles beneficiaram.

2. Uma vez detetada uma situação não conforme (anomalia ou irregularidade), inicia-se o procedimento administrativo, comunicando-se ao beneficiário a tendência de decisão da AG, de forma fundamentada, havendo lugar a audiência de interessados (CPA:10 dias úteis). Após ponderação da informação apresentada pelo beneficiário na audiência de interessados, a AG emite decisão final e comunica-a ao beneficiário.

3. Considera-se constituída uma dívida quando for proferida uma decisão final no âmbito do procedimento administrativo por parte da AG e a mesma é comunicada ao beneficiário. Esta comunicação, ou na sua ausência esta decisão final, determina a data em que deve a AG proceder ao primeiro registo em SCD da constituição da dívida.

4. Para efeito do disposto no número anterior, nesta comunicação da decisão final ao beneficiário, a AG deve informar da consequência do ato administrativo que praticou, ou seja a constituição da dívida. Deve ainda nesta comunicação a AG informar que a dívida será recuperada por compensação, caso tenha na sua posse créditos apurados (despesa apresentada e validada pela AG) na operação, que lhe permitam fazer a compensação.

5. Sempre que não haja créditos apurados (despesa não apresentada pelo beneficiário ou não validada pela AG) a dívida só pode ser recuperada pela EP. Nestes casos, a AG deve nesta notificação informar o beneficiário que a recuperação vai ser realizada pela EP.

6. Nas situações em que o beneficiário venha a recorrer da decisão final da AG e por decisão judicial aquela reclamação for considerada procedente, a AG deverá registar uma nova versão da dívida anulando os montantes da dívida a recuperar e procedendo ao encerramento da mesma com a data em que a decisão judicial lhe tiver sido comunicada.

7 A recuperação é efetuada pela AG por compensação com montantes devidos ao beneficiário já apurado no âmbito do mesmo PO e na mesma operação (despesa apresentada pelo beneficiário e validada pela AG), exceto se relativamente a tais montantes já tiverem sido submetidos os pedidos de pagamento à EP caso em que a compensação é concretizada por esta.

8 Não sendo concretizável a compensação nos termos previstos no número anterior, a mesma é obrigatoriamente efetuada pela EP. A EP, depois de registada a dívida em SCD pela AG, inicia de imediato a recuperação por compensação no âmbito do mesmo PO na mesma operação ou noutra operação do mesmo beneficiário no mesmo PO, se já tiverem sido submetidos pedidos de pagamento à EP.

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9 Não sendo concretizável a compensação nos termos previstos no número anterior a mesma é concretizada noutro PO, com montantes devidos ao beneficiário objeto de pedidos de pagamento que tenham sido submetidos à EP. Neste caso, a EP notifica a AG do outro PO, nos termos do n.º 4 do Artigo 30.º do Regulamento Geral do FEDER e do Fundo de Coesão concedendo-lhe um prazo de 5 dias úteis para manifestar a sua discordância relativamente a este procedimento. Desde que não seja explicitada discordância desta AG, no referido prazo, concretiza-se a recuperação por compensação e o beneficiário é notificado deste facto c/c às duas AG envolvidas.

10 Na impossibilidade da recuperação total ou parcial do montante em dívida por compensação e ainda nos casos em que o beneficiário devedor o solicite, a Entidade Pagadora inicia a recuperação por reposição, num prazo de 20 dias úteis (5 dias úteis no caso de não existirem outras operações aprovadas do mesmo beneficiário) contados da data de registo da constituição da dívida em SCD pela AG.

11 A competência para efetuar a recuperação por reposição é da entidade que efetuou o pagamento do respetivo montante, a qual para o efeito notifica o beneficiário devedor do prazo, da decisão e do montante a repor, sendo o prazo de reposição de 30 dias úteis, contados a partir da receção da notificação. Nos termos do n.º 13 do Artigo 30.º Regulamento Geral do FEDER e do Fundo de Coesão não é porém desencadeado o processo de recuperação por reposição sempre que o montante em dívida seja inferior ao estabelecido anualmente pelo decreto-lei de execução orçamental).Neste caso, a dívida registada em SCD é encerrada pela entidade pagadora.

12 Em caso de incumprimento do prazo de 30 dias úteis para a recuperação, são devidos juros de mora à taxa aplicável às dívidas fiscais ao Estado.

13 No decurso do processo de recuperação, por compensação ou reposição, ficam suspensos os pagamentos ao beneficiário devedor no montante do valor em dívida. Caso durante o prazo de recuperação por reposição (30 dias úteis) dê entrada na EP um pedido de pagamento para aquele beneficiário, independentemente do PO, este pagamento é suspenso e é comunicado ao beneficiário a sua suspensão podendo o beneficiário, caso assim o entenda, solicitar que a regularização do montante em dívida seja feita por compensação.

14 Findo o prazo da recuperação por reposição e não tendo sido possível concretizar a recuperação nem por reposição nem por compensação, a EP comunica ao beneficiário que dará início a um procedimento de recuperação através de cobrança coerciva.

15 A EP pode, a requerimento fundamentado do devedor apresentado durante o prazo de recuperação por reposição ou até 30 dias úteis após a comunicação da EP ao beneficiário que dará início a um procedimento de recuperação através de cobrança coerciva, autorizar que a mesma seja efetuada em prestações, nas seguintes condições:

a) Por período que não exceda 36 meses;

b) O devedor preste garantia idónea nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário;

c) Sujeição ao pagamento de juros compensatórios à taxa fixada nos termos do n.º 1 do artigo 559.º do Código Civil.

Quando for autorizado que a reposição seja efetuada em prestações, o incumprimento de uma prestação determina o vencimento imediato das restantes. Em caso de incumprimento do dever de repor, a entidade competente para a recuperação do montante em dívida promove a mesma através de mecanismo legalmente previsto ou de cobrança coerciva por processo de execução fiscal

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podendo haver lugar à rescisão do contrato de financiamento a qual implica a obrigação de reposição da totalidade dos montantes recebidos pelo beneficiário.

16 Em caso de recuperação parcial da dívida, o montante recuperado é primeiro imputado aos juros legais e moratórios que se mostrem devidos e só depois a FEDER ou Fundo de Coesão.

17 O IFDR pode efetuar a recuperação de dívidas geradas em anteriores períodos de programação através da modalidade de compensação, independentemente do PO a que os montantes apurados e devidos ao beneficiário respeitem.

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5. Fluxos Financeiros

5.1.QREN FEDER e FC 2007-2013

O modelo de governação do QREN prevê que a gestão dos fluxos financeiros do FEDER e Fundo de Coesão seja assegurada pelo IFDR, tendo por objetivo favorecer a realização financeira de cada PO, de acordo com as regras estabelecidas no RGFFC.

5.1.1. Disposições regulamentares

O sistema de pagamentos relativo aos Fundos Estruturais comunitários, tanto no que respeita à determinação das entidades competentes, como às regras e procedimentos a observar para o efeito e aos circuitos financeiro e de informação que lhes estão subjacentes, encontra-se detalhadamente explicitado em regulamentação nacional, designadamente, no DL n.º 312/2007, no RGFFC e no Despacho n.º 16068/2008, dos Ministros das Finanças e da Administração Pública e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, de 20 de maio, publicado no DR n.º 112, de 12 de junho.

O artigo 16.º do DL n.º 312/2007, os artigos 25º, 27º e 29º do RGFFC e os Anexos n.º 1 (Fluxos Financeiros), 4 (transferências e Pagamentos), 5 (Devoluções) e 6 (Recuperação) do Despacho n.º 16068/2008 estabelecem o quadro jurídico tanto para a receção, organização e gestão pelo IFDR dos recursos FEDER e FC do QREN, como para as transferências a realizar para as AG dos PO das RA e OI, bem como os pagamentos a beneficiários.

5.1.2. Esquema geral dos circuitos financeiro e informativo

O circuito de informação relativo aos fluxos financeiros do QREN, pode resumidamente ser apresentado através do seguinte esquema:

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26 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão 1 2 3 4 5 6 7 8

As AG comunicam ao IFDR todas as informações relevantes em relação às dívidas ao respetivo PO utilizando o SCD.

O SIEP é automaticamente atualizado com a informação comunicada pelas AG através do SCD e pelo sistema de informação da Autoridade de Certificação (SIGA AC FEDER/FC). A EP desenvolve os procedimentos adequados à recuperação do montante em causa.

A EP notifica o beneficiário sobre o montante a restituir, o respetivo prazo e a fundamentação da decisão.

A reposição dos montantes é efetuada para a conta PO. As devoluções à CE são efetuadas a partir da conta Fundo.

1 2 3 5 6 4

*

Entrada de fundos: - CE - contas Fundos FEDER e FC

- conta PO - CTE.

Transferência das contas Fundos para as contas dos PO. Pedidos de Transferência/Pagamento efetuados diretamente no SIEP, pelas AG.

A EP recebe alerta de pedido submetido. A EP consulta o saldo da conta PO no IGCP.

Informação registada no SCD e no módulo de certificação. As transferências/pagamentos são processados em SIEP. O SIEP envia automaticamente uma notificação da transferência/pagamento para a AG e para os destinatários.

*

IGCP - OET CONTA FUNDO SIEP ENTIDADE PAGADORA AUTORIDADES DE GESTÃO IGCP COMISSÃO EUROPEIA Certificação de Despesa à CE Registo de dívidas Regularizações/Irregularidades 1 1 2 5 7 3 1 2 6 8 RECUPERAÇÕES AUTORIDADES DE GESTÃO DAS REGIÕES AUTÓNOMAS ORGANISMOS INTERMÉDIOS BENEFICIÁRIOS 3 4 5 CONTA PO 1 8 4 DEVOLUÇÕES 6 (SIGA AC) (SCD)

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27 M an ua is iFDR : pr oc ed im en to s da en ti da de pa ga do ra do fe de r e fu nd o de co es ão O gráfico seguinte indica as diversas contas criadas pelo IFDR junto do IGCP, em conformidade com o disposto no artigo 16º do DL n.º 312/2007 e no Anexo 1 do Despacho n.º 16068/2008, tanto por Fundo – uma para o FEDER e outra para o FC – como por Programa Operacional – uma para cada PO.

As contas relativas aos PO integrados no objetivo da Cooperação Territorial Europeia encontram-se também evidenciadas no gráfico.

Importa referir o mecanismo de antecipação de fundos por OET que vem sendo consagrado anualmente nas leis do Orçamento do Estado e igualmente previsto no Despacho n.º 16068/2008 e que possibilita, nas condições legalmente previstas, fazer face a situações de carência de tesouraria que inviabilizem o normal funcionamento das operações no terreno.

5.1.3. Entrada de fundos

As entradas de fundos no âmbito do QREN são provenientes de: transferências diretas da CE, OET, aplicações financeiras e juros credores.

5.1.3.1. Transferências da CE

As transferências da CE, para os PO FEDER e FC de âmbito nacional, são efetuadas diretamente pelos serviços da CE para as contas bancárias tituladas pelo IFDR, específicas para cada Fundo - QREN - FEDER e QREN - FUNDO DE COESÃO - designadas genericamente como contas Fundo e abertas para o efeito junto do IGCP.

Complementarmente, existe uma conta específica aberta para cada um dos PO nacionais (contas PO), por Fundo, para a qual são canalizados os recursos financeiros a mobilizar para a realização desse PO e cujo titular é também o IFDR.

Referências

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