Via Permanente
Universidade Júlio de Mesquita Filho - UNESP
Campus Bauru
Departamento de Engenharia Civil
1 MALHA FERROVIÁRIA NACIONAL
2 PARTICIPAÇÃO DAS FERROVIAS NO TRANSPORTE DO PAÍS
VIA PERMANENTE
3
4
5
MECÂNICA DA LOCOMOÇÃO FERROVIÁRIA
PLANO OPERACIONAL
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
• Vocação • Carga
• Longa distância; • Grande volume;
• Baixo valor específico; • Ex: grãos,minérios, etc.;
Característica dos veículos
• Roda solidária ao eixo
• Existência de frisos nas rodas • Conicidade das rodas
• Paralelismo dos eixos do truque • Carga na ponta dos eixos
• Roda dentro do gabarito da • caixa
Características básicas da linha de
ferrovias
• É preparada para receber grandes pesos por eixo (20 a 30t é comum!!!!)
• Possui componentes ligados com a rigidez adequada
• É construída prevendo operações para manutenção (ou: “conserva”)
• Tem geometria compatível com o trem, sua segurança e controle
Carga na ferrovia (36 solicitações!)
• P = peso por eixo do trem (t);
• V = velocidade do trem de passageiros (km/h) • I = Coeficiente de impacto
• Carga para cálculo: Pc =P.I
2
1
(
100
/ )
30000
V
Principais funções do trilho
• Ser a superfície de tráfego e guia dos trens • Suportar os esforços transmitidos pelo trem
(36 !!! Estáticos ou dinâmicos)
• Distribuir e transmitir tais esforços
• Contribuir para a rigidez longitudinal da linha • Suportar e transmitir os esforços atribuídos à
OS TRILHOS
• HOJE USA-SE O TRILHO VIGNOLE.
• A NOTAÇÃO É TR n, n é aproximadamente o número de quilo por metro de aço no trilho • OS PERFIS ATUAIS EM FABRICAÇÃO SÃO OS
TRs 45, 50, 57 e 68
• As principais normas da ABNT são a CB 23, a PB 12 e a EB 119
COMPRIMENTO DE TRILHOS
• DA SIDERÚRGICA: 12, 18, 24m
• MAS A FERROVIA SOLDA OS TRILHOS EM OFICINA, OU NA LINHA
• FEPASA - RIO CLARO: 300m • SNCF: 300m
Bitola: distancia entre os boletos de
trilhos
Bitolas mais usuais
• Métrica: 1,00m • Larga: 1,60m
A bitola define as relações geométricas
trem-via
Dormentes
• Viga transversal que transmite ao lastro os esforços transmitidos pelos trilhos
• Os materiais que o compõem podem ser: madeira,
aço, ou, concreto
FIXAÇÕES
• Ligam os trilhos ao dormente
Lastro e sub-lastro
• Distribuem as cargas à plataforma
• Os materiais que o compõem podem ser: solo, areia, escórias, pedras, cascalhos,
pedregulhos, pedra britada (o mais comum) • A “soca” é a operação para compactar o lastro
e fornecer a resistência para suportar as cargas
Soca: é efetuada abaixo dos
dormentes, “região de soca”
• Manual (com a soca, um tipo especial de picareta), ou
Juntas entre trilhos
• São os espaços entre trilhos
• O tamanho das juntas é denominado “folga de junta”
• Quando a folga de junta é zero, a junta é denominada “topada”
• A folga de junta varia ao longo do tempo • A máxima folga de junta entre trilhos é
Talas para junção entre trilhos
• Ligam trilhos nas juntas
• Transmitem tração, ou compressão entre os trilhos
Aparelhos para mudar direções dos
trens nas linhas
SOBRELEVAÇÃO: diferença de altura
entre boletos dos trilhos
• V = velocidade em km/h;
• R = raio da curva em metros • S = sobrelevação em metros
S
b V
R
b
bitola
l
ura do boleto
'
'
( arg
)
2127
A velocidade na curva leva a
acelerações laterais:
• Centrípeta: • Compensada, ou ideal nas curvas: • Não compensada, ou de reações de boletos: centrípeta c V R 2 compensada comp Vteórica
R
2
MAS, O USUÁRIO SUPORTA:
2 2
0,85 /
m s
naocompensada0,65 /
m s
CONCORDÂNCIA EM PLANTA
• PC: ponto de curva
• PI: ponto de intersecção • PT: ponto de tangente • AC: ângulo central
• Î: ângulo de deflexão AC = Î
• PC – PI e PI – PT: tangentes externas • PC – PI = PI – PT
CONCORDÂNCIA EM PLANTA
Para AB ≠ 20m: Para AB = 20m:
• Tangentes exteriores
• Cálculo do Desenvolvimento
360º → 2πr AC → D
CONCORDÂNCIA EM PLANTA
RAIO DASOBRELEVAÇÃO: diferença de altura
entre boletos dos trilhos
• V = velocidade em km/h;
• R = raio da curva em metros • S = sobrelevação em metros
S
b V
R
b
bitola
l
ura do boleto
'
'
( arg
)
2127
Problemas no dimensionamento pelo
método teórico
Na via projetada para velocidade máxima prevista para trens de passageiros, aparecem os seguintes problemas:
• Utilização da via por diversos tipos de veículos • Veículos de manutenção mais lentos (risco de
tombamento para o lado interno da curva); • Desgaste excessivo do trilho interno;
Superelevação prática
• Via projetada para velocidade diretriz;
• Velocidade máxima prevista para trens de passageiros;
• Trens de carga e manutenção utilizam a mesma via;
Critérios racionais:
• Conforto
A aceleração centrífuga não equilibrada não pode causar desconforto aos passageiros
• Segurança
Parte da força centrífuga não é equilibrada, mas a
estabilidade é garantida por um coeficiente de segurança
Os critérios são equivalentes em seus resultados
Superelevação prática
Conforto
Para velocidade em km/h
Para bitola larga
Basicamente, podemos indicar: • bitola métrica : η = 0,45 m/s2 • bitola larga: η = 0,65 m/s2
Segurança
• Parte da força centrífuga não é equilibrada, mas a estabilidade é garantida por um coeficiente de segurançaSuperelevação máxima
• Superelevação máxima : evita o tombamento do trem
para o lado interno da curva quando este está parado
sobre ela.
• d = deslocamento do centro de gravidade (~0,1 m) • H: ~1,5 m para locomotivas diesel-elétricas e 1,8 para
vagões fechados carregados até o teto
A velocidade na curva leva a
acelerações laterais:
• Centrípeta: • Compensada, ou ideal nas curvas: • Não compensada, ou de reações de boletos: centrípeta c V R 2 compensada comp Vteórica
R
2
MAS, O USUÁRIO SUPORTA:
2 2
0,85 /
m s
naocompensada0,65 /
m s
VELOCIDADE LIMITE
Máxima velocidade com que um trem pode
percorrer uma curva que tenha superelevação prática máxima
SITUAÇÕES POSSÍVEIS
SOBRECARGA NOS TRILHOS DA
CURVA
SOBRECARGA NOS TRILHOS DA CURVA
Momento em relação ao trilho interno
SOBRECARGA NOS TRILHOS DA CURVA
Momento em relação ao trilho externo
Concordância em planta com curvas de
transição
• Curvatura: inverso do raio • Curva em planta
• Diagrama de curvatura
• Variação brusca de curvatura: repercute sobre os passageiros, cargas, veículo e via
Concordância em planta com curvas de
transição
• Curva de transição: variação contínua de C = 0 a C = 1/R
Evita:
• Desconforto
• Custo
• Risco
Concordância em planta com curvas de
transição
• Implantação da superelevação na curva de transição
Concordância em planta com curvas de
transição
• Expressão que relaciona raio da curva de transição num ponto com a distância
percorrida nesta curva
• Clotóide;
• Espiral de Cornu;
Instalação da curva de transição
• Dificuldade de implementação da curva de transição:
Instalação
• Define-se a máxima variação tolerável da superelevação (por exemplo: 1mm/m);
Traçado Vertical – Concordância
• Evitar coincidência das curvas verticais com AMV
• Curvas: circulares, parabólicas ou elípticas • Circulares: quanto maior o raio, maior o
conforto e o custo.
Europa: 5000 a 10000 m; Brasil: 1500 m;
Traçado Vertical – Concordância
• Parabólicas: mais empregadas no Brasil e EUA • c: é tabelado, função da classe da ferrovia e
Traçado Vertical – Concordância
• Inclinação de 1% a 2%, podendo chegar a 4% (METRÔ e TGV)
• Metrô de São Paulo, Metrô de Salvador Rampa máxima: 4%
• DNIT