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A inclusão do aluno com necessidades especiais na escola

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UNIJUI - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL Departamento de Pedagogia

SUSETE CRISTINE DA ROSA

A INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA

SANTA ROSA 2012

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SUSETE CRISTINE DA ROSA

A INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do titulo de Graduada em Pedagogia na Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Marta Estela Borgmann

Santa Rosa 2012

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SUSETE CRISTINE DA ROSA

A INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA

Monografia apresentada para obtenção do titulo da graduada em Pedagogia na Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul.

Banca Examinadora:

... Profa. Ms. Marta Estela Borgamann – UNIJUI

... Profa. Dra. Hedi Maria Luft - UNIJUÍ

... Profa. Ms. Claudia Seger Cunegatti – UNIJUÍ

Conceito:...

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DEDICATORIA

Primeiramente a Deus que

possibilitou, com todo seu amor de Pai, que esse sonho fosse possível.

Dedico também a minha mãe Valesca, que nunca mediu esforços e esteve sempre a meu lado, a minha filha Victoria por ter tido compreensão das noites ausentes durante sua infância, aos meus amigos, aos meus professores ,por terem me apoiado e incentivado a seguir em frente.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pôr minha vida, pelo amor e esperança. A minha mãe e minha filha, cujo carinho, paciência e apoio foram essenciais para vencer esta etapa em minha vida...

A professora orientadora Marta Estela Borgmann que com sua orientação segura e competente, soube compreender meus momentos de incertezas, sempre acreditando em meu trabalho.

Aos meus chefes, pôr me

proporcionarem a possibilidade de voltar a estudar.

A escola, “Colégio L`Hermitage Cristo Rei” do município de Horizontina RS, que gentilmente abriu as portas para colaborar com estágios e pesquisas realizadas.

Aos professores, colegas, amigos, pelo apoio, companheirismo e pelos

vários momentos de alegria

compartilhados durante esta trajetória. Obrigado a todos que de uma ou outra maneira me ajudaram para que pudesse concluir esta etapa.

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RESUMO

A presente pesquisa trata sobre o processo de inclusão do aluno com necessidades especiais na escola. Tem como objetivo investigar sobre as inquietudes dos professores em relação à inclusão verificando que respaldo eles tem da escola para desenvolver seu trabalho em sala de aula e que métodos utilizam. Para tanto realizei uma pesquisa com professores de uma escola particular no município de Horizontina (RS) quem tem matriculado alunos com deficiência. A pesquisa foi desenvolvida através de entrevistas com professores e coordenadora pedagógica da escola .Podemos considerar que estamos diante de uma situação incompleta,com dificuldades ,porem há esperança de que com a formação especifica e apoio de todos haverá transformações na Educação Inclusiva.

Palavras – chave: Currículo, Inclusão, Professor, Aluno com necessidades especiais.

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ABSTRACT

Esta investigación trata sobre el proceso de inclusión del alumno con necesidades especiales en la escuela. Tiene como objetivo investigar sobre las inquietudes de los profesores en relación a la inclusión verificando que contención tienen ellos por parte de la escuela para el desarrollo de su trabajo en el aula y que métodos utilizan para esto. Por lo tanto realicé una investigación junto a profesores de una escuela particular del Municipio de Horizontina (RS) quienes han matriculado a alumnos con deficiencias. El estudio/informe fue desarrollado a través de entrevistas con profesores y a la coordinadora pedagógica de la mencionada escuela. Podemos considerar que estamos en una situación incompleta,con dificultad,pero hay esperanza de que con formación especifica y apoyo de todos habra transformaciones en la Educación Inclusiva.

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SUMARIO

INTRODUÇÃO ... 8

1 CURRICULO INCLUSIVO ... 10

2 INCLUSÃO ESCOLAR: COMO ATINGÍ-LA ... 14

3 DESAFIOS DA INCLUSÃO ... 22

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 28

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INTRODUÇÃO

O importante papel da Educação no desenvolvimento dos alunos e da sociedade amplia-se no século XXI e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos responsáveis e participativos. O pensar pedagógico diante da Educação Especial e sobre tudo da inclusão nos leva a diversos questionamentos e até mesmo conflitos pensando no respeito as suas necessidades, ao suporte necessário à ação pedagógica e ainda de que forma esta sendo utilizado o currículo inclusivo.

Neste contexto, surge a necessidade de pensar um currículo inclusivo para a escola. Onde estão subentendidas as adaptações curriculares que são consideradas estratégias e critérios de atuação docente, admitindo decisões que oportunizam adequar à ação educativa escolar às necessidades particulares de cada um. A implementação da Educação Inclusiva não é tarefa fácil, pois o professor precisa garantir o aprendizado dos alunos com necessidades educacionais, no contexto das atividades diárias da sala de aula e do planejamento para a turma.

A Inclusão e a formação de professores, são objetos da pesquisa apresentadas neste trabalho, pois sabe-se que a realização destas, é o caminho para que a escola seja entendida como ela realmente é,de todos e para todos.

A partir disso, realizou-se este estudo que tem como objetivo conhecer a realidade do professor em relação à inclusão, que respaldo eles tem da escola para desenvolver seu trabalho em sala de aula, que métodos utilizam. Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica e de campo em uma escola particular no município de Horizontina (RS) que tem matriculado alunos com deficiência. Os sujeitos participantes da mesma são 4 professores da educação infantil e anos iniciais e uma coordenadora pedagógica. Os instrumentos utilizados para a pesquisa foram um questionário com os professores e com a coordenadora pedagógica, bem como conversas e visitas a escola para observar o espaço físico.

Este trabalho apresenta-se em três capítulos. No primeiro capítulo abordo a importância do currículo na inclusão escolar, onde o aluno é o sujeito de direito e o

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foco central de toda ação educacional. Ressaltando também a importância do projeto curricular, sustentado por um trabalho em equipe com o objetivo claro de melhorar a escola como um todo. O currículo esta como tema central nos projetos políticos-pedagógicos das escolas e nas propostas dos sistemas de ensino, assim como nas pesquisas, na teoria pedagógica e na formação inicial e permanente dos docentes.

O segundo capítulo trata das questões pertinentes e necessárias para uma escola inclusiva de qualidade para todos, sem desigualdades, injustiças e conflitos. A Constituição Federal, em seu Artigo I, estabelece um modo de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, portanto, no desenvolvimento do que se chama conjunto de valores, valem à liberdade,a sabedoria de conviver com o diferente, tanto do ponto de vista de valores quanto de costumes, capacidades e limitações.

À formação e o comprometimento do professor com a educação de seu aluno é importante, por isso ele é responsável pelo desenvolvimento de seu papel e pelo aprendizado de seus alunos, tendo que trabalhar de forma dinâmica , atendendo as diferenças e estimulando o desempenho de seus alunos. Desta forma, o processo de educação continuada dos professores faz-se necessário, pois é por meio deste processo que se chegará a um processo inclusivo.

Para finalizar, no terceiro capitulo analiso como acontece na escola e na vida do professor e do aluno à inclusão, se o professor tem o suporte necessário para que em sala de aula possa disponibilizar de todos os meios, métodos, técnicas e recursos a fim de garantir ao aluno com deficiência todas as possibilidades para o seu desenvolvimento. Os tipos de estratégias que são necessárias a fim de permitir que todos os alunos, inclusive o de deficiência intelectual, participem integralmente das oportunidades educacionais, com resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto possível.

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1 CURRICULO INCLUSIVO

Destaca-se neste século XXI um grande legado para a educação: Uma educação de qualidade para todos. Isso implica em uma escola inclusiva onde todos devem ter acesso, pois uma escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.

Uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada, para oferecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação uma boa educação. Um ensino significativo é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos bem como recursos para sua efetivação. Desta forma, estamos falando em um currículo inclusivo em todos seus aspectos.

Num currículo inclusivo, o aluno é o sujeito de direito é o foco central de toda ação educacional. Garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construção das competências necessárias para o exercício pleno da cidadania, é objetivo primário de toda ação educacional.

Se buscarmos a origem da palavra currículo (latim curriculum) significa corrida, um percurso a ser realizado. O currículo é percurso de busca que deve ser sempre questionado e reavaliado é produzido pela experiência. Experiência essa, que abrange a vivência imediata de situações individuais e/ou coletivas e a sua elaboração investigativa. A experiência se realiza quando na vivência nos ajustamos à observação, análise, registro, reflexão, crítica e interpretação do que esta sendo vivenciado. O currículo é a peça central da atividade educacional.

Desenvolver um projeto curricular é mais do que adaptar para uma escola um conjunto de formulações gerais, consiste em regulá-las em favor do que se pretende especificamente para ela, uma das maneiras de lograr esta mudança do geral ao especifico é o trabalho em equipe. A construção coletiva possibilita o restabelecimento dos valores e sua importância para a comunidade.

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O projeto curricular, quando sustentado por um trabalho em equipe passa a ser o elo que justifica o trabalho de tantas pessoas em favor de algo que se pretende de melhor para uma escola. As indagações que surgem sobre o currículo presente nas escolas e na teoria pedagógica mostram um significado: a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos, mas sim uma seleção e construção de conhecimentos e práticas produzidas em situações concretas e em meio a dinâmica social, política, cultural e pedagógica da escola.

A reflexão sobre o currículo está como tema central nos projetos políticos-pedagógicos das escolas e nas propostas dos sistemas de ensino, assim como nas pesquisas ,na teoria pedagógica e na formação inicial e permanente dos docentes. O sistema escolar, assim como nossa sociedade, está avançando para um ideal democrático de justiça e igualdade e diante deste ideal de construir esta sociedade a escola o currículo e a docência são obrigados a se indagar e tentar superar toda prática e toda cultura seletiva, excludente, e classificatória na organização do conhecimento, dos tempos e espaços, dos agrupamentos dos educandos e também no convívio e organização do trabalho diário dos educadores.

O currículo necessita de atenção, dependendo da forma de organização curricular muitos serão os problemas a serem enfrentados, se para os alunos sem necessidades educacionais especiais acarreta problemas, no caso dos alunos com necessidades educacionais especiais o cuidado deve ser maior, com adaptações e/ou adequações curriculares, como podemos observar na Declaração de Salamanca 1994, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDB)1996 e nos Parâmetros Curriculares Nacionais( PCN) 1997.

A LDB, no que tange a Educação Especial foi embasada nas recomendações de organismos internacionais, que defendiam a participação e a plena igualdade de oportunidades para os deficientes, ou seja, igualdade de valor entre os homens, em como a necessidade de relacionar o atendimento educacional especializado com as características de aprendizagem de cada aluno, respeitando os seus diferentes ritmos. Conforme Aranha (2001).

A ideia de inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa garantia de acesso de todos a todas as oportunidades independentemente das peculiaridades de cada individuo ou grupo social.

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A lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional,1996 destaca que os currículos devem ter uma base nacional comum, conforme determinam os artigos 26,27 e 32, a ser suplementada por uma parte diversificada, exigida pelas características do aluno.

Tanto o currículo como as avaliações devem ser funcionais, buscando meios uteis e práticos para favorecer o desenvolvimento das competências sociais. O acesso ao conhecimento, à cultura e as formas de trabalho valorizadas pela comunidade e a inclusão do aluno na sociedade.

O Projeto Político Pedagógico de uma escola é o instrumento teoricamente metodológico, definidor das relações da escola com a comunidade a quem vai atender, explicita o que se vai fazer, para quem e como se vai fazer.

A escola só será entendida como ela realmente é: de todos e para todos; à medida que na reflexão sobre a escola, a comunidade da qual se originou os alunos, suas necessidades, os objetivos a serem alcançados por meio da ação educacional, tiver o envolvimento de todos.

Toda a escola deve desenvolver e regulamentar os procedimentos para a identificação de necessidades educacionais presentes no seu alunado, com o objetivo de garantir á todos acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de suas potencialidades. É responsabilidade da escola, garantir que as necessidades educacionais de todos seus alunos sejam identificadas e atendidas.

Como já mencionado, Educação para todos implica em ter acesso à escola inclusiva, poder percorrê-la de modo significativo para a criança e para todas as outras pessoas ou instituições que trabalham em favor disso, ou seja não basta colocar as crianças na escola se elas não aprendem, se a escola não lhes faz sentido, se essa instituição não justifica tudo aquilo que é investido em favor da realização de seus propósitos.

A educação hoje tem um grande desafio: garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos os indivíduos, inclusive aqueles com necessidades educacionais especiais, particularmente alunos que apresentam altas habilidades, deficiência, ou seja, alunos que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores genéticos, de caráter temporário ou permanente e os que têm transtornos Globais

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específicos, sujeitos descritos pela Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008 do Ministério da Educação.

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2 INCLUSÃO ESCOLAR: COMO ATINGÍ-LA

Diante do que idealizamos para uma escola inclusiva de qualidade para todos, sem desigualdades, injustiças e conflitos é necessário que a escola que pretende seguir a política de Educação Inclusiva, desenvolva com os professores e comunidade uma política de cultura e praticas que valorizem a contribuição do aluno, nesse sentido qualificarmos os professores através de formação com apoio da gestão, proporcionando recursos e valores, chegaremos mais próximos da qualidade desejada.

Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001 uma matéria tão complexa como o direito a educação das pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais requer fundamentação nos seguintes princípios:

- a preservação da dignidade humana; - a busca da identidade;

- o exercício da cidadania.

Historicamente temos conhecimento de que o ser humano considerado não produtivo era excluído e banido do convívio da sociedade, sem direitos como os demais seres humanos. A pessoa com necessidades educacionais especiais não pode e nem deve ser tratado e reconhecido por compaixão e piedade. O respeito a dignidade devem ser a base e o valor fundamental de todo estudo e também das ações direcionadas ao atendimento de todas as pessoas que apresentam necessidades especiais, independente da forma em que tal necessidade se manifesta.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica 2001 apontam que em nossa sociedade, ainda há momentos de sérias rejeições ao outro, ao diferente, impedindo-o de sentir, perceber e ser respeitado como pessoa. A educação no seu papel social e pedagógico, busca estabelecer relações pessoais e sociais da solidariedade, refletindo um dos tópicos mais importantes para a humanidade fazer com que todos sintam-se dignos e iguais na vida social.

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A Constituição Federal, em seu Artigo I, estabelece um modo de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, portanto, no desdobramento do que se chama conjunto central de valores, devem valer a liberdade, tolerância, à sabedoria de conviver com o diferente, tanto do ponto de vista de valores quanto de costumes, capacidades e limitações. O respeito traduz-se pela valorização de cada individuo e de sua singularidade, nas características que o constituem. O dever de respeitar o outro articula o valor de ser respeitado. O respeito sendo mutuo é solidário. Se cada criança com necessidades educacionais especiais tiver acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania, o passo será decisivo para constituir uma sociedade solidária.

A Educação Inclusiva pressupõe uma participação integral numa estrutura em que os valores e práticas são delineados levando em conta as características, interesses, objetivos e direitos de todos os participantes no ato educativo. Pelo fato de que a inclusão se desenvolveu após o movimento integrativo, e utilizando frequentemente os mesmo agentes e recursos, diz-se que a inclusão é uma evolução ou mesmo um novo nome da integração, mas segundo Rodrigues (2006),Inclusão ,não é uma evolução da integração, por três razões:

1º)A integração deixou intocáveis os valores menos inclusivos da escola. Não foi por causa da integração que o insucesso escolar diminuiu ou que novos modelos de gestão da sala de aula surgiram.

2º) A escola integrativa separava os alunos em dois tipos: os “normais” e os “diferentes”. Para os alunos “normais”, era mantida sua lógica curricular, e os mesmos valores e praticas; para os “deficientes”, selecionava condições especiais de apoio, ainda que os aspectos centrais do currículo continuassem inalterados.

3º) O papel do aluno “deficiente” na escola integrativa foi sempre condicionado. Este aluno só permanecia na escola enquanto seu comportamento e aproveitamento fosse adequado, caso contrario poderia ser devolvido a escola especial.

Assim ,quando se fala de escola integrativa, trata-se de uma escola semelhante à escola tradicional em que os alunos com deficiência eram ignorados e recebiam um tratamento especial. A perspectiva da Educação Inclusiva é oposta a

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da escola tradicional é inclusiva ao promover uma escola de sucesso para todos, ao encarar os alunos como todos diferentes e necessitados de uma pedagogia diferenciada e ao cumprir o direito a plena participação de todos os alunos na escola regular.

A noção de “diferença” tem se baseado muito no discurso moderno sobre a diferenciação pedagógica. Apesar de o termo “alunos diferentes” ser abundantemente usado, isso não significa que tenha um entendimento claro. Ser diferente é assim: na acepção comum, viver em uma sociedade cujos valores consideram determinadas características da pessoa como merecedoras de ser classificadas como deficiência ou dificuldade. Não existe um critério que permita classificar alguém como diferente. A diferença é,uma construção social histórica e cultural. Por outro lado classificar alguém como diferente, afirma que existe outra categoria, que é a de normal.

Ao dizermos que a Educação Inclusiva, se dirige aos alunos diferentes, encaramos todas as questões, sabemos que não são só diferentes os alunos com uma condição de deficiência: muitos outros alunos sem condição de deficiência identificada não aprendem se não tiverem uma atenção particular ao seu processo de aprendizagem. Heward (2003) citado por Rodrigues, 2006, afirma que o fato de alunos serem todos diferentes não implica que cada um tenha de aprender segundo uma metodologia diferente isso nos levaria a uma escola impossível de funcionar nas condições atuais. Significa que todos se baseiam em concepções e modelos de aprendizagem. Assim se não proporcionarmos abordagens diferentes ao processo de aprendizagem, criamos desigualdade para muitos alunos.

Ainda conforme Rodrigues, 2006 não só os alunos são diferentes, mas também os professores, e ser diferente são uma característica humana e comum, não um atributo de alguns. A Educação Inclusiva dirige-se aos “diferentes”, isto é a todos os alunos e é ministrada por “diferentes”, isto é por todos os professores.

Sendo assim a formação e o envolvimento e o comprometimento do professor com a educação de seu aluno é muito importante, por isso ele é responsável pelo desenvolvimento de seu papel e pelo aprendizado de seus alunos, tendo que trabalhar de forma dinâmica , atendendo as diferenças e estimulando o desempenho de seus alunos. Desta forma, o processo de educação continuada dos

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professores faz-se necessário, pois é por meio deste processo que se chegara a um processo inclusivo.

Segundo David Rodrigues (2006), em muitos países estão integradas no currículo de formação inicial de professores disciplinas relativas as “Necessidades Educacionais Especiais”, o autor cita o exemplo de Portugal, onde a formação é obrigatória desde 1987, e no Brasil, por uma política do MEC, desde 1997, isso é sem duvida importante, familiarizar o futuro professor com o conhecimento de prováveis situações que ira enfrentar com a crescente inclusão de alunos com Necessidades Especiais Educacionais nas escolas regulares. Se essa formação é frequente, por que se continua a escutar queixas de professores sobre a sua falta de formação para atender alunos com dificuldades?

O autor levanta duas questões neste âmbito que merecem ser discutidas, umas ligadas as características complexas da profissão de professor e outra que esta ligada a necessidade de uma formação em serviço. O professor não é um técnico, que aplica técnicas relativamente normalizadas e já conhecidas, e também não é um funcionário que executa funções enquadrada por uma cadeia hierárquica perfeitamente definida. Já citado anteriormente o professor tem de ser versátil, com autonomia e capacidade de delinear e desenvolver planos de intervenção em condições muito diferentes. Sendo assim, para desenvolver esta competência tão criativa e complexa, não basta uma formação acadêmica, é necessária também uma formação profissional.

A gestão de uma classe heterogênea exige que a gestão seja feita com base numa permanente avaliação e reflexão em grupo sobre as melhores estratégias a serem desenvolvidas por meio de uma pratica continuada, reflexiva e coletiva. Estas práticas de aprimoramento que são pilotadas por necessidades do professor são designadas por “desenvolvimento profissional” para distingui-las dos processos de “formação”. O desenvolvimento de competências para Educação Inclusiva, só poderá ser plenamente assumida ao longo de uma pratica em serviço, por que o comprometimento com a educação de todos os alunos é de toda a escola.

Diante das questões sobre o conhecimento da etiologia e caracterização das condições de deficiência para formar os professores que irão desenvolver programas educativos inclusivos constata que, se a ênfase da formação de professores for dada a diferença e aos casos mais profundos, proporciona-se um

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argumento para que o professor avalie sua futura tarefa como quase inultrapassável e ate a rejeitar a inclusão de alunos com dificuldades, devido ao conhecimento das reais dificuldades que esses alunos têm. Sugere-se que a formação seja feita em termos das deficiências mais ligeiras e que todo o conhecimento da diferença seja integrado numa compreensão da diversidade humana que vai das altas habilidades ate a deficiência, dando noção de que os casos muito difíceis são uma minoria e de que na grande maioria as dificuldades são discretas e leves. Portanto, o autor sugere que se conheçam as diferenças, para promover a inclusão e não para justificar a segregação. Não dar destaque a “patologia” psicológica ou médica, mas acompanhar cada caracterização com indicações pedagógicas, que contribua para que o professor tenha uma ideia, pesquisando sobre estratégias para que o aluno se integre e aprenda na escola.

Segundo Lino Macedo, (2005), em uma escola para todos, os professores querem também aprender e não só ensinar. Na escola seletiva, por sua lógica da exclusão, a suposição é que os professores não têm de aprender, mas apenas ensinar. Nessa escola alunos e professores, são regulados por condições tanto para entrar como para continuar ensinando ou aprendendo. Caso estes requisitos não forem atendidos, resolve-se o problema com a exclusão.

Afirma que o professor deve colocar em sua pauta pessoal e profissional a questão do aprender continuado, a competência de ensinar pode ficar cada vez mais insuficiente o que não significa reduzir o professor em um bom aluno, mas reconhecer que para sermos bons, precisamos de formação, ter consciência de que não sabemos tudo e que, é necessário constante aprimoramento. Valorizar a aprendizagem dos professores significa convidá-los a observar suas ações, a analisar os modos como regulam as trocas sociais, culturais, disciplinares com seus alunos e colegas, significa convida-los a se responsabilizarem por suas escolhas e modos de atuação. Segundo Piaget (1976), podemos tomar consciência apenas de nossas ações, isto é, do que fazemos em nossas praticas, do que assimilamos de nossas leituras ou estudos.

Por isso, ensinar supõe ao mesmo tempo aprender. Uma coisa é o professor dando aula, outra, o professor refletindo sobre sua pratica e se dando oportunidades de aprendizagem para ensinar melhor.

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Na área da Educação Especial, o uso de recursos, auxiliam professores e profissionais no desenvolvimento do aluno com deficiência nas diversas áreas. Ademais, o uso de recurso adaptados e da Tecnologia Assistiva garante o acesso aos materiais pedagógicos, favorecendo um melhor desempenho acadêmico ao aluno.

Rodrigues (2006),afirma que para muitos, é a atitude o aspecto fundamental para que a Educação Inclusiva possa se desenvolver, porém ao hipervalorizarmos as atitudes, outros fatores, como por exemplo os recursos, podem ser menos valorizados. A inclusão tem de construir uma resposta de qualidade para poder representar uma alternativa séria as escolas especiais. Uma escola inclusiva que atenda, por exemplo, alunos com deficiência intelectual tem de ser capaz de proporcionar pelo menos, o mesmo tipo de serviços da escola especial.

Promover a inclusão é criar serviços de qualidade e não democratizar as carências. As escolas trabalham muito perto do seu limite máximo de resposta, mesmo não adotando modelos inclusivos. Sem mais recursos nas escolas, será difícil aumentar seu leque de respostas, e será praticamente impossível atender com qualidade esta nova população. A escola Inclusiva, precisa ser forte, confiante e ter convicção de que com os recursos que apresenta ,enfrentará os problemas.

A escola regular para responder com competência e rigor a diversidade dos alunos necessita contratar pessoas especializadas como terapeutas, psicólogos, trabalhadores sociais, e dispor de equipamentos e recursos materiais. Necessita ser uma organização diferenciada de aprendizagem para oferecer garantias as famílias e aos encarregados de educação de que os mesmos serviços que eram proporcionados pela escola especial serão garantidos.

Na perspectiva da gestão escolar, destaco uma entrevista realizada por Rita Loiola à professora Daniela Alonso na revista Nova Escola,2011, 28 de maio, localizada em http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/gestao/inclusao-427864.shtml, para fazer um planejamento para classes que tenham também alunos com deficiência exige-se cuidados maiores e especiais. Conhecer a criança e a família, é importante, este contato ira ajudar, a saber, com quem o professor ira passar o ano, e também orienta sobre os materiais específicos de que pode precisar em aula. Procurar ajuda com um profissional que oferece atendimento especializado para conseguir informações, a troca é importante para o professor ter ideia das

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habilidades e competências com as quais esta lidando. Desta forma, o professor pode pensar em propostas colaborativas dentro de sala e aperfeiçoar seus métodos pedagógicos. Cada aluno tem necessidades próprias,nenhuma deficiência é igual.

O planejamento deve levar em conta que podem ser necessárias, por exemplo, transcrições para o braile, audiolivro ou interpretação em libras. Esse apoio, garantido por lei, é feito por especialistas em conjunto com a escola. As secretarias municipais, organizações regionais e nacionais de apoio aos deficientes, universidades ou o Ministério da Educação oferecem orientações, materiais didáticos e até mesmo profissionais e estagiários. "Com a escola, o educador pode cobrar soluções para assegurar os direitos de seus alunos", diz Daniela Alonso.

Mais do que os materiais de acesso, planejar uma aula inclusiva implica observar a Educação de modo amplo. Em vez de aulas que privilegiem a informação e sua reprodução, o professor pode buscar a interação dos jovens.

"A Educação para a inclusão pede uma mudança de concepção do ato de ensinar", diz Maria Teresa Mantoan, 2008 e complementa, o ensino focado na repetição de conceitos há muito tempo é ruim para qualquer estudante, com deficiência ou sem deficiência.

O caminho é abordar os assuntos com base em aspectos variados, por meio de técnicas ou recursos audiovisuais, considerando os saberes prévios do aluno. A valorização da experimentação e da criação em discussões, pesquisas ou trabalhos em grupo, com materiais que proporcionem diferentes níveis de compreensão, faz com que todas as crianças se sintam integradas e mais motivadas a aprender. E, quanto mais variados forem os instrumentos, melhor. Complementa Daniela Alonso, "É bom ter em mente que, se o professor pensar só em imagens para traduzir os conceitos, ele não penaliza apenas quem é cego, mas também quem senta no fundo da sala ou tem mais facilidade em compreender verbalmente".

Cada aluno tem seu caminho e ritmo próprio de estudo, compreendendo temas de formas diversas, no momento de avaliar , é o progresso de cada um e seu processo de aprendizagem que esta em jogo,não é a reprodução de informações, mas o que o aluno acrescentou ao seu conhecimento prévio e a forma como fez isso que devem ser valorizados

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Segundo David Rodrigues (2006),desenvolver uma gestão de sala de aula inclusiva não pressupõe,um trabalho individual,mas sim o planejamento e a execução de um programa no qual os alunos possam compartilhar vários tipos de interação e identidade. Esta aproximação poderá beneficiar todos os alunos com ou sem deficiência.

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3 DESAFIOS DA INCLUSÃO

Os principais objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008 são assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação orientando os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino regular com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino. Formação de professores para atendimento educacional especializado e demais profissional da educação para inclusão, participação da família e da comunidade, acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informações e articulação intersetorial na implementação das políticas publicas. Estes nos possibilitam a fazer uma análise e verificação de como nossas escolas estão organizadas para a inclusão. Estas são as possibilidades apontadas a comunidade escolar para viabilizar a efetivação deste processo. Todos com educação de qualidade.

Para que isso aconteça ao professor deverá ser assegurado o suporte necessário para que em sala de aula possa disponibilizar de todos os meios, métodos, técnicas e recursos a fim de garantir ao aluno com deficiência todas as possibilidades para o seu desenvolvimento. Os tipos de estratégias que são necessárias a fim de permitir que todos os alunos, inclusive o de deficiência intelectual, participem integralmente das oportunidades educacionais, com resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto possível.

Como acadêmica do Curso de Pedagogia, estudando sobre a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino, sempre me questionei sobre as inquietudes dos professores em relação a inclusão,que respaldo eles tem da escola para desenvolver seu trabalho em sala de aula,que métodos utilizam. Por estes motivos escolhi como tema de pesquisa a Inclusão.

Para buscar subsídios e respostas realizei uma pesquisa com professores de uma escola particular no município de Horizontina (RS) que tem matriculado alunos com deficiência. Os sujeitos participantes da mesma são 4 professores da

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educação infantil e anos iniciais e uma coordenadora pedagógica. Pensando em preservar as entrevistadas,denominarei cada uma com um numero,cito de numero 1 a 6,sendo a coordenadora Nº1.

A escola escolhida para analise está inserida em uma rede de ensino, sendo que o material didático de alunos e professores é fornecido pela rede. A mesma atende crianças e adolescentes entre 4 meses e 18 anos em média, com turmas divididas dentre Educação Infantil (0 a 5 anos),anos iniciais(6 a 10anos),anos finais (11 a 14 anos),ensino médio(15 a 17 anos)e curso normal de Nível Médio(15 a 18 anos). A escola conta atualmente com aproximadamente quatrocentos alunos.

O quadro de funcionários da escola esta organizado da seguinte forma: trinta e oito professores, nos quais se incluem a direção e coordenação que também atuam na escola como professores, uma recepcionista, duas secretarias, quatro serventes gerais, duas bibliotecárias, um técnico em informática e quatro estagiarias, totalizando assim cinquenta e dois funcionários. Conta também com a Associação de Pais e Mestres e Grêmio Estudantil.

Atualmente a escola possui três alunos com deficiência matriculados, frequentando os seguintes anos quarto, quinto e sexto, para estes é ofertado um plano especial, adaptando-o para suas necessidades. Desta maneira a metodologia de ensino e a avaliação é diferenciada para estes alunos. É realizado um trabalho com os alunos do colégio, em especial com os colegas e pais da turma que possuem estes alunos, buscando a concretização efetiva da inclusão não só nos aspectos pedagógicos, mas também, no âmbito social de cada uma dessas crianças.

A coordenação pedagógica da escola realiza um trabalho individual com os professores desses alunos, orientando e supervisionando como está o desenvolvimento na sua turma. Desta maneira a escola comprometida com a educação oportuniza ao seu quadro docente formação continuada, possibilitando aos mesmos manterem-se atualizados.

A missão da escola é contribuir para o desenvolvimento das pessoas através da comunicação, cultura, educação visando construir e ampliar os espaços de ação para a transformação da realidade social.

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Por se tratar de uma escola com 59 anos de existência, varias adaptações foram realizadas, para facilitar o acesso dos alunos, como rampas, banheiros ampliados, sinalização, corrimão, e muitas melhorias estão sendo efetuadas, levando em conta que a escola conta com o apoio dos pais e comunidade em geral. No setor da educação infantil, para chegar ao primeiro andar, ainda não existe elevador, porém o projeto esta pronto.

Com o objetivo de analisar a dinâmica curricular de uma escola no que tange aos processos de inclusão de alunos com necessidades especiais, compreendendo e verificando as possibilidades de como esta acontecendo a inclusão na escola, analisando o aluno e o professor foram formuladas algumas questões aos professores, por entender que são eles os grandes responsáveis pelo processo,conforme Rodrigues,2006.

As categorias destacadas para aprofundamento dizem da percepção que as professoras têm sobre a inclusão, sua definição, formação e aspectos necessários para a efetivação da inclusão.

Entrevistando sobre as suas percepções iniciais, destaco que a grande maioria teve o primeiro contato com o tema na escola de ensino médio normal, e no ensino superior, mas destaco a resposta da professora 1 que nos diz

minha primeira experiência com a educação inclusiva foi o fato de meus filhos serem especiais e me deparar com as dificuldades de muitos professores em trabalhar com as necessidades que se apresentavam.Nas series iniciais o trabalho fluiu melhor mas as dificuldades aumentam quando os alunos vão avançando de séries.Depois de alguns anos,já atuando na Coordenação Pedagógica,meu contato foi com alunos especiais que a escola recebeu.E a mesma situação se repetiu:a dificuldade dos professores trabalhar com o aluno diferente e é claro,também nossa dificuldade em orientar já que por ocasião de nossa formação superior,este assunto nem de longe era abordado.

Percebe-se que a inquietação de todas está em que existe leis que dizem como se deve proceder,o que a escola e o professor precisam saber e fazer,porém no dia-dia não é desta forma que acontece.Não há como dar conta de uma turma toda,com aluno incluído,com o pouco que se aprende no curso normal e na universidade.

Analisando nossa formação acadêmica percebo que disciplinas importantes para trabalhar neste contexto escolar,são mínimas,sem chances de uma

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preparação efetiva para enfrentar a sala de aula .O projeto Inclusivo não é trabalho de um professor,penso que para desenvolver um trabalho de qualidade em sala de aula,onde há aluno com deficiência é necessário ter um ajudante para que o segundo professor possa discretamente ,sem prejudicar seu trabalho pedagógico, auxiliar o professor.

Na segunda questão, sobre como o professor define a Educação Inclusiva as respostas são unanimes, e trago em destaque a resposta da professora numero 2,

Para mim a Educação Inclusiva garante um direito de todos ao aprender,mas incluir vai muito além do físico/corpo presente.Hoje percebe-se muito essa inclusão apenas de corpo.Vejo que a questão da inclusão abriu um espaço para discutir as diferentes formas de aprender em diferentes espaços e tempos.

É a educação que oportuniza ao aluno especial as mesmas oportunidades que os alunos “normais”,é claro que sempre respeitando seus limites e seu ritmo. É também um grande aprendizado para os alunos, professores, pais que crescem muito através da convivência com as diferenças. Levaremos um tempo ainda, para que culturalmente o objetivo da inclusão tenha total crescimento, satisfação pessoal e a inserção social de todos. A pratica pedagógica deve ser coletiva, a escola e professores precisam de uma força que transforme para juntos lograrem uma sociedade inclusiva.

Em relação em como se avalia a condição profissional (experiência, formação, etc.) para melhorar a atuação docente às características de uma educação inclusiva, os professores e a coordenadora acentuaram, que se sentem despreparadas, relevando a importância da formação continuada e a importância da pratica,a professora numero 4 conclui sua resposta desta maneira

Quanto a formação vejo que deixou a desejar. Experiência é relativo, considero que aprendi muito com os casos de inclusão que tive em minhas turmas,mas cada caso é um caso...na verdade nunca estamos preparados o suficiente.Não é fácil e sim um grande desafio quando nos deparamos com um caso de inclusão.Temos que atender bem a todos e isso é difícil.

Os professores também estão em processo de aprendizagem e adaptação, apesar da lei estar implantada a tempo é importante considerar o ponto de vista de

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cada professor, respeitar as diferenças de trajetórias, pois cada um reage de acordo com as características de sua personalidade, seus recursos intelectuais, emocionais, seu estilo de aprendizagem, experiências pessoais e profissionais entre outras.

A experiência é fundamental, não somente na educação, porém na formação inicial,bem como a formação continuada,dirigindo-se a inclusão de todos os alunos, precisamos levar em conta princípios básicos, como a ética e a política que farão com que o professor e a escola compreendam seu papel, tendo como objetivo o desafio de formar uma nova geração.

A quarta questão, nos trás os aspectos que o professor aponta como imprescindível para viabilizar na dinâmica escolar a proposta da educação inclusiva,nesta questão ,todas as entrevistadas resaltam a importância da formação adequada do professor com orientação e acompanhamento pedagógico e auxiliares na sala de aula que possui aluno incluso.

Considerando que todas as entrevistadas sentem e pensam da mesma forma, percebo que esta é uma das maiores dificuldades encontradas pelo quadro de professores da escola. Então para que a escola se torne realmente inclusiva, deve acolher todos os seus alunos, independentemente de suas condições sociais, emocionais, físicas, intelectuais, entre outras. Deve ter como principio básico desenvolver uma pedagogia capaz de educar e incluir, fornecendo recursos didáticos, sala de Atendimento Educacional Especializado, escola adaptada fisicamente e se necessário, apoio psicológico para o professor.

E para concluir a pesquisa, sobre o questionamento dos aspectos apontados como negativos, dificuldades no atual momento do processo de inclusão escolar de alunos com necessidades especiais destaco que a grande maioria teve como resposta a formação do professor,mas ressalto e aponto como interessante a resposta da professora Nº 5,que nos diz

Há pouca formação dos professores da área de Educação Inclusiva e os que tem formação avançada é a minoria e insuficiente para a demanda.Também a falta de recursos e muitas vezes ambiente inadequado para os deficientes físicos,turmas com muitos alunos,o que dificulta o trabalho dos professores que não conseguem dar tanta atenção para estes alunos.Alem disso,as leis exigem muito e com tempo estipulado e pouco fazem para auxiliar as escolas a cumprirem estas leis.

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Percebe-se que o assunto do despreparo dos professores e a falta de recursos esta fortemente incluído no cotidiano dos professores, porem não pode ser motivo para impedir a inclusão escolar de pessoas com deficiências. Se não estamos preparados, precisamos nos preparar. E uma verdadeira preparação começa com a possibilidade e pelo desafio de acolher as diferenças na sala de aula e pela busca da novas respostas educacionais.

As respostas apresentadas pelas professoras e coordenadora são positivas e refletem como sujeitos que integram o setor da educação colaborando no sentido de obter um respaldo cada vez mais forte para Educação Inclusiva, contagiando assim os demais colegas e a comunidade em geral.

Concluo este capitulo, percebendo que estamos diante de uma situação que ainda esta incompleta, as falas das professoras anunciam dificuldades, porém também esperança de que, através de formação específica e continuada, troca de experiências, apoio da direção da escola e órgãos públicos competentes e até mesmo de pais e alunos, avanços e transformações podem ser produzidos na Educação Inclusiva.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tem-se como reflexão deste estudo o pensar pedagógico diante da Educação Especial e sobre tudo da inclusão. Esta reflexão suscitou diversos questionamentos a respeito das necessidades educacionais dos alunos e também sobre a formação do professor no que diz respeito ao suporte necessário à ação pedagógica e ainda de que forma o currículo tem-se operacionalizado como inclusivo.

É importante entender que o aluno com deficiência matriculado na escola regular tem potencialidades e qualidades que muitas vezes não são consideradas por conta de ideias e pensamentos reproduzidos pela sociedade e pela própria escola.

Ao discutir a educação inclusiva, levando em consideração suas definições e suas propostas de acordo com nossa legislação, que estabelecem limites e possibilidades, fica claro que trabalhar com pessoas que tenham necessidades especiais não é tarefa fácil, más é necessário à abertura de espaços, mudança de visão e de comportamento em relação aos alunos e aos profissionais. A lei prevê inclusão de pessoas com deficiência nas classes regulares, mas na maioria das vezes não se verifica as condições de trabalho dos professores, assim como sua capacitação e preparo.

Constatou-se na pesquisa de campo que os professores envolvidos têm experiência em sala de aula o que é fundamental, más não possuem capacitação especifica para atuar com a inclusão, percebe-se a insegurança presente, e ao mesmo tempo é contraditório afirmar que possuem experiência em sua pratica pedagógica, mesmo tendo pouca formação especifica na área da inclusão.

Para que a escola torne-se realmente inclusiva o principio básico é desenvolver uma pedagogia capaz de educar e incluir, fornecendo recursos didáticos, sala de atendimento educacional especializado, adaptações físicas e apoio psicológico quando necessário. Desta forma, o processo de educação

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continuada dos professores faz-se necessário, pois é por meio deste processo que se chegara a um processo de inclusão.

O modelo da inclusão existe, é um caminho a ser percorrido. Temos que dispor da consciência e vontade de colaborar com o outro em sua diferença. Não podemos esquecer que todas as pessoas tem potencial e que podem apresentar dependendo de sua condição orgânica/física.

A educação inclusiva vem se constituindo num novo paradigma para a educação, constituindo-se um processo que necessita de serviços educacionais especializados caso contrário a inclusão escolar desponta como um ideal utópico. As justificativas para esse fato são as dificuldades, limitações dos alunos no contexto escolar, número elevado de alunos por turma entre outros.

As pessoas com deficiência de toda natureza, já conquistaram direitos. Precisamos incorporar as diferenças como propriedades naturais de todos os seres humanos para reconhecer e afirmar esses direitos, assimilando valores, princípios e metas a serem alcançadas. O investimento na formação dos professores ,disposição de recursos materiais são algumas formas de se potencializar um movimento para conseguir reverter o processo de exclusão e assim transformar essa realidade, principalmente as escolas.

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REFERENCIAS

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Referências

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