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TÍTULO: CONTRACEPTIVOS DE URGÊNCIA: INDICAÇÕES, USO INDISCRIMINADO E EFEITOS INDESEJADOS

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: CONTRACEPTIVOS DE URGÊNCIA: INDICAÇÕES, USO INDISCRIMINADO E EFEITOS INDESEJADOS

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Medicina

INSTITUIÇÃO: FACULDADE SANTA MARCELINA - FASM

AUTOR(ES): VINÍCIUS JIMENES DE CAMPOS, CAROLINA LAPERUTA PAULETTI, ANA LIDIA DUTRA DOS SANTOS, GIOVANNA GARCIA STABILE, LUIZ PHELIPE TAVARES RODRIGUES, GIOVANNA ROSSI MARTINS ORIENTADOR(ES): ADILSON MARQUES DA SILVA

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Resumo:

O contraceptivo de emergência (CE) é um medicamento a base de levonorgestrel, utilizado pós-coito, com o objetivo de prevenir uma gravidez indesejada em situações emergenciais, como a falha dos outros métodos contraceptivos aplicados, violência sexual ou relação sexual desprotegida. O objetivo do presente trabalho é analisar o uso indiscriminado de contraceptivos de emergência na população e por estudantes da área da saúde, avaliar os níveis de conhecimento e origens das informações sobre o uso do fármaco, bem como seus impactos negativos na saúde das mulheres. Como metodologia utilizamos a pesquisa de revisão bibliográfica realizada com busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Desenvolvimento: A falta de informação sobre o contraceptivo de emergência tem causado uma trivialização do uso desse medicamento. Portanto, há uma necessidade de maior aprofundamento no assunto, promovendo um conhecimento maior para o público alvo e para os estudantes da área da saúde. Esse futuros profissionais apresentaram uma carência de dados sobre o tema nas pesquisas realizadas, o que é preocupante, já que eles são essenciais para a conscientização da população sobre o uso de levonorgestrel, suas reações adversas mais comuns, que incluem: náuseas, vômitos, sangramento uterino irregular, distúrbios no ciclo menstrual, aumento da sensibilidade na região das mamas e das consequências em casos de futuras gestações.

Introdução:

Os anticoncepcionais orais foram introduzidos no Brasil a partir da década de 70 e o levonorgestrel a partir da década de 90 (TOSE et al., 2020). Os quais contribuíram para a conquista da independência feminina acerca da autonomia do próprio corpo, juntamente com a lei n 9.263, a qual versa sobre o direito ao planejamento familiar dos casais brasileiros (LACERDA; PORTELA; MARQUES, 2019). Esses 2 fatores garantem a possibilidade de escolha de ter ou não filhos.

O contraceptivo de emergência (CE) é uma pílula de uso oral a base de levonorgestrel e pode ser apresentado na posologia de dose dupla ou dose única, sendo a dupla de 0,75 mg de levonorgestrel e dose única de 1,5 mg (SOUSA; CIPRIANO, 2019). Tem como objetivo a prevenção de uma gravidez indesejada em casos de emergência, sendo indicado após a falha de outros métodos contraceptivos ou violência sexual.

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O mecanismo de ação inibe ou retarda a ovulação, também altera a motilidade tubária e aumenta progesterona, não funciona se já tiver ocorrido a nidação, não sendo, portanto, de caráter abortivo, além disso ele não previne contra as IST (Infecções sexualmente transmissíveis). Os efeitos adversos são: retenção hídrica (inchaço), cefaleia, náuseas, vômitos, hemorragias, sensação de falta de ar, gravidez ectópica, aumento do risco de cistos ovarianos, elevação da pressão arterial e perturbação do ciclo menstrual. Em relação ao uso repetitivo, pode ter como efeito adverso a gravidez indesejada e a infertilidade. A eficácia da CE até as primeiras 24 horas apresentou falha de 2%, das 25 às 48 horas de 4,1% e das 49 às 72 horas de 4,7% de falha, podendo ser utilizada até 120 horas após o ocorrido (SOUZA; CIPRIANO, 2019).

Sobre os métodos contraceptivos de caráter não emergencial nota-se que as mulheres fazem uso de: 22,1% anticoncepcionais orais, 12,9% preservativo, 3,5% injeção hormonal, 1,5% DIU e 2,4% da tabela ou coito interrompido(SOUZA; CIPRIANO, 2019). Já o método contraceptivo emergencial, foi utilizado na falha desses citados, em casos de violência sexual, e quando não ocorreu o entendimento completo dos outros métodos mencionados. Além disso, observa-se que optam pela CE em relações, nas quais o homem se recusa a usar preservativo.

É importante ressaltar que a quantidade de vezes que utilizaram o CE no último ano segundo LIMA, F.C.F; SILVA, L.C.M; ADAMI,E.R (2018): 25% nunca usou, 34 % usou de 1 a 2 vezes, 2% usou de 3 a 4 vezes, 2% mais de 5 vezes e 37 % não usou. Em referência à prevalência do método que estava usando quando utilizou o CE: pílula 29%, preservativo 16%, nunca usou 25 %, outros 7% e nenhum 23%. Também tem como prevalência a faixa etária de 16 a 30 anos e classe socioeconômica que recebe menor ou igual a 3 salários-mínimos(SOUZA; CIPRIANO, 2019).

Os principais meios pelos quais as mulheres em questão se informam sobre a CE são: indicações de amigos ou conhecidos, internet, jornais, escola, faculdade e não de profissionais de saúde como deveria ocorrer (TOSE et al, 2020)(SOUSA; CIPRIANO, 2019)(LIMA; SILVA; ADAMI, 2018). Isso se mostra como uma consequência negativa à população, pois o remédio tem um preço acessível, não requer prescrição, sendo a obtenção do CE facilitada. Além disso, o profissional que deveria estar habilitado para vender, não cumpre com o papel de prevenir o uso incorreto e indiscriminado (SOUZA; CIPRIANO, 2019)(LACERDA; PORTELA;

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MARQUES, 2019). Como também se observa que dentro das faculdades da área da saúde carece a educação a respeito do tema. Sendo todos esses fatores contribuintes para o uso indiscriminado de CE na população.

Objetivos:

Este trabalho tem como objetivo analisar o uso Indiscriminado de contraceptivos de emergência na população e por estudantes da área da saúde, avaliar os níveis de conhecimento e origens das informações sobre o uso do fármaco, bem como seus impactos negativos na saúde das mulheres.

Metodologia:

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica. Seus dados foram retirados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Foram selecionadas seis referências de artigos sendo cinco publicados entre 2018 e 2020. Dentre eles, um artigo de revisão Sistemática de literatura, utilizando-se como descritores: contracepção de emergência, automedicação, efeitos adversos, saúde da mulher.

Desenvolvimento:

A atual banalização do uso do anticoncepcional de emergência (AE) é inegável e reforçada em todos os artigos analisados. Na presente revisão de literatura, identificou-se como principal fator motivador para tal a carência de conhecimentos de seu público alvo, o que enfatiza a importância de um maior aprofundamento no assunto, sobretudo em instituições de ensino da área da saúde, evitando, quando possível, que as pacientes passem pelos efeitos colaterais do fármaco.

Abordando a questão das situações para uso de AE, identificou-se como um consenso entre quase todos os artigos pesquisados o seu uso seguro quando reservado para situações emergenciais, tais como uso inadequado ou danificação do método contraceptivo normalmente utilizado, relações sexuais desprotegidas ou situação de violência sexual (GASPAR, 2019).

Contudo, que não é verossímil, visto que o fato da maioria das pessoas que adquirem o produto o fazem via automedicação, sem consultar-se com um profissional ou apresentar prescrição médica, sendo a dificuldade para ser atendido no sistema de saúde pública no Brasil uma forte motivação (TOSE et al, 2020). Esta dificuldade é real, porém este estudo identificou como motivador para uso discriminado mais comum a falta de conhecimento sobre o fármaco ou ainda uma aquisição de informações equivocadas a respeito na internet (SOUZA;CIPRIANO,

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2019), devido a relativa facilidade atual em encontrar informações sobre o assunto nesse meio (TOSE, et al, 2020).

Percebe-se ainda que a carência de informações não se reserva ao público leigo, uma vez que em um estudo no Peru realizado por MAYHUA (2019), 55% dos estudantes de medicina que estavam no internato ainda consideravam o AE como um medicamento de uso regular. Poderia-se supor que esse resultado não condiz com a realidade brasileira, se estudos com outros acadêmicos na área da saúde não revelassem um conhecimento superficial do assunto. Levando tal carência em consideração, é de suma importância maiores aprofundamentos nessa área, sobretudo nas instituições de ensino superior farmacêuticas(LIMA; SILVA; ADAMI, 2018).

Supostamente, seus graduandos constituem a última barreira entre o paciente e seu plano terapêutico; sendo, pois, imprescindível que estes profissionais disponham de informações a respeito dos métodos contraceptivos, incluindo AE, visando à orientação do comprador do medicamento, aconselhando-o sobre melhores possibilidades terapêuticas, forma correta de uso, ou ainda cumprir o papel de sugerir que o paciente passe em consulta(TOSE et al, 2020).

Finalmente, para que se entenda a importância dessa discussão, deve-se relembrar que o anticoncepcional de emergência apresenta elevadas concentrações hormonais, apresentando diversos efeitos colaterais. Entre as reações adversas mais frequentemente observadas foram náuseas, vômitos, sangramento uterino irregular, distúrbios no ciclo menstrual, aumento da sensibilidade na região das mamas. Além das reações adversas ao medicamento foi mencionada por LIMA, SILVA e ADAMI (2020), e por TOSE, et al (2020), a existência de consequências em casos de futuras gestações: anomalias fetais e gravidez ectópica. Como um prejuízo adicional do AE, observa-se que ele não protege contra ISTs.

Resultados preliminares:

Pode-se concluir que os AE são utilizados em sua maioria, por pessoas menos instruídas, de classe socioeconômica mais baixa e idade de 16 a 30 anos. Mas, por outro lado ainda é utilizado por pessoas não-leigas, como estudantes de medicina. Também é importante ressaltar que sua utilização não previne em nada ISTs e sua maior utilização terapêutica é em casos de falha de contraceptivos de barreira ou violência sexual. Com isso, fica claro que o tema merece mais atenção e deve ser abordado de forma mais ampla dentro da sociedade, visto que existem métodos

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contraceptivos mais simples, mais seguros, mais eficientes e até mesmo mais baratos.

Fontes consultadas:

TOSE, B. S, et al. O Uso excessivo do Levonorgestrel por mulheres em idade fértil moradoras do município de Seringueiras/RO. Revista Saberes da Faculdade de

São Paulo-FSP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. [S.I], jun 2020.

SOUZA, L. G; CIPRIANO, V. T. F. Contraceptivo oral de emergência: indicações, uso e reações adversas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 22, n. e665, p.1-5, abr 2019.

LACERDA, J.O.S; PORTELA, F.S; MARQUES, M.S. O uso indiscriminado da Anticoncepção de Emergência: Uma Revisão sistemática da Literatura. Id on line

Revista Multidisciplinar e de Psicologia, v.13, n.43, p.379-386, 2019.

LIMA, F.C.F; SILVA, L.C.M; ADAMI, E.R. Uso de contraceptivos de emergência universitárias da área da saúde do curso de farmácia. Revista UNIANDRADE, v.21, n.2, p.82-88, 2018.

GASPAR, A.M. Nivel de conocimentos y actitudes sobre anticoncepcion oral de

emergencia en estudiantes de medicina humana. 2019 Dissertação [mestrado]-

Referências

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