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Desenvolvimento de técnicas de cultivo da macroalga Sargassum filipendula (Ochrophyta, Fucales) no sul do Brasil

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Academic year: 2021

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(1)Fábio Augusto do Nascimento Fialho. Desenvolvimento de técnicas de cultivo da macroalga Sargassum filipendula (Ochrophyta, Fucales) no sul do Brasil. Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Aquicultura da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do título de Mestre em Aquicultura.. Orientadora: Dr.ª Leila Hayashi Coorientadora: Dr.ª Ticiane Rover. Florianópolis 2015.

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(5) Dedico este trabalho aos meus pais, e ao meu filho..

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(7) AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, pelo profissionalismo e apoio incondicional à ciência. À minha adorável Orientadora Leila, minha Sensei no difícil caminho da pesquisa, e que mesmo à distância se fez sempre presente. À minha querida Coorientadora Ticiane, por toda a ajuda e amizade. Ao professor Raj, pela amabilidade e incentivo. Ao professor Felipe, pela disponibilidade e ajuda. Aos meus queridos amigos e colegas de trabalho: Ana Carolina, Anna Gabi, Ana Luiza, Chico, Clóvis, Débora, Elaine, Evaldo, Filipe, Isabela, Mari, Marina, Mathias, Woody, Vitor. Ao Carlos, ao Carlinhos, ao seu Chico e toda a equipe de manutenção do Laboratório de Camarões Marinhos. Aos amigos e colegas de curso. À equipe da EPAGRI. À equipe do Laboratório de Moluscos Marinhos do Sambaqui..

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(9) RESUMO A demanda por produtos de macroalgas cresce a cada ano. A sobreexplotação dos bancos naturais e atividades poluidoras têm prejudicado esses ecossistemas. O desenvolvimento da aquicultura se torna fundamental para preservá-los e garantir o suprimento de matéria-prima. Este trabalho teve por objetivo o desenvolvimento de técnicas para o cultivo da macroalga parda Sargassum filipendula C. Agardh. Para tanto, foram realizados experimentos a fim de avaliar: a produção in vitro de embriões em temperaturas de 18 ºC, 24 ºC e 30 ºC com e sem aeração; o crescimento e a sobrevivência de embriões cultivados in vitro em densidades de 30, 45, 60, 75 e 90 embriões cm-2; o crescimento de plântulas cultivadas in vitro sob irradiâncias de 25, 50 e 100 µmol fótons m-2 s-1; o crescimento e a sobrevivência de plântulas cultivadas em tanque com e sem pulso de solução von Stosch 50% (VS50) e no mar; o crescimento de plantas adultas com e sem a remoção das frondes (poda), cultivadas em tanque com e sem VS50 e no mar. No experimento com diferentes temperaturas com e sem aeração, os melhores resultados foram observados em 24 ºC com aeração, com produção de 330 ± 179 embriões a partir de 0,2 g de receptáculos. Não houve liberação nos tratamentos sem aeração. No experimento com diferentes densidades foi observada maior taxa de crescimento (5,53 ± 0,18 % dia -1) e sobrevivência (24,03 ± 10,22 %) na densidade de 45 embriões cm-2, e menor taxa de crescimento (4,30 ± 0,27 % dia -1) e sobrevivência (11,87 ± 5,07 %) em densidade de 90 embriões cm-2. No experimento com irradiâncias a maior taxa de crescimento (5,91 ± 0,37 % dia -1) foi observada em 50 µmol fótons m-2 s-1. No cultivo de plântulas em tanque, as taxas de crescimento e a sobrevivência não apresentaram diferenças significativas, porém a incidência de epífitas foi maior no tratamento com VS50. No cultivo em tanque com e sem poda, os talos podados apresentaram taxa de crescimento (1,74 ± 0,25 % dia -1) maior em relação aos talos não podados (0,96 ± 0,35 % dia -1). Embora não mensuradas, epífitas foram observadas em praticamente todos os experimentos. Concluímos que: a temperatura de 24 ºC é adequada para cultivar talos férteis e produzir embriões; a densidade de semeadura de 45 embriões cm-2 na estrutura de cultivo resulta em melhor taxa de crescimento e sobrevivência; as irradiâncias de 50 e 100 µmol fótons m2 -1 s resultaram em maior taxa de crescimento das plântulas; o pulso de VS50 não é necessário nos cultivos em tanque. Além disso, S. filipendula apresentou maiores taxas de crescimento após a poda, sugerindo a possibilidade de colheitas sucessivas a partir da mesma.

(10) planta. Palavras-chave: Aquicultura. Algocultura. Biofertilizante. Fucales. Fucoidanas..

(11) ABSTRACT The demand for seaweeds products grows each year. The overexploitation of these natural resources and pollutant activities has damage these ecosystems. The shift to aquaculture is fundamental to preserve them and guarantee the raw material. This work aimed to develop techniques for farming the brown seaweed Sargassum filipendula C. Agardh. Experiments were made to evaluate: the in vitro production of embryos at temperatures of 18 ºC, 24 ºC and 30 ºC with and without aeration; growth and survival of embryos cultured in vitro at densities of 30, 45, 60, 75 and 90 embryos cm-2; growth of germlings cultured in vitro under irradiances of 25, 50 and 100 µmol photons m-2 s-1; growth and survival of seedlings cultivated in tank with and without von Stosch 50% (VS50) solution pulse-fed and at sea; growth of adult plants with and without the removal of fronds (pruning) cultivated in tank with and without VS50 pulse-fed and at sea. In the culture experiment testing different temperatures with and without aeration, the best results were observed in 24 ºC with aeration, with production of 330 ± 179 embryos from 0.2 g of receptacle. There was no embryos release in treatments without aeration. In the experiment testing densities, the highest growth rate (5.53 ± 0.18 % day-1) and survival (24.03 ± 10.22 %) were observed at density of 45 embryos cm-2, and the lower growth rate (4.30 ± 0.27 % day-1) and survival (11.87 ± 5.07 %) in the density of 90 embryos cm-2. In the experiment testing irradiance, the highest growth rate (5.91% ± 0.37 day-1) was observed in 50 µmol photons m-2 s-1. In the seedling cultivation in tank, growth rates and survival showed no significant differences, but the occurrence of epiphytes was higher in the treatment with VS50. In cultivation in tank using adult plants with and without pruning, pruned plants showed higher growth (1.74 ± 0.25 % day-1) compared with unpruned plants (0.96 ± 0.35 % day-1). Although not measured, epiphytes were observed in all experiments. We concluded that: temperature of 24 °C is adequate for cultivate fertile thalli and produce embryos; seeding density of 45 embryos cm-2 results in highest growth rate and survival; irradiance of 50 and 100 µmol photons m-2 s-1 resulted in higher growth rate of seedlings; the VS50 pulse-fed is not necessary for seedlings cultivated in tank. Besides, S. filipendula increased the growth rate after pruning, suggesting the possibility of successive harvests from the same plant. Keywords: Aquaculture. Seaweed culture. Biofertilizers. Fucales. Fucoidans..

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(13) SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................... 15 O gênero Sargassum C. Agartdh e sua importância .............................. 15 Cultivo de Sargassum............................................................................ 16 Sargassum filipendula ........................................................................... 19 OBJETIVO GERAL ............................................................................. 21 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................ 21 ARTIGO ................................................................................................ 22 INTRODUÇÃO .................................................................................... 23 MATERIAL E MÉTODOS................................................................... 24 Coleta e preparação de matrizes ........................................................ 24 Avaliação da liberação de embriões em diferentes temperaturas, com e sem aeração ............................................................................... 25 Preparação dos experimentos de densidade e irradiância: cultivo de talos férteis, coleta, contagem e semeadura de embriões ............ 25 Avaliação do crescimento e da sobrevivência de embriões semeados em diferentes densidades ................................................... 27 Avaliação do crescimento de plântulas cultivadas em diferentes irradiâncias .......................................................................................... 27 Avaliação do crescimento e da sobrevivência de plântulas cultivadas em tanque e no mar ........................................................... 28 Avaliação do crescimento de plantas adultas a partir do apressório com e sem a remoção das frondes, cultivadas em tanque e no mar ................................................................................... 28 Taxa de crescimento ............................................................................ 29 RESULTADOS ..................................................................................... 29 Temperatura e aeração na liberação de embriões ............................ 29 Densidade ............................................................................................. 29 Irradiância ........................................................................................... 30 Cultivo de plântulas em tanque e no mar .......................................... 31 Crescimento de plantas adultas a partir do apressório com e sem a remoção das frondes......................................................................... 31 DISCUSSÃO ......................................................................................... 32 CONCLUSÕES ..................................................................................... 34 REFERÊNCIAS .................................................................................... 35 REFERÊNCIAS DA INTRODUÇÃO GERAL .................................... 40 ANEXO I .............................................................................................. 45 ANEXO II ............................................................................................. 46.

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(15) 15. INTRODUÇÃO As macroalgas são utilizadas na alimentação humana, na produção de ficocolóides (ágar, alginato, e carragenana) e compostos bioativos, na fabricação de ração animal e fertilizantes agrícolas, representando um importante recurso econômico. Segundo dados da FAO (2014), 25 milhões de toneladas de algas foram produzidos durante o ano de 2012, movimentando um mercado estimado em 6,4 bilhões de dólares. A aquicultura responde por 95% dessa produção, sendo o restante proveniente do extrativismo. Entre os anos 2000 e 2012 a produção mundial duplicou (FAO, 2014), reflexo do aumento na demanda por produtos de macroalgas. No Brasil, não obstante o extenso litoral com mais de 2800 táxons identificados (JBRJ, 2010), o cultivo e a explotação sustentável de bancos naturais de macroalgas ainda são insipientes (OLIVEIRA, 1997; CAVALLI; FERREIRA, 2010) e a maior parte dos produtos de macroalgas consumidos são importados. Nesse contexto, o desenvolvimento e expansão dos cultivos são necessários não somente para atender o crescente mercado, mas também para reduzir a pressão sobre os bancos naturais, em processo de degradação devido à sobreexplotação e à poluição ambiental (CHAI et al., 2014). O gênero Sargassum C. Agartdh e sua importância As macroalgas podem ser divididas em três principais grupos: Rhodophyta, comumente chamadas de algas vermelhas; Chlorophyta, ou algas verdes; e Phaeophyceae, ou algas pardas (JBRJ, 2010). O gênero Sargassum pertence ao grupo das algas pardas, família Sargassaceae, ordem Fucales, filo Ochrophyta (GUIRY, 2015). Entre as algas pardas, o Sargassum é o gênero mais rico em espécies (MATTIO; PAYRI, 2011), abrangendo 936 táxons infraespecíficos distribuídos entre as regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo (GUIRY, 2015). De fundamental importância ecológica, Sargassum serve de alimento, abrigo e local de desova para diversas espécies marinhas (HWANG; PARK; BAEK, 2006). Tradicionalmente utilizado na medicina popular chinesa, Sargassum é fonte de fucoidanas (LIU et al., 2012), um polissacarídeo com propriedades anticoagulante e antitrombótica, antiviral, antitumoral, imunomodulatória, anti-inflamatória e antioxidante, utilizadas na fabricação de fármacos, cosméticos e alimentos funcionais (LI et al., 2008). Sargassum também é fonte de alginato, um ficocolóide amplamente utilizado nas indústrias alimentícia e de bebidas (TORRES,.

(16) 16. 2007). Dentre as espécies comestíveis destacam-se o S. liebmannii e S. platycarpum, consumidos fritos ou cozidos (RADULOVICH et al., 2015), e S. fusiforme (sin. Hizikia fusiformis) e S. fulvellum, utilizados no preparo de sopas e saladas (REDMOND et al., 2014). Espécies como o S. hemiphyllum, com teores de aminoácidos essenciais superiores ao de algas dos gêneros Laminaria (Saccharina) e Porphyra (Pyropia), são utilizados também como ração animal (YU et al., 2013). Outro uso para a biomassa de Sargassum é na produção de biofertilizantes agrícolas. Os compostos bioativos presentes nas algas pardas podem agir como fitorreguladores e aumentar a produtividade de plantas vasculares (KUMARI; KAUR; BHATNAGAR, 2011; THAMBIRAJ; LINGAKUMAR; PAULSAMY, 2012), além de atuarem como elicitores de resistência a doenças e pragas (KHAN et al., 2009). Ricas em micro e macronutrientes, as algas pardas também contêm polissacarídeos que funcionam como condicionadores de solo, encapsulando partículas orgânicas e agindo como material higroscópico e adsorvente de nutrientes. Essas propriedades são capazes de incrementar a atividade microbiológica benéfica no solo e estimular o desenvolvimento de raízes (KHAN et al., 2009; KUMARI; KAUR; BHATNAGAR, 2013). Cultivo de Sargassum Uma das primeiras espécies de Sargassum a ser cultivada foi S. fusiforme, na China. Inicialmente, indivíduos jovens eram coletados em bancos naturais, amarrados em cordas e cultivados nas fazendas marinhas. Esse método foi posteriormente substituído pelo recrutamento de indivíduos férteis na natureza, e a reprodução sexuada passou a ser manipulada em laboratório (PANG et al., 2005; PANG et al., 2008). No entanto, a coleta de indivíduos selvagens se tornou um problema não só devido ao extrativismo excessivo, mas também devido à degradação ambiental e consequente depleção dos bancos naturais. Atualmente estudos têm sido realizados para viabilizar o recrutamento de matrizes nas próprias fazendas de cultivo, minimizando os impactos ambientais do extrativismo (PANG et al., 2008; ZHANG et al., 2012). A demanda crescente por produtos à base de Sargassum impulsionou o desenvolvimento do cultivo de diversas espécies, principalmente na China e na Coréia do Sul: S. fulvellum; S. fusiforme; S. hemiphyllum; S. horneri; S. muticum; S. naozhouense; S. thumbergii; (PANG et al., 2005; HWANG; PARK; BAEK, 2006; ZHANG et al., 2012; XIE et al., 2012; YU et al., 2013; REDMOND et al., 2014). Esses.

(17) 17. cultivos compreendem desde a coleta e cultivo de matrizes, a maturação e reprodução em laboratório, semeadura em cordas, fase de berçário, repicagem e crescimento no mar, controle de herbivoria e de epífitas utilizando processos físicos e químicos (PANG et al., 2005; HWANG; PARK; BAEK, 2006; PANG et al., 2009; ZHANG et al., 2012; XIE et al., 2012; REDMOND et al., 2014; HWANG et al., 2015). Um dos primeiros passos no desenvolvimento do cultivo de macroalgas é a compreensão do seu ciclo de vida (ZHAO et al., 2008) e reprodução (PANG et al., 2009). O ciclo de vida do Sargassum é considerado haplobionte diplonte por alguns autores (COIMBRA, 2006), e os indivíduos podem ser dióicos ou monóicos. As espécies pelágicas têm como principal estratégia reprodutiva a propagação vegetativa (COIMBRA, 2006; HUFFARD et al., 2014). A obtenção de propágulos utilizando a fragmentação do talo, nesse caso, é uma alternativa de baixo custo como já ocorre no cultivo comercial de algas vermelhas (HAYASHI; REIS, 2012). No entanto, as espécies de Sargassum presentes na região sul do Brasil são bentônicas (BOUZON et al., 2006; BATISTA, 2012) e sua reprodução é predominantemente sexuada (COIMBRA, 2006). Nas espécies bentônicas o talo é constituído por apressório (estrutura de fixação), um ou mais eixos principais e ramos secundários que podem se diferenciar em vesículas flutuadoras, filóides e estruturas reprodutivas chamadas receptáculos (COIMBRA, 2006) (Fig. 1). Nos receptáculos se formam os conceptáculos, cavidades onde são produzidos os gametas femininos e masculinos. A maturação dos receptáculos, fertilização e produção de embriões estão associadas principalmente à temperatura (PAULA, 1984; HWANG; PARK; BAEK, 2006; ROVER et al., 2015), e em alguns casos, ao fotoperíodo (YOSHIKAWA; KAMIYA; OHKI, 2014)..

(18) 18. Fig. 1 - Desenho esquemático de uma macroalga bentônica do gênero Sargassum: a) apressório; b) filóide e receptáculos masculinos; c) filóide e receptáculos femininos; d) vesículas flutuadoras; e) corte transversal do filóide (retirado de COIMBRA, 2006).. Após a fecundação, os embriões permanecem aderidos à mucilagem do receptáculo (Fig. 2 a) até serem liberados, muitas vezes já com os rizóides desenvolvidos (ROVER, 2014) (Fig. 2 b), o que abrevia sua fase planctônica. É nessa fase que os embriões são coletados para proceder à semeadura em estruturas de cultivo (ZHANG et al., 2012). a. b. Fig. 2 – Embriões de Sargassum: a) embriões ainda aderidos à mucilagem dos receptáculos; b) embriões liberados com rizóides em desenvolvimento. Escala: a) 0,5mm; b) 0,2mm (retirado de ROVER, 2014).. Diferentes técnicas e substratos foram testados na semeadura de Sargassum. Em trabalho com S. naozhouense, Xie et al. (2012) utilizaram fitas de poliéster como substrato, colocando talos férteis em repouso sobre as mesmas até a liberação dos embriões. Zhang et al. (2012) utilizaram o mesmo substrato para S. thumbergii, porém coletaram os embriões liberados em um tanque separado para posterior semeadura. No cultivo de S. fulvellum (HWANG; PARK; BAEK, 2006),.

(19) 19. os receptáculos eram esfregados manualmente (Fig. 3 a) a fim de soltar os embriões. Estes eram então aplicados sobre cordas de cultivo com o auxílio de um pincel (paintbrush seeding) (Fig. 3 b). a. b. Fig. 3 – Método de coleta e semeadura de embriões de S. fulvellum: a) esfregando manualmente os receptáculos para liberar os embriões; b) semeadura utilizando o método paintbrush seeding (retirado de REDMOND et al., 2014).. O crescimento de embriões e plântulas é normalmente realizado em tanques, até atingirem tamanho suficiente para suportar as condições de cultivo no mar (HWANG; PARK; BAEK, 2006). Durante o cultivo em tanques, a manipulação dos fatores ambientais como temperatura, salinidade, irradiância e disponibilidade de nutrientes são ajustadas conforme as exigências de cada espécie. Para a etapa de cultivo no mar, é necessário que a espécie esteja adaptada às variações ambientais da região. Conhecer a distribuição geográfica e a variação sazonal dos bancos naturais, assim como as interações ecológicas a que estão sujeitos podem apontar o período de melhor crescimento e menor incidência de herbivoria e epifitismo (PAULA; OLIVEIRA, 1980; PAULA, 1988; SZÉCHY; PAULA, 2000; JACOBUCCI; TANAKA; LEITE, 2009). Para o estado de Santa Catarina são descritas pelo menos seis espécies de Sargassum: S. cymosum, S. filipendula, S. furcatum, S. sp., S. stenophyllum e S. vulgare (BOUZON et al., 2006; BATISTA, 2012). Sargassum filipendula Sargassum filipendula está amplamente distribuída entre as zonas tropical e subtropical do Atlântico Sul ao Atlântico Norte. A espécie é encontrada também no sudeste e sudoeste asiático (REDMOND, 2014; GUIRY, 2015), onde é utilizada na culinária tradicional e na fabricação de cosméticos (REDMOND, 2014)..

(20) 20. Em estudos realizados na Flórida (REDMOND, 2014), Sargassum filipendula é apontado como espécie potencial para o cultivo. A espécie apresenta uma das maiores taxas de crescimento entre as espécies presentes naquela região (HANISAK; SAMUEL, 1987), com crescimento ótimo ocorrendo em salinidades entre 15‰ e 42‰ e temperaturas entre 18 ºC e 30 ºC. Além de sua rusticidade, S. filipendula é fonte de fucoidana e alginato, que representam 26% e 17% de sua massa seca, respectivamente (GARCÍA-RÍOS et al., 2012), apontando para o potencial desta espécie na produção desses ficocolóides. A seleção da espécie Sargassum filipendula para a realização deste trabalho se dá também em função de sua ocorrência em praias do litoral catarinense, como Palmas, em Governador Celso Ramos, e Ribeirão da Ilha e Sambaqui, em Florianópolis (BOUZON et al., 2006), locais com tradição em fazendas de maricultura. O artigo gerado nesta dissertação será submetido ao jornal Aquaculture Research..

(21) 21. OBJETIVO GERAL Este trabalho tem por objetivo fornecer desenvolvimento do cultivo de Sargassum filipendula.. subsídios. ao. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Avaliar a liberação de embriões em diferentes temperaturas, com e sem aeração; - Avaliar o crescimento e a sobrevivência de embriões semeados em diferentes densidades; - Avaliar o crescimento de plântulas cultivadas em diferentes irradiâncias; - Avaliar o crescimento e a sobrevivência de plântulas cultivadas com e sem pulso de von Stoch em tanque, e cultivadas no mar; - Avaliar o crescimento de plantas adultas a partir do apressório com e sem a remoção das frondes, cultivadas com e sem pulso de von Stoch em tanque, e cultivadas no mar..

(22) 22. ARTIGO. Desenvolvimento de técnicas de cultivo da macroalga Sargassum filipendula C. Agardh (Ochrophyta, Fucales) no Sul do Brasil Fábio Augusto do Nascimento Fialho*; Ticiane Rover; Leila Hayashi Departamento de Aquicultura, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rodovia Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil *Autor correspondente. Tel: +55 48 3721 6389 Endereço de e-mail: ffblue@hotmail.com.

(23) 23. INTRODUÇÃO As macroalgas são fonte de alimentos, ficocolóides, compostos bioativos, ração e fertilizantes, e representam um importante recurso econômico. Segundo dados da FAO (2014), foram produzidos 25 milhões de toneladas de algas durante o ano de 2012, movimentando um mercado estimado em 6,4 bilhões de dólares. O extrativismo, responsável hoje por apenas por 5% da produção mundial, enfrenta problemas como a sobreexplotação e a poluição ambiental (Martins, Arantes, Faveri, Batista, Oliveira, Pagliosa, Fonseca, Nunes, Chow, Pereira & Horta 2012; Yu, Hu, Sun, Li & Peng 2013; Chai, Huo, He, Huang, Jiang & He 2014). Deste modo, o desenvolvimento dos cultivos é uma necessidade, não somente para atender o crescente mercado, mas também para reduzir a pressão sobre os bancos naturais. No Brasil, não obstante o extenso litoral com mais de 2800 táxons de macroalgas identificados (JBRJ 2010), o cultivo e a explotação sustentável de bancos naturais ainda são insipientes (Oliveira 1997; Cavalli & Ferreira 2010) e a maior parte dos produtos consumidos são importados. O gênero Sargassum, família Sargassaceae, ordem Fucales (Phaeophyceae, Ochrophyta) possui o maior número de espécies de macroalgas identificadas dentro da Classe (Mattio & Payri 2011). São 936 táxons infraespecíficos, distribuídos entre as regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo (Guiry 2015). De fundamental importância ecológica, esse gênero serve de alimento, abrigo e local de desova para diversas espécies marinhas (Hwang, Park & Baek 2006). Sargassum também é utilizado na Ásia como fitoterápico (Liu, Heinrich, Myers & Dworjanyn 2012), na culinária tradicional (Hwang et al. 2006; Radulovich, Umanzor, Cabrera & Mata 2015), como ração animal (Yu et al. 2013) e fertilizante agrícola (Kumari, Kaur & Bhatnagar 2011; Thambiraj, Lingakumar & Paulsamy 2012; Kumari, Kaur & Bhatnagar 2013), além de ser fonte de fucoidanas e alginato (Torres, Sousa, Silva Fº, Melo, Feitosa, Paula & Lima 2007; Liu et al. 2012). Atualmente, diversas espécies do gênero tem seu cultivo estabelecido ou em desenvolvimento, principalmente na China e na Coréia do Sul: S. fulvellum; S. fusiforme; S. hemiphyllum; S. horneri; S. muticum; S. naozhouense; S. thumbergii; (Pang, Chen, Zhuang, Fei & Sun 2005; Hwang et al. 2006; Zhang, Tang, Liu, Zhang, Lu, Cu & Yu 2012; Xie, Liu, Jia, Chen & Yang 2013; Yu et al. 2013; Redmond, Kim, Yarish, Pietrak & Bricknell 2014). As etapas de um cultivo comercial envolvem desde a coleta de matrizes na natureza, reprodução em.

(24) 24. laboratório, semeadura em cordas, fase de berçário, crescimento no mar, controle de herbivoria e de epifitismo, até a colheita final (Pang et al. 2005; Hwang et al. 2006; Pang, Liu, Shan, Gao & Zhang 2009; Zhang et al. 2012; Xie et al. 2013; Hwang, Yoo, Baek & Park 2015; Redmond et al. 2014). Dentre as espécies identificadas no sul do Brasil (Bouzon, Salles, Bouzon, Horta 2006), destaca-se S. filipendula. Apontada como espécie potencial para cultivo, apresenta uma das maiores taxas de crescimento entre as espécies presentes na Flórida (Hanisak & Samuel 1987; Redmond et al. 2014), com crescimento ótimo ocorrendo em salinidades que variam entre 15‰ e 42‰ e temperaturas entre 18 ºC e 30 ºC. Além de sua rusticidade, S. filipendula também é fonte de fucoidanas e alginato, que representam 26% e 17% de sua massa seca, respectivamente (García-Ríos, Ríos-Leal, Robledo & Freile-Pelegrin 2012). Embora alguns trabalhos tratem sobre a biologia, ecologia e distribuição geográfica de S. filipendula (Simons 1906; Hanisak & Samuel 1987; Dawes & Tomasko 1988; Paula 1988; Széchy & Paula 2000; Bouzon et al. 2006; Jacobucci, Tanaka & Leite 2009), ainda carecem estudos sobre seu cultivo. Assim, este trabalho tem por finalidade fornecer elementos que colaborem para o desenvolvimento do cultivo da macroalga Sargassum filipendula no Brasil. MATERIAL E MÉTODOS Coleta e preparação de matrizes Talos de Sargassum filipendula foram coletados em costão rochoso, a 1,0 m de profundidade, na praia do Sambaqui (27º29’29.26”S e 48º32’21.75”O) em Florianópolis-SC. As coletas foram realizadas entre outono de 2014 e verão de 2015, sendo que nos meses de inverno até início da primavera não foram encontrados talos férteis. Os talos selvagens foram removidos do costão seccionando aproximadamente 5 cm acima do apressório. Os apressórios não foram removidos do costão a fim de permitir o brotamento de novas frondes. Após a coleta, os talos foram acondicionados em recipientes plásticos herméticos e transportados até a Seção de Macroalgas do Laboratório de Camarões Marinhos (LCM) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde foram aclimatados em tanques de 5m³ com renovação de água do mar (100% dia-1) em temperatura ambiente..

(25) 25. Avaliação da liberação de embriões em diferentes temperaturas, com e sem aeração Receptáculos maduros de S. filipendula foram destacados dos talos com o auxílio de um bisturi, lavados em água do mar esterilizada, separados em receptáculos femininos e masculinos (Paula 1988), pesados e distribuídos (0,1 g ± 0,02 g de cada sexo por unidade experimental) em recipientes plásticos contendo 500 mL de água do mar esterilizada (salinidade 35‰), enriquecida com solução von Stosch a 50% (Edwards 1970) e cultivados durante 7 dias sob irradiância de 50 µmol fótons m-2 s-1 e fotoperíodo de 12h. Foram testadas 3 temperaturas, com aeração e sem aeração: 18 ºC com aeração; 18 ºC sem aeração; 24 ºC com aeração; 24 ºC sem aeração; 30 ºC com aeração; 30 ºC sem aeração. Todos os tratamentos foram realizados em triplicata (n=3). Ao final do período experimental, os embriões liberados foram contados e os resultados submetidos à análise estatística Anova bifatorial e teste a posteriori de Tukey (p<0,05). Preparação dos experimentos de densidade e irradiância: cultivo de talos férteis, coleta, contagem e semeadura de embriões Talos maduros foram selecionados (Fig. 4 a, b), e as epífitas removidas manualmente. A seguir, foram lavados em água do mar esterilizada, imersos em água doce por 1 min para remoção de pequenos invertebrados, drenados, pesados e colocados em recipientes plásticos contendo água do mar na densidade de 200 g de talos para 15 L de água do mar (salinidade 35‰) enriquecida com solução von Stosch 50%. Os talos foram cultivados com aeração constante, fotoperíodo de 12 horas, temperatura de 24 ºC e irradiância de 100 µmol fótons m-2 s-1 até a liberação dos embriões (geralmente ocorrendo em uma ou duas semanas) (Fig. 4 c, d). Amostras do material depositado no fundo dos recipientes foram coletadas três vezes por semana e observadas sob estereoscópio. Uma vez observada a presença de embriões, os talos foram cultivados por mais três dias e então removidos. A aeração foi desligada para permitir a sedimentação dos embriões, 95% da água foi descartada, e o material resultante foi filtrado em malha de 500 micras para retenção e descarte de restos de talo e material biológico. Os embriões foram coletados em malha de 100 micras (modificado de Hwang et al 2006), lavados com água do mar esterilizada, e acondicionados em Beckers com 1L de água do mar esterilizada (Fig. 4 e, f). Desse material, 5 amostras de 100 µL foram coletadas, e os embriões dessas amostras foram contados em estereoscópio (modificado de Chai et al. 2014)..

(26) 26. 1 cm. 5 cm. 5 cm. Fig. 4 - Etapas no cultivo de S. filipendula: a) talo com receptáculos (seta); b) seleção e limpeza de talos férteis; c) e d) cultivo de talos férteis; e) coleta de embriões; f) limpeza de embriões em malhas de 100 micrômetros; g) estrutura de cultivo confeccionada em bambu envolta por corda de poliéster diâmetro 1 mm, pronta para a semeadura; h) cordas com plântulas aderidas após 45 dias de cultivo; i) corda com plântulas aderidas após 90 dias de cultivo j) estrutura de cultivo flutuante confeccionada em PVC..

(27) 27. As semeaduras foram realizadas com o auxílio de uma pipeta, distribuindo os embriões diretamente sobre cordas de poliéster (Fig. 4 g) com 1 mm de diâmetro esticadas em armação de bambu de 20 cm x 8 cm (modificado de Hwang et al. 2006), previamente acondicionadas em recipientes de plástico transparente contendo 1,5 L de água do mar esterilizada, salinidade de 35‰, enriquecida com solução von Stosch 50%. Após a semeadura, os recipientes foram fechados e permaneceram em sala de cultura (temperatura de 24 ºC, irradiância de 25 µmol fótons m-2 s-1 e fotoperíodo de 12h) sem aeração por uma semana a fim de permitir a aderência dos embriões ao substrato. Avaliação do crescimento e da sobrevivência de embriões semeados em diferentes densidades Cinco densidades de semeadura por área de substrato foram testadas: 30 embriões cm-2; 45 embriões cm-2; 60 embriões cm-2; 75 embriões cm-2; e 90 embriões cm-2. Os tratamentos foram realizados em triplicata (n=3). A densidade de semeadura (embriões por cm2 de substrato) foi estabelecida considerando o número de embriões por mL pipetado e a área superficial disponível nas cordas. Os embriões foram cultivados durante 42 dias em sala de cultura, temperatura de 24 ºC, irradiância de 25 µmol fótons m-2 s-1, com renovação semanal do meio de cultura (água do mar esterilizada com salinidade de 35‰, enriquecida com solução von Stosch 50%). Ao final do período experimental, os indivíduos foram contados com o auxílio do software Image J (Image Processing and Analysis in Java) e 30 plântulas por tratamento foram mensuradas do rizóide até a extremidade do maior folíolo. Foram avaliadas a taxa de crescimento e a sobrevivência, e os resultados foram submetidos à análise estatística Anova unifatorial e teste a posteriori de Tukey (p<0,05). Avaliação do crescimento de plântulas cultivadas em diferentes irradiâncias Em estudo preliminar, plântulas com comprimento inicial de 2,9 ± 1,4 mm (plântulas com 30 dias) foram cultivadas durante 30 dias em recipientes plásticos contendo 1,5 L de água do mar esterilizada (salinidade de 35‰) enriquecida com solução von Stosch 50%, com aeração constante e temperatura de 24 ºC, sob as irradiâncias de 10 µmol fótons m-2 s-1 e 25 µmol fótons m-2 s-1. Para cada tratamento, foram realizadas três repetições (n=3). Posteriormente, utilizando plântulas com comprimento inicial de 1,0 ± 0,1 mm (plântulas com 15 dias), foram testadas maiores irradiâncias, preservadas as condições.

(28) 28. anteriores: 25 µmol fótons m-2 s-1; 50 µmol fótons m-2 s-1; e 100 µmol fótons m-2 s-1. Os tratamentos foram conduzidos em triplicata (n=3). No início e ao final de ambos os experimentos, foram coletadas e mensuradas, da base dos rizóides até a extremidade do maior folíolo, 30 plântulas por tratamento. A taxa de crescimento foi calculada, os resultados do experimento com duas irradiâncias foram submetidos ao teste t-Student (p<0,05) e os resultados do experimento com três irradiâncias foram submetidos à análise estatística Anova unifatorial e teste a posteriori de Tukey (p<0,05). Avaliação do crescimento e da sobrevivência de plântulas cultivadas em tanque e no mar Plântulas com 2,3 cm ± 0,3 cm (Fig. 4 i) obtidas em laboratório foram cultivadas durante 53 dias, no verão, nas seguintes condições: em tanque com renovação diária (100%) de água do mar; em tanque com renovação diária de água do mar (100%) e pulso semanal de 1 dia com solução von Stosch 50%; cultivo no mar. Foram utilizadas cordas com 1 m de comprimento com plântulas de S. filipendula aderidas, fixadas em estruturas de PVC flutuantes (40 mm de diâmetro) de 0,8 m x 0,8 m (Fig. 4 j). Os tanques (5 m³ e 2,5 m de diâmetro) estavam abrigados em galpão com telhas transparentes nas seguintes condições: irradiância máxima de 120 µmol fótons m-2 s-1, fotoperíodo 14h, temperaturas máxima de 32 ºC e mínima de 22 ºC e aeração constante. O pulso de nutrientes foi realizado colocando as plântulas em tanque de 500L com água do mar enriquecida com solução von Stosch 50% sem aeração, durante 24h. As condições de cultivo no mar foram: irradiância máxima de 920 µmol fótons m-2 s-1, profundidade 0,2 m, temperaturas máxima de 29 ºC e mínima de 25 ºC, transparência máxima de 1,32 m e mínima de 0,75 m. Biometrias e remoção manual de epífitas e organismos incrustantes foram realizadas a cada 15 dias. Ao final do estudo foram avaliadas a taxa de crescimento e a sobrevivência, e os resultados dos cultivos em tanque foram submetidos à análise estatística Anova unifatorial e teste a posteriori de Tukey (p<0,05). Avaliação do crescimento de plantas adultas a partir do apressório com e sem a remoção das frondes, cultivadas em tanque e no mar Plantas adultas com apressório, com e sem a remoção das frondes (procedimento de poda), foram cultivadas durante 53 dias, no verão, utilizando os seguintes tratamentos: cultivo em tanque com renovação diária (100%) de água do mar; cultivo em tanque com renovação diária.

(29) 29. (100%) de água do mar e pulso semanal de solução de von Stosch 50% por 1 dia; cultivo no mar. Para o procedimento de poda, as frondes foram seccionadas 5 cm acima da base do apressório, removidas e descartadas. Os talos, podados e não podados, foram amarrados fixando os apressórios em cordas trançadas de poliéster 5 mm de diâmetro. Foi utilizado um espaçamento de 10 cm entre plantas. As condições gerais de cultivo foram idênticas às do experimento anterior. Biometrias e remoção manual de epífitas foram realizadas a cada 15 dias. Ao final, a taxa de crescimento foi avaliada e os resultados dos cultivos em tanque foram submetidos à análise estatística Anova bifatorial e teste a posteriori de Tukey (p<0,05). Taxa de crescimento A taxa de crescimento foi obtida utilizando a fórmula: TC = [(Cf/Ci) (1/t)-1]x100 (Yong, Yong & Anton 2013), onde TC é a taxa de crescimento expressa em % dia-1, Cf é o comprimento final, Ci é o comprimento inicial, e t é o tempo decorrido. RESULTADOS Temperatura e aeração na liberação de embriões Foram observadas diferenças significativas (p=0,004) entre o tratamento 24 ºC com aeração, com 330 ± 179 embriões liberados (média ± intervalo de confiança), e os demais tratamentos (Tabela 1). Não houve liberação nos tratamentos sem aeração. Houve interação entre os fatores (p=0,004) temperatura e aeração. Tabela 1 – Número de embriões liberados em diferentes temperaturas com e sem aeração. Valores apresentados em média ± intervalo de confiança (n = 3). Letras diferentes representam diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05). Temperatura Número de Aeração (º C) embriões liberados 18 sim 87±65b 18 não 0±0b 24 sim 330±179a 24 não 0±0b 30 sim 0±0b 30 não 0±0b. Densidade As maiores taxas de crescimento (TC) foram observadas nas.

(30) 30. densidades 45 plantas cm-2 e 60 plantas cm-2, diferindo significativamente das menores TCs, observadas nos tratamentos 30 plantas cm-2 e 90 plantas cm-2 (Tabela 2). A maior sobrevivência foi observada no tratamento 45 plantas cm-2, diferindo significativamente (p=0,024) apenas do tratamento 75 plantas cm-2. Tabela 2 - Taxa de crescimento (% dia-1), comprimento final (mm) e sobrevivência (%) de plântulas de Sargassum filipendula cultivadas em diferentes densidades durante 42 dias. Os tratamentos correspondem ao número de embriões semeados por cm² de substrato. Valores apresentados em média ± intervalo de confiança (n = 3). Letras diferentes representam diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05). Densidade Taxa de Crescimento Comprimento Final Sobrevivência (embriões cm-2) (% dia-1) (mm) (%) 30 4,36±0,24c 3,51±0,23c 20,76±02,29ab 45 5,53±0,18a 4,80±0,24a 24,03±10,22a ab a 60 5,35±0,22 4,60±0,29 17,95±03,56ab b b 75 4,93±0,21 4,08±0,22 10,22±00,59b 90 4,30±0,27c 3,46±0,27c 11,87±05,07ab. Irradiância Diferenças significativas foram observadas entre os tratamentos do estudo preliminar. As plântulas cultivadas sob irradiância de 25 µmol fótons m-2 s-1 apresentaram TC e comprimento final superiores em relação às plântulas cultivadas sob irradiância de 10 µmol fótons m-2 s-1. No segundo experimento, não houve diferença significativa entre os tratamentos 100 e 50 µmol fótons m-2 s-1, diferindo (p=0,001) estes do tratamento com 25 µmol fótons m-2 s-1 (Tabela 3). Tabela 3 – Comprimento inicial (mm), taxa de crescimento (% dia -1) e comprimento final (mm) de plântulas de Sargassum filipendula, cultivadas em diferentes irradiâncias (µmol fótons m-2 s-1) durante 30 dias. Valores apresentados em média ± intervalo de confiança (n = 3). Letras diferentes representam diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05). Tratamento Comprimento Comprimento Taxa de Crescimento (µmol fótons m-2 s-1) Inicial (mm) Final (mm) (% dia-1) a 25 2,9 ± 1,4 5,42±0,36 2,00±0,29a b 10 2,9 ± 1,4 3,83±0,19 0,95±0,25b a 100 1,0 ± 0,1 5,59±0,42 6,05±0,27a a 50 1,0 ± 0,1 5,91±0,37 6,27±0,23a b 25 1,0 ± 0,1 3,94±0,23 4,80±0,21b.

(31) 31. Cultivo de plântulas em tanque e no mar Comparando as plântulas cultivadas em tanque, com e sem pulso de solução von Stosch, foram observadas diferenças significativas apenas no comprimento final (Tabela 4). As plântulas cultivadas no mar apresentaram menores taxa de crescimento, comprimento final e sobrevivência. Tabela 4 – Taxa de crescimento (% dia-1), comprimento final (cm), e sobrevivência de plântulas de Sargassum filipendula cultivadas durante 53 dias em tanque, com e sem pulso semanal de von Stosch, e no mar. Valores apresentados em média ± intervalo de confiança (n = 3). Letras diferentes representam diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05). Taxa de Crescimento Comprimento Final Sobrevivência Tratamento (% dia-1) (cm) (%) T 0,89±0,32a 3,72±0,31a 60,28±20,63a T+VS 0,71±0,42a 3,11±0,38b 49,58±07,40a MAR 0,46±0,38 2,77±0,41 24,49±13,99 T= cultivo em tanque; T+VS= cultivo em tanque + pulso semanal de von Stosch; mar=cultivo no mar. Crescimento de plantas adultas a partir do apressório com e sem a remoção das frondes As plantas submetidas ao procedimento de poda e cultivadas em tanque, sem pulso de von Stosch, apresentaram a maior taxa de crescimento, diferindo significativamente (p=0,001) das plantas não podadas (Tabela 5). Não houve interação entre os fatores. Tabela 5 - Taxa de crescimento (% dia-1) e comprimento final (cm) de plantas adultas de Sargassum filipendula com e sem procedimento de poda, cultivadas em tanque e no mar durante 53 dias. Valores apresentados em média ± intervalo de confiança (n = 3). Letras diferentes representam diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05). Comprimento Taxa de Procedimento de Tratamento Final Crescimento Poda (cm) (% dia-1) a sim T 12,95±1,63 1,74±0,25 não T 34,31±3,99 0,96±0,35b sim T+VS 10,80±2,71 1,33±0,48ab não T+VS 30,22±7,60 0,65±0,25b sim mar 9,53±1,32 1,13±0,28 não mar 27,80±5,27 0,41±0,23 T= cultivo em tanque; T+VS= cultivo em tanque + pulso semanal de von Stosch; mar=cultivo no mar; (s/pp)=sem procedimento de poda; (c/p)=com procedimento de poda..

(32) 32. DISCUSSÃO O estabelecimento de técnicas para o cultivo de uma nova espécie de Sargassum deve, necessariamente, levar em conta suas particularidades biológicas e ecológicas. Embora já existam cultivos comerciais de algumas espécies do gênero (Pang et al. 2009; Redmond et al. 2014), as técnicas empregadas variam, assim como os parâmetros ideais de temperatura, irradiância, salinidade, fotoperíodo, que por sua vez afetam a reprodução, o crescimento, a incidência de epifitismo, e a produção final. A coleta de matrizes para este trabalho ocorreu no final da primavera, no verão e no outono. Nos meses de inverno até o início da primavera (julho até meados de outubro) não foram encontradas frondes no costão. Estas observações corroboram com o observado por Dawes e Tomasko (1988) que relatam a sazonalidade dos bancos de S. filipendula na Flórida, Estados Unidos. Segundo estes autores, as frondes do S. filipendula são anuais e senescem após o período reprodutivo, enquanto o apressório é a parte perene do talo, e volta a desenvolver novas frondes em condições favoráveis de luz, temperatura e salinidade. Neste trabalho, à exceção das plantas utilizadas no experimento de cultivo de apressórios com e sem a remoção das frondes, os talos férteis de S. filipendula foram obtidos em banco natural, porém, os apressórios não foram removidos do costão. Preservar os apressórios, nesse caso, pode auxiliar na recuperação do banco natural e reduzir o impacto da coleta de matrizes. A temperatura é um dos fatores mais importantes na maturação dos talos férteis, e está relacionada ao número de embriões produzidos pela planta (Hwang et al. 2006). Neste trabalho o maior número de embriões liberados (330 embriões utilizando 0,2 g de receptáculos) foi observado em temperatura de 24 ºC com aeração. Já o número de embriões liberados em temperatura de 18 ºC com aeração não diferiu estatisticamente do observado em 30 ºC com aeração, onde não houve liberação. Esses resultados corroboram com o trabalho de Rover et al. (2015) que observaram a liberação de 2133 embriões (utilizando 16 receptáculos) de S. cymosum à temperatura de 22 ºC, seguido de 598 embriões à temperatura de 26 ºC, porém sem liberação às temperaturas de 14 ºC, 18 ºC e 30 ºC. De acordo com esses mesmos autores, nas temperaturas mais baixas não houve formação de gametas de S. cymosum, e à 30 ºC os receptáculos morreram. Considerando que ambas as espécies ocorrem na mesma região, é possível inferir respostas fisiológicas semelhantes às diferentes temperaturas..

(33) 33. Nos tratamentos sem aeração não houve liberação, sugerindo que a associação entre a temperatura ideal (24 ºC) e a presença de aeração é necessária na produção de embriões de S. filipendula. Xie et al. (2013) descrevem a liberação de embriões de S. naozhouense mantendo os talos férteis em total repouso, no entanto, o uso de aeração é adotado para espécies como S. fusiforme e S. thumbergii (Pang et al. 2008; Zhang et al. 2012). Embora os autores citados não discutam o efeito da aeração propriamente dita, é possível que o estresse mecânico provocado pela aeração auxilie na liberação dos embriões da mucilagem do receptáculo. No experimento com diferentes densidades de semeadura, as maiores taxas de crescimento e sobrevivência foram observadas nas densidades intermediárias, com 45 e 60 embriões cm-2, e as menores taxas ocorreram na menor e na maior densidade. Esses resultados corroboram com o trabalho de Zhang et al. (2012), que encontraram as maiores taxas de crescimento e sobrevivência de S. thumbergii utilizando 30 e 50 embriões cm-2. Em seu trabalho, Zhang et al. (2012) destacam que as maiores densidades aumentaram a heterogeneidade das plântulas de S. thumbergii, resultando em competição intraespecífica e supressão dos menores exemplares. Já a utilização de baixas densidades no cultivo de macroalgas poderia favorecer a colonização de espécies oportunistas como Enteromorpha sp. e Ulva sp. (Lüning & Pang 2003). Resultados dos experimentos de irradiância revelam um maior crescimento entre 50 µmol fótons m-2 s-1 e 100 µmol fótons m-2 s-1, utilizando plântulas após 15 dias da semeadura. Em experimento realizado com S. vachellianum (Yan & Zhang 2013) utilizando plântulas com 30 dias após a semeadura, o maior crescimento foi observado sob irradiância de 60 µmol fótons m-2 s-1, embora os autores não tenham testado irradiâncias maiores. Resultado semelhante também foi obtido por Zhao et al. (2008), que observaram um maior crescimento de plântulas de S. thumbergii sob irradiância de 44 µmol fótons m-2 s-1, seguido de 88 µmol fótons m-2 s-1. Apesar da amplitude entre as irradiâncias testadas permitirem um maior refinamento dos dados, podemos concluir que o cultivo de plântulas de S. filipendula é possível dentro da faixa mencionada, uma vez que o crescimento não diferiu estatisticamente entre as maiores irradiâncias. As plântulas cultivadas em tanque apresentaram taxa de crescimento e sobrevivência similares, no entanto, o tratamento com pulso semanal de von Stosch apresentou comprimento final inferior, o que pode ser atribuído à intensa proliferação de epífitas. Durante o cultivo no mar também foi observado epifitismo, porém, o menor crescimento pode ser atribuído principalmente à alta irradiância (920.

(34) 34. µmol fótons m-2 s-1) em baixa profundidade (0,2 m). Dawes e Tomasko (1988) observaram a fotoinibição de plantas de S. filipendula expostas a irradiâncias acima de 900 µmol fótons m-2 s-1. Em experimentos com S. fulvellum, Hwang, Baek e Park (2007) observaram que os parâmetros ideais de irradiância mudam conforme a idade da planta, e sugerem a utilização de diferentes profundidades conforme seu estágio de desenvolvimento. No caso do S. filipendula, ainda são necessários estudos a fim adequar a profundidade da estrutura de cultivo às exigências das plantas em termos de irradiância. A capacidade do apressório em produzir novas frondes, após a poda é fundamental para o cultivo das diferentes espécies de Sargassum. Essa característica permite a realização de colheitas sucessivas a partir da mesma planta (Redmond et al. 2014), compensando os custos iniciais de laboratório, com semeadura e berçário (Hwang et al. 2006). Neste trabalho, os talos submetidos à poda apresentaram taxas de crescimento maiores do que os talos não podados. Já os talos sem a poda desenvolveram receptáculos durante o cultivo, o que poderia explicar seu menor crescimento. Segundo Chu et al. (2011), a alternância entre crescimento vegetativo e maturação sexual é comum em muitas espécies de plantas, e está relacionada à alocação de recursos energéticos na produção de gametas. As plantas cultivadas no mar, assim como no experimento anterior, apresentaram taxas de crescimento inferior aos cultivos em tanque. CONCLUSÕES Os resultados deste trabalho demonstram que é possível produzir embriões em laboratório a partir de talos férteis selvagens cultivados à temperatura de 24 ºC com aeração. A densidade de semeadura de 45 embriões cm-2 pode ser recomendada para iniciar o cultivo. Irradiâncias entre 50 e 100 µmol fótons m-2 s-1 resultaram em melhor crescimento durante o primeiro e segundo mês de cultivo das plântulas. O cultivo de plantas em tanque sem pulso de solução von Stosch 50 % é recomendado, pois além de apresentar o mesmo crescimento das plantas cultivadas com pulso, reduz a contaminação por epífitas. O crescimento de S. filipendula após a poda demonstra que a espécie é capaz de produzir novas frondes, à semelhança de outras espécies de Sargassum já cultivadas. Além disso, procedimentos de coleta sem a remoção do apressório do costão podem ser sugeridos como forma de mitigar o impacto gerado pelo recrutamento de matrizes na natureza..

(35) 35. REFERÊNCIAS Bouzon J. L., Salles J. P., Bouzon Z. & Horta P. A. (2006) Floristic and phytogeographic aspects of the seaweeds of the bays at Santa Catarina Island, SC, Brazil. Insula 35, 69-84. Cavalli R. O. & Ferreira J. F. (2010) O futuro da pesca e da aquicultura marinha no Brasil: a maricultura. Ciência e Cultura 3, 38-39. Chai Z., Huo Y., He Q., Huang X., Jiang X. & He P. (2014) Studies on breeding of Sargassum vachellianum on artificial reefs in Gouqi Island, China. Aquaculture 424, 189-193. Chu S., Zhang Q., Liu S., Zhang S., Tang Y., Lu Z. & Yu Y. (2011) Trade-off between vegetative regeneration and sexual reproduction of Sargassum thumbergii. Hydrobiologia 678, 127-135. Dawes C. J. & Tomasko D. A. (1988) Physiological responses of perennial bases of Sargassum filipendula from three sites on the west coast of Florida. Bulletin of Marine Science 42(2), 166-173. Edwards P. (1970) Illustrated guide to the seaweeds and seagrass in the vicinity of Porto Aransas, Texas. Contrib Mar Sc Austin 15, 1-228. FAO (2014) The State of World Fisheries and Aquaculture: Opportunities and Challenges. FAO Fisheries and Aquaculture Department Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, E-ISBN 978-92-5-108276-8. García-Ríos V., Ríos-Leal E., Robledo D. & Freile-Pelegrin Y. (2012) Polysaccharides composition from tropical brown seaweeds. Phycological Research 60, 305-515. Guiry, M. D. (2014) AlgaeBase. World-wide electronic publication, National University of Ireland, Galway. http://www.algaebase.org; searched on 29 April 2015. Hanisak M. D. & Samuel M. A. (1987) Growth rates in culture of several species of Sargassum from Florida, USA. Hydrobiologia 151/152, 399-404..

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(45) 45. ANEXO I. 1 cm. Recipientes plásticos utilizados no cultivo de embriões.. Detalhe do embriões aderidos nas cordas de cultivo.. 1 cm. Quadrante destacado com o auxílio do software Image J para a avaliação da sobrevivência no experimento de densidade.. Amostragem de plântulas para posterior mensuração com o auxílio do software Image J.. 10 cm. Estrutura de cultivo.. Biometria inicial do experimento com plântulas com apressório, com e sem a remoção das frondes..

(46) 46. ANEXO II. 1 cm. Detalhe da amarração do talo podado à corda de cultivo.. Fazenda Marinha Experimental, localizada na Praia do Sambaqui, Florianópolis-SC.. 10 cm. Talos podados após 2 meses de cultivo..

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