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Actualização da Segurança Alimentar em Moçambique: 18 de Dezembro 2001

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The Famine Early Warning Systems Network (FEWS NET) é financiado pela USAID e gerido pela Chemonics International, Inc.

FEWS NET Mozambique • Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural • Direcção Nacional de Agricultura

PO Box 1406 • Maputo, Moçambique

Telefone: (258-1) 460008/460195/460588 • Facsimile: (258-1) 460588 • E-Mail: mlibombo@fews.net

Actualização da Segurança Alimentar em Moçambique: 18 de Dezembro 2001

• O Intitulo Nacional de Gestão de Calamidade (INGC) apresentou no dia 13 de Dezembro 2001 o rascunho do Plano de Contingência para a sua discussão com os elementos chaves ligadas ao sistema de

informação, mitigação, resposta e recuperação dos desastres naturais. Em finais de Dezembro espera-se ter a versão final deste plano. • Devido as chuvas acima do normal na região Sul de Moçambique e nos

Países vizinhos, os Rios Limpopo, Umbeluzi, Incomati estão perto do nível de alerta. De Facto o Rio Limpopo ultrapassou os níveis de alerta no dia 12-13 de Dezembro 2001. De realsar que, chuvas normais para acima do normal são sinais de preocupação para as regiões Sul e Centro do País, regiões estas que estão com os solos saturados devido as cheias de 1999/00 e 2000/01.

• As sementeiras e sachas estão a decorrer de forma satisfatória no Sul e Centro do País. No Norte, onde ainda não começou a chover, os camponeses dedicam-se basicamente a preparação dos solos. O preço a retalho do milho continua a sua subida sazonal no presente mês tendo assim o ano comercial de 2001?2002 ter atingido os picos mais alto de subida de preço. Em contraste os preços a retalho da mandioca e feijão vulgar são baixos

• O aumento dos preços de milho estão afectar no empobrecimento do poder de compra dos consumidores, particuilarmente aqueles mais pobre, nas cidades. Todavia, os camponeses estão muito satisfeitos com o aumento de preços de milho que poderá ser um incentivo para a produção deste cereal no Paíos.

• A segurança alimentar no País apresenta-se satisfactório ao nível nacional. Neste momento algumas regiões do país estão a atravessasr o periödo mais crítico (de Dezembro até Feveriro) em termos de stocks existentes nos celeiros. Contudo devido ao facto de que o feijão vulgar do Inverno foi colhido e alta abundância da mandioca, as famílias estão a incluir estes dois alimentos mais nas suas refeições.

• Os programas de ajuda alimenatr continuam a decorrer no País. Cerca de 2,100 MT de alimentos foram distribuidos a 70,000 benificiários na forma de Alimento para Reabilitação.

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Mocambique FEWS NET Actualização da Segurança Alimentar, 13 de Dezembro o 2001 2

GOVERNO APRESENTA O PRIMEIRO RESCUNHO DO PLANO DE CONTIGENCIA

O Instituo Nacional de Gestão de Calamidade (INGC) apresentou no dia 13 de Dezembro 2001 o rascunho do Plano de Contingência para a época chuvosa de

2001/2002 (Outubro/Novembro até Março) para análise e discussão com os técnicos do Governo, doadores, o sistema das NU, e as ONGs. Este plano foi feito de forma

participativa onde as pessoas e/ou instituições chaves contribuíram na concepção do mesmo. As contribuições foram desde a base (distrito) até ao topo ( nível nacional) e a análise das lições aprendidas das duas cheias passadas foram também úteis para o plano. O plano de contingência inclui população potencialmente em risco as cheias, ciclones ou seca.

Segundo o INGC cerca de 1, 6 milhões pessoas podem estar

afectadas pelas cheias; 1, 3 milhões pessoas podem ser afectados por ciclones e 800 mil

Cerca de 8,000 MT de alimentos vão ser preposiciondos em lugares seguros em Maputo, Beira, Tete, Nampula e Quelimane. Esta acção visa permitir rapidez de resposta ao nível local. A versão final do Plano de Contingência será apresentada em finais de Dezembro.

RIOS NO SUL DE MOÇAMBIQUE ESTÃO PERTO DOS NÍVEIS DE ALERTA

Devido as intensas chuvas no Sul de Moçambique e nalguns Países da região

(África do Sul, Swazilândia, e Botswana) os rios da região Sul do País estão próximos do nível de alerta (Figura 1). O Rio Limpopo no Chokwé ultrapassou o nível de alerta

Região Cheias Ciclones Seca

Norte 171,481 745,010 127,366 Centro 407,166 118,524 274,435 Sul 1,055,721 409,135 432,727 Total 1,634,368 1,272,669 834,528

Figura 1: Níveis Rios Comparados ao Níveis de Alerta (%) 12-13 Dezembro 2001

Rio Limpopo Rio Incomati

Fonte: ARA- SUL

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em 12-13 de Dezembro. Esta situação ainda não causou danos humanos, contudo as populações foram avisadas para retirarem-se para lugares seguros situação que, exige uma monitoria dos níveis dos rios como da precipitação assim que a estação progride.

CHUVAS ACIMA DO NORMAL FORAM REPORTADAS NA REGIÃO SUL DE MOÇAMBIUE

Após um inicio tardio das chuvas em Moçambique, a região Sul, particularmente a Província do Maputo, registou quedas de precipitação acima do normal desde a primeira década de Novembro. Na região Centro do País, verificaram-se chuvas

normais e a região Norte ainda não reportou o inicio das chuvas (Vide o Mapa). Os factores que originaram chuvas fortes em vários locais das Províncias do Maputo, Gaza e Inhambane são a passagem das linhas de convergência associados ao sistema de baixas pressões, a influência do movimento dos anti-ciclones subtropicais do Índico e Atlântico, e a passagem de frentes frias que transportam massas de ar muito húmidas.

Maputo (347%), Vilanculos (157%), Inhambane (148 %), Chokwé (117%), e Xai-Xai (103%) tiveram chuvas muito acima do normal. Ë de realçar que devido ao facto de que o País teve cheias nos últimos dois anos , portanto, nas estações chuvosas de 1999/00 e 2000/02, os solos estão saturados pelo que, mesmo as chuvas normais poderão ter impacto nos níveis de águas no Sul e Centro do País. Presentemente, as chuvas acima do normal estão a dificultar as operações culturais nas machambas. Nalgumas áreas da Província de Maputo (exemplo, em Sabié, Changalane, e Boane)c. Recomenda-se monitorar esta situa uma vez que, no Sul geralmente os solos são pobres e as famílias tendem a fazer a agricultura nas zonas ribeirinhas.

Chuvas Observadas Comparadas com as Chuvas Normais, Novembro 1–30, 2001

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AS CHUVAS ESTÃO A FAVORECER A ACTIVIDADE AGRÍCOLA NO PAÍS

As principais actividade agrícolas em curso nesta campanha agrícola (de Outubro 2001 até Março 2002) são realização de sementeiras no Sul e Centro, as sachas praticamente no Sul, e a preparação dos solos no Norte do País.

As chuvas observadas nas Regiões Sul e Centro do País favoreceram a sementeira e germinação no Sul e centre do País. Presentemente nestas regiões as plantas estão a ter uma boa germinação e desenvolvimento vegetativo. No Norte continuam as

operações de preparação das terras. O Departamento do Aviso Prévio no Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural prevê um aumento de 3.9 % das áreas semeadas com cereais em 2001/02 em relação ao ano 2000/01, 3.7% para as leguminosas e 3. 2% para a mandioca o que indica que estamos perante uma boa campanha agrícola.

PREÇO A RETALHO DO MILHO CONTINUA ALTO EM CONTRASTE OS PREÇOS A RETALHO DA MANDIOCA E FEIJÃO VULAGAR SÃO BAIXOS

Em geral o preço a retalho do milho estão muito altos para muitas famílias nas zonas rurais e muito acima dos preços observados nos últimos dois anos comerciais (Figura 2).

Em Abril de 2001,os preços a retalho de milho foram entre 0-28% inferiores que aqueles observados em Abril 2000. Todavia a medida que o ano comercial 2001/02 progrediu, os preços iniciaram a subida

vertiginosa situado-se em mais de 100% em relacção a Dezembro 2000. O aumento do preço de milho é observado a todos os níveis de

comercialização: ao produtor, armazenista e retalhista. A baixa produção de milho, particularmente no Sul de Moçambique, combinado com a limitada oferta e um aumento da procura dentro de Moçambique e nos Países vizinhos contribuiram para o aumento dos preços. Enquanto que o aumento dos preços esta a fazer com que os

consumidores deteriorem os seu poder de compra, os camponeses, particularmente em Chimoio, Nampula e Maputo estão a beneficiar-se dos preços altos, o que é um

insentivo para a produção do milho.

Segundo o Sistema de Informação de Mercados Agrícolas do Departamento de Economia Agrícola (SIMA/DEA), os mercados grossistas em vários pontos do País reportaram 30 % de redução da disponibilidade de grão de milho em Novembro 2001. Como resultado, o SIMA indica uma subida do preço a retalho da farinha de milho na

Figura 2: Preço a Retalho de Milho (MZMT/Kg) em Seis Mercados Seleccionados em Moçambique

0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 Ja n-99 Abr-99Jul-9 9 Out-99 Jan-0 0 Abr-00Jul-0 0 Out-0 0 Jan-01 Abr-01 Jul-0 1 Out-0 1 MZ M T /k g

Maputo Maxixe Beira Chimoio Nampula Pemba

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ordem de 0.4 % em Maputo até 19% em Beira e Nampula em Novembro 2001 comparativamente com os preços do mês passado (Figura 3).

Uma vez que várias familias estão a atravessar o periódo de diminuição de stocks alimentares (que geralmente vai de Dezembro até

Fevereiro), altura que os celeiros ficam com ruptura de milho, muitas famílias

camponesas estão a incluir a mandioca como base das suas refeições. Nas zonas rurais e suburbanas, as famílias mais pobres podem assim garantir a segurança alimentar com consumo da mandioca através da

preparação de Rale e Xhima que são pratos favoritos em várias partes do País.

Com a colheita do feijão vulgar do inverno (Junho-Setembro), os preços a retalho do feijão vulgar reduziram entre 1.4 (Pemba, Provincia de Cabo Delgado) ate 21.4 % (Quelimane, Província da Zambézia) em Novembro 2001 comparando com os preços de Outubro 2001 nota-se aumnento da disponibilidade deste alimento nos mercados e um maior consumo por parte das famílias. Esta cultura é rica em proteínas o que permite a melhoria nutricional da refeições, excelente alimento para consumi-lo com a mandioca que é um alimento é rico em carhohidratos.

A SEGURANÇA ALIMENTAR NO PAÍS É CONSIDERADA SATISFATÓRIA

A projecção do balanço mensal do milho mostra uma situação confortável de stocks (223,000 MT) para o consumo humano (101,000 MT) em Dezembro. Existem

indicações de que ao nível nacional, os stocks de outros cereais ( 47,000 MT de trigo e 23,000 MT de arroz), mandioca, bata doce e feijão vulgar são satisfatórios para a satisfação das necessidades alimentares humanas no corrente mês, conforme os relatórios do Ministério da Indústria e Comércio/Departamento Nacional do Comércio - MIC/DNC). Esta fonte também indica que esta previsto a chegada de 13,000 MT de arroz doado do Japão em Janeiro/ Fevereiro 2002. Apesar de se estar a verificar a redução das reservas de milho nas regiões Centro e Norte do País, o comercio informal fronteiriço de milho com o Malawi, Zâmbia e Zimbabwe continua e neste mês esta actividade inclui a venda de outros alimentos tais como o feijão vulgar e mandioca seca.

Figura 3: Preço a Retalho (MZMT/Kg) da Farinha de Milho Branca nos mercados de Maputo, Beira

e Nampula 0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000 9,000 MZMT/KG

Jul-01 Ago-01 Set-01 Out-01 Nov-01

Maputo Beira Nampula

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ASSISTÊNCIA A A POPULAÇÃO VULNERÁVEL CONTINUA

Um total de 2,100 MT de alimentos foram distribuidos a 70,000

benificiários na forma de Alimento para Reabilitação. No presente mês o PMA teve dificuldade de colocar alimentos em alguns pontos das Província de Maputo (Estrada do Sabié), e da Zambézia (Estrada do Chide) devido ao facto que, as chuvas abundantes dificultaram a transitabilidade nestas vias rodoviária.

Em seguimento ao pedido do Governo, o PMA está no presente momento a revisar o plano de assitência alimentar de 120,000 pessoas que foram afectadas por condições adversas de clima (cheias ou secas) durante o ano 2001, malnutrição e doenças diarreicas. De referir que o PMA já estava a beneficiar cerca de 221,600 pessoas no âmbito do Fundo de alimentos.

Referências

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