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A formação continuada dos professores dos anos iniciais e o ensino de História na Rede Municipal de Foz do Iguaçu

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Academic year: 2021

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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE ARTE, CULTURA E HISTÓRIA (ILAACH) HISTÓRIA - LICENCIATURA

A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA NA REDE MUNICIPAL DE FOZDO IGUAÇU

MAYARA SOBRAL DA SILVA

Foz do Iguaçu 2019

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A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA NA REDE MUNICIPAL DE FOZ DO IGUAÇU

Trabalho de conclusão de curso

Trabalho realizado sob orientação do professor Tiago Costa Sanches, como requisito para a obtenção do diploma de licenciado em História pela Universidade Federal da Integração Latino Americana.

Foz do Iguaçu

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RESUMO

Os anos iniciais da educação que vai do 1º à 4º ano da educação básica, requerem professores com múltiplos conhecimentos,dificilmente estes docentesse especializam em todas as áreas de conhecimento, tendo normalmente em sua formação inicial apenas disciplinas básicas de cada matéria. Dentro dos estudos das formações iniciais e continuadas, utilizaram-se teóricos que abordam a construção da identidade do professor, o saber que ensina, novas práticas de ensino e a aprendizagem histórica. O presente trabalho buscou analisar, por meio de questionários aplicados à professores dos anos iniciais do ensino fundamental do município de Foz do Iguaçu, temas referente ao ensino da disciplina de história. Estes questionários foram entregues durante um projeto de extensão da UNILA, e tratou de investigar desde o contato com as metodologias do ensino de História durante a formação até a sua importância para a sua prática em sala de aula. A pesquisa demonstrou o grau de dificuldades dos professores em trabalhar com o ensino de História e evidenciou indicativos teóricos e metodológicos que necessitam ser abordados em cursos de formações continuada.

Palavras- chave: Ensino de História. Anos iniciais. Formação continuada

RESUMEN

Los años iniciales de la educación, 1º à 4º de la educación primaria, requieren profesores con múltiples conocimientos. Dificílmente estos docentes se espezializaron en todas esas áreas del conocimiento, teniendo normalmente,en su formación inicial, apenas disciplinas básicas de cada matéria. Dentro de los estudios de las formaciones iniciales e continuadas, se utilizaron teóricos que abordan la construcción de la identidade del professor, el saber de lo que se enseña, nuevas prácticas de enseñanza y aprendizaje histórica. Con presente trabajo busco analizar, por médio de cuestionarios a los profesores de los años iniciales de enseñanza fundamental del município de Foz Do Iguaçu, temas referentes a la enseñanza de la disciplina de historia. Estos cuestionarios fueron entregados durante um proyecto de extensión de la UNILA, e trato de investigar desde el contacto con las metodologias de la enseñanza de história durante la formación hasta la importancia de su práctica en la sala de clase. De esta forma, la investigación desmostró el grado de dificultades del profesor en trabajar con la enseñanza de história e evidenció indicativos teóricos e metodológicos que necesitan ser abordados en cursos de formaciones continuadas.

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INTRODUÇÃO

A formação continuada dos professores dos anos iniciais tem sido objeto de estudo de pesquisadores da área da educação e das áreas específicas, e tem sido indispensável para repensar as práticas docentes em sala e do seu saber. Isso significa, que é imprescindível desenvolver estudos teóricos metodológicos que agreguem ao trabalho do educador, que favoreça a ampliação de oficinas práticas, cursos de aperfeiçoamento e capacitação de professores no intuito de agregar no seu conhecimento.

Desta forma, a participação em cursos de formação continuada poderá auxiliar os docentes em seu planejamento pedagógico, colaborando para gerar uma autonomia em realizações de pesquisas, e consequentemente, instigar a reflexão do saber ao longo de sua carreira promovendo mudanças sociais que se almeja através da educação.

A formação continuada dos professores, e até mesmo sua formação inicial sempre foram alvos de interesse pessoal para desenvolvimento do campo de pesquisa. Entender esses processos permite que o profissional se relacione criticamente com sua profissão e entenda as demandas e necessidades que surgem a partir da construção do que é ser docente e como ele se aprimora. A partir da experiência como monitorarem um curso de formação continuada ofertado pela UNILA foi abordada a como os/as professores/as dos anos iniciais do município de foz trabalham com o ensino de história em sala de aula?

Então levantando a análise dequais são as dificuldades dos professores dos anos iniciais do município de Foz do Iguaçu em relação ao ensino de história e como eles compreendem as formas e funções didáticas desta disciplina.O objetivo foi acompanhar o projeto de extensão,ensinar e aprender história ao longo do ano, observar as atividades propostas, aplicar os questionários para os participantes do curso, realizar as analises e por fim interpretar esses dados para o desenvolvimento da pesquisa.Mencionando a fundo o objeto de analise, os professores do projeto de extensão, relacionando-se com os aspectos gerais da pesquisa levantada.

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Deste modo, entende-se que há necessidade de pensar acerca da disciplina de história estudada dentro dos cursos de pedagogia, que geralmente não leva em consideração a especificidade da ciência histórica e consequentemente não atende todas as suas naturezas epistemológicas. A oficina proposta, visa promover o ensino de história dentro dos anos iniciais para assegurar que sua prática seja realizada com a aplicabilidade cabível dentro dos estudos que se referem a ciência histórica e seu ensino. Com o desenvolvimento da oficina, será possível a realização contínua da formação dos professores para que assim, estejam em contato constante com teorias e pesquisas que possibilitem aprimorar suas práticas dentro de sala de aula. Assim fortalecendo o contado entre a pesquisa, escola e sujeito por meio da extensão, para estabelecer os ideias de transformações educacionais que se é esperado dentro das instituições de ensino. Desenvolvimento da oficina, almeja-se a reestruturação do ensino de história dentro dos anos iniciais, sendo que nessa etapa, já é possível estimular a consciência histórica desses estudantes, pois o contato com processos históricos, se faz presente em seu cotidiano, em diversos outros ambientes, além da a própria instituição de ensino. Então, é fundamental que na escola, eles possam construir em sala, a partir do ensino de história, temáticas que tenham relação com realidade deles, para aprimorar o seu saber histórico.

FORMAÇÃO DOCENTE

A formação inicial docente é o ponto de partida para tornar o futuro professor apto a atuar na educação básica. Entretanto, para lidar com as adversidades da sala de aula e trabalhar com os conteúdos e saberes que lhe competem, é necessário que o professor, ao longo de sua carreira profissional, realize cursos e formações que o orientem a lidar com a realidade escolar, que muitas vezes carece de atenção e apresenta inúmeras situações que abrange problemas de indisciplina, aprendizagem, estruturas precárias, entre outros. Em vista disto, é fundamental o contato com essas formações, a fim de atender as demandas que surgem desse dinamismo educacional e que possibilitem ao professor repensar sua prática constantemente.

Apesar de existir relativo consenso quanto à importância da formação inicial docente, muitos autores analisam criticamente tais formações, principalmente o quanto elas se distanciam muitas vezes da realidade cotidiana da sala de aula, da escola e da prática docente, bem como o quanto tais formações não atendem aos anseios e

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problemas da nova realidade escolar. Pimenta (1997), por meio de sua experiência como docente em cursos de licenciatura e formação de professores, chama à atenção para a temática da construção de uma nova identidade para o docente. Para a autora, houve mudanças sociais na sociedade e, por consequência, nas concepções de ensino, sala de aula e do papel do professor. O que ela problematiza é o quanto essas formações têm proporcionado uma nova identidade docente. Nas palavras da autora:

No caso da educação escolar, constatamos, no mundo contemporâneo, que o crescimento quantitativo do sistema de ensino não tem correspondido ao resultado formativo (qualitativo), adequado as exigências da população envolvida nem as exigências das demandas sociais, que coloca a importância de definir a nova identidade profissional do professor. Que professor se faz necessário para as necessidades formativas e uma escola que colabora para os processos emancipatórios da população? Que opere o ensino no sentido de incorporar as crianças e jovens no processo civilizatório, com seus avanços e seus problemas? (PIMENTA, 1997, p. 07)

O professor não é apenas um mero transmissor de conhecimento, não é algo mecanizado, entende-se então que, ensinar é contribuir para os processos de humanização dos alunos historicamente situados, pontua a autora. Assim, a educação é compreendida como motriz de uma sociedade, e é por ela que as problemáticas das sociedades são refletidas. Desta forma, o professor capacitado atuará diretamente no desenvolvimento de sua área de conhecimento por meio de pesquisas que proporcionem a reformulação de sua prática e que atinjam o aluno, buscando promovermudanças significativa em sua vida.

A partir da construção de identidade proposta por Pimenta (1997) é possível elencar inúmeros processos, que configuram o docente, desde o surgimento da profissão, sua funcionalidade, como é ela é construída, entre outras questões que refletem seu propósito na sociedade. A experiência é enunciada como algo presente na vida dos futuros professores, a partir do contato constante com a profissão em outros momentos da sua vida, entretanto, o que autora frisa em sua discussão é a necessidade do aluno adquirir durante sua formação o olhar docente, importante para sua própria construção de identidade.

O saber que o professor ensina é dito como essencial, pois é nele que se cumpri o papel de transmitir, mas como salienta Pimenta (1997), o conhecimento gera questões mais profundas do que simplesmente a reprodução. Nele estão contidos indagações que dizem respeito ao aluno e sua realidade, transformações sociais, influencia na compreensão de mundo, entre outros que caracteriza o conhecimento como plural e múltiplo. Além disso, o conhecimento possui etapas e posições de poder

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que estabelecem funcionamentos dentro da sociedade.

O saber docente é um campo de pesquisas bastante discutido e seu intuito é entender todo o processo de construção desse conhecimento e buscar aprimorá-lo, por isso, é notório encontrar diversos trabalhos e autores que discorrem sobre o assunto além do trabalho da Pimenta, Sanches (2009,p.21 conforme citado por Tardif (2000,p.36), nas pesquisas de formação docente ,comenta que os seus saberes não são pautados em uma transmissão de saberes exclusivamente formados por uma única via , exemplificando que o saber é plural sendo adquiridos de diversas formas ao longo de suas formações. Sanches pontua “ Nessa perspectiva, os saberes profissionais dos professores são temporais, plurais e heterogêneos, personalizados e situados, e carregam as marcas do ser humano “ (ano, p 22). Ainda nesse tema concorda com Pimenta (1997) pois evidencia o saber da experiência como fundamental , pois segundo ele contribui para o refletir sua prática.

A escola tem desempenhado ao longo do tempo um importante papel nessa estrutura do conhecimento, é por ela que é fomentado a construção da informação para o saber, assim, seus agentes tornam-se essenciais para atingir esses conhecimentos. É um grande trabalho que ela exerce com crianças e jovens para construção da sabedoria, fundamental na vida humana. (PIMENTA, 1997).

A escola como mencionado legítima o espaço de propagação do conhecimento, responsável por inserir o indivíduo dentro desse processo de humanização, pois é o saber que distingue o ser humano das outras espécies de animais. Para isso, a escola precisa apresentar um rigor científico, estruturado por análises e confronto de informações para adquirir e desenvolver competências e habilidades singulares que possa a vir serem usados em diversas áreas da sociedade corroborando para acabar com as desigualdades sociais existentes dentro da atual estrutura.

Para pensar as novas tendências e reformulações do processo de ensino e alavancar no que diz respeito ao desenvolvimento do conhecimento no âmbito social, Pimenta mais uma vez menciona a necessidade de se criar uma nova prática social para que re-signifique os saberes na formação docente e adote novas formas de se pensar esse novo profissional que atuará com os conflitos que surgem dentro do campo educacional. Almeja-se que esse novo modelo de formação, atue com novas propostas de debates, englobe na própria prática, diálogos com as áreas da educação e da pedagógica, para que seu resultado final, não limite-se em reproduzi-las e sim confrontar-las de modo em que não ocorra nas formações o que ela, conforme citado

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por Houssaye,(1995, p.28). diz como ilusões.

Essas ilusões incitam em definir padrões de comportamentos da reprodução do conhecimento do que se pode fazer, entretanto não correspondem de fato a mudanças significativas, sendo reproduções desvinculada da própria realidade que não dialogam com as propostas citadas.

Mesmo assim, entende-se hoje a importância da formação docente inicial e continuada, Nóvoa, (1992) em sua vasta experiência dentro da educação irá debater o tema na perspectiva histórica portuguesa da criação do profissional docente e a sua formação, que se relaciona muito bem com a brasileira, pois políticas aplicadas em Portugual ocorriam aqui, ainda no período colonial. Para ele, existe uma especificidade da criação do professor como propagador do ensino, porém, isento em se relacionar com questões políticas, sendo utilizado como instrumento de condicionamento do próprio Estado. Nóvoa (1992) descreve ainda que surge uma desvalorização da profissão do professor, que ao mesmo tempo contrapõem-se a uma simbólica exaltação na sua imagem social junto aos alunos, professores e a comunidade (por exemplo, comemoração do dia professor, a ideia de “respeito absoluto” à profissão docente, etc.), Isso ocorre porque o próprio Estado controla e limita o professor, entendendo que o saber que o professor trabalha no contexto escolar é desarticulado de um cargo científico. Nóvoa reforça

A formação de professores pode desempenhar um papel importante na configuração de uma "nova" profissionalidade docente, estimulando a emergência de uma cultura profissional no seio do professorado e de uma cultura organizacional no seio das escolas. (NÓVOA, 1992.p.12)

Percebe-se que nos discursos dos autores, esses novos profissionais docentes, podem exercer um grande papel dentro da sociedade. A sua formação definirá as formas de como trabalhará em sala no dia a dia. Por mais que exista uma necessidade desses profissionais, sua valorização e até mesmo as condições de trabalho são muitas vezes desfavoráveis. Mesmo assim, é preciso seguir com essas preocupações de aperfeiçoar o docente como forma de trazer rupturas e estigmas dentro da sociedade

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PERCURSO METODOLÓGICO

A pesquisa ocorreu a partir do acompanhamento das aulas oficinas desenvolvidas ao longo do ano letivo de 2019 na UNILA. Ocorreram encontros mensais até julho, ocorrendo uma aula oficina de quatro horas, contando com grupos de professores/as que participaram de acordo com sua a hora atividade.Os/as professores/as estavam em busca de uma capacitação complementar, e por intermédio da secretária da educação realizaram as oficinas da extensão.A partir de agosto, com alterações administrativas da secretaria municipal de educação foram ofertados apenas duas formações no segundo semestre. Sendo uma em setembro e a outra em novembro.

A coleta de dados foi feita por meio de questionários realizados durante uma das oficinas com os professores/as que optarem em participar. As perguntas com caráter qualitativo, teria a intenção de investigar alguns dados referentes a instituição de formação, quanto tempo de formação, se houve e como eram as metodologias de ensino de História, o tempo de aula que possuem semanalmente para aplicar as aulas de Histórias, as maiores dificuldades com o ensino e qual a importância do ensino de História para os alunos.

Todos esses dados somariam para a analise qualitativa, de caráter exploratório, a qual se investigaria entender as relações dos professores com essa ciência humana, buscando-se também, com esse questionário compreender desde a sua formação inicial, para que fosse possível obter respostas mais claras de como sucedeu sua formação docente, assim , procurar identificar quais as principais dificuldades em sala, observando a existência de similaridades entre as respostas coletadas e analisar a forma como enxergam a funcionalidade do ensino de história para essas séries.

É de suma importância ressaltar que será uma amostra de professores/as e que não representa toda a categoria docente do município, o trabalho realizado é uma parcela mínima dos professores da rede, porém significativa para essa investigação.

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ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS

Como apresentado no tópico anterior, ao longo do no decorrer do projeto aplicado de extensão Ensinar e Aprender História nos Anos Iniciais foi efetuado um questionário com questões relacionadas à formação e ao ensino de história. As perguntas realizadas foram desde o contato durante a formação até as principais dificuldades encontradas no dia a dia em sala de aula.

Uma das perguntas iniciais feita para os participantes da extensão foi qual seria sua instituição de formação inicial?

Em relação a formação dos docentes, das 18 respostas obtidas, duas não informaram suas instituições de formação, os demais se dividiram em dois grupos, onde 4 concluíram em faculdade pública, e 12 em faculdades privadas, em sua maioria em instituições da região. Entre os dados coletados, percebe-se uma variável no tempo de formação , entre menos 1 ano até mais de 10 anos. Sendo Seis docentes formados em um período de 1 a 5 anos. Dois em um período de 06 a 08. Cinco entre 08 a 10 anos. Duas a mais de 10 anos. E apenas um participante informou que está formada a menos de 1 ano.

A pergunta seguinte dava continuidade a respeito da sua formação, questionando se durante a trajetória no curso de formação inicial, teria tido a disciplina de conteúdo e metodologia de ensino de história, como foi, e de que maneira contribuiu para a sua formação?

Obtendo então, 7 respostas que informaram que sim, tiveram contato com metodologia, afirmando que contribuiu para a formação, e compreensão das metodologias históricas e desenvolvimento das atividades. Já 6 dos participantes citaram que a disciplina foi muito breve, que não ajudava na prática. E apenas 1 informou que que a disciplina não contemplou em aspectos metodológicos.)

Inclusive o participante 18 descreve que “Sim, foi muito superficial. O conteúdo não é aprofundado, as aulas eram focadas na elaboração de materiais didáticos, em confecção. E o essencial era deixado de lado“. Os outros2 participantes responderam que não tiveram a disciplina específica na formação, e 1 informou que não se recordava, porém afirmou que era mais voltado para a história da educação).

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Em relação à prática do ensino de história foi perguntado qual seria a maior dificuldade em sala com o ensino? Obteve-se respostas diversas, 12dos participantes informaram dificuldades em encontrar materiais e conteúdos adaptados, ou instigantes,possuem problemas emfazer os alunos se enxergarem no contexto histórico. Inclusive, citam que exista muita informação e que é difícil delimitar com o pouco tempo hábil que dispõe, eacrescentaram que esses conteúdos não são debatidos em formações continuadas.

O participante 2 cita ter dificuldade em associar o passado e presente como a participante 4 que completa com a perspectiva de “construir o futuro”. O participante 8 descreve ter certo receio em “tratar de assuntos polêmicos, que podem ser mal interpretado pelas crianças”. O participante 6 informou não possuir dificuldades. A participante 1 comenta a maior dificuldade é pouca pois nos anos iniciais não há tanto aprofundamento. E a 16 mencionou dificuldades com assuntos diversos como abordar a cultura e história oriental

Para entender a relação de funcionalidade de ensino de história, foi perguntado para os participantes da extensão qual seria a importância do ensino de história? Em relação a essa pergunta, 4 responderam que seria para entender o presente. 1 participante respondeu que seria útil para trabalhar as origens.

Algumas respostas como a do participante 5 enfatiza a intenção de se estudar história para “formar opiniões”. O participante 14 acredita que é importante estudar história para aprender o que já aconteceu. 4 Participantes acredita que a partir do ensino de história os alunos se percebem como parte dela , exercendo a função de protagonistas ou sujeitos históricos e serescríticos. Existem também exemplo como a 15 que justifica como parte do processo da existência humana e a 8 que argumenta que possibilita reflexões que promovem o desenvolvimento pessoal. Os participantes 3 e 7 responderam que é importante entender o passado para conhecer o presente e projetar o futuro.

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Foram iniciados, pela formação das/os 18 decentes participantes, notando-se que, apesar de Foz do Iguaçu contar com uma Universidade Pública que oferta curso de Pedagogia, a grande maioria estudou em instituições privadas. Além de que, durante a sua formação inicial, a maioria informou que as disciplinas ofertadas referente ao ensino de história não contribuiu, ou foram muito superficiais, deixando de atender a todas as especificidades do ensino de história, acarretando-se em adversidades na sala de aula, pois é visível nas respostas obtidas em relação às dificuldades apresentadas ao se trabalhar com o ensino de história em sala.

Observa-se então uma carência em relação à didática da história nas formações iniciais,percebendo a necessidade de uma demanda por formações continuadas, que proporcionem suprir tais exigências, que melhorem o ensino e a qualidade do aprendizado na educação básica. É perceptível que tenha que atender essas e outras dificuldades apresentadas como relacionar o presente, passado e futuro ou minimizar ainda mais respostas que inferiorizam o saber histórico nesses anos.

As respostas obtidas quanto à importância do ensino de história demostram que os participantes entrevistados em sua maioria entendem a relevância do ensino de história, afirmando que a história tem um sentido para o sujeito, que é para o próprio conhecimento e a importância de se estudar é para que possa identificar enquanto sujeitos históricos e para a Didática da história isso é fundamental.

Rusen afirma: “Aprendizagem histórica como um processo fundamental e básico da vida humana prática” (ano.2010,p.73) . Respostas que corroborem com o ensino de história mais tradicional foi minoria, porém ainda segue como presente dentro da educação básica municipal.

Vale ressaltar que houveram respostas apresentadas, mesmo que poucas,e se complementambem com a perspectiva histórica de orientação no tempo que também engloba os processos de aprendizagens que é norteado por Rusen em outro estudo que abarca a didática, ele sinaliza “ Através da memória o passado se torna presente de modo que o presente é entendido e perspectivas sobre o futuro podem ser formadas” (2010, p79)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Das questões abordadas acerca da formação de professores, saberes docentes e suas experiências no ensino de história, entre outros, envolvem diversos direcionamentos, mas que se relacionam dentro do âmbito educacional. Os professores do município de Foz do Iguaçu, em grande maioria mostram-se bastante ciente da funcionalidade do ensino de história e dialogam com Rusen, que debate acerca da aprendizagem histórica. Essa discussão da aprendizagem histórica é muito importante para o ensino de historia, através dela que se aperfeiçoa a didática da história que surge como subdisciplina da ciência histórica para atender a necessidade dos debates a respeito da transmissão do saber histórico, principalmente no que se refere a respeito do seu ensino nas escolas. Esse saber ressalta a importância de se pensar temáticas propostas em sala de aula, na qual corresponda a realidade do sujeito, já que o conteúdo proposto exige criar uma espécie de familiarização, ou seja, o conhecimento histórico necessita veicular com a vida prática do aluno . Jorn Rusen pontua :

A didática da histórica leva em consideração a subjetividade dos alunos, os processos de recepção da história e os interesses dos alunos como tema essencial das reflexões didáticas, e ela tem, finalmente como seu objeto principal a consciência histórica e seu papel na vida prática humana. (JORN RUSEN, ano.2010, p.70)

Essas discussões acerca da didática da história envolve definir seu o objeto principal, a consciência histórica “[...] Aprendizagem histórica no nível fundamental e básico do trabalho de memória necessário à vida prática “(RUSEN, p.72). Em síntese a didática histórica nada mais é que é a ciência da aprendizagem histórica. (RUSEN, p. 72). A aprendizagem histórica pode ser entendida como decisiva para o indivíduo, pois é nela que se fomenta os processos básicos de orientação na vida prática, ela está ligada aos segmentos mentais e cognitivos. Assim, tudo está diretamente relacionado com o aprendizado histórico, e como o sujeito se relaciona com esse saber, não é possível desenvolver consciência histórica sem que ocorra o processo de aprendizagem. Nesses processos, é possível produzir o conhecimento histórico, a partir de narrativas históricas, pois é por ela que ocorre a comunicação dessa representação de orientação no tempo. Por ela é possível problematizar o presente, através das fontes do passado como forma de se planejar para o futuro.

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Nota-se que a partir dos resultados obtidos dos questionários, ocorreu em alguns casos um déficit durante a formação inicial, sendo necessário ser complementado ao longo da sua carreira com formações que possibilitem o professor repensar suas aulas, seus saberes, como discutido plural e múltiplo moldado a partir das suas experiências.Nesse primeiro momento uma das possibilidades para auxiliar no desenvolvimento efetivo do ensino de história no município e amenizar o déficit da formação inicial, seja a oficina, Ensinar e Aprender História que poderá auxiliars/as professores/as a pensar como abordar determinados temas histórico, a partir do próprio currículo, colaborando para atenuar as principais dificuldades apresentadas no questionário.

Para além do ensino de história o que se observa é que a formação continuada é fundamental para qualquer docente que exerce sua função. É por ela que são realizadas as reflexões da sua prática dentro de sala de aula, por isso a preocupação em adquiri-las é um dos desafios docentes, que precisam ao longo de sua carreira profissional lidar com sua prática pedagógica associada a realidade em seu meio para que seja possível desenvolver mudanças emancipatórias dentro de sala de aula.

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REFERÊNCIAS

NÓVOA, Antônio. Formação de professores e profissão docente. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/4758. Acesso em 10 nov. 2019

PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores – saberes da docência e identidade do professor, São Paulo. p. 5- 13, setembro de 1997

RUSEN, Jorn. Aprendizagem histórica, esboço de uma teoria. In: RUSEN, Jorn. Aprendizagem Historica: Fundamentos e paradgmas. Cutiriba: W.a. Editores, 2010. Cap. 3. p. 69-112

RUSEN, Jorn. Experiência, interpretação, orientação: As três dimensões da aprendizagem histórica. In: RUSEN, Jorn. Jorn Rusen e o Ensino de História. Curitiba: Ufpr, 2010. p. 79-91. SANCHES, Tiago Costa. Saberes históricos de professores nas séries iniciais : Algumas perspectivas de ensino de sala aula. 2009. 116 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, Uel, Londrina, 2009. Cap. 3..

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