MACROECONOMIA
MACROECONOMIA
Aula 3
Aula 3
Macroeconomia Básica
Macroeconomia Básica
Modelo Keynesiano Simples de Determinação
Modelo Keynesiano Simples de Determinação
de Renda a Curto Prazo
Tópicos de discussão
Tópicos de discussão
Introdução
Introdução
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano com consumo e
Modelo keynesiano com consumo e
investimento
investimento
Modelo de determinação da renda com o
Modelo de determinação da renda com o
governo
governo
Introduzindo o setor externo
Introduzindo o setor externo
Considerações Finais
Considerações Finais
Introdução
Introdução
A crise de 1930 e a Grande Depressão coloca em
A crise de 1930 e a Grande Depressão coloca em
xeque os axiomas da teoria clássica, segundo a qual
xeque os axiomas da teoria clássica, segundo a qual
o desemprego seria um fenômeno voluntário.
o desemprego seria um fenômeno voluntário.
Ganham vulto as idéias que viam o problema da
Ganham vulto as idéias que viam o problema da
Depressão como insuficiência de demanda
Depressão como insuficiência de demanda
agregada.
agregada.
A principal contribuição foi a obra de John Maynard
A principal contribuição foi a obra de John Maynard
Keynes,
Keynes,
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da
Moeda (1936),
Moeda (1936),
em que o autor desenvolve o
em que o autor desenvolve o
chamado
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
O empresário toma sua decisão de quantos
O empresário toma sua decisão de quantos
trabalhadores contratar e de quanto produzir com
trabalhadores contratar e de quanto produzir com
base em quanto ele espera vender.
base em quanto ele espera vender.
O volume de emprego é uma atribuição dos
O volume de emprego é uma atribuição dos
empresários, com base em quanto eles esperam
empresários, com base em quanto eles esperam
vender, e não no mercado de trabalho, como no
vender, e não no mercado de trabalho, como no
modelo clássico.
modelo clássico.
Em uma situação de desemprego, de nada adianta a
Em uma situação de desemprego, de nada adianta a
redução salarial para induzir maiores contratações se
redução salarial para induzir maiores contratações se
os empresários acharem que não terão para quem
os empresários acharem que não terão para quem
vender a produção adicional.
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Para definir o nível de produção o empresário confronta duas
Para definir o nível de produção o empresário confronta duas
curvas virtuais:
curvas virtuais:
• Oferta agregada: Oferta agregada: a renda necessária para o empresário oferecer a renda necessária para o empresário oferecer determinado volume de emprego (reflete os custos).
determinado volume de emprego (reflete os custos).
• Demanda agregada: Demanda agregada: a renda que o empresário espera receber por a renda que o empresário espera receber por oferecer determinado volume de emprego (reflete as expectativas).
oferecer determinado volume de emprego (reflete as expectativas).
A maximização do lucro faz com que o emprego aumente enquanto
A maximização do lucro faz com que o emprego aumente enquanto
a renda esperada (demanda agregada) superar a renda necessária
a renda esperada (demanda agregada) superar a renda necessária
(oferta agregada).
(oferta agregada).
A intersecção dessas duas curvas determina o nível de produção e,
A intersecção dessas duas curvas determina o nível de produção e,
assim, a
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Dado o nível de emprego, determinado pela demanda
Dado o nível de emprego, determinado pela demanda
efetiva, o salário real se ajustará para igualá-lo à
efetiva, o salário real se ajustará para igualá-lo à
produtividade marginal do trabalho (PmgN).
produtividade marginal do trabalho (PmgN).
Como a produtividade marginal do trabalho é
Como a produtividade marginal do trabalho é
decrescente, expansões do emprego são acompanhadas
decrescente, expansões do emprego são acompanhadas
por quedas no salário real, sendo, portanto, anticíclico o
por quedas no salário real, sendo, portanto, anticíclico o
comportamento dos salários reais.
comportamento dos salários reais.
Mas não é sua queda que induz o crescimento do
Mas não é sua queda que induz o crescimento do
emprego e do produto, como supõem os clássicos, pois
emprego e do produto, como supõem os clássicos, pois
a causação é justamente inversa.
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Dada a massa de salários reais, a disputa dos
Dada a massa de salários reais, a disputa dos
trabalhadores por salários nominais é uma luta pela
trabalhadores por salários nominais é uma luta pela
repartição dessa massa salarial entre as diferentes
repartição dessa massa salarial entre as diferentes
categorias. Com isso, explica-se a
categorias. Com isso, explica-se a
inflexibilidade
inflexibilidade
para baixo dos salários nominais.
para baixo dos salários nominais.
Portanto, para analisarmos a determinação do nível
Portanto, para analisarmos a determinação do nível
de emprego e, por conseguinte, a causa do
de emprego e, por conseguinte, a causa do
desemprego, deve-se olhar o comportamento da
desemprego, deve-se olhar o comportamento da
demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Os principais componentes da demanda são o consumo e o
Os principais componentes da demanda são o consumo e o
investimento.
investimento.
O consumo é uma função estável da renda (propensão marginal da
O consumo é uma função estável da renda (propensão marginal da
consumir > 0 e < 1).
consumir > 0 e < 1).
A estabilidade da propensão marginal a consumir faz com que a
A estabilidade da propensão marginal a consumir faz com que a
instabilidade da demanda, que provoca flutuações econômicas, não
instabilidade da demanda, que provoca flutuações econômicas, não
decorra do consumo, mas das flutuações do investimento.
decorra do consumo, mas das flutuações do investimento.
No modelo keynesiano, o i
No modelo keynesiano, o i
nvestimento
nvestimento
é tanto um
é tanto um
elemento da
elemento da
demanda agregada a curto prazo
demanda agregada a curto prazo
, como também um
, como também um
elemento da
elemento da
oferta agregada a longo prazo
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Ao tomar a decisão de investimento, o empresário está interessado no retorno Ao tomar a decisão de investimento, o empresário está interessado no retorno que um dado bem de capital lhe conferirá ao longo de sua existência.
que um dado bem de capital lhe conferirá ao longo de sua existência.
Esse retorno está relacionado tanto ao custo do investimento (oferta Esse retorno está relacionado tanto ao custo do investimento (oferta
agregada) quanto às condições do mercado de bens (demanda agregada).
agregada) quanto às condições do mercado de bens (demanda agregada).
A decisão de investir é tomada a partir do confronto entre o valor presente do A decisão de investir é tomada a partir do confronto entre o valor presente do fluxo de receita esperada do investimento (
fluxo de receita esperada do investimento (preço de demanda do bem de preço de demanda do bem de capital)
capital), frente ao custo de realizá-lo , frente ao custo de realizá-lo (preço de oferta do bem capital).(preço de oferta do bem capital).
A eficiência marginal do capitalA eficiência marginal do capital é a taxa de desconto que iguala o fluxo de é a taxa de desconto que iguala o fluxo de receitas esperado ao custo do investimento.
receitas esperado ao custo do investimento.
Se esta taxa for superior à taxa de juros, que corresponde ao custo de se Se esta taxa for superior à taxa de juros, que corresponde ao custo de se
obter empréstimos para realizar o investimento ou o custo de oportunidade de
obter empréstimos para realizar o investimento ou o custo de oportunidade de
se imobilizar os recursos, o empresário investe; se for o contrário, não investe.
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Exemplo
Exemplo
Custo do investimento (preço de oferta do bem de capital) = R$ 5 milhõesCusto do investimento (preço de oferta do bem de capital) = R$ 5 milhões Fluxo de receita esperada = R$ 1,2 milhão/ano Fluxo de receita esperada = R$ 1,2 milhão/ano
Período (n) = 6 anosPeríodo (n) = 6 anos
Eficiência Marginal do Capital (EMK)Eficiência Marginal do Capital (EMK)
• Preço de Oferta (PV) = Fluxo de renda (PMT) x Preço de Oferta (PV) = Fluxo de renda (PMT) x 1 – (1 + EMK)1 – (1 + EMK)-n-n EMKEMK • 5 = 1,2 x 5 = 1,2 x 1– (1 + EMK)1– (1 + EMK)-n-n EMKEMK • EMK = 11,5305% EMK = 11,5305%
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
Exemplo (usando uma calculadora financeira)
Exemplo (usando uma calculadora financeira)
[n] [i%] [PV] [PMT]
[n] [i%] [PV] [PMT]
VALOR
VALOR
TECLA
TECLA
5.000
5.000
[CHS] [PV]
[CHS] [PV]
1.200
1.200
[PMT]
[PMT]
6
6
[n]
[n]
[i]
[i]
11,5305 %
11,5305 %
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
O problema é que a Eficiência Marginal do Capital é muito instável, uma vez O problema é que a Eficiência Marginal do Capital é muito instável, uma vez
que é calculada a partir de expectativas dos empresários, cuja base de
que é calculada a partir de expectativas dos empresários, cuja base de
formação é bastante precária, dada a incerteza em relação ao futuro.
formação é bastante precária, dada a incerteza em relação ao futuro.
A Eficiência Marginal do Capital pode alterar-se tanto por pressões na A Eficiência Marginal do Capital pode alterar-se tanto por pressões na
indústria produtora de bens de capital, como por mudanças nas
indústria produtora de bens de capital, como por mudanças nas
expectativas dos empresários.
expectativas dos empresários.
Com isso, o investimento tende a sofrer fortes oscilações, impactando o Com isso, o investimento tende a sofrer fortes oscilações, impactando o
nível de demanda agregada e a atividade econômica.
nível de demanda agregada e a atividade econômica.
Para estabilizar a economia, Keynes propõe uma atuação mais efetiva do Para estabilizar a economia, Keynes propõe uma atuação mais efetiva do
Estado, tanto por meio de gastos públicos, que compensem a falta de
Estado, tanto por meio de gastos públicos, que compensem a falta de
demanda privada, quanto pelo direcionamento e incentivos aos
demanda privada, quanto pelo direcionamento e incentivos aos
investimentos, via redução da carga tributária, etc.
Princípio da demanda efetiva
Princípio da demanda efetiva
A principal contribuição normativa de Keynes foi propor
A principal contribuição normativa de Keynes foi propor
o uso de políticas fiscais compensatórias que tenderiam
o uso de políticas fiscais compensatórias que tenderiam
a ser muito mais eficientes do que os instrumentos
a ser muito mais eficientes do que os instrumentos
monetários, cuja eficácia dependeria de um duplo
monetários, cuja eficácia dependeria de um duplo
condicionante: a capacidade da política monetária afetar
condicionante: a capacidade da política monetária afetar
as taxas de juros, e uma vez que tenha afetado, que
as taxas de juros, e uma vez que tenha afetado, que
está não seja sobrepujada por alterações na eficiência
está não seja sobrepujada por alterações na eficiência
marginal do capital, que limitem o impacto das
marginal do capital, que limitem o impacto das
alterações na taxa sobre o investimento.
Modelo keynesiano simples
Modelo keynesiano simples
(o lado real)
(o lado real)
O produto (renda) é determinado pela
O produto (renda) é determinado pela
demanda agregada, não existindo
demanda agregada, não existindo
restrições do lado da oferta para a
restrições do lado da oferta para a
expansão do produto.
Modelo keynesiano simples
Modelo keynesiano simples
(o lado real)
(o lado real)
O produto (renda) é determinado pela demanda agregada,
O produto (renda) é determinado pela demanda agregada,
não existindo restrições do lado da oferta para a expansão do
não existindo restrições do lado da oferta para a expansão do
produto (existem recursos desempregados).
produto (existem recursos desempregados).
Condição de equilíbrio, no mercado, é dada por:
Condição de equilíbrio, no mercado, é dada por:
Modelo keynesiano simples
Modelo keynesiano simples
(o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Considerando, inicialmente, Consumo e Investimento (economia fechada e sem Considerando, inicialmente, Consumo e Investimento (economia fechada e sem
governo)
governo)
• Y = C + IY = C + I
• Onde Y = Produto RealOnde Y = Produto Real
C = Despesas de ConsumoC = Despesas de Consumo
I = Gastos com Investimento I = Gastos com Investimento
• I = II = Ivoluntáro voluntáro + I+ Iinvoluntárioinvoluntário
• Demanda agregada Efetiva Demanda agregada Efetiva
DADAefetiva efetiva = C + I = C + I
DA DA planejada planejada = C + I = C + Ivoluntáriovoluntário
IIinvoluntário involuntário = DA = DAefetiva – efetiva – DADAplanejadaplanejada
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
• Condição de equilíbrio: ICondição de equilíbrio: Iinvoluntário involuntário = 0 = 0 Se o produto (demanda efetiva) for menor que a demanda agregada planejada, Se o produto (demanda efetiva) for menor que a demanda agregada planejada,
configura-se uma situação de excesso de demanda, provocando retração de estoques,
configura-se uma situação de excesso de demanda, provocando retração de estoques,
ou seja, o I
ou seja, o Iinvoluntárioinvoluntário é menor que zero. é menor que zero.
Nessa situação as empresas contratarão mais trabalhadores e ampliarão a produção, Nessa situação as empresas contratarão mais trabalhadores e ampliarão a produção,
de modo a atender a demanda, de modo que a variação indesejada de estoques seja
de modo a atender a demanda, de modo que a variação indesejada de estoques seja
zero.
zero.
Se o produto (demanda efetiva) for maior que a demanda agregada planejada, Se o produto (demanda efetiva) for maior que a demanda agregada planejada,
configura-se uma situação de excesso de oferta, provocando acumulação de
configura-se uma situação de excesso de oferta, provocando acumulação de
estoques, ou seja, o I
estoques, ou seja, o Iinvoluntário involuntário é maior que zero.é maior que zero.
Nessa situação as empresas diminuem a produção, de modo a cessar o aumento de Nessa situação as empresas diminuem a produção, de modo a cessar o aumento de
estoques.
estoques.
IMPORTANTE: OS PREÇOS NÃO DESEMPENHAM QUALQUER PAPEL NO IMPORTANTE: OS PREÇOS NÃO DESEMPENHAM QUALQUER PAPEL NO
AJUSTAMENTO ECONÔMICO, QUE SE DÁ PELO MOVIMENTO DE ESTOQUES. ISSO
AJUSTAMENTO ECONÔMICO, QUE SE DÁ PELO MOVIMENTO DE ESTOQUES. ISSO
TAMBÉM É CHAMADO DE
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Determinação da Renda (apenas com consumo)Determinação da Renda (apenas com consumo) Y = DAY = DA Y = CY = C C = C(Y)C = C(Y) C = CC = Co + co + cYY Onde:Onde: • Co = Consumo autônomo (Co > 0)
• C = Propensão Marginal a Consumir (0 < c < 1)
Consumo autônomo (Co)corresponde ao consumo que independe do nível de renda,
ou seja, existe mesmo que a renda seja zero (consumo de subsistência financiado por venda de ativos anteriormente acumulados ou por ajuda externa).
Propensão Marginal a Consumir (c) mostra a parcela da renda destinada ao consumo:
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Condição de equilíbrio: OA = DA
Condição de equilíbrio: OA = DA
Oferta agregada: OA = Y
Oferta agregada: OA = Y
Demanda agregada: DA = C = Co + cY
Demanda agregada: DA = C = Co + cY
Y = Co + cY
Y = Co + cY
Y – cY = Co
Y – cY = Co
Y
Y
EE= __
= __
1
1
__ . Co
__ . Co
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Exemplo
Exemplo
C = 100 + 0,8 Y
C = 100 + 0,8 Y
Y = C
Y = C
Y = 100 + 0,8Y
Y = 100 + 0,8Y
Y – 0,8Y = 100
Y – 0,8Y = 100
Y
Y
E E= ___
= ___
1___
1___
. 100
. 100
(1 – 0,8)
(1 – 0,8)
Y
Y
EE= 500
= 500
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo keynesiano com consumo e investimento
I = I
I = I
00 DA = C + I
DA = C + I
0
0
Y = C + I
Y = C + I
Y = C + cY + I
Y = C + cY + I
0
0
Y
Y
E
E
= __
= __
1__
1__
(C
(C
0
0
+ I
+ I
0
0
)
)
(1 – c)
(1 – c)
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Multiplicador de gastos = _____Multiplicador de gastos = _____variação da renda nacional_______variação da renda nacional_______ = _ = _ΔΔYY__
variação autônoma da demanda agregada variação autônoma da demanda agregada ΔΔDADA
II; c; cΔΔ
I
I
; c(c; c(cΔΔI); c(I); c(cc((ccΔΔI);...I);... ΔΔI; c
I; c
ΔΔI; c
I; c
22ΔΔI; c
I; c
33ΔΔI; c
I; c
44ΔΔI;...
I;...
Temos assim uma Progressão Geométrica (PG) de razão c,
Temos assim uma Progressão Geométrica (PG) de razão c,
com c < 1
com c < 1
ΔΔY = Y = ΔΔ
I + c
I + c
ΔΔI + c
I + c
22ΔΔI + c
I + c
33ΔΔI + c
I + c
44ΔΔI + ...
I + ...
ΔΔY = __Y = __1__ 1__ . . ΔΔI onde 1/(1-c) é o multiplicador de gastosI onde 1/(1-c) é o multiplicador de gastos
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Um ponto importante a destacar no processo do multiplicador é que o Um ponto importante a destacar no processo do multiplicador é que o
crescimento da renda, por meio do efeito multiplicador, gera um
crescimento da renda, por meio do efeito multiplicador, gera um
crescimento na poupança em magnitude igual à despesa inicial.
crescimento na poupança em magnitude igual à despesa inicial.
(1 – c)(1 – c) Δ Δ
I;
I;
(1 – c) (1 – c)c
c
ΔΔI;
I;
(1 – c)(1 – c)c
c
22ΔΔI;
I;
(1 – c)(1 – c)c
c
33ΔΔI;
I;
(1 – c)(1 – c)c
c
44ΔΔI;...
I;...
O somatório desta seqüência é:
O somatório desta seqüência é:
uma Progressão Geométrica (PG) de razão c, com c < 1
uma Progressão Geométrica (PG) de razão c, com c < 1
ΔΔS = __S = __1__ 1__ . (1 – c) . (1 – c) ΔΔI ou seja, I ou seja, ΔΔS = S = ΔΔII
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Outro ponto interessante a destacar é o chamado
Outro ponto interessante a destacar é o chamado
Paradoxo
Paradoxo
da Parcimônia.
da Parcimônia.
De acordo com esse modelo, em um dado país, onde se faça
De acordo com esse modelo, em um dado país, onde se faça
campanha para elevar sua taxa de poupança, se os gastos
campanha para elevar sua taxa de poupança, se os gastos
autônomos (I) forem mantidos inalterados, uma elevação na
autônomos (I) forem mantidos inalterados, uma elevação na
propensão marginal a poupar levará a uma queda na renda.
propensão marginal a poupar levará a uma queda na renda.
Δ
Δ
Y =
Y =
__
__
1__
1__
.
.
Δ
Δ
I ou seja,
I ou seja,
Δ
Δ
S =
S =
Δ
Δ
I
I
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo keynesiano com consumo e investimento
O modelo keynesiano, tal como descrito aqui, é valido em situações em que exista capacidade ociosa. Uma vez atingido o limite da
capacidade produtiva, uma expansão de demanda levará, como no modelo clássico, à elevação dos preços. Podemos definir o hiato
inflacionário no modelo keynesiano, como o excesso de demanda
Modelo de determinação da renda com o Governo
Modelo de determinação da renda com o Governo
O O gasto públicogasto público é um elemento da demanda que se soma ao é um elemento da demanda que se soma ao
consumo
consumo e ao e ao investimentoinvestimento; os ; os impostosimpostos são subtraídos da renda. são subtraídos da renda.
C = C(Yd)C = C(Yd)
Yd = Y – T + RYd = Y – T + R Onde Onde
Yd = renda disponívelYd = renda disponível Y = renda nacional (total)Y = renda nacional (total) T = arrecadação de impostosT = arrecadação de impostos
R = transferências do governo ao setor privadoR = transferências do governo ao setor privado
Para efeito de simplificação vamos considerar as transferências como Para efeito de simplificação vamos considerar as transferências como
impostos negativos e seus valores já se encontrem deduzidos da
impostos negativos e seus valores já se encontrem deduzidos da
arrecadação total de impostos.
Modelo de determinação da renda com o Governo
Modelo de determinação da renda com o Governo
T = tY
T = tY
Onde t = participação do imposto no produto (0 < t < 1)
Onde t = participação do imposto no produto (0 < t < 1)
G = G
G = G
00(gasto autônomo)
(gasto autônomo)
C = C
C = C
00+ c(Y – T) = C
+ c(Y – T) = C
00+ c (Y – tY)
+ c (Y – tY)
DA = C + I + G
DA = C + I + G
Y = C
Y = C
00+ c (Y – tY) + I
+ c (Y – tY) + I
00+ G
+ G
00
YE = _____
YE = _____
1______
1______
. (C
. (C
00+ I
+ I
00+ G
+ G
00)
)
Considerações finais
Considerações finais
No modelo keynesiano, ao contrário do modelo clássico,
No modelo keynesiano, ao contrário do modelo clássico,
a demanda agregada assume o papel determinante no
a demanda agregada assume o papel determinante no
nível de renda, não havendo limitações no lado da
nível de renda, não havendo limitações no lado da
oferta.
oferta.
Esse modelo ajusta-se a uma situação em que existe
Esse modelo ajusta-se a uma situação em que existe
ampla capacidade ociosa, de tal modo que as empresas
ampla capacidade ociosa, de tal modo que as empresas
possam atender qualquer demanda adicional, sem
possam atender qualquer demanda adicional, sem
pressionar os respectivos custos e, portanto, os preços.
pressionar os respectivos custos e, portanto, os preços.