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AMANDA MUNHOZ RUHOFF -Avaliação da contaminação de um perfil de solo sob o lixão de Sinop, MT

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Avaliação da contaminação de um perfil de solo sob o lixão de Sinop, MT

Evaluation of contamination of the soil profile under the garbage dump in Sinop, MT

Amanda Munhoz Ruhoff1, Julio César Beltrame Benatti2

Resumo: A disposição de resíduos sólidos urbanos a céu aberto acarreta inúmeras formas de poluição, sendo a

mais agressiva o produto da decomposição da matéria orgânica, conhecido por lixiviado ou chorume, o que eleva os riscos de contaminação da água, do ar, do solo e do lençol freático. Desta forma, o presente trabalho caracterizou o solo do lixão de Sinop, MT, quanto à contaminação devido à disposição de resíduos sólidos. Para tanto, escolheu-se um ponto de amostragem, e com o auxílio de um trado manual, retirou-se amostras nas profundidades 0,1 m; 0,5 m; 1,0 m; 2,0 m e 3,0 m. Com a realização dos ensaios de caracterização geotécnica foi possível demonstrar que o solo possui um perfil homogêneo. Através da caracterização química concluiu-se que o perfil do solo não indica valores elevados de matéria orgânica. E por fim, com os ensaios de fluorescência de raio-X, permitiu-se afirmar que o solo é formado quase que exclusivamente de óxido de alumínio, sílica e óxido de ferro, caracterizando-se como laterítico profundamente intemperizado. Não foram verificados, pelos ensaios realizados, indícios de contaminação da área por líquidos lixiviados.

Palavras-chave: disposição no solo; resíduos sólidos urbanos; contaminação; lixão; Sinop, MT.

Abstract: The disposal of municipal solid waste in open air causes numerous forms of pollution, being the product

of the decomposition of organic matter the most aggressive, known as leachate or slurry, which raises the risks of water, air, soil and water table contamination. In this way, the present work characterized the soil of garbage dump in Sinop, MT, regarding the contamination due to the solid waste disposal. For this purpose, a sampling point was determined, and with the aid of a manual auger it was taken samples to depths of 0.1; 0.5; 1.0; 2.0 and 3.0 m. The geotechnical characterization tests allowed demonstrating that the soil has a homogeneous profile. Through the chemical characterization it was concluded that the soil profile does not indicate high values of organic matter. Finally, with the X-ray fluorescence assays, it was possible to state that the soil is formed almost exclusively of aluminum oxide, silica and iron oxide, characterizing as deeply weathered lateritic. No evidence of contamination by leachate liquids was verified in the area by the tests carried out.

Keywords: disposal in soil; urban solid waste; contamination; garbage dump; Sinop, MT.

1 Introdução

Os depósitos de resíduos sólidos apresentaram retrocesso em 2016 quando comparado ao ano de 2015, mesmo que a maioria dos resíduos coletados teve a sua destinação final em unidades corretas (ABRELPE, 2016). Entretanto, conforme a associação, estão presentes em todo o Brasil unidades que ainda recebem esses resíduos de maneira inadequada, somando mais de 81.000 toneladas por dia, com alto índice de poluição ambiental.

Araújo (2015) destaca que o lixão, mesmo após seu encerramento, continua a produzir chorume e gases por um prolongado tempo dependendo de alguns fatores e de condições do meio.

O município de Sinop destaca-se no Estado de Mato Grosso por sua influência na região. Entretanto, entre o ano 2000 e o ano 2016, descartou os seus resíduos sólidos em um lixão localizado próximo à malha urbana.

Em virtude do lixão estar situado em uma região de clima tropical e de alto índice pluviométrico, o lixiviado, líquido resultante da decomposição dos resíduos, pode vir a contaminar o solo e por meio de infiltração chegar ao lençol freático.

Pacheco (2015) afirma que o solo pode atuar como importante meio de absorver metais pesados, devido à alta capacidade de reter íons e moléculas. Essa capacidade muda de acordo com as características físico-químicas do solo e as características do metal.

No entanto, segundo Teixeira (2008), a existência de metais no solo pode ter origem da própria natureza, de rochas que sofrem alterações químicas e físicas, e também pelo transporte de material alterado. Já os metais que não compõe o solo natural são provenientes da ação antrópica, como o depósito de resíduos sólidos, efluente de diferentes tratamentos industriais e o uso agrícola.

Visando um diagnóstico com relação à contaminação do solo devido ao lixão, neste trabalho foram coletadas e caracterizadas amostras de solo para que se pudesse conhecer a que nível está a contaminação, e seus possíveis contaminantes.

2 Revisão bibliográfica

2.1 Formas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos - RSU

O grande volume de lixo gerado pela população é um dos principais problemas enfrentados pelos gestores públicos municipais, visto que parte da disposição dos resíduos sólidos urbanos ocorre de modo irregular, ou seja, em lixões.

Conforme a ABNT (2004), são considerados resíduos sólidos aqueles em estados sólidos e semissólidos, decorrente de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

De acordo com ABRELPE (2016), no que se refere à disposição final de RSU, em 2016, seguiram para aterros sanitários cerca de 41,7 milhões de toneladas, ou 58,4% do coletado; já para lixões ou aterros controlados, quase 30 milhões de toneladas. A Figura 1Graduanda em Engenharia Civil, UNEMAT, Sinop, Brasil,

amandamruhoff@gmail.com

2Professor, Mestre, UNEMAT, Sinop, Brasil, benatti@unemat.br

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1 apresenta um comparativo da disposição final de RSU no Brasil, entre os anos de 2015 e de 2016.

Figura 1: Disposição final de RSU no Brasil por tipo de destinacão (t/dia). Fonte: ABRELPE, 2016.

Aterro sanitário é uma técnica de disposição final que obedece a princípios da engenharia para reduzir os resíduos à menor área e volume possíveis, cobrindo com uma camada de solo, resultando no menor impacto possível ao ambiente e à saúde pública, como define a ABNT (1992).

Já ABNT (1985) estabelece que, um aterro controlado diferencia-se do aterro sanitário pela prática de simples cobertura dos resíduos com uma camada de material inerte ao final de cada jornada de trabalho.

O lixão caracteriza-se por ser uma forma de destino final dos resíduos sem que haja qualquer proteção ao solo, acarretando tanto problemas para o ambiente, quanto para a saúde pública.

Segundo Araújo (2015), o uso de um lixão como forma de descarte deve-se a motivos como a limitação financeira dos municípios, a falha na administração pública e a falta de mão de obra qualificada.

Conforme se verifica na Tabela 1, 3.331 municípios destinaram seus resíduos de maneira inadequada no ano de 2016.

Tabela 1. Quantidade de municípios por tipo de disposição final adotada

Disposição Final Aterro Sanitário

Aterro

Controlado Lixão Total 2015 Brasil 2244 1774 1552 5570 2016 Norte 92 112 246 450 Nordeste 458 500 836 1794 Centro-Oeste 161 148 158 467 Sudeste 822 644 202 1668 Sul 706 368 117 1191 Total 2239 1772 1559 5570 Fonte: Adaptado de ABRELPE, 2016.

BRASIL (2010) declara que os gastos com o manejo de resíduos sólidos, que compreendem a coleta, a limpeza e a destinação final desses resíduos, correspondem a até 20,0% do orçamento municipal.

2.2 Contaminação do solo devido a descarte irregular de resíduos sólidos

Para Cherubini (2008), o descarte irregular dos RSU está diretamente associado aos problemas causados por estes resíduos no solo, nas águas e no ar, assegurando ainda que, quando descartados de forma irregular, os RSU podem poluir o solo, modificando as características físicas, químicas e biológicas,

estabelecendo um problema de nível estético, e uma grave ameaça à saúde da população.

De acordo com Araújo (2015), como o lixão não possui qualquer tipo de impermeabilização de fundo, todo o chorume produzido vai para o solo, avançando e contaminando facilmente um recurso hídrico superficial ou subterrâneo.

ABNT (1985), caracteriza o chorume ou lixiviado, como líquido gerado pela decomposição das substâncias orgânicas contidas nos resíduos sólidos, apresentando características de cor escura, mau cheiro e elevada demanda bioquímica de oxigênio (DBO).

Sá et al. (2012) afirmam que a decomposição do resíduo orgânico existente no lixo é chamada de chorume, porém pode ser conhecido por lixiviado ou percolado. Os autores afirmam também que o chorume é apenas o líquido originado da decomposição da matéria orgânica, já os lixiviados e/ou percolados são o resultado de chorume e água, de razão superficial (chuva ou escoamento) ou subterrânea (infiltração). De acordo com Bacelar (2010), existem alguns elementos que influenciam nas características do lixiviado, tais como o tipo de resíduo, o grau de decomposição, o clima, a época do ano, a idade do aterro, a profundidade do resíduo aterrado, o tipo de operação no aterro.

A qualidade do lixiviado origina-se da composição dos resíduos, dos processos de dissolução e da combinação das atividades físicas, químicas e biológicas, da quantidade de água infiltrada, idade dos resíduos e pH do meio, conforme Teixeira (2008). Ainda segundo Teixeira (2008), a composição do lixiviado pode apresentar diversos tipos de metais pesados, por exemplo, o cádmio, o cobre, o chumbo, o estanho e o zinco, tendo potencial de dispersar-se no solo, na água subterrânea e superficial, ocasionando a contaminação desse meios.

2.2.1 Aplicações em trabalhos

Ferreira e Rosolen (2012) realizaram um estudo da disposição de resíduos sólidos e da qualidade dos recursos hídricos no município de Uberlândia, MG, a fim de avaliar as concentrações de Cd, Pb, Co, Cu, Cr, Ni e Zn e em três tipos de material: efluente tratado de aterro sanitário, solo de contato com o efluente tratado antes do despejo no rio e sedimento da planície de inundação do rio que recebe o efluente.

Os resultados do estudo das autoras revelou que o efluente do aterro, mesmo após tratamento, apresentou concentrações elevadas de Co, Cr, Cu e Ni. Nos solos foram encontrados teores elevados de Co e Cr, no entanto, menores que no efluente tratado. Esses resultados indicaram que as argilas ou matéria orgânica do solo não retiveram os contaminantes, devido à natureza arenosa. Já o sedimento do rio foi o material que estocou mais elementos químicos inorgânicos, ressaltando o Cr e o Cu.

Maschio et al. (2014) diagnosticaram a contaminação do solo pela disposição incorreta de resíduos sólidos em área de preservação permanente, localizada no município de Sertão, RS, por meio de metais como Mn, Zn, Cu, B, S, Cd, Pb, Cr e Ni.

Os autores relataram que a dificuldade do uso de métodos químicos para diagnosticar Cr no solo, estava no preparo das amostras para a análise, visto que o Cr

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é altamente influenciado pelo potencial de oxirredução do solo, aconselhando utilizar amostras úmidas para quantificação do Cr.

Iwai (2012) avaliou a qualidade das águas subterrâneas e do solo em áreas de disposição final de resíduos sólidos urbanos em três aterros em valas, localizados nos municípios de Angatuba, Jaci e Luiz Antônio em SP.

Os resultados indicaram que, para as áreas avaliadas, não foram verificadas alterações significativas na qualidade do solo e das águas subterrâneas. As concentrações dos contaminantes foram minimizadas pelo efeito da atenuação natural do solo, não trazendo riscos significativos ao ambiente ou à saúde da população.

2.3 Métodos para identificar a contaminação

Existem diversos métodos para analisar áreas provavelmente contaminadas; caso seja comprovada a contaminação, o devido monitoramento desse local, e caso contrário, garantir que essa contaminação não prejudique o ambiente. Esses métodos tem o objetivo de caracterizar a contaminação e estabelecer o grau de contaminação.

Os ensaios de laboratório têm como objetivo melhorar a interpretação dos resultados dos ensaios de campo. Os ensaios de caracterização geotécnicos são essenciais para classificar o solo devido a formação geológica, e principalmente quando se realiza uma investigação ambiental, em que a interação entre os contaminantes e o meio físico precisa ser conhecida (MORAES et al., 2014).

Os ensaios de laboratório mais comuns de caracterização ambiental do solo incluem a determinação da massa específica (ABNT NBR 6508, 1984b); granulometria conjunta, com e sem a utilização de defloculante (ABNT NBR 7181, 1984d), para determinar o tamanho das partículas granulares de solo e de resíduos; limites de Atterberg (ABNT NBR 6459, 1984a e 7180, 1984c); bases (EMBRAPA, 1997); pH (EMBRAPA, 1997), para determinar o pH de materiais granulares em água; teor de matéria orgânica (ABNT NBR 13600, 1996), propriedade importante na fase sólida do solo, sendo responsável pela retenção dos contaminantes orgânicos e íons lixiviados pelas águas das chuvas, junto com minerais de argila e hidróxidos; relação C:N; fluorescência de raios-X, método para quantificar as concentrações de metais presentes no solo, em duas categorias: elementos maiores em forma de óxido (concentrações significativas de SiO2, Al2O3 , Fe2O3, MnO, MgO, CaO, Na2O, K2O, TiO2, P2O5) e elementos menores (elementos traço Cr, Co, Ni, Cu, Zn, Ga, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Ba, As, Pb).

2.3.1 Aplicabilidade dos métodos

Machado et al. (2004), realizaram um estudo na cidade de Santo Amaro na Bahia, com o intuito de auxiliar na sugestão de medidas para remediar as áreas afetadas pela extração metalúrgica do chumbo, tendo como enfoque o grau de contaminação do solo e da água superficial e subsuperfície, a caracterização do material fonte da contaminação e caracterização das condições hidrogeológicas do local. Tais autores apresentaram resultados de teses geoquímicos, geotécnicos e geofísicos utilizados para o diagnóstico.

Os estudos de Machado et al. (2004) comprovaram que devido ao solo argiloso do local, certas direções de contaminação, como o transporte em subsuperfície dos poluentes, tem pouca probabilidade de acontecer. Porém, foram encontrados altos valores de concentração de chumbo e cádmio no solo superficial. Concluiu-se que o uso conjunto de técnicas geofísicas e geotécnicas foi satisfatório na investigação de áreas contaminadas.

Pacheco (2015) avaliou a contaminação por metais pesados em solos e sedimentos da bacia do rio Doce através de caracterizações físicas e químicas de fertilidade, dissolução seletiva de óxidos de ferro por métodos de DCB e OAA, teores de metais por fluorescência de raios-X, difratometria de raios-X da fração de argila, microscopia eletrônica de transmissão, suscetibilidade magnética e espectroscopia de absorção de raios-X pela radiação sincrotron.

Os resultados de Pacheco (2015) apresentaram valores acima de referência de qualidade para solos mineiros para metais pesados na profundidade 80 – 100 cm. Já para os sedimentos do rio Doce, os teores dos metais pesados, não indicaram acréscimos relevantes. Assim, o autor concluiu que não foi possível atribuir os teores de metais pesados apenas às atividades humanas, e também não chegou-se ao principal processo de contaminação que ocorre na bacia.

Kemerich et al. (2012) analisaram as concentrações dos metais pesados bário, cobre, cromo e zinco em solo de cemitério de Seberi, RS, e para determinar a concentração desses metais utilizaram a técnica de fluorescência de raios-X por energia dispersiva. A partir do método, os autores observaram a contaminação do solo por bário e cobre em todos os pontos amostrados. A concentração de cromo apareceu em várias profundidades, dando indícios de contaminação. A concentração de zinco, que apareceu apenas no ponto de menor cota, apresentou valor abaixo do estabelecido pelo CONAMA n°420/2009. Teixeira (2008) caracterizou e avaliou a contaminação do solo laterítico da área do depósito de RSU em Londrina, PR, por metais pesados, dando foco às características geotécnicas e geoquímicas, utilizando-se da caracterização física e química do solo, fluorescência de raios-X, difração de raios-X, dentre outros.

Assim, Teixeira (2008) pode confirmar o caráter laterítico do solo, entretanto, o lixiviado no solo não afetou as características físicas, mineralógicas e morfologia do minerais. Já nas características químicas, houve a interferência do lixiviado, registrando um aumento nos valores de pH, matéria orgânica e CTC. E por fim, os poços contaminados pelo lixiviado obtiveram teores de metais pesados mais altos, nas formas instáveis, quando comparados ao restantes dos poços.

3 Materiais e métodos

3.2 Local da coleta

O local determinado para a coleta das amostras foi o lixão localizado no município de Sinop, Mato Grosso. O município está situado na região Centro Oeste do Brasil, resultado da política de ocupação da Amazônia

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Legal, desenvolvida pelo Governo Federal na década de 1970. Apresenta clima tropical, altos índices pluviométricos, e uma economia que tem destaque para a indústria madeireira, a agricultura e a pecuária. De acordo com o último censo, realizado no ano de 2010, Sinop contava com uma população de 113.099 pessoas, já com a estimativa do ano de 2016 de 132.934 pessoas.

Em razão de todo o RSU da cidade ter sido depositado naquela área durante aproximadamente 15 anos, optou-se por retirar as amostras na região mais antiga, visto que o lixão teve seu início no ano 2000, conforme se verifica nas Figuras 2 a 7, apresentadas a seguir.

Figura 3: Imagem do lixão em 2004. Fonte: Google Maps, 2017.

Figura 4: Imagem do lixão em 2009. Fonte: Google Maps, 2017.

Figura 5: Imagem do lixão em 2013. Fonte: Google Maps, 2017.

Figura 6: Imagem do lixão em 2016. Fonte: Google Maps, 2017.

Figura 7: Imagem do lixão em 2017. Fonte: Google Maps, 2017.

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Para a coleta das amostras de solo foi utilizado um trado manual, com diâmetro de 10 polegadas. As amostras deformadas foram coletadas em um ponto de amostragem situado na coordenada geográfica latitude 11°55’34,35” Sul e longitude 55°34’2,67” Oeste, e nas seguintes profundidades: 0,1 m – superficial; 0,5 m; 1,0 m; 2,0 m e 3,0 m.

Após a coleta, as amostras foram colocadas em sacos plásticos, encaminhadas ao laboratório de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Mato Grosso,

campus de Sinop, MT, secas ao ar e destorroadas. 3.2 Caracterização geotécnica

A caracterização geotécnica do solo em estudo foi obtida de Ferreira e Benatti (2017), que utilizou amostras de solo coletadas no local.

3.3 Caracterização química

Para os ensaios de caracterização química foram encaminhadas amostras do solo de 300g, passante na peneira de 2 mm, para o Laboratório de Análises de Solos, Adubo e Foliar (LASAF) da UNEMAT campus de Alta Floresta, MT, para as análises químicas (bases (EMBRAPA, 1997), pH (EMBRAPA, 1997)) e teor de matéria orgânica (ABNT NBR 13600, 1996).

3.4 Fluorescência por raios-X

Foram encaminhadas para os ensaios de fluorescência de raio-X, amostras de solo de 50 g, passantes na peneira 0,074 mm, para o Laboratório de Metalogenia e Petrologia da UNESP, campus de Rio Claro, SP.

4 Resultados e análises

4.1 Ensaios de caracterização geotécnica

Os resultados de ensaios de caracterização geotécnica – peso específico dos sólidos, limites de consistência e curvas granulométricas com e sem o uso de defloculante estão apresentados nas Figuras 8, 9 e 10, respectivamente, e foram adaptados de Ferreira e Benatti (2017).

Figura 8: Variação do peso específico dos sólidos com a profundidade. Fonte: Adaptado de Ferreira e Benatti, 2017.

Figura 9: Variação dos limitem de consistência com a profundidade. Fonte: Adaptado de Ferreira e Benatti, 2017. A Figura 11 apresenta as porcentagens de areia, silte e argila para cada amostra, obtidas de ensaios de granulometria realizados com e sem a utilização de defloculante.

Figura 11: Variação das frações granulométricas do solo com a profundidade. Fonte: Adaptado de Ferreira e Benatti,

2017. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 26,3 26,4 26,5 26,6 26,7 26,8 26,9 27 P rof undi dade ( m )

Peso específico dos sólidos (kN/m³ )

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 0 5 10 15 20 25 30 35 P rof undi dade ( m ) Teor de umidade (%) LL LP 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 0 10 20 30 40 50 60 70 P rof undi dade ( m ) (%)

Argila sem defloculante Argila com defloculante Silte sem defloculante Silte com defloculante Areia sem defloculante Areia com defloculante

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Figura 10: Curvas granulométricas das amostras, com e sem o uso de defloculante. Fonte: Adaptado de Ferreira e Benatti, 2017.

Verifica-se das figuras apresentadas pouca variação das propriedades geotécnicas do solo com a profundidade, mostrando se tratar de um perfil de solo homogêneo. Segundo o Sistema Unificado de Classificação de Solos - UCS (DNIT, 2006) as amostras foram classificadas como CL (argila de baixa plasticidade).

As diferenças verificadas entre as curvas granulométricas realizadas com e sem a utilização de defloculante indicam que os finos do solo apresentam-se agregados, comportamento típico de solos tropicais (PINTO, 2006), o que confere ao mesmo boa drenagem (LEME, 2013).

Arruda e Crispim (2017) confirmam o alto coeficiente de condutividade no lixão de Sinop, MT, através de um estudo na região, onde encontrou-se a condutividade de 1,71x10-5 m/s, comuns a solos arenosos e pedregulhos. As partículas de argila do solo se floculam, formando partículas com diâmetros maiores, comportando-se com características pedregulhosas.

4.2 Ensaios de caracterização química

As Figuras 12, 13 e 14 apresentam os principais resultados dos ensaios de caracterização química do solo: pH, teor de matéria orgânica e soma de bases, respectivamente.

Figura 12: Valores de pH das amostras versus a profundidade. Fonte: Acervo pessoal, 2018. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 P rof undi dade ( m ) pH Água CaCl2

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Figura 13: Valores de teor de matéria orgânica das amostras versus a profundidade. Fonte: Acervo pessoal, 2018.

Figura 14: Valores de soma de bases e capacidade de troca catiônica versus a profundidade. Fonte: Acervo pessoal,

2018.

Verifica-se, da Figura 12, valores de pH baixos, típicos de solos tropicais, e pouca variação do pH em profundidade, indicando mais uma vez um perfil de solo homogêneo.

O teor de matéria orgânica encontrado (Figura 13), mostra valores baixos, indicando que o perfil de solo parece não ter sofrido influência de contaminação orgânica advinda do lixão. Vale ressaltar, entretanto, que o fato de haver pouca matéria orgânica não indica que não houve contaminação. É possível que esta contaminação tenha ocorrido, mas que a matéria orgânica já tenha sido degradada. Os resultados mostram, desta forma, que, atualmente, para este ponto, o lixão não está gerando contaminantes orgânicos.

Resultados apresentados por Ferreira e Benatti (2017), mostraram valores elevados de teor de matéria orgânica para o horizonte mais superficial, da ordem de 18g/kg, o que não foi verificado neste ponto de amostragem.

Os resultados de capacidade de troca catiônica e soma de bases (Figura 14) mostram valores baixos, típicos de argilominerais estáveis.

4.3 Ensaio de fluorescência de raio-X

Os resultados dos ensaios de fluorescência de raios-X são apresentados na Figura 15.

Figura 15: Porcentagem de óxidos nas amostras versus a profundidade. Fonte: Acervo pessoal, 2018. Verifica-se, da Figura 15, que o perfil de solo é homogêneo em termos de mineralogia, sendo o perfil formado quase que exclusivamente de óxido de alumínio, sílica e óxido de ferro, caracterizando-se, portanto, como um solo laterítico profundamente intemperizado (MITCHELL, 1992).

Os índices Ki e Kr, apresentados na Equação 1 e 2, estão associados ao grau de intemperismo sob o ponto de vista pedológico, quanto menor for o valor de Ki e Kr, mais intemperizado será o solo (EMBRAPA, 1997).

Equação 1: *1,7 O Al SiO Ki 3 2 2  0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 Prof undida de ( m )

Teor de matéria orgânica (g/kg)

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 Prof undida de ( m ) (cmolc/dm3) CTC Soma de Bases 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 0 10 20 30 40 50 P rof undi dade ( m ) (%)

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Equação 2: 6 , 1 O Fe 02 , 1 O Al 6 , 0 SiO Kr 3 2 3 2 2  

A Tabela 2 demonstra os valores encontrados para os índices de intemperismo Ki e Kr.

Tabela 2. Índices de intemperismo Ki e Kr

Profundidade (m) Ki Kr 0,10 1,34 1,14 0,50 1,34 1,15 1,00 1,36 1,16 2,00 1,28 1,09 3,00 1,43 1,23

Fonte: Acervo pessoal, 2018.

Conforme a Tabela 2, os valores encontrados de Ki e Kr permitem classificar o solo como caulinítico, considerando que Ki > 0,75 e Kr > 0,75 (EMBRAPA, 2006).

A presença de óxidos de ferro e alumínio, cimentos naturais frequentemente encontrado em solos tropicais intemperizados, explica o comportamento das curvas granulométricas apresentadas por Ferreira e Benatti (2017), onde se verificou a presença de parte dos finos do solo agregados.

A partir dos resultados do ensaio de fluorescência, é possível se obter, aproximadamente, a constituição do solo em termos de argilo-minerais, utilizando-se a metodologia proposta por Resende et al., (1987). Verifica-se que o solo é constituído de aproximadamente 65% de caulinita e 20% de gibsita. A Figura 16, a seguir, apresenta uma comparação entre os valores de porcentagem de óxidos apresentada por Ferreira e Benatti (2017) e os valores encontrados neste trabalho.

Figura 16: Comparação entre as porcentagens de óxidos predominantes nas amostras versus a profundidade. Fonte:

Acervo pessoal, 2018.

Verifica-se, a partir da Figura 16, pouca variação nas porcentagens de óxidos para os dois estudos. Vale ressaltar que as amostras de solo utilizadas por Ferreira e Benatti foram coletadas no mesmo lixão, em uma região próxima. Nota-se que, diferentemente do encontrado pelos autores, não houve variação dos óxidos constituíntes do solo para a profundidade de 3,0 m, indicando um perfil de solo ainda mais homogêneo.

5 Conclusão

Este trabalho apresentou um estudo de caracterização de amostras de solo coletadas sob o lixão de Sinop, MT, visando detectar indícios de contaminação por lixiviado.

Os resultados mostraram que o perfil é homogêneo, típico de regiões tropicais, e com alto grau de intemperização, sendo formado quase que exclusivamente de óxido de alumínio, sílica e óxido de ferro.

Análises químicas mostram que o perfil não apresenta valores elevados de matéria orgânica, o que indica que o lixão não é, atualmente, uma fonte de contaminação por poluentes orgânicos. Vale ressaltar que o lixão deixou de receber resíduos em 2016. Assim, é possível que a contaminação por poluentes orgânicos tenha acontecido, mas a matéria orgânica já tenha sido estabilizada.

Mais estudos devem ser feitos para se verificar a possível contaminação do perfil por agentes específicos, como metais, além da possibilidade de existir contaminação abaixo da área estudada, devido ao elevado coeficiente de condutividade.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar até aqui, sempre me protegendo.

Agradeço aos meus pais, Jair Antônio Ruhoff e Regiane Munhoz Ruhoff, por nunca medirem esforços para que eu alcançasse meus objetivos, por todo o apoio e incentivo principalmente durante a graduação. Aos meus irmãos, Gabriela Munhoz Ruhoff e Vinicíus Munhoz Ruhoff, por serem sempre prestativos e companheiros.

Agradeço à Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, por todas as oportunidades, pelo apoio, e pelas conquistas proporcionadas.

Agradeço ao meu orientador Julio César Beltrame Benatti por todo conhecimento compartilhado, pela disposição e por todo incentivo. E também aos demais professores que sempre se fizeram presente na minha formação acadêmica, Flávio Alessandro Crispim, Rogério Dias Dalla Riva, Ana Elza Dalla Roza, Augusto Romanini e Maicon José Hillesheim.

E por fim, agradeço aos meus amigos que fizeram parte desta caminhada, Eduardo Schoffen, Karolina Geraldini Dal Bosco e a Juliana Carolina Cruccitti, por toda ajuda, paciência e convivência ao longo dos anos.

Referências

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0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 0 10 20 30 40 50 P rof undi dade ( m ) (%) SiO2 Al2O3

Fe2O3 SiO2 - Ferreira e Benatti, 2017.

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