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Efeito de bioestimulantes no rendimento de grãos na cultura do trigo (Triticum aestivum)

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0 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE AGRONOMIA

EFEITO DE BIOESTIMULANTES NO RENDIMENTO DE GRÃOS NA

CULTURA DO TRIGO

(Triticum aestivum)

RICARDO DAMBROS BAZZAN

Ijuí – RS 2013

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1 RICARDO DAMBROS BAZZAN

EFEITO DE BIOESTIMULANTES NO RENDIMENTO DE GRÃOS NA

CULTURA DO TRIGO

(Triticum aestivum)

Trabalho de Conclusão do Curso de Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

Orientador: Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau

Ijuí – RS 2013

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2 RICARDO DAMBROS BAZZAN

EFEITO DE BIOESTIMULANTES NO RENDIMENTO DE GRÃOS NA

CULTURA DO TRIGO

(Triticum aestivum)

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita.

____________________________________ Luis Volney Mattos Viau

Prof. Msc. DEAg/UNIJUÍ – Orientador

____________________________________ Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger

Profª Drª DEAg/UNIJUÍ

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Joanito Bazzan e Dircelene Dambros Bazzan pelo amor, apoio e confiança que depositaram em mim, à minha irmã Ana Luiza Dambros Bazzan pela força e ajuda em todas as horas que precisei. Só tenho a deixar o meu muito obrigado nessa etapa final do curso, pois sem a ajuda de vocês eu não teria conseguido chegar hoje aqui nessa tão importante etapa de minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus. Por me dar forças para vencer as dificuldades da vida.

Ao Departamento de Estudos Agrários, professores e funcionários, pelo apoio e disponibilidade, que se fizeram indispensáveis ao desenvolvimento das atividades.

Ao professor MSc. Luiz Volney Mattos Viau pelo valioso e imprescindível acompanhamento e pela orientação deste trabalho de conclusão de curso.

A professora Dra. Cleusa Bianchi Krüger pela realização da análise estatística, meu muito obrigado.

Ao professor Dr. José Antônio Gonzalez da Silva agradeço pela ajuda prestada a campo.

E aos demais professores que participaram da minha formação acadêmica.

A todos os colegas de curso pelos bons momentos vividos, pela grande amizade e pelo apoio dado durante esta jornada acadêmica, em especial meus amigos Fernando Ticiani e Bruno Costa Beber que me ajudaram no desenvolvimento prático deste trabalho.

Aos funcionários do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), principalmente ao César Sartori, pelo auxílio prestado, o que possibilitou a boa condução do trabalho a campo.

Aos meus pais Joanito Bazzan e Dircelene Dambros Bazzan minha irmã Ana Luiza Dambros Bazzan e demais familiares, pelo incentivo e apoio incondicional que não mediram esforços para que eu chegasse ao fim desse curso superior, e por terem acreditado que eu alcançaria meus objetivos.

A minha namorada Luana Maria Andreatta Faganello pelo apoio em todos os momentos difíceis e compreensão ao longo do curso de agronomia.

Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), professores e funcionários, pelo apoio, amizade e pelos valiosos ensinamentos prestados durante a jornada acadêmica.

A empresa Microquímica, pela disponibilização dos produtos e auxílio prestado.

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5 EFEITO DE BIOESTIMULANTES NO RENDIMENTO DE GRÃOS E EM CARACTERES AGRONÔMICOS NA CULTURA DO TRIGO (Triticum aestivum)

Ricardo Dambros Bazzan Orientador: Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau RESUMO

O experimento foi instalado no IRDeR/Augusto Pestana (RS), com o objetivo de avaliar a resposta da cultura de trigo Quartzo quanto ao uso de bioestimulantes via sementes e foliar, na cultivar de trigo QUARTZO. Os tratamentos foram implantados em um delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições constituídos de: T1: Zinplex (3 ml/kg) na semente T2: Zinplex na semente (3 ml/kg) + Biomol (500 ml/ha) perfilhamento ; T3: zinplex (3 ml/kg) na semente + BioMol (500 ml/ha) perfilhamento + Glutamin Extra (2 l/ha) no enchimento de grãos; T4: Vitavax + Thiram (3 ml/kg de semente) + BioMol (500 ml/ha) no perfilhamento; T5: Vitavax + Thiram (3 ml/kg) na semente; T6: Zinplex (3 ml/kg) na semente + BioMol (500 ml/ha) perfilhamento + Glutamin Extra (2 L/ha) no enchimento de grãos T7: Zinplex (3 ml/kg) na semente + Zinplex (1,5 l/ha) no perfilhamento T8: Testemunha. Foram avaliadas as seguintes variáveis: rendimento de grãos (kg/ha); peso de grãos (g); peso do hectômetro (kg/100l); número de plantas por metro linear (n); rendimento biológico aparente (RBA); peso de grãos por espiga (PGE); índice de colheita (IC); quantidade de palha (g). Os bioestimulantes aplicados na semente e na parte aérea não proporcionaram aumento no rendimento de grãos de trigo, mas proporcionaram incremento no peso do hectolitro.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Características agronômicas da cultivar QUARTZO ... 22 Quadro 2: Comportamento da cultivar QUARTZO em relação às principais moléstias ... 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resumo de análise de variância para distintos caracteres de importância agronômica em trigo submetida a diferentes tratamentos com bioestimulantes, IRDeR/UNIJUÍ/Augusto Pestana – RS, 2013 ... 24 Tabela 2: Rendimento de grão de trigo em kg/ha (RG); peso de grãos por espiga em g (PGE); % (IC); número de plantas por metro (NPM); peso do hectolitro (PH), IRDeR/UNIJUÍ/Augusto Pestana – RS, 2013 ... 26 Tabela 3: Rendimento biológico aparente (RBA); grãos (g); rendimento de palha (g) e índice de colheita (%) de trigo submetido a diferentes tratamentos de semente e na parte aérea, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2013 ... 27 Tabela 4: Incidência e severidade de doenças no trigo, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2013 ... 28

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8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 9 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 11 1.1 A CULTURA DO TRIGO ... 11 1.2 USO DE BIOESTIMULANTES ... 13

1.3 RESULTADOS OBTIDOS COM USO DE BIOESTIMULANTES ... 15

1.4 GLUTAMIN EXTRA ... 17

1.5 BIOMOL ... 17

1.6 ZINPLEX ... 18

1.7 VITAVAX + THIRAM ... 18

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 20

2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO ... 20

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ... 20

2.3 MANEJO DA ÁREA EXPERIMENTAL ... 21

2.4 CARACTERÍSTICA DA CULTIVAR DE TRIGO QUARTZO ... 22

2.5 PARÂMETROS AVALIADOS ... 23 2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 23 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24 CONCLUSÃO ... 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 30 ANEXOS ... 33

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INTRODUÇÃO

O trigo é uma das principais culturas de grãos de inverno no Rio Grande do Sul. É o principal ingrediente para a fabricação de pães, bolachas, farinhas e bolos. Além disto a espécie é de estrema importância para o sistema de plantio direto e contribui na rotação de culturas.

O cultivo do trigo no Brasil apresenta aspectos peculiares pois o pais importa o grão, pois não supre-se a demanda. Trazendo o trigo de fora ele se torna mais caro e esse custo é repassado aos consumidores, então se deve aumentar a produção do grão no Brasil melhorando o manejo da cultura e aplicando novas tecnologias como os bioestimulantes.

Os bioestimulantes são misturas de um ou mais biorreguladores com outros compostos de natureza química diferente, como sais minerais. Os bioativadores são substâncias orgânicas complexas modificadoras do crescimento, capazes de atuar na transcrição do DNA na planta, expressão gênica, proteínas da membrana, enzimas metabólicas e nutrição mineral.

A ação de hormônios vegetais interfere nos processos fisiológicos e metabólicos da planta como fotossíntese e absorção de nutrientes e sua eficiência depende do estágio de desenvolvimento e da atividade da planta, de estímulos externos e da parte da planta que está recebendo este estímulo.

O surgimento de novos produtos de incorporação à semente e foliar tem sido colocado com frequência no mercado à disposição de produtores e técnicos. Apesar do grande número de trabalhos realizados pelas instituições de pesquisa os resultados tem sido contraditórios, ou seja, a eficiência depende da interação do produto do genótipo e do ambiente. Apesar disso sabe-se que são substâncias que promovem o equilíbrio hormonal das plantas, modificam ou alteram vários processos

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metabólicos e fisiológicos, aumentando divisão e alongamento celular, estimulando a síntese de clorofila, a fotossíntese, amenizando os efeitos bióticos e abióticos.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar diferentes combinações de bioestimulantes e sua resposta na produtividade e nos componentes de rendimento do trigo.

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11 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A CULTURA DO TRIGO

A espécie Triticum aestivum está entre as espécies vegetais de maior importância para a alimentação humana. A composição única de suas proteínas de reserva, que permite a obtenção de vários produtos por meio do processo de panificação, faz do trigo um cereal mundialmente consumido (JOSHI et al., 2007).

A produção de trigo no mundo é de 662,42 milhões de toneladas o Brasil é o 9° maior consumidor mundial de trigo. No país, consome-se cerca de 10,2 milhões de toneladas, anualmente, o que corresponde a 53 kg per capita por ano. Foram produzidas 5.383.379 milhões de toneladas na safra 2011/2012, com um rendimento de 2605 kg /ha (VARASCHIN, 2011).

Graças à sua diversidade genética e a utilização desta variabilidade no melhoramento, possui, atualmente, ampla adaptação edafoclimática, sendo cultivado desde regiões com clima desértico, em alguns países do Oriente Médio, até em regiões com alta precipitação pluvial, como na China e Índia. No Brasil, pode ser cultivado desde a Região Sul até o Cerrado (GUERRA, 1994; GUERRA, 1995).

Devido às características de composição do seu grão, o trigo é utilizado na fabricação de pães, bolos, biscoitos, barras de cereais, além de macarrões, massas para pizza entre outras utilizações de seus derivados pela indústria. Sua diversidade de utilização, suas características nutricionais e sua facilidade de armazenamento têm feito do trigo o alimento básico de aproximadamente um terço da população mundial (SLEPER e POEHLMAN, 2006).

A produção brasileira de trigo concentra-se basicamente nos estados do sul do país. O estado do Paraná tem sido o maior produtor nacional de trigo, seguido pelo Rio Grande do Sul. Estes dois estados têm respondido por cerca de 90% da produção nacional (GERMANI, 2008).

Os rendimentos de grãos de trigo obtidos têm sido crescentes, demonstrando assim eficiência dos programas de melhoramento genético em desenvolver variedades com alto potencial de rendimento e com qualidade de panificação próxima aos trigos argentinos e canadenses (FEDERIZZI ET AL., 2005).

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Essa melhora no desempenho se deve a fatores como produção de sementes sadias e o tratamento com fungicidas como formas de controle que se enquadram no manejo integrado de doenças.

Os bioestimulantes são compostos e referem-se a misturas de reguladores vegetais com compostos de natureza bioquímica como micronutrientes, vitaminas, algas marinhas, aminoácidos que junto com inseticidas e fungicidas possibilitam altas produtividade nas culturas.

Além dos inseticidas utilizados para proteção principalmente no desenvolvimento inicial da cultura, os bioestimulantes têm como propósito acelerar e garantir uma germinação plena nos estádios iniciais, outro fator importante é melhoria do sistema radicular, assim promovendo uma melhoria da floração e granulometria do trigo (IMPROCOP, 2009).

A qualidade do grão de trigo é o resultado da interação que a cultura sofre no campo, pelo efeito das condições de solo, do clima, da incidência de pragas e injúrias, manejo da cultura, bem como das operações de colheita, secagem, armazenamento, moagem e, por fim, do uso industrial a ser dado à farinha (GUTKOSKI e JACOBSEN NETO, 2002).

O peso de grão tem como objetivo tentar estimar a qualidade dos grãos e o seu comportamento na moagem. Grãos grandes e mais densos normalmente têm uma maior proporção de endosperma que os grãos pequenos e menos densos e por isso seria de se esperar que fornecessem um maior rendimento na moagem. Alguns trabalhos de pesquisa indicam que o peso de 1000 grãos apresenta melhor correlação com o rendimento da moagem do que o peso do hectolitro (GERMANI, 2008).

Peso hectolitro é o peso por unidade de volume, que leva em conta ainda o formato do grão e a acomodação que os grãos adotam ao preencher livremente um recipiente. É utilizado para observar quanto pesa uma quantidade de grãos que ocupa o volume de um hectolitro (GERMANI, 2008).

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13 1.2 USO DE BIOESTIMULANTES

Os bioestimulantes são misturas de um ou mais biorreguladores com outros compostos de natureza química diferente, como sais minerais (CASTRO ET AL., 2008). Os bioativadores são substâncias orgânicas complexas modificadoras do crescimento, capazes de atuar na transcrição do DNA na planta, expressão gênica, proteínas da membrana, enzimas metabólicas e nutrição mineral (CASTRO ET AL., 2008).

Segundo Larcher (2006), a ação de hormônios vegetais depende do estádio de desenvolvimento e da atividade da planta, de estímulos externos, da parte da planta que está recebendo o estímulo e do tempo deste impacto. No Brasil, algumas culturas já atingiram altos níveis tecnológicos alcançando alta produtividade e já não estão condicionadas por limitações de ordem nutricional ou hídrica, o que tem levado ao emprego de bioestimulantes, que podem ser compensadores além de econômicos (CASTRO, 2006).

Alguns produtos conhecidos como agentes bioreguladores, por exemplo, o glutamim extra é transportado dentro da planta através das suas células, ativando várias reações fisiológicas como a expressão de proteínas. Estas proteínas interagem com vários mecanismos de defesa de estresses da planta, permitindo que ela enfrente melhor as condições adversas, tais como estiagens, baixo pH, alta salinidade de solo, radicais livres, estresses por temperatura alta, efeitos tóxicos de níveis elevados de alumínio, ferimentos causados por pragas, ventos, granizo, ataque de viroses e deficiência de nutrientes. Possui efeito fitotônico, isto é, desenvolvimento mais rápido do vegetal expressando melhor seu vigor. Em soja foi observado aumento do vigor, produtividade, área foliar e radicular, estande mais uniforme, uniformidade na emergência e melhor desenvolvimento inicial (CASTRO, 2006).

O emprego de bioestimulantes como técnica agronômica para se aperfeiçoar a produtividade de diversas culturas, tem crescido nos últimos anos. Os hormônios contidos nos bioestimulantes são moléculas sinalizadoras, naturalmente presentes nas plantas em concentrações basicamente pequenas, sendo responsáveis por efeitos marcantes no desenvolvimento vegetal (TAIZ e ZEIGER, 2004).

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Segundo Taiz & Zieger (2004), a auxina foi o primeiro hormônio vegetal descoberto em 1927, sendo necessário para a viabilidade das plantas. É sintetizada no ápice caulinar e posteriormente é transportada em direção aos tecidos localizados abaixo do ápice, sendo necessária para o alongamento contínuo dessas células. Ela promove o crescimento por alongamento, via aumento na capacidade de extensão da parede celular. A aspersão da planta com auxina exógena resulta em um modesto e breve estímulo no crescimento de caules jovens e coleóptilos. Baixos níveis de auxina são também necessários para o alongamento da raiz, sendo que altas concentrações podem inibir o crescimento desse órgão.

As giberelinas são um segundo grupo de hormônios descobertos na década de 1950. É caracterizada como um grande grupo de compostos relacionados (mais de 125), muitos dos quais biologicamente inativos, definidos mais por sua estrutura química do que por sua atividade biológica (TAIZ e ZIEGER, 2004). São frequentemente associadas à promoção do crescimento do caule, e a sua aplicação às plantas intactas pode induzir a aumentos significativos na sua estatura, principalmente nas plantas anãs e nas plantas da família Poaceae. Além disso, controlam 14 aspectos da germinação de sementes, incluindo a quebra de dormência e a mobilização das reservas do endosperma. Pode afetar a transição do estado juvenil para o maduro, bem como a indução da floração, a determinação do sexo e o estabelecimento do fruto. O transporte da giberelina na planta é de natureza não polar, ocorrendo na maioria dos tecidos, incluindo xilema e floema (TAIZ e ZIEGER, 2004).

Os principais usos comerciais da gibelina, quando aplicadas por aspersão ou imersão, incluem o controle do cultivo de frutas (aumento no comprimento do pedúnculo de uvas sem sementes), a maltagem da cevada e o aumento da produção de açúcar em cana-de-açúcar. Em algumas plantas a redução na altura pode ser desejável, sendo que pode ser obtido por meio do uso de inibidores da síntese de giberelinas (TAIZ e ZIEGER, 2004).

Segundo Taiz & Zieger (2004), as citocininas são consideradas como fatores da divisão celular em muitas células vegetais, quando cultivadas em meio de cultura que contenha uma auxina. São sintetizadas nas raízes, em embriões em desenvolvimento, folhas jovens, frutos e nos tecidos da galha da coroa. Também podem ser sintetizadas por bactérias, insetos e nematóides associados às plantas.

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15 As citocininas participam na regulação de muitos processos do vegetal, incluindo a divisão celular, senescência foliar, mobilização de nutrientes, dominância apical, formação e atividade dos meristemas apicais, desenvolvimento floral, germinação de sementes e a quebra da dormência de gemas. Parecem mediar também muitos aspectos do desenvolvimento regulado pela luz, incluindo a diferenciação dos cloroplastos, o desenvolvimento do metabolismo autotrófico e a expansão de folhas e cotilédones. A razão entre auxina e citocinina determina a divisão celular e a diferenciação em raiz ou gema de tecidos vegetais cultivados, sendo que uma alta relação auxina: citocinina estimula a formação de raízes (TAIZ e ZIEGER, 2004).

Os principais componentes de um Bioativador segundo Floss (2007). São Ácidos Húmicos e Fulvicos, Aminoácidos, Quelatos, Vitaminas. Sendo que em trabalhos realizados por Floss (2007) estes produtos quando aplicados juntos proporcionaram resultados como: maior absorção de nutrientes (via solo e raízes), diminuição do estresse das plantas (seca, compactação, desequilíbrio do perfil do solo, etc.), aumento do peso médio de grãos, melhoria da qualidade (pH, proteína, etc.) e aumento do rendimento de grãos. Assim enfatizando os dados revelados por Castro (2006)

1.3 RESULTADOS OBTIDOS COM USO DE BIOESTIMULANTES

Segundo Casillas et al. (1986) os efeitos de quatro estimulantes sobre a cultura do rabanete (Rapharus sativus L.), avaliando a germinação, altura de plantas, massa verde e seca e índice de colheita. Os resultados foram positivos pois proporcionaram maiores valores de massa verde e seca das raízes de plantas de rabanete foram obtidos quando o solo foi fertilizado previamente com aplicação dos bioestimulantes.

Russo e Berlyn (1990), em estudo com um bioestimulante produzido a base de uma mistura de algas marinhas, ácido húmicos e vitaminas, demonstraram que o desenvolvimento de espécies arbóreas é melhorado quando as plântulas são tratadas com este produto antes de serem plantadas. Os autores relatam o aumento do comprimento de raízes e de galhos e a melhoria da resistência ao estresse hídrico pelo aumento da quantidade de clorofila e da capacidade de regeneração radicular.

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Rocha et al. (2001) constataram que as pulverizações de bioestimulante na cultura do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) promoveram aumento significativo na produtividade e em outras características dos frutos, tais como: diâmetro do fruto, peso da casca e volume, parâmetros que permitem melhor caracterização pós colheita. Além disso, os bioestimulantes aumentam a durabilidade dos frutos para a comercialização.

Fraser e Percival (2003) estudaram o efeito de quatro bioestimulantes em diferentes espécies arbóreas (Quercus rubra, Betula pendula e Fagus sylvatica), aplicados via solo e via foliar e, observaram que estes produtos melhoram o desenvolvimento de raízes e vigor das plantas. Entretanto, os autores observaram que a escolha de um bioestimulante apropriado deve ser feita em função das espécies adotadas, pois a resposta da planta ao bioestimulante varia muito de acordo com as características próprias do vegetal.

Em estudo feito por Zhang e Ervin (2003), foi investigada a influência de aplicações mensais de produtos a base de extratos de algas marinhas, matéria orgânica e aminoácidos como suplementos da adubação em gramados, constatou-se o aumento da resistência às pragas e doenças o que permitiu diminuir as aplicações de fertilizantes e fungicidas.

Richardson et al. (2004) conduziram experimento em estufa para estudar de que modo um bioestimulante comercial melhoraria a sanidade e a resistência ao estresse hídrico de árvores (Betula papyrifera), com três anos de idade, e observaram que as plantas tratadas com bioestimulante apresentaram as melhores concentrações de nitrogênio nas folhas e menos danos causados pelo estresse hídrico.

No entanto, alguns estudos com bioestimulantes não têm mostrado efeitos positivos sobre o desenvolvimento das plantas. Em experimento conduzido por Csizinszky (1990) com dois cultivares de pimentão e seis bioestimulantes, não se verificou influencia na produtividade nem no conteúdo de nutrientes das plantas. Os bioestimulantes foram aplicados conforme as recomendações dos fabricantes e foi observado que, em um dos cultivares, o desenvolvimento das plantas foi similar ao do controle e menor em outro.

Tweddell et al. (2000) aplicaram um bioestimulante em plantas de milho submetidas a diferentes níveis de adubação nitrogenadas e não verificaram

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17 diferença significativa na produção de grãos, biomassa seca e concentração de nutrientes no tecido foliar.

Vasconselos (2006) constatou que o uso de bioestimulante não aumenta a produção de matéria seca, estatura, eficiência fotoquímica, teor de proteína e nutrientes nas plantas de milho e de soja, não obtendo produtividades satisfatórias.

Benlanson (2008) avaliou diferentes bioestimulantes, (produtos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas), confirmando possuir capacidade de enraizamento, porém não incrementaram a estatura de plantas, peso médio de semente por espiga e o rendimento de grãos do trigo.

1.4 GLUTAMIN EXTRA

Glutamin Extra é um fertilizante foliar, apresentado na forma de suspensão homogênea, contendo uma relação balanceada de macronutrientes e micronutrientes, associados ao aminoácido Ácido L-Glutâmico obtido através de fermentação biológica.

Devido a uma combinação especial de matérias-primas, corrige rapidamente deficiências nutricionais, além de apresentar estabilidade e aplicabilidade superiores. O Ácido L-Glutâmico participa no processo de assimilação do nitrogênio, maior produção de clorofila e, consequentemente, energia disponível às plantas.

Dados técnicos: 8,0% de N (98,4 g/L de N); 5,0% de P2O5 (61,5 g/L de P2O5); 1,0% de K2O (12,3 g/L de K2O); 0,5% de Mg (6,15 g/L de Mg); 1,0% de S (12,3 g/L de S); 0,5% de B (6,15 g/L de B); 1,5% de Mn (18,45 g/L de Mn); 0,01% de Mo (0,12 g/L de Mo); 0,5% de Zn (6,15 g/L de Zn); 5,5% de COT – Carbono Orgânico Total (67,7 g/L de COT); nutrientes solúveis em água. Densidade: 1,23 a 20ºC. Contém: 3,0% de Agente Quelante Aminoácido (Ácido L-Glutâmico).

1.5 BIOMOL

BioMol é um fertilizante para aplicação foliar, apresentado na forma de solução contendo o nutriente molibdênio associado ao aminoácido Ácido L-Glutâmico (obtido através de fermentação biológica), disponível para as plantas.

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Participa do metabolismo do nitrogênio, promovendo sua maior assimilação e transporte (drenos), em função do efeito sinérgico do molibdênio e do Ácido L-Glutâmico. Adicionalmente, o Ácido L-Glutâmico é precursor de outros aminoácidos, que são produzidos através da transaminação, resultando em significativa economia de energia (ATP) para as plantas.

Dados técnicos: 0,1% de Mn (1,3 g/L de Mn); 7,0% de Mo (91,0 g/L de Mo); nutrientes solúveis em água. Densidade: 1,30 a 20ºC. Contém: 10% de Agente Quelante Aminoácido (Ácido L-Glutâmico) e 8% de Agente Acidificante.

1.6 ZINPLEX

Zinplex é um fertilizante para tratamento de sementes e foliar apresentado na forma de solução verdadeira, contendo o nutriente Zinco de fonte orgânica, a qual confere ao produto alta segurança para aplicação na nutrição vegetal, via folha ou tratamento de sementes.

Zinplex auxilia na formação do AIA (Ácido Indol Acético), hormônio de crescimento das plantas, resultando em um desenvolvimento vegetativo adequado.

Garantias 7,0% de Zn (79,8g/l de Zn), Nutrientes solúveis em Agua Densidade: 1,14ª 20º C, Condutividade elétrica 10,7 ms/cm (sem diluição)

Índice salino:16,0%(10 g/l) Contém 1,5% de Agente Acidificante, Natureza física: solução verdadeira.

1.7 VITAVAX + THIRAM

O Vitavax-Thiram® 200 SC é um fungicida com apresentação em solução concentrada aonde o princípio ativo é 5,6-dihydro-2-methyl-1,4-oxathi-ine-3-carboxanilide (Carboxina), 200 g/L (20% m/v); Tetramethylthiuram disulfide (Tiram), 200 g/L (20% m/v); e Etileno Glicol, 249 g/L (24,9% m/v). Este produto pertence à classe dos fungicidas sistêmicos e de contato para tratamento de sementes do grupo químico Carboxanilida (Carboxina) e Dimetilditiocarbamato (Tiram) (PANDOLFO, 2007; DUPONT, 2012).

A Carboxina inibe a cadeia respiratória bloqueando o transporte de elétrons através da inibição do complexo II, a succinato-UQ redutase. O Thiram não tem seu

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19 modo de ação muito claro, mas envolve danos ao citocromo P-450 acompanhado do aumento da atividade da heme-oxigenase (DUPONT, 2012).

A apresentação em solução concentrada permite diluição em diferentes dosagens de acordo com a finalidade de aplicação. A dose recomendada para o tratamento de sementes de Trigo é 250 a 300 mL/100 kg de semente.

O Vitavax-Thiram® 200 SC pertence à classe toxicológica IV (pouco tóxico), de acordo com a legislação em vigor para uso de agrotóxicos (PANDOLFO, 2007).

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20 2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO

O experimento foi implantado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), localizado no município de Augusto Pestana (RS), o qual possui uma localização geográfica de 28° 26' 30 26" de latitude a sul e 54° 00' 58' 31 de longitude W e altitude aproximada de 250 metros.

O clima da região, segundo a classificação de Köppen é Cfa, ou seja, um clima subtropical úmido, com verão quente sem estiagem típica e prolongada, com uma média anual de precipitação pluviométrica equivalente a 1600 mm.

O solo pertence à unidade de mapeamento Santo Ângelo e é classificado como um Latossolo Vermelho Distroférico Típico, originário do basalto da formação da Serra Geral; caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, textura argilosa com predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS

O experimento foi implantado na safra agrícola 2013, no dia 29 do mês de junho de 2013 após a dessecação da área de plantio com a utilização de 1,5 kg/ha de Roundap WG (Glifosate). A adubação foi na base de 200 kg/ha da fórmula 5-20-20, complementada com nitrogênio em cobertura com o emprego de 100 kg/ha de uréia no estádio de perfilhamento. O experimento foi conduzido em um delineamento experimental de blocos ao acaso com 4 repetições. As parcelas foram formadas por cinco linhas de 5 metros de comprimento, com espaçamento de 0,17 metros entre linhas, sendo consideradas como parcela útil as três linhas centrais.

Foram usados os seguintes tratamentos tendo em vista a indicação dos produtos:

- Tratamento 1 (T1):

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21 - Tratamento 2 (T2):

ZINPLEX – semente: 3 ml/kg BIOMOL- perfilhamento: 500 ml/ha - Tratamento 3 (T3):

ZINPLEX - semente 3 ml/kg

BIOMOL- perfilhamento 500 ml/ha

GLUTAMIN EXTRA- enchimento de grãos: 2 l/ha - Tratamento 4 (T4):

VITAVAX + THIRAM – semente: 3 ml/kg BIOMOL- perfilhamento: 500 ml/ha

GLUTAMIN EXTRA- enchimento de grãos: 2 l/ha - Tratamento 5 (T5):

VITAVAX + THIRAM- semente: 3 ml/kg - Tratamento 6 (T6):

ZINPLEX- semente: 3 ml/kg

BIOMOL- perfilhamento: 500 ml/ha

GLUTAMIN EXTRA- enchimento de grãos: 1ª aplicação 1 l/ha;

2ª aplicação 20 dias após:1 l/ha - Tratamento 7 (T7):

ZINPLEX- semente: 3 ml/kg ZINPLEX- perfilhamento: 1,5 l/ha - Tratamento 8 (T8):

TESTEMUNHA

2.3 MANEJO DA ÁREA EXPERIMENTAL

O controle de plantas invasoras de folhas estreita foi realizado (30 dias após a semeadura), utilizando-se herbicida Hussar (IODOSULFUROM – METÍLICO, 50 g/kg), na dose de 100 gramas por hectare, com vazão de 100 litros de água/ha.

A primeira aplicação de fungicida foi realizada no início da floração com Priori Extra (Azoxistrobina 200 g/L + Ciproconazol 80 g/L), na dose de 300 ml/ha. A segunda aplicação de fungicida foi realizada 82 dias após a semeadura, coincidindo com o espigamento do trigo, foi utilizado o mesmo produto e a terceira pulverização

(23)

realizada no enchimento de grãos na dose de 250 ml/há conjuntamente com a aplicação do inseticida Connect (Imidacloprido 100 g/L + Beta-Ciflutrina 12,5 g/L), na dose de 300 ml/ha. A aplicação dos produtos foi realizada com pulverizador mecanizado regulado para um volume de calda de 100 L/ha.

No dia 18 de novembro de 2013 foi realizada a colheita, das duas linhas e depois foi feito a trilha das mesmas para separação dos grãos. Da terceira linha foi colhida as plantas de um metro linear para mensuração dos componentes do rendimento.

2.4 CARACTERÍSTICA DA CULTIVAR DE TRIGO QUARTZO Cultivar: QUARTZO

Habito vegetativo: semi-ereto Perfilhamento: médio

Altura da planta: média (75 cm)

Reação ao acamamento: moderadamente suscetível Reação à debulha natural: moderadamente suscetível Reação ao alumínio: moderadamente tolerante

Resistência à geada na fase vegetativa: moderadamente suscetível Peso de mil grãos (média): 37 g

Ciclo: Precoce - espigamento: média 68 dias; maturação: média 122 dias Quadro 1: Características agronômicas da cultivar QUARTZO Fonte: Extraído de OR MELHORAMENTO DE SEMENTES LTDA / BIOTRIGO GENÉTICA.

Cultivar QUARTZO

Ferrugem da Folha: Moderadamente resistente Oídio: Suscetível

Giberela: Suscetível

Manchas foliares: moderadamente suscetível

Mosaico: moderadamente resistente (informação preliminar) VNAC: suscetível

Brusone - Moderadamente suscetível a suscetível

Quadro 2: Comportamento da cultivar QUARTZO em relação às principais moléstias

(24)

23 2.5 PARÂMETROS AVALIADOS

1. Número de plantas/m (n): Determinado pela contagem do número de plantas em um metro linear em três amostras na parcela.

2. Rendimento de Grãos (kg/ha): Determinado pela colheita de duas linhas de 5 metros de plantas, separado os grãos da palha e transformado em kg/ha.

3. Rendimento Biológico Aparente (RBA): Foi colhida uma amostra de um metro de comprimento e pesada para determinar o RBA.

4. Peso de Grãos (g): Da amostra colhida foi separado o grão da palha e determinado seu peso em gramas.

5. Rendimento de palha (g): Foi obtido pela diferença entre RBA e grãos. 6. Índice de Colheita (IC): Determinado em porcentagem pela relação entre

grãos e RBA multiplicado por 100.

7. Peso de grãos por espiga (g): Foram separadas ao acaso cinco espigas de cada tratamento e determinado o peso de grãos.

8. Peso do Hectolitro (kg/100 l): Medida de 250 ml de grãos e determinado seu peso e transformado em kg/100 l.

9. Incidência e severidade de doenças. 2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados obtidos no experimento foram submetidos à análise de variância, utilizando o programa GENES para detectar as causas de variações experimentais e aplicação do Teste de Tukey a 5% de probabilidade para identificação de diferenças entre médias das variáveis estudadas.

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24 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise de variância e aplicação do teste F, através do quadrado médio revelou diferenças significativas para tratamentos. O efeito de tratamentos foi evidenciado no peso de grãos por espiga (PGE) em gramas, peso do hectolitro (PH) e no número de plantas por metro linear (NPM). Os caracteres rendimento biológico aparente (RBA), grãos (g), palha (g), índice de colheita em percentagem e rendimento de grãos (kg/ha), não foram influenciados pelos tratamentos empregados tanto na semente como na parte aérea. Observação sobre a variabilidade experimental indica que os coeficientes de variação obtidos para os caracteres avaliados são aceitáveis com exceção do caráter grãos que apresentou um coeficiente de variação de 24% considerado elevado na experimentação agrícola (tabela 1).

Tabela 1: Resumo de análise de variância para distintos caracteres de importância agronômica em trigo submetida a diferentes tratamentos com bioestimulantes, IRDeR/UNIJUÍ/Augusto Pestana – RS, 2013

Causas de variação

Quadrado Médio

Bloco Tratamento Erro CV%

RBA (g) 207 1557 NS 1384 18 GRÃOS (g) 96 486 NS 263 24 PALHA (g) 246 381 NS 537 16 IC (%) 25 18 NS 12 11 RG (Kg/ha) 443449 405069 508170 17 PGE (g) 0,005 0,035* 0,008 8 PH (Kg/100l) 14 18* 2 2 NPM (Nº) 0,8 41* 12 12

RBA: rendimento biológico aparente; GRÃOS(g); PALHA(g) RG: rendimento de grãos (kg/ha); IC% índice de colheita; NPM: número de plantas por metro linear; Peso do hectolitro (PH); Peso de grãos por espiga em gramas (PGE);

*Significativo ao nível de 5% de probabilidade.

NS: Não significativo a 5% de probabilidade. CV%= Coeficiente de variação em percentagem.

O teste de médias não identificou diferença significativa para rendimento de grãos em função dos tratamentos aplicados na semente e na parte aérea quando comparados com a testemunha. A comparação entre médias evidenciou diferença para o caráter peso de grãos por espiga. A média geral para o caráter foi 1,06 g, enquanto que a melhor média para o peso de grãos por espiga foi obtida no

(26)

25 tratamento com zinplex na semente + biomol no perfilhamento e glutamin extra no estádio de enchimento de grãos (1,18 g) não diferindo estatisticamente da testemunha (1,08 g). A menor média para o caráter foi registrada no tratamento zinplex na semente e aplicação de biomol no perfilhamento (0,94 g) conforme pode ser visualizado na Tabela 2.

Benlanson (2008) avaliou diferentes bioestimulantes, (produtos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas), confirmando possuir capacidade de enraizamento, porém não incrementaram a estatura de plantas, peso médio de semente por espiga e o rendimento de grãos do trigo.

Por outro lado já em trabalho realizado por Navarin (2010) com bioestimulantes no tratamento de semente e parte aérea não incorreu em diferenças estatísticas no rendimento de grãos quando comparados às médias dos tratamentos com a testemunha, colaborando com o observado por Cato (2006) e Ferreira et. Al. (2007) quando utilizado bioestimulante e fertilizantes via tratamento de sementes.

O caráter peso do hectolitro apresentou melhor desempenho quando as sementes foram tratadas com vitavax + thiram na aplicação de biomol no perfilhamento e glutamin extra no enchimento de grãos (PH 80), sendo diferente estatisticamente da testemunha (PH 73). Busnello (2009), encontrou resultados entre o uso de bioestimulantes no aumento do PH, trabalhando com dois cultivares a Safira e Fundacep 55 em um ano que ocorreu estresse hídrico, apesar de que Navarin (2010) afirma que o Peso do hectolitro (PH) e Massa de Mil Grãos não diferem estatisticamente para nenhum dos tratamentos com bioestimulantes, e que não houve interação entre eles.

O número de plantas por metro linear apresentou variação significativa com média geral do experimento de 28 plantas, com uma amplitude de variação de 24 a 33 plantas por metro linear e com a maior média evidenciada no tratamento vitavax + thiram na semente + biomol no perfilhamento e glutamin extra no enchimento de grãos (33 plantas), como se observa na Tabela 2.

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Tabela 2: Rendimento de grão de trigo em kg/ha (RG); peso de grãos por espiga em g (PGE); % (IC); número de plantas por metro (NPM); peso do hectolitro (PH), IRDeR/UNIJUÍ/Augusto Pestana – RS, 2013 Tratamento (kg/ha) RG PGE (g) PH (g) NPM (nº) Zimplex (Semente)

Biomol (perfilhamento) Glutamin Extra (EG)

4272 a 1,18 a 78 ab 24 b Testemunha 4264 a 1,08 abc 73 c 27 ab Zimplex (semente) BioMol (Perfilhamento) Glutamin Extra (2x EG) 4235 a 1,13 abc 78 ab 31 ab ZInplex(semente)

Zinplex (perfilhamento) 4206 a 1,04 abc 76 b 28 ab

Vitavax + Thiram (Semente) 4132 a 0,99 abc 77 b 30 ab Vitavax+Thiram (Semente)

BioMol (Perfilhamento) Glutamin Extra (EG)

4066 a 1,17abc 80 a 33 a ZInplex(semente) 3625 a 0,95 bc 79 ab 24 b ZInplex(semente) BioMol (Perfilhamento) 3441 a 0,94 c 78 ab 31 ab Média 4030 1,06 77 28 CV% 17 8 2 12

Médias seguidas pelas letras na coluna não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

(2XEG) Primeira aplicação no inicio do enchimento de grãos e segunda aplicação 15 dias após 1ª aplicação.

EG. Enchimento de grãos

A análise comparativa de médias não detectou diferenças significativa para os carácteres RBA, GRÃOS, PALHA e IC (Tabela 3).

Entretanto, o IC se caracteriza na fração dos grãos produzidos em relação à matéria seca total da planta, e pode ser empregado em programas de melhoramento genético e de avaliação de performance de genótipos submetidos a diferentes condições climáticas. O IC poderá indicar a habilidade de um genótipo de combinar elevada capacidade de produção total e de destinar a matéria seca acumulada para componentes de interesse agronômico. Está relacionado com interação genótipo x ambiente (DONALD & HAMBLIN, 1976).

(28)

27 Tabela 3: Rendimento biológico aparente (RBA); grãos (g); rendimento de palha (g) e índice de colheita (%) de trigo submetido a diferentes tratamentos de semente e na parte aérea, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2013

Tratamento RBA (g) Grão (g) Palha (g) (nº) IC Zimplex (Semente)

Biomol (perfilhamento) Glutamin Extra (EG)

0,20 a 0,061 a 0,14 a 30 a Testemunha 0,23 a 0,088 a 0,15 a 37 a Zimplex (semente) BioMol (Perfilhamento) Glutamin Extra (2x EG) 0,19 a 0,056 a 0,13 a 30 a ZInplex(semente) Zinplex (perfilhamento) 0,22 a 0,075 a 0,15 a 33 a Vitavax + Thiram (Semente) 0,18 a 0,054 a 0,12 a 31 a Vitavax+Thiram (Semente) BioMol (Perfilhamento) Glutamin Extra (EG)

0,20 a 0,064 a 0,13 a 32 a ZInplex (semente) 0,21 a 0,064 a 0,14 a 32 a ZInplex (semente) BioMol (Perfilhamento) 0,20 a 0,060 a 0,14 a 31 a Média 0,20 0,065 0,13 32 CV% 18 24 16 11

Médias seguidas pelas letras na coluna não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Na Tabela 4 visualizamos a incidência e a severidade de doenças foliares. As maiores incidências de folhas doentes ocorreram nos tratamentos constituídos de zinplex na semente + zinplex no perfilhamento e no tratamento constituído somente de zinplex na semente.

Enquanto que a menor incidência ocorreu quando as sementes foram tratadas com zinplex e submetidas a aplicação folhar de biomol no perfilhamento e glutamin extra no enchimento de grãos e no tratamento com vitavax + thiram na semente + biomol no perfilhamento e glutamina extra no enchimento de grãos.

A menor severidade foi observada nos tratamentos com zinplex na semente + biomol no perfilhamento e glutamin extra no enchimento de grãos; e no vitavax + tiram; e no vitavax + thiran + biomol no perfilhamento e glutamina extra no enchimento de grãos.

(29)

Tabela 4: Incidência e severidade de doenças no trigo, IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2013

Tratamento Folhas Total * (Nº) Folhas * Sadias (Nº) Folhas * Doentes (Nº) Mancha** Ferrugem Severidade (%) Zimplex (Semente) Biomol (perfilhamento) Glutamin Extra (EG)

61 9 I 52 2 I Testemunha 62 12 50 7 S Zimplex (semente) BioMol (Perfilhamento) Glutamin Extra (2x EG) 61 13 S 48 I 5 ZInplex (semente) Zinplex (perfilhamento) 64 10 54 S 6 S

Vitavax + Thiram (Semente) 65 14 S 51 4 I

Vitavax+Thiram (Semente) BioMol (Perfilhamento) Glutamin Extra (EG)

63 14 S 49 I 4 I ZInplex (semente) 65 12 53 S 5 ZInplex (semente) BioMol (Perfilhamento) 62 10 52 6 S Média - 11 51 5 DESVIO PADRÃO - 2 2 1

S - superior em relação a media mais um desvio padrão. I - inferior em relação a media menos um desvio padrão.

* - incidência no inicio do florescimento **- severidade no final do florescimento.

O zinco é um indutor de resistência e influenciou na severidade de doenças foliares sobre a cultura do trigo como podemos ver na Tabela 4.

(30)

29

CONCLUSÃO

A aplicação dos bioestimulantes usados na semente e na parte aérea não proporcionaram ganhos no rendimento de grãos, mas proporcionaram incremento no peso do hectolitro e também harmonizaram a incidência e a severidade de doenças foliares.

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30

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33

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ANEXO A

(36)

35 ANEXO B

(37)

ANEXO C

(38)

37 ANEXO D

(39)

ANEXO E

(40)

39 ANEXO F

Referências

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