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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A INSERÇÃO E OS DESAFIOS DAS FORÇAS ARMADAS NACIONAIS

NO AMBIENTE DAS REDES SOCIAIS

Por: Alenuska Sayonara Souza da Motta

Orientador

Prof. MS. Rodrigo Monteiro

Rio de Janeiro 2013

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A INSERÇÃO E OS DESAFIOS DAS FORÇAS ARMADAS NACIONAIS

NO AMBIENTE DAS REDES SOCIAIS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Comunicação Empresarial.

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DEDICATÓRIA

Dedico essa pesquisa aos meus pais, Carlos e Elisabete, que sempre estiveram ao meu lado quando precisei e com os quais espero ainda ter muitos momentos felizes. Ao meu irmão, Adler, que nos dá muito orgulho sempre, com sua dedicação à vida e à profissão que escolheu e por sempre ter demonstrado pronta disponibilidade para ajudar sempre que precisei. Ao meu marido, Felipe Motta, que nos últimos anos se tornou a pessoa mais amiga, fiel e compreensiva que tenho, com o qual desejo crescer, conquistar nossos objetivos e envelhecer ao lado. Por fim, dedico esse trabalho aos meus amigos mais próximos, que me propiciam momentos de extrema alegria e que estão do meu lado quando necessário, com os quais ganho fôlego para enfrentar os desafios do dia a dia e alcançar os meus objetivos.

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A monografia a seguir apresenta o cenário das Forças Armadas dentro do contexto das redes sociais. Os dados históricos evidenciam a disparidade dos dois ambientes e as situações apresentadas demonstram as dificuldades encontradas pelos profissionais que atuam no gerenciamento das redes. Dados estatísticos mostram o crescimento, em número de seguidores e/ou fãs, das páginas oficias das três Forças. No entanto, avaliar se as Forças Armadas brasileiras estão preparadas e se adequando ao ambiente das redes sociais é o desafio desse trabalho. O estudo de caso aborda uma campanha da Marinha do Brasil e mostra que ainda há a se fazer para que o meio militar esteja sincronizado com a proposta das redes.

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METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa usada nessa monografia foi baseada em três pilares. O primeiro se trata do levantamento histórico, tanto das Forças Armadas, quanto das redes sociais. O fator histórico é importante nesse contexto, pois a pesquisa apresenta o cenário de instituições militares centenárias e conservadoras contrastando com o dinamismo e modernidade das redes.

O segundo foi a utilização da minha experiência profissional no setor da Comunicação Social de uma organização militar da Marinha do Brasil, tendo atuado inclusive, no estudo de caso apresentado, visando agregar uma perspectiva real sobre o que acontece nas assessorias que gerenciam as redes. Com a vivência em uma iniciativa de uma organização da Marinha do Brasil, em uma campanha publicitária com parte de seu projeto voltado especificamente para as redes sociais, foi possível constatar que a estrutura interna das organizações militares influencia as decisões que poderiam, na maioria das vezes, ser melhor tomadas, não fossem as dificuldades em conseguir flexibilidade quando se envolve as questões hierárquicas.

Por fim, o terceiro método foi o acompanhamento das páginas oficiais das Forças e o levantamento de estatísticas que apontam o desenvolvimento do perfil de cada página. Durante a pesquisa pude observar que existem diferenças entre os perfis desenvolvidos pelas Organizações. O Exército, a maior das três Forças em número de servidores civis e militares possui, naturalmente, maior público nos ambientes das redes. A Marinha se mostra, em determinados momentos, desalinhada com o perfil mais informal de relacionamento proposto pelas redes. E a Aeronáutica, mesmo sendo a menor em números, se acompanha bem a proposta das redes, com campanhas que geram integração com o usuário.

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INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - Histórico das Redes Sociais

08 1.1– Redes sociais no Brasil 11

CAPÍTULO II - Histórico das Forças Armadas brasileiras 13

2.1 Marinha 13

2.2 Exército 14

2.3 Aeronáutica 15

CAPÍTULO III – Cenário Atual das Redes Sociais desenvolvidas pelas Forças Armadas 18

3.1 Exército nas redes 21

3.2 Aeronáutica nas redes 23

3.3 Marinha nas redes 24

3.4 Estudo de caso: Operação Verão 2012/2013 – Marinha do Brasil 25

CONCLUSÃO 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29

ANEXOS 31

ÍNDICE 38

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Pensar na rigidez do militarismo associado ao dinamismo das redes sociais, em um primeiro momento, pode parecer no mínimo divergente. Mas a realidade do rápido desenvolvimento das redes evidencia que é preciso acompanhar o ritmo de crescimento dessas plataformas que, cada vez mais, estão inseridas no dia a dia da sociedade e das instituições, sejam elas privadas ou públicas.

As Forças Armadas brasileiras – Exército, Marinha e Aeronáutica - apesar de possuírem uma cultura de relacionamento totalmente polida, tentam se inserir e se adequar às redes sociais. Elas já perceberam que não há como fugir do contexto desses ambientes que fazem parte do dia a dia de grande parcela da população e que, inegavelmente, agregam benefícios aos que as utilizam da maneira correta.

O Brasil é um mercado em crescimento acelerado em número de usuários e um cenário ideal para a utilização, para o benefício organizacional, das ferramentas disponíveis nas redes sociais. A organização que não assimila essa prerrogativa abre mão de uma gama de oportunidades de fortalecimento da sua imagem, de promoção de ideias e ideais e de retorno da sociedade sobre o que é realizado pela instituição.

As redes sociais são pautas constantes nos veículos de comunicação, caracterizando um grande aumento da cobertura da imprensa sobre a Internet e as redes sociais com seus sites de relacionamento, microblogs, vídeos, entre outros. Com as organizações militares não é diferente, nessa pesquisa apresento o cenário atual das Forças nas redes, com seus números, temas abordados e dificuldades de adaptação.

Elas ainda estão começando nesses ambientes. Existem poucas incentivas internas e, até mesmo, conflitos sobre a questão do gerenciamento e criação de páginas oficiais de projetos. Em contrapartida, o cenário já se desenha para o lado mais profissional. Um indicativo dessa afirmação é a criação do manual de orientação de uso das redes sociais, criado pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal, que fornece diretivas para o uso correto das redes, uma iniciativa de fomenta a necessidade da adaptação das organizações militares nas redes sociais.

CAPÍTULO I

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Os primeiros indícios de que indivíduos começaram a socializar dados surgem em 1969, por meio do desenvolvimento da tecnologia dial-up e o lançamento do CompuServe - um serviço comercial de conexão à internet em nível internacional muito propagado nos Estados Unidos.

O termo dial-up encontra-se intrinsecamente ligado ao contexto em que é utilizado - o verbo inglês to dial se traduz por discar ou marcar. No contexto das Tecnologias da Informação, o dial-up é uma tecnologia afeta às comunicações de computadores. Fazer uma ligação por dial-up significa que um computador origem "vai telefonar", recorrendo ao seu modem, ao modem do computador destino para que possam estabelecer comunicação entre eles.

O envio do primeiro e-mail, em 1971, sendo seguidos sete anos mais tarde pela criação do Bulletin Board System (BBS) - um sistema criado por dois entusiastas de Chicago para convidar seus amigos para eventos e realizar anúncios pessoais. Essa tecnologia usava linhas telefônicas e um modem para transmitir os dados.

Os anos seguintes, até o início da década de 90, foram marcados por um grande avanço na infraestrutura dos recursos de comunicação. Por exemplo, em 1984 surgiu um serviço chamado Prodigy para desbancar o CompuServe - feito alcançado uma década depois.

Contudo, o fato mais marcante desse período foi quando a America Online (AOL)1, em 1985, passou a fornecer ferramentas para que as pessoas criassem perfis virtuais nos quais podiam descrever a si mesmas e criar comunidades para troca de informações e discussões sobre os mais variados assuntos. Anos mais tarde, em 1997, a empresa implementou um sistema de mensagens instantâneas, o pioneiro entre os chats e a inspiração dos menssengers que utilizamos nos dias de hoje.

O ano de 1994 marca a quebra de paradigmas e mostra ao mundo os primeiros traços das redes sociais com o lançamento do GeoCities. O conceito desse serviço era fornecer recursos para que as pessoas pudessem criar suas próprias páginas na web, sendo categorizadas de acordo com a sua localização. Ele

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chegou a ter 38 milhões de usuários, foi adquirido pela Yahoo!2 cinco anos depois e foi fechado em 2009.

Outros dois serviços foram anunciados em 1995 - esses com características mais claras de um foco voltado para a conectividade entre pessoas. O The Globe dava a liberdade para que seus adeptos personalizassem as suas respectivas experiências online publicando conteúdos pessoais e interagindo com pessoas que tivessem interesses em comum.

Passando para o conceito geral de mídias sociais, estão inseridas as várias redes sociais, construídas por seus usuários e focadas no relacionamento entre as pessoas com um objetivo em comum.

As redes sociais já existem há milênios e não precisam necessariamente do ambiente online para ser utilizadas. O meio digital apenas potencializou o poder de interação entre os usuários, fortalecendo mais o conceito de rede social. Sites de redes sociais são as ferramentas online na internet que permitem o relacionamento de usuários com os mesmos objetivos.

De acordo com Marteleto (2007), o conceito de rede não é um aporte próprio do século XX, mas pelo contrário, traz na sua significação a memória da sua origem orgânica e próxima do imaginário do corpo desde Hipócrates (Cós, 460 – Tessália, 377 a. C.), considerado, por muitos, o pai da medicina ocidental moderna.

Já para Ferreira (2010), é importante distinguir e não confundir rede social com o que ele chama de “aplicativos de relacionamento” (networking social) disponíveis na Internet, tais como Facebook ou MySpace. Para o autor, esses aplicativos podem ser entendidos como manifestações especiais e particulares de algumas redes sociais ou como ferramentas que permitem a explicitação digital de redes tácitas e o estímulo e desenvolvimento de novas redes com características particulares. Ele reafirma que a grande maioria das redes sociais existe independentemente da tecnologia.

Analisando novamente a estrutura de mídia social, é necessário entender que ela não é a mesma coisa de rede social. Podemos analisar a mídia social como uma mídia intermediando a rede social, ou seja, quando usamos as redes sociais com a intenção de anunciar e vender produtos ou serviços, onde elas são utilizadas como veículo, necessitando de estrutura, investimento e profissionais qualificados

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para realizar o trabalho. Podemos simplificar mencionando que ela pode ser caracterizada como o trabalho de marketing dentro das redes sociais.

Ben Mezrich (2010), no livro “Bilionário por Acaso: A criação do Facebook, descreve o clube final “Phoenix”, em Harvard, como uma rede social de relacionamentos poderosa. Mesmo com as diferenças entre os conceitos de mídia e rede social, e sendo a primeira definição a que mais se adequa ao tema que a seguir abordado, usarei o termo “rede”, uma vez que é o termo mais utilizado nas publicações.

As Redes abordadas nessa pesquisa serão o Facebook, o Twitter e o You Tube. Mesmo possuindo ferramentas e finalidades bem distintas, possuem grande popularidade no Brasil e são utilizadas pelas Forças Armadas nacionais, campo de estudo dessa pesquisa.

O Facebook, hoje a maior rede social do mundo, foi criado por quatro jovens ex-estudantes de Harvard: Eduardo Saverin, Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, no ano de 2004. A história dessa rede é cercada de polêmicas e divergências entre seus criadores, principalmente entre o brasileiro Eduardo e Mark, envolvendo disputas sobre a participação nos ganhos totais da empresa.

No início se chamou "TheFacebook" e tinha o único proposto de conectar os estudantes da universidade. O que não se esperava é que me menos de um dia haveria mais de mil acessos. Logo em seguida as universidades de Stanford, Columbia, Yale e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) também se renderam à novidade. Um ano depois mais universidades foram sendo adicionadas até chegar ao número de 800 milhões de usuários, em julho de 2012.

O Youtube foi fundado por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, ex- funcionários do site de comércio on-line PayPal, o site YouTube foi lançado ofi cialmente sem muito alarde em junho de 2005. A inovação original era de ordem tecnológica (mas não exclusiva), ou seja, o YouTube era um entre os vários serviços concorrentes que tentavam eliminar as barreiras técnicas para maior compartilhamento de vídeos na internet.

O momento de sucesso chegou em outubro de 2006, quando o Google pagou 1,65 bilhão de dólares pelo YouTube. Em novembro de 2007, ele já era o site de entretenimento mais popular do Reino Unido, com o site da BBC3 ficando em

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segundo. No começo de 2008, de acordo com vários serviços de medição de tráfego da web, já figurava de maneira consistente entre os dez sites mais visitados do mundo. Em abril de 2008, o YouTube já hospedava algo em torno de 85 milhões de vídeos, um número que representa um aumento dez vezes maior em comparação ao ano anterior e que continua a crescer exponencialmente.

Já o Twitter foi fundado em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone como um projeto paralelo da Odeo4. A ideia surgiu de Dorsey durante uma reunião de discussão de ideias (brainstorming) em que ele falava sobre um serviço de troca de status, como um SMS.

O primeiro nome dado ao Twitter foi “Status”. O conceito era exatamente o envio de mensagens curtas através do celular, em que você receberia um twich (vibração, em tradução livre) no seu bolso quando um update era enviado. Entretanto, a palavra não agradou, pois não mostrava exatamente o que era o serviço. Ao buscar nomes parecidos no dicionário, Dorsey e os outros encontraram a palavra twitter, que em inglês tem dois significados: “uma pequena explosão de informações inconsequentes” e “pios de pássaros”. Ambos combinavam perfeitamente com o conceito.

O primeiro protótipo do Twitter era usado internamente na Odeo, sendo lançado em escala pública e completa (também para computadores) em julho do mesmo ano. Em agosto, os três fundadores e outros membros da Odeo fundaram a Obvious Corporation, que incluía o domínio Twitter.com. O microblog tornou-se uma companhia separada em abril de 2007.

1.1 – Redes sociais no Brasil

Consumidores no Brasil passam mais de 27 horas mensais online em seus computadores, representando o mais expressivo de todos os mercados latino-americanos analisados. Segundo dados da Agência ComScore Media Metrix, em dezembro de 2012, a média de permanência em sites de redes sociais dos brasileiros foi de quase dez horas, ficando acima da média global.

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Empresa de podcasting criada antes do Twitter, mas que não trouxe resultados em sua área de atuação.

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As redes capturam a maior porcentagem do tempo dos consumidores nacionais e o país mostra altíssimos números de engajamento em comparação a outros mercados e a media mundial.

O Facebook continua sendo o líder entre as redes sociais utilizadas pelos brasileiros. As estatísticas mostram o número de usuários dessa rede decresce conforme a faixa etária aumenta. A maior parcela de usuários (28%) tem entre os 18 e 24 anos. Já a divisão por sexo é mais equilibrada, 52% são mulheres e 48& são homens. Ele é seguido pelo Orkut e Twitter.

O YouTube é o líder no segmento de sites de vídeos. Os usuários desses sites crescem em ritmo acelerado no Brasil, em um ano o crescimento foi de 18%, diferente dos Estados Unidos que teve queda de 1% nos acessos.

CAPÍTULO II

HISTÓRICO DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS

Como é possível imaginar, a história das Forças Armadas brasileiras se confunde com a própria história do país. Dessa maneira, na maioria dos casos, existem datas simbólicas consideradas o marco inicial de cada uma delas. Focar no

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período mais próximo ao da independência é mais do que suficiente para embasar o que propõe a pesquisa.

2.1 Marinha

No caso da Força que projete as Águas de Jurisdição Brasileiras a história pode ser iniciada com a Secretaria D'Estado dos Negócios da Marinha, criada em 28 de julho de 1736 pelo Rei de Portugal, e reorganizada por D. João VI na sua chegada ao Brasil em 1808, ocasião em que foi nomeado para a pasta do então Ministério da Marinha e Domínios Ultramarinos o antigo detentor do cargo, D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anádia, considerado dessa forma como o primeiro Ministro da Marinha.

Mesmo após o grito do Ipiranga, nas Províncias do Norte, Nordeste e na Cisplatina, as Juntas de Governo continuavam leais às Cortes de Lisboa. Foi necessária, então, a ação da Marinha para evitar a fragmentação do país e garantir a consolidação da Independência. Assim, em 1822, a primeira esquadra5 brasileira foi ao mar, rumo a Montevidéu, com a missão de expulsar as forças que lutavam para manter a Província Cisplatina sob o domínio português.

Tanto durante o reinado de D. Pedro como na Regência, até 1840, eclodiram movimentos pelas províncias, ora opondo-se à política imperial, ora querendo tornar-se repúblicas independentes. Desde a "Confederação do Equador", em 1823, até a "Balaiada", acabada em 1841, a Marinha, com sua mobilidade, esteve presente em todas essas irrupções, com papel preponderante na manutenção da unidade nacional.

Em 1864, o Brasil interferiu na política uruguaia, dividida entre os Partidos Blanco, hostil a nós, de Atanásio Aguirre, e o Colorado, nosso aliado, de Venâncio Flores. Um incidente com o navio oriental Vila del Salto deu causa à declaração de guerra. Imediatamente, a esquadra, já integrada por canhoneiras, sob o comando de Tamandaré, cercou as cidades de Salto e Paissandu, juntamente com forças de terra.

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Na Marinha da maioria dos países designa-se "esquadra" o conjunto de todos os seus navios de guerra.

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A primeira não resistiu, mas, para a tomada da segunda, foi necessário o esforço conjunto das tropas terrestres, dos elementos desembarcados e do apoio da artilharia dos navios. Ocupada Paissandu, Venâncio Flores foi aclamado em Montevidéu.

Pouco depois, o ditador do Paraguai, Francisco Solano Lopes, apresou um navio brasileiro - o Marquês de Olinda - e invadiu a Argentina, Mato Grosso e o Rio Grande do Sul.

Deflagrada a guerra, chamada da Tríplice Aliança, a Marinha, operando no centro inóspito do continente, subiu os rios, enfrentando as baterias instaladas nas margens e navios que rebocavam chatas com canhões de grosso calibre. Assim foi travada a Batalha Naval do Riachuelo. Depois, o avanço pelos rios Paraná e Paraguai, apoiando a marcha do Exército, foi conduzido com os encouraçados fluviais, que eram atacados por centenas de canhões assestados nas barrancas e fortalezas e pelas bogarantes, canoas repletas de guerreiros guaranis, que abordavam os navios brasileiros e travavam lutas de arma branca nos conveses, até serem expulsos.

2.2 Exército

A batalha de Guararapes, ocorrida em 1648, marca o nascimento do Exercito Brasileiro, pois nesta batalha ocorreu a unificação de brancos, índios e negros lutando pela mesma causa, defendendo interesses do Brasil e não somente de Portugal, e como bem sabemos, o Brasil é formado pela miscigenação dessas três raças.

Apesar de inúmeras vezes os brasileiros se mobilizarem para defenderem os interesses do Brasil em conflitos armados, a história do Exercito Brasileiro inicia-se de fato com a Independência do Brasil, assim como a da Marinha, onde a nação brasileira se desvincula completamente de Portugal, e passa a ter um exercito que defende somente os interesses e a soberania.

A separação do Brasil de sua metrópole não se deu de modo pacífico, houve resistência concreta nas províncias Cisplatina, Bahia, Maranhão e Pará, sendo necessária a atuação do Exército, com destaque para Maria Quitéria, baiana que se disfarçou como homem para participar da luta, tendo se destacado no campo de batalha.

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Conquistada a Independência, o Exército logo interviu na Guerra Cisplatina, que resultou na independência do Uruguai. O revés faz com que a diplomacia brasileira busque uma posição de não-intervenção nos assuntos dos países vizinhos ao sul. Somente vinte anos depois o Brasil sente-se impelido a enviar tropas à região, ante à política expansionista de Juan Manuel de Rosas e Manuel Oribe, ditadores argentino e uruguaio, respectivamente.

Ainda no século XIX, os soldados do Exército tiveram a primeira grande experiência internacional, participando da Guerra do Paraguai. No conflito, a instituição se consolidou e reorganizou sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, que é considerado por isso mesmo o patrono do Exército Brasileiro.

O exército somente voltaria a se envolver em algum conflito na Segunda Guerra Mundial, organizando a FEB (Força Expedicionária Brasileira), onde ao lado da Força Aérea teve uma participação importante na tomada da Itália Fascista pelos Aliados.

2.3 Aeronáutica

A criação do Ministério da Aeronáutica e das Forças Aéreas Nacionais, com a fusão do Corpo de Aviação da Marinha e a Arma de Aeronáutica do Exército, ocorreu em 20 de janeiro de 1941. Quatro meses mais tarde, em 22 de maio de 1941, as Forças Aéreas Nacionais passam a denominar-se Força Aérea Brasileira (FAB).

Inicialmente seu acervo foi constituído pelos equipamentos existentes nas duas armas aéreas, Marinha e Exército, composto de uma variada gama de aviões procedentes de diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, além de alguns aviões produzidos no Brasil em caráter experimental e alguns seriados.

A Segunda Guerra Mundial foi o marco divisor para a modernização e a tentativa de implantação de uma indústria aeronáutica local. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, em 1941 e o Brasil em 1942, e a importância da costa brasileira - no norte do país - para o esforço de guerra dos aliados, onde diversas bases americanas foram construídas, a FAB passa a receber modernos aviões para as mais variadas funções, como caças, bombardeiros, patrulha, etc. Este é sem

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dúvida o seu momento de consolidação e glória, formando nos Estados Unidos diversos pilotos que serão os multiplicadores no seu crescimento e culminado com a participação do 1º Grupo de Aviação de Caça e a 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação no teatro de operações europeu onde participou na Campanha da Itália em 1944 e 1945, único país da América do Sul. Vale lembrar que o México participou com um Grupo de Aviação no teatro do Pacífico ao lado dos americanos.

Outro fator importante foi a sua participação na Campanha do Atlântico Sul ao longo da costa brasileira, chegando inclusive a afundar submarinos do eixo, a partir de 1942. Com o fim da guerra, e a grande fartura de material aeronáutico excedente, a FAB passa a receber grande quantidade dos Estados Unidos, o que de certa forma gera o fim da indústria aeronáutica no Brasil, ficando mais cômodo e barato importar do que fabricar.

Em 1953 ela recebe seus primeiros aviões a jato, ironicamente eles serão ingleses, totalizando 61 Gloster Meteor F-8 de caça e 10 TF-7 de treinamento, desativados em 1974. A seguir, em 1956, recebe dos Estados Unidos 58 Lockheed TF-33-A para treinamento avançado e ataque, usados até 1975. Em 1959 recebe 33 caças táticos Lockheed F-80C, desativados em 1973. O ano de 1960 viu chegar 30 Morane Saulnier MS-760 Paris, da França, para ser usado como avião de ligação e treinamento, desativados em 1974. Em 1967 recebe novamente dos Estados Unidos, 65 Cessna 318A (T-37C), para treinamento avançado, usados até 1981 e repassados à Coréia do Sul.

No final dos anos 60 é criada a Embraer, uma empresa brasileira que irá produzir uma gama variada de aviões, turbos, hélices e jatos, entregando para a FAB a partir de 1971, 166 EMB-326 GB Xavante, produzido sob licença da Aeronautica Macchi, Italiana, para treinamento avançado e emprego tático. Alguns chegaram a equipar o 1º Grupo de Aviação de Caça no Rio de Janeiro, até que em 1975, fossem adquiridos nos Estados Unidos, 36 caças táticos Northrop F-5E Tiger II, e 6 F-5B para treinamento, espinha dorsal até os dias de hoje, como avião de caça da FAB, que adquire mais algumas unidades em 1991, operando até hoje, principalmente nas Bases Aéreas no Sul do país, sendo os mais modernos até então adquiridos.

Em 1972 foram adquiridos na França, 17 caças Mirage III EBR para interceptação e 6 Mirage III DBR para treinamento, ainda operacionais os da versão

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EBR, modernizados em 1988 e comprados alguns para repor perdas, que foram desativados em dezembro de 2005 e estão sendo substituídos pelo Mirage 2000C/B, adquiridos usados da França.

O projeto mais ambicioso envolvendo a FAB foi a coprodução do AMX (A-1), um avião de ataque, desenvolvido em conjunto pelo Brasil (EMBRAER) e Itália (Alenia, Aermacchi) a partir de 1981, do qual já foram produzidos 58, só no Brasil, estando ainda em produção. O fato mais importante em relação ao projeto AMX foi o seu aprendizado, que proporcionou condições para o desenvolvimento do Embraer 145 civil, um sucesso mundial de vendas.

Dessa maneira, conhecendo a tradição secular das Forças Armadas, observá-las inseridas no ambiente das redes sociais gera evidências que mostram que ainda há muito que melhorar, mas que existem esforços e ações que indicam a gradual adaptação.

CAPÍTULO III

CENÁRIO ATUAL DAS REDES SOCIAIS DESENVOLVIDAS PELAS FORÇAS

As Assessorias de Comunicação, que englobam uma gama maior de atividades da área, tem como objetivos organizar o corpo interno das instituições, sejam elas públicas ou privadas, além de projetar externamente o conceito da empresa diante dos segmentos representativos da sociedade e melhorar as relações humanas. Dentro de suas funções, podem-se encontrar diversos segmentos para a disseminação de notícias internas. Entre eles, estão os Boletins, Jornais e as Revistas, que podem ser direcionados para o público interno, externo ou misto.

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Os profissionais das Assessorias de Comunicação, nos últimos anos, têm se deparado com a necessidade de manuseio e gerenciamento de mais um meio de comunicação, as redes sociais.

O mercado exige do profissional que atua das redes sociais uma gama de características técnicas e comportamentais. Os conhecimentos técnicos gerais geralmente são em marketing, publicidade e comunicação. Escrever bem, ser criativo e com pensamento rápido para questões incomuns, gostar de tecnologia, conhecimento básico de informática e fácil adaptação aos ambientes digitais. Já as habilidades sociais se resumem, basicamente, em possuir assertividade, facilidade de trabalhar em equipe, incentivador, agitador e liderança.

Passando para o contexto militar, que é o cenário estudado, a Comunicação Social também possui um papel fundamental na manutenção da boa imagem das Organizações Militares. O setor de comunicação nessas organizações dispõe de recursos que possibilitam o relacionamento dos militares com a mídia, de forma a orientar a boa postura em entrevistas, informações repassadas, principalmente no gerenciamento de crises.

Nos Estados Unidos, as Forças Armadas já permitem o uso do Twitter, Facebook e outros sites da Web 2.0 desde 2010. O Pentágono alegou que os benefícios das mídias sociais superam as preocupações de segurança. O então secretário assistente do Departamento da Defesa americana, David Wennergren, afirmou à que o propósito é reconhecer que é preciso tirar vantagem das capacidades que a Internet oferece. (ANEXO 1).

A comunicação em rede transcende fronteiras, a sociedade em rede é global, é baseada em redes globais. Então, a sua lógica chega a países de todo o planeta e difunde-se através do poder integrado nas redes globais de capital, bens, serviços, comunicação, informação, ciência e tecnologia. (CASTELLS, M. e CARDOSO, Gustavo. A Sociedade em Rede: Do Conhecimento à Acção Política, p.18, 2005)

Para entender o cenário das Forças Armadas nas redes sociais é preciso entender como as Assessorias de Comunicação são estruturadas dentro delas. Assim como em empresas particulares, no meio militar as Assessorias também

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estão ligadas diretamente ao Gabinete do Diretor. Os Assessores podem ser militares, geralmente oficiais6, o que traduz a importância do cargo.

As três Forças Armadas do país possuem contas no Facebook, Twitter e You Tube. Observa-se que elas já entenderam que o uso das redes permite agregar novos públicos à instituição, fidelizar o antigo e ter contato direto e instantâneo com a sociedade. O recebimento de perguntas curtas e objetivas, uma vez que não se sugere responder as de alta complexidade por meio das redes, devem ser respondidas com presteza, demostrando a cada seguidor a preocupação da Força em rapidamente atendê-lo. O ingresso nas redes sociais torna as Instituições mais próximas da sociedade e transparentes.

A tecnologia abriu novas formas de compartilhar ideias, pensamentos e novidades. Colocou interação e diálogo em um clique. Saber qual a função de cada ferramenta e o que cada uma pode trazer para sua organização é essencial para utilizá-las de maneira correta e eficiente.

No meio militar o uso dessa tecnologia se torna mais complexo do que em empresas privadas e menos tradicionais. O fato é que as estruturas e conceitos de rede social e organização militar são completamente opostas. A hierarquia e a disciplina, firmemente enraizadas nas Forças Armadas, são colocadas à prova, em parte, no momento em essas organizações se propõem a entrar no ambiente das redes.

Nas redes sociais há valorização dos elos informais e das relações, em detrimento das estruturas hierárquicas. Hoje o trabalho informal em rede é uma forma de organização humana presente em nossa vida cotidiana e nos mais diferentes níveis de estrutura das instituições modernas. (MARTELETO, R. M., p. 72, 2001)

E mesmo se tratando de universos tão diferentes, não há como ignorar que as redes sociais se tornam cada vez mais participativas na vida moderna, seja divulgando, trocando informações, serviços e experiências, ou seja, integrando e permitindo a interatividade entre os diversos públicos que transitam ininterruptamente pela rede mundial de computadores.

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Não se pode esquecer também o lado das Forças Armadas, que possuem o papel primordial de defesa nacional e, obviamente, se necessário, usarão as redes sociais para auxílio dessa missão. Um fato que comprovou isso foi o monitoramento feito pelo Exército brasileiro durante as manifestações populares que ocorreram em junho no país foi prova disso. O Centro de Defesa Cibernética do Exército filtrou informações postadas nas redes sociais e serviu para identificar os manifestantes que assumiram a linha de comando dos protestos. (ANEXO 2).

De qualquer maneira, depois de achado um caminho que a essência do meio militar não seja perdida e nem uma postura inadequada nas redes seja adotada, os canais oficiais devem ser planejados, coordenados e alinhados com as orientações gerais de uso das redes sociais e oficiais de cada Força. Assim, será possível proteger e projetar a imagem institucional. Contas mal administradas podem gerar sérios prejuízos à imagem da Instituição e responsabilização de seus administradores.

Não é adequado ainda, em contas oficiais, fazer comentários com juízo de valor ou entrar em discussões de assuntos que não tenham relação com o trabalho institucional. A instituição não tem gosto, preferências estéticas ou preconceitos. A imagem do perfil deve ser a logomarca da Organização Militar.

Cada Força também deve orientar seus funcionários, militares ou civis, quanto ao uso das páginas oficiais. O público externo não costuma separar a conduta pessoal da profissional. O que um militar diz em um perfil pessoal pode ser interpretado como uma postura de toda a Instituição. É preciso respeitar a individualidade e a liberdade de expressão, mas ao mesmo tempo instruir em relação ao cuidado ao apresentar informações envolvendo a Instituição em ambientes online.

As Forças Armadas, dentro do seu papel de defesa nacional e de aproximação com a sociedade possui um compromisso social, como instituição pública, assim como seus Integrantes têm, como agentes públicos.

A importância das redes sociais é tanta que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República lançou um manual com orientações estratégicas para o uso das diferentes ferramentas, propiciadas pelas redes sociais na Internet pelos órgãos públicos. O documento diz que as redes são, além de uma forma de comunicação direta, fundamentais atualmente para respostas rápidas a crises.

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O manual estipula as melhores práticas e guia o uso de redes sociais, incluindo a geração de conteúdo, interação com o usuário e atuação em casos de crise. Considera que alguns dogmas são corriqueiros na rede, em especial a ideia de que “a verdade é algo repetido diversas vezes por diversas pessoas”. Em essência, isso significa que os órgãos públicos precisam estar prontos para lidar com controvérsias na rede, ainda que pouco ou nada fundamentadas. Boa parte do manual é sobre como estar preparado para lidar com as surpresas.

3.1 Exército nas redes

O Exército Brasileiro ingressou nas mídias sociais em novembro de 2010. Seguindo a tendência mundial, a instituição aderiu às redes visando ampliar a divulgação de suas atividades e a transmissão de informações institucionais, aproximando-se de um segmento de público importante, conhecido por usuários, também influenciadores da opinião pública, um universo composto por todas as faixas sociais e etárias.

Em média, postam-se de cinco a oito matérias novas por dia, buscando atender à estratégia de presença diária na internet. Além disso, a velocidade de resposta aos questionamentos e a oportunidade da notícia necessitam ser as mesmas que transitam na internet, ou seja, instantâneas.

A Subseção de Mídias Sociais do Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) mantém uma equipe especializada gerenciando as contas do Twitter, Facebook e Youtube.

No Twitter são postadas matérias veiculadas no Portal do Exército, instigando os seguidores a se informarem mais sobre a Força Terrestre e, com isso, acessarem mais o siteoficial. A página é a 11º no ranking de páginas mais seguidas no Brasil, entres as páginas “políticas”.

A progressão do crescimento da página oficial do EB no Twitter é de cerca de 750 novos seguidores ao mês. Os assuntos mais tratados abordam as Escolas Militares, o Serviço Militar e a presença do Exército nas mídias sociais, fato que gerou elogios e manifestações positivas por parte dos seguidores.

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A página do Facebook, além de divulgar de forma mais completa as notícias postadas diariamente, também é utilizada para lançar discussões, criando uma interatividade e um impacto muito maior nos diversos públicos. No Facebook, os assuntos mais discutidos e tratados são o Serviço Militar, o ingresso nas Escolas Militares e a Resenha Diária publicada no portal do Exército na Internet.

A progressão de usuários no Facebook é a que mais cresce, seguindo uma tendência mundial da própria ferramenta. Em média, a página oficial do Exército recebe em média 50 novos usuários ao dia.

Na página do YouTube são postados os vídeos produzidos pelo CCOMSEx, que divulgam as atividades da Força Terrestre, bem como são inseridas as matérias jornalísticas divulgadas nos canais televisivos do país. Tal recurso tem permitido a divulgação do produto de Comunicação Social Exército Notícias com uma expressiva audiência.

Por ser ainda um instrumento novo na Força, cabe à Subseção de Mídias Sociais do CCOMSEx identificar os recursos que permitam avaliar o progresso do número de seguidores e os temas mais discutidos, de modo a orientar, inclusive, a elaboração de campanhas institucionais para esclarecer e informar, deveres típicos da arte de comandar.

Divulgar as atividades do Exército Brasileiro de forma mais abrangente, através das Mídias Sociais, significa estar mais próximo ao cidadão. E essa estratégia é essencial para integrar, cada vez mais, a Força Terrestre à nação a que serve. (CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO. Revista Verde-Oliva, p. 26, 2011)

Com mais der 360 mil seguidores no Facebook, a FanPage do Exército apresenta boa freqüência de postagens, sendo em média, três por dia, inclusive nos finais de semana.

Os conteúdos abrangem desde campanhas publicitárias sobre os concursos abertos para ingresso nas diversas áreas da Força, quanto sobre as operações, os treinamentos do efetivo militar, as ações de apoio aos eventos que acontecem nas cidades brasileiras e estrangeiras, entre outros. A média de curtidas por postagem é de três mil.

Segundo estatística do site Socialbakers, a página oficial do Exército ocupa, no Brasil, o segundo lugar no ranking de FanPages “políticas”, atrás somente da

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FanPage do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O Exército também é a página que tem o crescimento mais rápido, com mais de 21.965 novosseguidores a cada mês.

3.2 Aeronáutica nas redes

O ano de 2011 marcou o ingresso da FAB nas mídias sociais, uma forma de integrar a Força Aérea com seus públicos interno e externo e proporcionar maior publicidade às ações da instituição.

Já no primeiro ano a Aeronáutica desenvolveu uma campanha de Natal. Os participantes concorreram a kits de material institucional da FAB e da Esquadrilha da Fumaça. Foram realizados três sorteios, durante oito dias, os seguidores do Twitter e que curtem a Fan Page da FAB no Facebook enviaram mensagens de Natal à Força Aérea. Uma campanha desse tipo é uma excelente maneira de fidelizar os usuários e torná-los mais participativos. Demostra também pró-atividade dos gerenciadores da página.

Na FanPage da Aeronáutica, o número de seguidores é de pouco mais de 88 mil. O número de curtidas por postagem, naturalmente é menor, cerca de 1.000. É possível notar que utilizam com mais freqüência as hashtags em seus posts, integrando o conteúdo do Facebook com o Twitter. O crescimento no número de fãs é de, em média, 292 por mês.

A página no YouTube, com seus mais de 400 vídeos postados, tem cerca de 12.700 inscritos e mais de 3.500.000 visualizações. A frequência de publicações é de dois a três vídeos por semana, ficando acima do recomendado pelo manual do Governo Federal, que estipula um mínimo ideal de dois por mês. Já as estatísticas do Twitter mostram mais de 5 mil tweets e 14 mil seguidores.

3.3 Marinha nas redes

Também no ano de 2011, a Marinha entrou para as páginas do Facebook, Twitter e YouTube. O Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM), antigo Serviço de Relações Públicas da Marinha, é o órgão responsável pelo gerenciamento das páginas.

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O Facebook da Força possui mais de 157 mil fãs. Nele, a Organização disponibiliza vídeos, fotos, notícias e conteúdos das atividades desenvolvidas. Ainda de acordo com dados da SocialBakers, a curva de número de fãs é crescente, com em torno de novos 1.900 por semana. Em contrapartida, o número de pessoas que estão falando sobre a Marinha – utilizando o recurso que o Facebook disponibiliza de citar uma FanPage e a transformar em um link – está caindo. (ANEXOS 3 e 4).

A queda pode ser sazonal, uma vez que a Força fica mais em evidência durante o período do verão, época na qual atua de maneira mais intensa e direta nos casos de segurança nas praias, rios e represas do país.

No You tube 5.095 inscritos com 412.459 visualizações. No Twitter a Marinha possui mais de 11.500 seguidores e já postou mais de 2.100 tweets.

Cada mensagem precisa ser adequada ao meio de comunicação no qual é inserida. A Marinha, assim como os demais órgãos militares, usa o tratamento formal em documentos oficiais internos, e-mails externos ou aos de patente superior, entre outros. No entanto, o hábito também é reproduzido, em determinadas situações, nas redes sociais oficiais. Uma conversa no Twitter demonstra a polidez ao responder uma seguidora como uso do termo “Vossa Senhoria”. (ANEXO 5).

O uso desse tipo de tratamento é corriqueiro e está enraizado na Comunicação da Força, porém não é adequado ao ambiente do Twitter, pois gera distanciamento com o receptor da mensagem. O tratamento obviamente sugere respeito, porém, tende criar um distanciamento em relação ao usuário.

(...) se uma determinada postagem for feita de forma extensa demais (ou com linguagem complicada demais), é provável que o usuário leia apenas o começo, interprete o conteúdo com base no que ele leu e replique a informação, já com a sua opinião atrelada a ela, pelas redes sociais. (SECOM DO GOVERNO FEDERAL. Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais, p.28, 2013)

3.4 Estudo de caso: Operação Verão 2012/2013 – Marinha do Brasil

Anualmente, a Marinha do Brasil realiza, no período de dezembro a março, a Operação Verão, intensificando as ações preventivas de orientação e as ações de fiscalização do tráfego aquaviário, nas áreas de maior concentração de embarcações em todo o país, com o objetivo de minimizar a possibilidade de

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ocorrência de acidentes náuticos e as infrações à Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA).

A Diretoria de Portos e Costas (DPC), Organização Militar (OM) da Marinha do Brasil representante da Autoridade Marítima brasileira7 pela segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção da poluição aquaviária.

Em meados do ano de 2012, foi estabelecida uma parceria entre a Marinha do Brasil e a Universidade Federal Fluminense (UFF), com o intuito de elaborar uma nova campanha para a Operação Verão 2012/2013, que iniciou oficialmente no dia 18 de dezembro de 2012.

A ideia foi destacar a responsabilidade de cada no propósito da redução de acidentes e de vítimas fatais envolvendo qualquer tipo de embarcação, mas principalmente as de esporte e recreio – lanchas, motos aquáticas, bananas-boats, entre outras. Por esse motivo, o slogan "Se liga, você é o Capitão !” foi o escolhido.

Em um Brasil com uma faixa litorânea gigantesca, a Operação Verão precisa do auxílio de instituições federais, estaduais e municipais, para efetivamente superar o desafio de conscientizar a população brasileira para o uso de mares, rios, represas, lagos e lagoas evitando acidentes com perdas de vida.

A parceria previa, entre outras ações, a criação de spots para rádio,

busdoors, outdoors e taxidoors. Além disso, pela primeira vez, foi pensada uma campanha exclusiva de uma operação nas redes sociais. A mesma entraria no Facebook e no Twitter.

A Campanha em mídias sociais é um conjunto de ações que têm por objetivo anunciar e promover produtos, eventos ou ideias em canais de relacionamento on-line. (INSTITUTO INFNET, Mídias Sociais: Planejamento, Execução e Análise, p. 17).

Foi criado também um canal exclusivo para denúncias de imprudências, o “denuncie@operacaoverao.com”. As páginas com conteúdo exclusivo da campanha puderam ser acessadas nos endereços “facebook.com/marinhaoficial” e “youtube.com/marihaoficial”.

7

A Autoridade Marítima brasileira é o Comandante da Marinha, o Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto.

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A princípio a ideia era manter uma FanPage exclusiva para a Operação, com conteúdo desenvolvido pela Agência Vitamina, da UFF, e monitorada pela Assessoria de Comunicação Social da Diretoria de Portos e Costas. A idéia era inserir posts com conteúdos mais dinâmicos (informações sobre condições climáticas, dicas sobre cuidados na exposição solar, tábua de marés, entre outros), que agregariam valor de serviço à página da Operação e a tornariam mais atrativa.

“Se liga, você é o Capitão! Respeite as Regras de Navegacão, denuncie os infratores e garanta uma praia mais segura para todos!” foi a frase usada no campo “Sobre”, onde são dadas informações gerais sobre a página. A descrição dizia: “(...) aqui você encontrará informações sobre a Operação Verão, notícias sobre esportes e equipamentos náuticos e informações de denúncias para garantir uma praia mais segura para todos”.

No entanto, após uma semana de postagens, e já com 390 fãs, o CCSM – subordinado diretamente ao Comandante da Marinha - desautorizou a publicação dos posts pela DPC, alegando que somente eles poderiam gerir o conteúdo de redes sociais e que a única página da Marinha que poderia ser existir era a oficial.

Tentativas foram feitas por parte dos especialistas da UFF e dos Assessores da DPC no intuito de convencer que, devido à importância do tema da Operação Verão e os altos esforços dispensados durante todo o planejamento da campanha, postagens soltas dentro das páginas oficiais não teriam o mesmo sucesso no alcance do público alvo. No entanto, não houve negociação e, todo o estudo e projeto realizado pela UFF, no intuito de garantir uma “cara nova” para a ação da Marinha foi descaracterizada.

Os assuntos abordados nas páginas oficiais da Marinha são extremamente variados, o ingresso da Força e a aquisição de novos navios e meios aeronavais são alguns deles.

O projeto proposto para a Operação Verão 2012/2013, tão inovador no meio militar, rendeu até o prêmio da categoria “Comunicação Integrada”, na Expocom 2013. O Prêmio Expocom, realizado esse ano na UNESP Bauru (SP), entre os dias 3 e 5 de julho, faz parte do Congresso de Ciências de Comunicação, evento anual organizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Os trabalhos inscritos devem ser de autoria de alunos de cursos de

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graduação na área da comunicação e supervisionados por docentes das instituições de ensino superior.

Em contrapartida, o mesmo projeto não encontrou o mesmo reconhecimento dentro da estrutura de Comunicação Social da Marinha. Como pesquisadora e atuante direta no monitoramento do desenvolvimento do projeto, afirmo que é necessária a “flexibilização do poder”, em determinadas situações, para que o “todo” ganhe. Nesse estudo de caso o “todo” seria a sociedade brasileira, tendo acesso às informações importantes de conscientização, a respeito de um assunto de imensa seriedade e que é pouco abordado na grande mídia.

CONCLUSÃO

Com a observação das Redes Sociais gerenciadas pelas Forças Armadas brasileiras, juntamente com a vivência em uma Assessoria de Comunicação Social da Marinha do Brasil, pude constatar que ainda há muito que evoluir quando o assunto são as redes sociais.

A estrutura organizacional no meio militar é muito enrijecida e, em alguns momentos, mesmo detendo a formação na área e informações que embasam a afirmação de que é preciso ir além quando se propõe a entrar nesses ambientes, é difícil para os assessores inovar. E. sendo a inovação um dos diferenciais no contexto das redes, Marinha, Exército e Aeronáutica utilizam as redes sem explorar completamente o potencial das ferramentas.

Encontrar o meio termo é fundamental. Não se espera que organizações militares se comportem como empresas modernas e/ou privadas. Seguir esse tipo de conduta até descaracterizaria as Forças. No entanto, deixar de realizar bons projetos, que trarão retorno positivo para a instituição e para a sociedade, meramente por conceitos seculares é, no mínimo, retrógrado.

Pode-se observar que no estudo de caso apresentado, uma excelente oportunidade de inovação e pioneirismo nas redes sociais das organizações

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militares brasileiras foi deixada passar por conflitos internos. Dessa maneira, conclui-se que é preciso se adaptar ao meio. As Forças Armadas nacionais já deram o primeiro passo e estão inseridas nas redes e com números que apresentam o crescimento dos acessos e número de usuários. Por esse motivo, é preciso continuar aprimorando os métodos, visando sempre o alcance do público-alvo e fortalecimento da boa imagem da instituição, que nesse contexto, engloba a imagem do país como um todo.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CASTELLS, M. e CARDOSO, Gustavo. A Sociedade em Rede: Do Conhecimento à Acção Política. Página 18. 2005)

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA. Termos de Uso das Mídias Sociais, 2ªed. 2012

EMA 860. Manual de Comunicação Social da Marinha. 2006 FENAJ. Manual de Imprensa – Assessoria de Comunicação. 2007

INSTITUTO INFNET. Mídias Sociais: Planejamento, Execução e Análise. MARTELETO, R. M. Análise de redes sociais: aplicação nos estudos de transferência de informação. Ciência da Informação. P.71-81. 2001 Mezrich, Ben. Bilionários por acaso: A criação do Facebook. 2010 Revista Verde-Oliva. 2011

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO GOVERNO FEDERAL. Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais. 2013

(29)

PRUDENCIO, Kelly – Mobilizar a opinião pública: sobre a comunicação dos ativistas políticos. 2009

Esteves. Os meios de comunicação têm papel crucial nessa mudança: a opinião pública contemporânea é também uma opinião midiática. Pág. 262. 2003

FERREIRA, Gonçalo Costa. Redes sociais de informação: uma história e um estudo de caso. 2010 Sites: www.mar.mil.br www.facebook.com/marinhaoficial?fref=ts www.youtube.com/user/marinhaoficial www.twitter.com/marmilbr www.fab.mil.br https://www.facebook.com/fanpageportalfab www.youtube.com/portalfab www.twitter.com/portalfab https://www.facebook.com/exercito http://www.ibope.com.br/ http://www.descobrindohistoria.com.br/2011/04/19-de-abril-363-do-exercito-brasileiro.html http://www.infoescola.com/curiosidades/historia-do-exercito-brasileiro/ http://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/33036-a-historia-das-redes-sociais-como-tudo-comecou.htm#ixzz2Y5GUS800 http://www.tecmundo.com.br/rede-social/3667-a-historia-do-twitter.htm https://www.emarketer.com/Coverage/SocialMedia.aspx http://www.comscore.com/ http://www.socialbakers.com/facebook-statistics/brazil

(30)

http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/eduardo-saverin-o-brasileiro-na-historia-do-facebook http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/por-que-o-facebook-se-tornou-um-gigante http://comuffaz.blogspot.com.br/2013/08/alunos-de-publicidade-da-uff-mostram.html ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 - Reportagem; Anexo 2 - Reportagem; Anexo 3 - Gráfico; Anexo 4 - Gráfico;

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ANEXO 1 Reportagem

01/03/10 - 12h04 - Atualizado em 01/03/10 - 16h15

Forças armadas dos EUA permitem Twitter e outras redes sociais

Alguns sites eram bloqueados nos computadores de trabalho.

Pentágono quer interagir com membros das forças armadas nas redes.

Da Reuters

Almirante Mike Mullen tem mais de 16 mil seguidores no Twitter. (Foto:

Reprodução)

O Pentágono autorizou o uso do Twitter, Facebook e outros sites da Web 2.0 pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, alegando que os benefícios da mídia social superam as preocupações de segurança.

A decisão, que surge em um período de preocupação renovada com a segurança da computação, se aplica apenas às redes militares não sigilosas.

Mas pode significar mudança considerável para grande proporção das forças armadas, o que inclui os fuzileiros navais, que haviam adotado proibições seletivas a sites de mídia social nos computadores de trabalho da corporação.

O Departamento da Defesa também tem restrições em vigor desde 2007 ao acesso a certos sites que consomem muita banda, como o YouTube.

"O propósito dessa norma é reconhecer que precisamos tirar vantagem das capacidades que a Internet oferece. Essas ferramentas de Web 2.0 precisam ser parte daquilo que utilizamos", disse David Wennergren, secretário assistente da Defesa, à Reuters.

"E aquilo que tínhamos eram abordagens inconsistentes. Alguns sites eram bloqueados, e alguns comandos bloqueavam coisas", acrescentou.

Oponentes têm receio de vazamentos

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Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto e principal comandante militar dos EUA, usa o Twitter e tem mais de 16 mil seguidores.

O Comando Sul dos EUA também ofereceu atualizações operacionais via Twitter sobre as atividades de assistência no Haiti.

O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, de 66 anos, disse que deseja usar a mídia social para ajudar o Pentágono a interagir com os integrantes das forças armadas do país, muitos dos quais jovens na casa dos 20 anos.

Mas os oponentes da decisão mencionaram o risco de vazamento de informações, de abertura de entradas para hackers e de uso excessivo da preciosa banda disponível na rede do

Departamento da Defesa.

A nova regra determina que os comandantes ainda terão de se defender contra ataques de hackers e bloquear o acesso online a sites de pornografia, jogos de azar e que promovam "atividades relacionadas a crimes de ódio".

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ANEXO 2 Reportagem

Exército monitorou líderes de atos pelas redes sociais

Fábricas clandestinas de explosivos foram interditadas, diz general

Vinicius Sassine

BRASÍLIA — O Exército brasileiro monitorou com lupa as manifestações que tomaram as ruas do país em junho, inclusive com uma técnica de espionagem semelhante à utilizada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), organismo sob suspeita de violação de dados sigilosos no Brasil. Um software de fabricação nacional, em uso pelo Centro de Defesa Cibernética do Exército, filtrou informações postadas nas redes sociais e serviu para identificar os manifestantes que assumiram a linha de comando dos protestos. Os dados produzidos foram enviados à Polícia Federal e às Secretarias de Segurança Pública nos estados onde ocorriam as manifestações. As informações foram repassadas ao GLOBO pelo chefe do Centro de Defesa Cibernética, general José Carlos dos Santos.

Segundo o general, o monitoramento feito pelo Exército é legal. Esse acompanhamento é necessário por envolver questões de segurança nacional, o que legitima e justifica essa ação, avalia ele. O militar informou que a parceria com a Polícia Federal também tem legitimidade até porque as Forças Armadas não atuam na ponta, o que é função da polícia.

O centro funciona no quartel-general do Exército, em Brasília. Da central de monitoração cibernética, Santos comandou um grupo de 50 militares responsáveis por identificar eventuais líderes das manifestações, pontos de potencial conflito e organização de atos de vandalismo. Agentes e delegados da PF atuaram em conjunto com o Exército. Outros 24 militares — quatro em cada uma das seis sedes da Copa das Confederações — participaram do monitoramento dos protestos. Novas manifestações poderão ser acompanhadas pelo Centro de Defesa Cibernética e pelo setor de inteligência do Exército.

Os protestos de junho, em especial os realizados nos dias de jogo na Copa das Confederações, foram marcados pela violência das polícias militares, que evitaram a aproximação dos manifestantes dos estádios. Agora, sabe-se que filtros produzidos pelo Exército, com identificação de eventuais líderes, municiaram a ação dos policiais. O software utilizado foi fabricado pela Dígitro, empresa de Florianópolis que vende a ferramenta a órgãos de segurança pública em geral, segundo o general.

— A adaptação do software para esse tipo de monitoração depende do usuário. Ele foi customizado para esse evento — disse o general.

Santos afirmou que o monitoramento e a filtragem de dados das redes sociais pararam com o fim da Copa das Confederações. Segundo ele, em nenhum momento o Exército filtrou dados que não fossem informações públicas, divulgadas nas redes sociais pelos ativistas:

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— Essa foi a nossa presença nessa imensa praça cibernética. Com filtros, consegue-se focalizar o que interessa. É uma técnica de filtragem que a própria espionagem deve utilizar racionalmente. Os americanos monitoram 2,3 bilhões de e-mails e telefonemas. Se não houver essa técnica, não é possível gerar inteligência sobre isso. O próprio embaixador americano (no Brasil), Thomas Shannon, indica que essa é a técnica utilizada pela NSA. É um processo semelhante. A grande diferença é que nós nos baseamos só em informações de domínio público.

Conjuntos de frases e palavras publicadas nas redes sociais foram pinçados:

— Tudo que estava relacionado à segurança pública era mapeado. Era difícil precisar de onde estava partindo a coordenação. Quando era possível, informávamos aos órgãos de segurança. O Centro de Defesa Cibernética já monitora as movimentações para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio. Na Copa das Confederações, o Exército forneceu informações “em tempo real” sobre produtos explosivos a serem usados nas manifestações. Fábricas clandestinas de explosivos foram interditadas, segundo o general. O mesmo monitoramento está previsto para a Copa do Mundo em 2014.

______________________________________________________________________

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ANEXO 3 Gráfico ANEXO 4 Gráfico Fonte: http://www.socialbakers.com/facebook-pages/120666061337707-marinha-do-brasil-oficial/in-brazil ANEXO 5

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Extrato Twitter

Marinha do Brasil @marmilbr28 jun

Prorrogada inscrição para concurso de Nível Superior on.fb.me/14A2tBu

Lucas Moura #7 ❥❥❥❥ @Babi_ferreira128 jun

@marmilbr ola eu gostaria de saber como eu faço para fazer o preparatorio da

marinha !

Marinha do Brasil @marmilbr1 jul

@Babi_ferreira1 Em atenção a VSa, solicitamos contatar a Diretoria de Ensino da

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ÍNDICE FOLHA DE ROSTO...2 DEDICATÓRIA...3 RESUMO...4 METODOLOGIA...5 SUMÁRIO...6 INTRODUÇÃO... 7 CAPÍTULO I - Histórico das Redes Sociais

08 1.1– Redes sociais no Brasil 11

CAPÍTULO II - Histórico das Forças Armadas brasileiras 13

2.1 Marinha 13

2.2 Exército 14

2.3 Aeronáutica 15

CAPÍTULO III – Cenário Atual das Redes Sociais desenvolvidas pelas Forças Armadas 18

3.1 Exército nas redes 21

3.2 Aeronáutica nas redes 23

3.3 Marinha nas redes 24

3.4 Estudo de caso: Operação Verão 2012/2013 – Marinha do Brasil 25

CONCLUSÃO 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 29

ANEXOS 31

Referências

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