Mercantilismo
Mercantilismo (XVI-XVIII)
•
Definição:
Prática econômica adotada pelos
Estados Absolutistas Europeus que
marcou
a
transição
entre
feudalismo
e
capitalismo
nos
séculos XVI a XVIII.
•
Características gerais:
a.
Metalismo.
b.
Balança comercial favorável.
c.
Protecionismo.
d.
Pacto Colonial.
Mercantilismo (XVI-XVIII)
I.
Metalismo:
Parte do princípio que o
enriquecimento de um país
dependia da quantidade de
metais preciosos que ele
possuísse.
II.
Balança comercial
favorável:
Garantir que os ganhos com
exportações fossem maiores
do
que
os
gastos
com
Mercantilismo (XVI-XVIII)
I.
Metalismo:
Parte
do
princípio
que
o
enriquecimento
de
um
país
dependia
da
quantidade
de
metais
preciosos
que
ele
possuísse.
II.
Balança comercial favorável:
Garantir
que
os
ganhos
com
exportações fossem maiores do que
os gastos com importações.
Mercantilismo (XVI-XVIII)
III.
Protecionismo:
Cobrar altos impostos sobre os
produtos estrangeiros de modo
encarecê-los para incentivar o
consumo de produtos nacionais.
IV.
Pacto Colonial:
As metrópoles proibiam
suas
colônias
de
comercializar
livremente. Assim, as colônias
poderiam vender matérias-primas
apenas para suas metrópoles e
não
poderiam
produzir
manufaturas, tendo que
comprá-las
exclusivamente
das
suas
metrópoles.
Quadro de Claude Lorrain, que representa um porto de mar francês de 1638.
Mercantilismo (XVI-XVIII)
V.
Intervencionismo estatal:
A
economia
dos
países
mercantilistas e das colônias
era controlada pelo Estado. Os
governos absolutistas tomavam
decisões sobre exportação e
importações,
impostos
cobrados sobre os produtos
importados,
produção
de
manufaturados e exploração
colonial.
Mercantilismo (XVI-XVIII)
“A definição mais aceita de mercantilismo informa que esse termo compreende um conjunto de ideias e práticas econômicas dos Estados da Europa ocidental entre os séculos XV, XVI e XVIII voltados para o comércio, principalmente, e baseados no controle da economia pelo Estado. [...] As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no contexto da transição do Feudalismo para o Capitalismo, possuindo ainda características marcantes das estruturas econômicas feudais e já diversos fatores que serão mais tarde identificados como características capitalistas, não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. O termo mercantilismo define os aspectos econômicos desse processo de transição. [...] Muitas vezes, a definição de mercantilismo vem acompanhada de um esboço das principais práticas do período, como o metalismo, a balança comercial favorável e protecionismo. Mas devemos ter cuidado com o anacronismo ao abordar essas práticas.
O metalismo, por exemplo, é definido
frequentemente como uma concepção que
atrelava a riqueza de um Estado à
quantidade de metais preciosos por ele
acumulado. Mas o metalismo, que como
prática econômica predominou na França e
Espanha do século XVI, dificilmente queria
dizer que riqueza era igual à moeda
acumulada. As concepções metalistas [...]
interpretavam a moeda como um meio
para obter riqueza em terras e em títulos,
não a riqueza financeira em si. Para a
mentalidade capitalista, moeda e riqueza
são
sinônimos,
mas
não
para
a
mentalidade barroca do Antigo Regime [...].
(SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de
Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto,
2006, p. 283-284).
Princípios do Mercantilismo
1- Que cada pedaço de terra de um país deva ser utilizado para agricultura, mineração
ou indústria;
2- Que toda matéria prima encontrada em um país seja usada na manufatura
doméstica, porque bens acabados têm valor maior do que matérias primas;
3- Que uma grande população trabalhadora seja encorajada;
4- Que toda exportação de ouro e prata seja proibida e todo dinheiro doméstico seja
mantido em circulação;
5- Que toda importação de bens estrangeiros seja desencorajada tanto quanto
possível;
6- Onde houver certas importações indispensáveis, que sejam obtidas em primeira
mão, em troca de outros bens domésticos em vez de em troca de ouro e prata;
7- Que tanto quanto possível as importações sejam restringidas a matérias primas que
possam ser finalizadas domesticamente;
8- Que as oportunidades de vender o excedente de manufaturas de um país sejam
constantemente procuradas;
9- Que nenhuma importação seja permitida se tais bens forem produzidos
internamente de forma suficiente e adequada.
Antigo Regime Europeu
•
Características:
-
Política:
Monarquia
Absolutista.
-
Economia: Mercantilista.
-
Sociedade:
de
ordens
ou
privilégios.
-
Soberania:
formação
do
Exército
Permanente
e
Nacional.
-
Definição territorial: unificação
administrativa (burocracia).
-
Símbolos nacionais: moeda,
idioma e tributação nacional.
“Expressão surgida ao findar o século XVIII para indicar um conjunto de instituições características do absolutismo francês. O emprego da expressão, feito no início da Revolução Francesa, procurava demonstrar repúdio dos revolucionários a um tipo de governo que era imperioso extinguir. As instituições básicas do Antigo Regime eram a monarquia absolutista, as ordens e os estados, a corte. Não obstante, o que caracteriza essencialmente o Antigo Regime é o modo pelo qual determinado grupo de pessoas vivia e que pode ser resumido numa palavra: o privilégio. Essa palavra, na época, não possuía o sentido atual, isto é, a aquisição de vantagens obtidas sem esforço ou sem apoio legal. Este significado pejorativo foi obra do Iluminismo. No Antigo Regime, o privilégio era entendido como um direito usufruído legitimamente, comportando territórios privilegiados (aldeias, província, cidades) dotados de direitos especiais que atingiam, inclusive, os seus habitantes. Os privilegiados por excelência eram uma centena de famílias que formavam a sociedade parisiense, as quais, por séculos, os franceses chamavam de ‘os grandes’. Os privilégios desse pequeno grupo eram vastíssimos, concedidos ou comprados, possibilitando aos seus componentes ocuparem os principais lugares e cargos públicos que traziam poder, prestígio e fortuna. [...]”
(AZEVEDO, A. C. do A. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, p. 30-31).