Caleidociclos
(kalós (belo) + eîdos (forma) + kyklos (ciclo)
No livro "Caleidociclos de M. C. Escher", os autores Schattschneider & Walker (1991, p.7), escrevem:"Cada modelo geométrico começa por ser um desenho plano e é o leitor quem vai acordar o modelo para a vida, transformando-o de um desenho bidimensional num objeto tridimensional. Uma vez que é dada "vida" aos modelos, então eles oferecem-lhe muitas surpresas para as mãos e os olhos. O padrão bidimensional dá pouca informação sobre o que pode ver e sentir quando o objeto toma a forma tridimensional."
Você quer construir um caleidociclo?
(Adaptado de Schattschneider & Walker, Caleidociclos de M. C. Escher, Ed. Taschen, Berlim, 1991 e Schreiner, I., Caleidociclos, RPM, número 8, SBM, 1986.)
Com régua, tesoura, papel um pouco grosso e cola, você pode construir o seu caleidociclo. No papel você desenha uma grade como a do desenho ao lado.
Escolha um valor para L.
Seguindo a linha mais grossa do desenho, você recorta a grade de triângulos.
Para montar o caleidociclo, você fará dobraduras. A linhas inclinadas devem ser dobradas para fora e as linhas verticais para dentro.
Agora é só juntar e colar A com A', B com B',.... Você já imaginou como pode ficar seu caleidociclo depois de colorido?
Alguns desafios sobre caleidociclos?
É possível construir um caleidociclo desenhando uma grade de triângulos equiláteros?
De quantos sólidos e de que tipo o caleidociclo desta página é formado? É possível construir caleidociclos com outro tipo de sólido?
É possível construir caleidociclos com mais (ou menos) sólidos do que o modelo?
O
C
a
leid
o
scópio
O caleidoscópio nasceu na Inglaterra, nos primeiros anos do século passado; seu inventor foi sir David Brewster, que, tal como Mestre Gepetto, o pai do famoso Pinócchio; quis moldar sua "criatura", dando-lhe um novo nome e apropriado. Como era homem culto e conhecia o grego antigo, uniu as palavras gregas kalos (=belo), eidos (=imagem) e scopéo (=vejo): Caleidoscópio quer dizer, pois, "vejo belas imagens", e, realmente, se pode afirmar que este agradabilíssimo instrumento merece um nome ão prometedor.
Brinquedo para crianças e adultos, instrumento de ótica, fonte de inspiração para os desenhistas, decoradores e bordadeiras, o Caleidoscópio é, na verdade, um objeto precioso. Trata-se de um tubo cilíndrico, cujo fundo é de vidro opaco; no interior são colocados alguns fragmentos de vidro colorido e três espelhinhos. pondo-se diante da luz e observando no interior do tubo, através de um furo feito na tampa, e fazendo rolar lentamente o objeto, assiste-se a um espetáculo bastante divertido; de fato, os pequenos vidros coloridos, com os reflexos dos espelhos, multiplicam-se e, mudando de lugar a cada movimento da mão, dão lugar a numeroso desenhos simétricos e sempre diferentes.
Montando o seu Caleidoscópio: É necessário:
1.Um tubo de papelão; pode servir, também, uma caixinha vazia, desde que seja cilíndrica, sendo necessário retirar o fundo e a tampa;
2.Um disco de vidro transparente, de diâmetro correspondente àquele interior do tubo;
3.Um disco de vidro transparente e um de vidro opaco, de diâmetro igual àquele externo do tubo;
4.Três espelhinos de 2 cm menos do tubo e de largura tal que possam ser dispostas em triângulo, no interior, e combinando perfeitamente;
5.Alguns cacos de vidros coloridos, de tintas vivazes e contrastantes; pode-se, também, acrescentar pequenos pregos brilhantes, lascas metálicas e pedaços de papel prateado, pois, assim, serão obtidos desenhos mais extravagantes.
Peças para o seu Caleidoscópio: Tubo de papelão (roxo), espelhos para serem dispostos em triângulo (juntando-se os lados dos retângulos), e dois discos de vidro transparente e um de vidro opaco.
Une-se, em triângulo, os espelhos, colando-os aos lado com papel adesivo; introduzem-se os espelhos no tubo, colocando-os a 2 cm do fundo. Da extremidade escolhida como fundo do tubo, introduz-se o disco de vidro transparente (o menor) apoiando-o nas extremidades dos espelhos.
Introduzindo-o pelo fundo, colocam-se sobre o vidro os cacos coloridos e os fragmentos que foram escolhidos. Será bom fixar melhor o disco com um pequeno anel de papelão ou de algodão, que deve, porém, permanecer invisível; finalmente, sobre o anel de papelão apoia-se o disco de vidro opaco, que se firma no tubo de papelão com papel adesivo. Cola-se depois, um disco de papel sobre o terceiro disco de vidro, tendo-se o cuidado de fazer, antes, no papel, um furo circular do diâmetro de 1 cm; coloca-se este disco na outra extremidade do tubo, colando-o com papel adesivo. O Caleidoscópio está pronto. Agora, resta apenas observar. Devemos colocar diante da luz e dirigir o fundo do Caleidoscópio para a fonte luminosa. Finalmente, gira-se o Caleidoscópio lentamente e formar-se-ão desenhos multicoloridos.
Caleidoscópio - Uma Atividade
Prof. Luiz Ferraz Netto leobarretos@uol.com.br
ObjetivoEsta atividade (uma aplicação prática da experiência anterior) permitirá aos estudantes a oportunidade de examinar um sistema óptico, constituído por dois espelhos planos, construindo um caleidoscópio 'feito à mão'. Aproveita-se a atividade como forma de expressão das habilidades artísticas dos alunos.
1.
O professor deverá imprimir, como uma opção, a página de figuras de borboletas que apresentamos abaixo. Todavia, outras figuras servirão para a atividade.
2.
Oriente os alunos para colorir as borboletas. Os alunos devem usar da própria criativi-dade na técnica do colorido assim como deve-se despertar a pesquisa sobre as borboletas, de modo que possam colori-las com mais precisão.
3.
Adquira dois espelhos pla-nos quadrados (algo como (15 x 15) cm. Aproxime-os por um de seus lados, deixando um espaço igual à espessura de 2 espelhos entre eles (para facilitar o movimento).
Passe uma fita gomada pe-la face traseira. Essa fita servirá de 'dobradiça' para os espelhos.
4.
Coloque o sistema de dois espelhos angulares sobre a me-sa. Eles devem ter a liberdade para abrir e fechar e, como isso, permitir toda uma variedade de ângulos.
5.
Coloque a folha de dese-nhos de borboletas sob os espe-lhos, como se ilustra na foto.
6.
Instrua o aluno para que segure o espelho ligeiramente acima do quadro de borboletas. Peça para outro aluno para girar o quadro sob os espelhos. Isso criará o efeito do caleidoscópio.
7.
O ângulo dos espelhos pó-de ser ajustado, pó-de forma que resultado do efeito de caleidos-cópio, pode ser alterado.
Explore o trabalho!
Sugira aos alunos para pesquisarem pelo menos três espécies de borboletas. Exemplos: a monarca, a rabo de andorinha e as borboletas azuis comuns. Os alunos deverão coletar os seguintes tipos de informações:
Ciclo de vida e tempo de vida; coloração; região de vivência e habitat; padrões de migração; dispositivos protetores aos predadores ou adaptações. Que predador apresenta maior perigo para elas?
Variante do experimento
Construir um caleidoscópio tradicional que é uma aplicação prática da experiência anterior.
Material
Três espelhos (13 cm x 4 cm)
Papel celofane transparente (5 cm x 5 cm) Cartolina (15 cm x 22 cm)
Cola
Papel vegetal ou similar (5 cm x 5 cm)
Objetos transparentes coloridos (plásticos, vidros, papel celofane...) Linha ou tira de borracha
Montagem
- Junte os três espelhos por suas bordas para formar um prisma triangular (tinta do lado de fora); amarre-os com uma linha e passe um pouco de cola nas arestas. Fitas gomadas podem substituir a linha.
- Corte um triângulo de papel celofane transparente do mesmo tamanho que a 'extremidade' do prisma formado e cole-o aos vidros à moda de tampa. (Cuidado para não colocar cola demais.)
- Encape o prisma com a cartolina, colando-a nos espelhos (convém fazer um espelho por vez), de modo que a cartolina sobre 1,5 cm na extremidade que tem o papel celofane.
- Acomode, no espaço entre a cartolina e o papel celofane, objetos transparentes coloridos.
- Corte um papel vegetal um pouco maior que a extremidade do prisma e, dobrando o excedente, segure-o com linha ou fita gomada na cartolina.
Procedimento
- Coloque-se frente a uma janela e observe o prisma pela extremidade aberta. - Gire o prisma.
- Descreva o que observa e relacione-o com a experiência anterior. http://www.feiradeciencias.com.br/sala02/02_065.asp