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INFLUÊNCIA DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO EM HÍBRIDO DE E. UROGRANDIS CULTIVADOS A CAMPO 1

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Academic year: 2021

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Projeto financiado com recursos financeiros do FUNDECT. 2

Mestrando em Agronomia (Produção Vegetal), UEMS, Caixa Postal 25, CEP 79200-000, Aquidauana, MS. Fone (67) 39042943. e-mail: gabrielqo@hotmail.com.

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Prof. Doutor, Tutor e Bolsista PET. UEMS/Aquidauana - MS. 4

Graduando em Engenharia Florestal, UEMS/Aquidauana - MS. 5

Prof. Doutor, Engenharia Florestal. UEMS/Aquidauana - MS..

INFLUÊNCIA DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO EM

HÍBRIDO DE E. UROGRANDIS CULTIVADOS A CAMPO

1

G. Q. Oliveira2; A. S. Lopes3; L. H. Jung2; J. C. L. Oliveira4; K. R. M. Brito4; N. H. Rego5

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o híbrido de eucalipto “Urograndis” submetido

a diferentes sistemas de irrigação, à campo, em Aquidauana-MS. O experimento foi realizado na área experimental de irrigação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, em Aquidauana-MS. O delineamento experimental empregado foi de blocos casualizados, em parcelas subdivididas no tempo, com quatro blocos. As parcelas foram compostas pelos tratamentos de irrigação (gotejamento e microaspersão) e sequeiro; e, as subparcelas, quatro períodos de análises (90, 120, 150 e 180 dias após transplante). Foram avaliados a altura de plantas (ALT), diâmetro de caule (DCa), área basal de caule (ABCa) e volume de caule (VCa). Os dados foram submetidos à análise de variância e compradas pelo teste Tukey no nível de 5% de probabilidade e, ainda, foi realizada análise de regressão para o fator dias após transplante. Conclui-se que o sistema de irrigação por microaspersão é superior para todos os parâmetros em relação ao sequeiro. É observado crescimento linear para ALT e DCa, enquanto ABCa e VCa apresentam comportamento exponencial.

PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus spp., microaspersão, gotejamento.

INFLUENCE OF IRRIGATION SYSTEMS FOR HYBRID

E. urograndis CULTIVATED IN FIELD

SUMMARY: The objective of this study was to evaluate the hybrid "Urograndis" subjected to

diferente irrigation systems, the field in Aquidauana-MS. The experiment was conducted at the experimental irrigation, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, in Aquidauana-MS. The experimental design was a randomized block in split plots in time with four blocks. The plots were composed by irrigation strategies (drip and microsprinkler) and dryland, and subplots, four periods of analysis (90, 120, 150 and 180 days after transplant). We evaluated the plant height (ALT), stem diameter (DCa), stem basal área (ABCa) and stem volume (VCa). The data were submitted to ANOVA and Tukey's test purchased at a 5% probability, and also regression analysis was performed for the fator days after transplantation. It follows that the microsprinkler irrigation system is higher for all parameters in relation to dryland. Linear growth is observed for ALT and DCa, while ABCa and VCa present exponential behavior.

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INTRODUÇÃO

A cultura do eucalipto é cultivada por quase todo o território nacional, sendo que grande parte dessa área, em função de estresse hídrico, apresenta limitações ao desenvolvimento das plantas (VELLINI et al., 2008). De acordo com ALVES (2007), por diversas razões, entre elas sua rusticidade, alto custo envolvido na implantação de sistemas de irrigação em função das dimensões das áreas de plantio e, ainda, por ser uma cultura tradicionalmente de sequeiro, são poucas as informações existentes sobre as necessidades hídricas da cultura do eucalipto.

Leite (1996) afirma que variações na produtividade do eucalipto estão relacionadas às diferenças de suprimento de água, aeração do solo, restrição mecânica ao crescimento de raízes e suprimento de nutrientes, sendo que, entre estas, a água é considerada um dos fatores que mais influencia o crescimento das árvores. Portanto fica claro que estabelecer relações entre consumo hídrico pela cultura do eucalipto, pode contribuir no potencial produtivo final dos plantios silviculturais.

Vários são os fatores que influenciam o desenvolvimento e a produtividade das plantas, dentre eles a irrigação, que tem como principal finalidade proporcionar umidade necessária para o crescimento e desenvolvimento das plantas em menor período de tempo, pois a água representa cerca de 50% da biomassa fresca das espécies lenhosas (KRAMER & BOYER, 1995, apud LOPES et al., 2007).

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o híbrido de eucalipto “Urograndis” (Eucaliptus urophilla x Eucaliptus grandis) submetido a diferentes sistemas de irrigação a campo em Aquidauana-MS.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi conduzida na área experimental de agricultura irrigada da Unidade Universitária de Aquidauana - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UUA/UEMS), localizada no município de Aquidauana - MS, com coordenadas geográficas 20°20’ Sul, 55°48’ Oeste e altitude média de 174 metros. O clima da região, segundo a classificação Köppen, foi descrita como Aw, definido como clima tropical quente sub-úmido, com estação chuvosa no verão e seca no inverno e precipitação média anual de 1200 mm. O solo da área é classificado como Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico.

O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com parcelas subdivididas no tempo, utilizando quatro blocos e duas replicações dentro de cada bloco (BANZATTO & KRONKA, 1989). Os tratamentos empregados nas parcelas corresponderam a dois sistemas de irrigação (microaspersão e gotejamento) e uma área de sequeiro. Nas subparcelas, os tratamentos foram os quatro períodos de avaliação (90, 120, 150 e 180 dias após transplante - DAT). Foi empregado o clone I224 do híbrido Urograndis (Eucaliptus urophilla x Eucaliptus grandis).

O manejo de irrigação foi baseado na estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) a partir da equação de Penman-Monteith (ALLEN et al., 1998). As análises iniciaram-se aos 90 DAT (20 de julho de 2011), sendo realizadas a cada 30 dias, até os 180 DAT, onde foram mensurados a altura de plantas (ALT) e diâmetro do caule (DCa) (10 cm da superfície do solo). Com esses parâmetros, foi possível quantificar a área basal do caule (ABCa) e o volume de caule (VC), que foi estimado conforme a equação 1.

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em que: VC – volume de caule, cm3; ABCa – área basal do caule a 10 cm da superfície do solo, cm2; ALT – altura de planta, cm; 0,5 – fator de forma de eucalipto (VILAS BÔAS et al., 2009).

Foi realizada a análise de variância, onde procedeu-se o teste de comparações de médias Tukey a 5% para os tratamentos de irrigação e análise de regressão para o fator DAT.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1, encontra-se o resumo da análise de variância com os quadrados médios e seus respectivos níveis de significância, e os índices de variação para cada parâmetro avaliado. Verifica-se que o eucalipto foi influenciado pela irrigação nos seguintes parâmetros: altura de planta (ALT), diâmetro do caule (DCa), diâmetro da copa (DCo), área basal do caule (ABCa) e volume do caule (VCa). Também houve influência da irrigação no fator tempo. Não houve interação entre os fatores de variação, irrigação e tempo.

Tabela 1. Quadrado médio e índice de variação (IV) da altura de planta (ALT), diâmetro do caule (DCa), área basal do caule (ABCa) e volume do caule (VCa) de eucaliptos em Aquidauana-MS, 2011.

FV GL ALT DCa ABCa VCa

Bloco 3 628,916 0,295 0,924 2722,272 Irrigação (I) 2 2123,893* 0,561* 1,498* 4497,247* Residuo (a) 18 381,573 0,141 0,408 1288,588 IV (%) - 11,71 14,63 29,41 44,06 DAT (D) 3 5667,866*** 2,863*** 7,937*** 1288,588*** I x D 6 80,484 ns 0,034ns 0,215ns 1057,963 ns Residuo (b) 63 45,784 0,019 0,102 503,338 IV (%) - 4,05 5,31 14,73 27,53

significativo a 5% de probabilidade; ** significativo a 1% de probabilidade; *** significativo a 0,01% de probabilidade; ns não significativo.

Em todos os parâmetros verifica-se a superioridade da microaspersão em relação ao sequeiro que, por sua vez, não diferiu do gotejamento (Tabela 2). A altura de plantas, diâmetro do caule, área basal do caule e volume de caule foram, respectivamente, de 66,43 cm, 1,04 cm, 0,98 cm2 e 40,32 cm3 para microaspersão e 50,29 cm, 0,77 cm, 0,55 cm2 e 16,64 cm3 para o sequeiro, evidenciando os problemas causados pelo estresse hídrico para a planta e, consequentemente, na produtividade de madeira.

Tabela 2. Altura de planta (ALT), diâmetro do caule (DCa), área basal do caule (ABCa) e volume do caule (VCa) de eucaliptos para os sistemas de irrigação em Aquidauana-MS, 2011.

Sistemas de irrigação ALT (cm) DCa (cm) ABCa (cm2) VCa (cm3)

Gotejamento 60,28 ab 0,91 ab 0,77 ab 29,45 ab

Microaspersão 66,43 a 1,04 a 0,98 a 40,32 a

Sequeiro 50,29 b 0,77 b 0,55 b 16,64 b

DMS 12,47 0,24 0,41 22,91

Médias seguidas de letras diferentes, nas colunas, diferem entre si no nível de 5% de probabilidade pelo teste Tukey. DMS = diferença mínima significativa

Com a redução do conteúdo de água no solo e consequente declínio do potencial hídrico na planta, o que provavelmente ocorreu no sequeiro, boa parte dos processos vitais é afetado nas mesmas. A deficiência hídrica pode produzir decréscimo no volume celular, aumento na concentração do conteúdo celular e, progressiva, desidratação do protoplasma, redução na taxa fotossintética e fechamento estomático (LARCHER, 1995), o que em espécies lenhosas pode resultar em menor produção de madeira e altura. Resultados semelhantes foram encontrados por Reis et al. (2006), avaliando 5 clones de eucalipto na região de Inhambupe – BA, também

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observaram a influência da irrigação no crescimento desta espécie, onde os tratamentos irrigados apresentaram maior altura de plantas em relação ao tratamento não irrigado.

Observa-se, na Figura 1, que os parâmetros ALT e DCa apresentarem comportamento linear crescente, enquanto que ABCa e e VCa apresentaram comportamento exponencial, o que já era esperado em função do rápido crescimento desta espécie florestal. Foram observados incrementos médios, no período 90 – 180 DAT, aproximadamente de 77%, 136%, 462% e 947% para ALT, DCa, ABCa e VCa, respectivamente.

Figura 1. Análise de regressão da altura de eucalipto (a), diâmetro de caule (b), área basal de caule (c) e volume de caule (d) do eucalipto Urograndis, em diferentes sistemas de irrigação em Aquidauana-MS.

CONCLUSÃO

A aplicação de água para o eucalipto em desenvolvimento inicial em Aquidauana-MS, utilizando o sistemas de irrigação por microaspersão, propicia maior altura de plantas, diâmetro do caule, área basal do caule e volume de caule, em relação ao sequeiro.

Em função do tempo, a altura de plantas, diâmetro de caule e volume de caule apresentam crescimento linear, já a área basal do caule apresenta comportamento exponencial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D.; SMITH, M. Crop Evapotranspiration: guidelines for computing crop requirements. Roma: FAO, 1998. 301 p.

ALVES, M.E.B. Disponibilidade e demanda hídrica na produtividade da cultura do eucalipto. Viçosa, 2009. 136 f. Tese (Doutorado em Meteorologia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, UFV. BANZATTO, D.A.; KRONKA, S.N. Experimentação Agrícola. Jaboticabal: FUNEP, 1989. 247 p.

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LARCHER, W. Physiological plant ecology. 3. ed. New York: [s.n.], 1995. 506 p

LEITE, F.P. Crescimento, relações hídricas, nutricionais e lumínicas em povoamentos de Eucaliptus grandis em diferentes densidades populacionais. Viçosa, 1996. 90 p. Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal de Viçosa, UFV.

LOPES, J. L. W.; GUERRINI, I. A.; SAAD, J. C. C.; SILVA, M. R. Nutrição mineral de mudas de eucalipto produzidas sob diferentes lâminas de irrigação e substratos. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.31, n.4, 2007.

REIS, G.G.; REIS, M.G.F.; FORTAN, I.C.I.; MONTE, M.A.; GOMES, A.N.; OLIVEIRA, C.H.R. Crescimento de raízes e da parte aérea de clones de híbridos de Eucalyptus grandis X Eucalyptus urophylla e de Eucalyptus camaldulensis X Eucalyptus spp submetidos a dois regimes de irrigação no campo. Revista Árvore, Viçosa, v.30, n.6, p.921-931, 2006.

VELLINI, A.L.T.T.; PAULA, N.F.; ALVES, P.L.C.A.; PAVANI, L.C.; BONINE, C.A.V.; SCARPINATI, E.A.; PAULA, R.C. Respostas fisiológicas de diferentes clones de eucalipto sob diferentes regimes de irrigação Revista Árvore, Viçosa, v.32, n.4, p.651-663, 2008.

VILAS BÔAS, O.; MAX, J.C.M.; MELO, A.C.G. Crescimento comparativo de espécies de Eucalyptus e Corymbia no município de Marília, SP. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 63-72, 2009

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