+
Mercado de Carbono
Aula 2 – MDL e o Ciclo de Projetos+
Metodologia de Ensino e Avaliação
n
Avaliação
n 30% participação (exercícios em sala de aula e atividade extra)
n 70% Trabalho
n
Aprovação: 75% de presença e média superior a 7 (sete)
n
Calendário
n Início 12 de maio
n Término 30 de junho
+
Trabalho/Seminário
n
Escrito: até 15 páginas
n
Estrutura:
n
Principais fontes de emissão no setor;
nOportunidades de redução de emissão;
nMetodologias associadas; e
n
Principais barreiras.
n
Apresentação: 1 Estudo de caso para o setor escolhido
n
Entrega: 23 de Junho
+
Temas dos trabalhos
n
Oportunidades de projetos de redução de emissão de
GEE no setor de...
n
Tratamento de Efluente
n
Transporte Terrestre
n
Agropecuária
n
Geração de Energia Elétrica
n
Resíduos Sólidos
n
Mineração
n
Transporte Aéreo
n
Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas
+
Material da Disciplina
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n O que é: Mecanismo de flexibilização do Protocolo deQuioto
n Objetivo: Comercializar reduções/remoções de emissões certificadas (RCE) de países em
desenvolvimento com os países do Anexo I.
n Requisitos das reduções de emissões:
n Devem ser certificadas por entidades operacionais
designadas (EOD);
n Participação voluntária;
n Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo;
n Reduções de emissões que sejam adicionais as que
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n Conceitos:n Redução Certificada de Emissão
(RCE/CER) = uma tonelada de CO2
equivalente calculada de acordo com o Potencial de Aquecimento Global
n Linha de Base (baseline): cenário que representa de forma razoável as emissões antrópicas por fontes de GEE que ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta
69
M II
Trâmite, institucionalidade e introdução ao ciclo de projetos
Em is sã o d e g as es d e e fe it o e st uf a Emissões da linha de base Emissões do projeto Re duç ão de e m iss õe s
Figura 2.1 – Conceito de adicionalidade.
O conceito de linha de base também está definido na Decisão /CMP. “Modalidades e procedimen-tos para um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme definido no Artigo do Protocolo de Quioto”, Parágrafo do seu anexo:
“A linha de base de uma atividade de projeto de MDL é o cenário que representa, de for-ma razoável, as emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes que ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta. A linha de base deve cobrir as emissões de todos os gases, setores e categorias de fontes listadas no Anexo I que ocorram den-tro do limite do projeto. Deve considerar-se que a linha de base representa, de forma razoável, as emissões antrópicas por fontes que ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta.”
Assim, a linha de base pode ser entendida como o nível de emissões de gases de efeito estufa que uma determinada empresa estaria emitindo para a atmosfera caso a atividade de projeto de MDL não tivesse sido implementada - ou seja, é um cenário de referência em relação ao qual se pode estimar as reduções de emissões de GEE efetivamente alcançadas pela atividade de projeto no âmbito do MDL.
Dois aspectos são ainda exigidos para que uma atividade de projeto MDL seja considerada pelo Conse-lho Executivo: a participação voluntária das partes envolvidas e a contribuição para o desenvolvimento sustentável, conforme definido pelo país anfitrião (o país onde ocorrerá a atividade).
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n
Conceitos:
n
Adicionalidade
“Uma atividade de projeto de MDL é adicional se reduzir
emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes
para níveis inferiores aos que teriam ocorrido na
ausência da atividade de projeto de MDL registrada.”
n
Deve comprovar ou demonstrar que não teria sido
implementado na ausência dos incentivos relacionados
ao MDL, sejam eles de cunho econômico ou tecnológico
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n
Ferramenta para demonstração e avaliação de
adicionalidade
n
Identificação das alternativas à atividade de
projeto;
n
Análise de investimento para determinar se a
atividade de projeto proposta não é a mais
economicamente ou financeiramente atrativa
ou, simplesmente, que não é economicamente
ou financeiramente viável;
n
Análise de barreiras; e
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n
Identificação das alternativas à atividade de projeto
n Devem fornecer os mesmos produtos ou serviços, com
qualidade, propriedades e áreas de aplicação comparáveis;
n Devem ser consitentes com a legislação;
n Devem resultar que a atividade proposta não seria feita sem os
benefícios do MDL
n Exemplo:
n Demonstrar que as alternativas são tecnologicamente mais simples e/ou economicamente favoráveis, mas não reduzem/ removem emissões
n ETE processo aeróbio x processo anaeróbio com recuperação de metano
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n Análise de Investimento
n Pode ser realizada de 3 formas:
n Se o projeto não gera benefícios além dos créditos de
carbono:
n Opção I: Análise de custo simples n Caso contrário:
n Opção II: Análise por comparação de investimentos (TIR)
n Opção III: Análise de padrão de referência (benchmark)
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n
Análise de Barreiras
n Indicar que existem uma ou mais barreiras que
dificultam a implementação da atividade de projeto ;
n Barreiras de investimentos, como dificuldades de acesso
às fontes de financiamento;
n Barreiras tecnológicas, tais como riscos tecnológicos,
indisponibilidade da tecnologia na região, falta de
pessoal especializado para operação/manutenção, falta de infraestrutura adequada à tecnologia proposta;
n Barreiras devido à prática dominante, por exemplo, “o
projeto é o primeiro do seu tipo”; e
n Outras barreiras, preferivelmente especificadas como
+
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n
Análise de Prática Comum
n
É necessário explicar por que outros projetos
similares estão implantados sem a utilização do
MDL; ou
n
Demostrar que a linha de base é uma prática
comum.
+
Questões iniciais sobre um Projeto
n
O projeto proposto já foi implementado?
n
Se já existe, pode indicar que foi implementado sem a
necessidade dos créditos
n
Quando foi tomada a decisão de fazer o projeto de MDL?
n
Detecta o principal motivador do projeto
n
O tipo de projeto proposto já é pratica comum no país?
n
Se é prática comum sem os créditos, pode indicar ausência de
+
Questões iniciais sobre um Projeto
n
O projeto necessita de recursos adicionais para que seja de
fato implementado?
n
Se comprovar que não há fundo, a única maneira seria o crédito
de carbono
n
É preciso desenvolver o projeto para adequação a lei?
n
Obrigação legal implica em realizar projeto independente dos
+
n
Estrutura Institucional:
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
n Regulamenta e fiscaliza a implementação do Protocolo de Quioto n AND – Autoridade Operacional Designada n Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, CIMGC n Carta de Aprovação Fonte: CGEE
+
Atividades de Projeto no MDL
n
MDL de Larga/Grande Escala
n
Não há limites para sua extensão;
n
Metodologia é submetida pelo proponente;
n
Validação e Verificação devem ser realizadas por Entidades
Operacionais Designadas distintas; e
+
Atividades de Projeto no MDL
n
MDL de Pequena Escala
n
Há limite de tamanho do projeto;
n
Metodologias são mais simples e flexíveis, geralmente
desenvolvidas pelo Conselho Executivo (
executive board
);
nValidação e Verificação podem ser realizadas pela mesma
EOD; e
n
Viabiliza a realização de projetos por empresas de menor
porte (menor custo).
+
Atividades de Projeto no MDL
n
MDL de Pequena Escala – Atividades de Projeto
n
tipo I: atividades de projetos de energia renovável com uma
capacidade máxima de produção de 15 MW (ou um equivalente
adequado);
n
tipo II: atividades de projetos de melhoria da eficiência
energética que reduzam o consumo de energia, no lado da
oferta e/ou da demanda, em até o máximo de 60 GWh por ano
(ou um equivalente adequado); e
n
tipo III: outras atividades de projetos que resultem em
reduções de emissão inferiores ou equivalentes a 60kt de
equivalentes de COe anualmente.
+
Atividades de Projeto no MDL
85 M II
Trâmite, institucionalidade e introdução ao ciclo de projetos
(c) Atividades de projetos do tipo III: outras atividades de projetos que resultem em reduções
de emissão inferiores ou equivalentes a kt de equivalentes de CO
anualmente.
Conceitualmente, um projeto de MDL de pequena escala assemelha-se a um de grande escala,
po-rém com limitação de tamanho estabelecida em sua metodologia e restrição quanto à subdivisão
de uma atividade em várias de pequena escala. Além de uma maior facilidade na aplicação, essas
metodologias são mais simples e fl exíveis do que as metodologias de grande escala quanto aos
as-pectos anteriormente citados.
As metodologias de pequena escala são desenvolvidas pelo Conselho Executivo e disponibilizadas
ao público. Caso um desenvolvedor de projeto tenha necessidade de uma metodologia específi ca
ou uma alteração em uma metodologia de pequena escala, ele deve encaminhar suas solicitações ao
Conselho Executivo, sugerindo alteração na metodologia existente ou nova metodologia, conforme
Anexo II da decisão /CMP. da CQNUMC.
Atividades de projeto de MDL de pequena escala podem, caso seja autorizado pelo Conselho
Execu-tivo, ser validadas e monitoradas pela mesma EOD.
A Tabela . sintetiza as principais diferenças entre atividades de projeto de Pequena e Grande Escala.
Tabela 2.1 – Principais diferenças entre o MDL de pequena e o de grande escala³
Pequena escala Grande escala
Tamanho Há limitação Não há limitação
Metodologias Elaboradas pela CQNUMC Elaboradas por proponentes de projeto
Desagrupamento Não há restrições Não é permitido
3
Validação e Verifi cação Pode ser autorizado uma única EOD EOD diferentes
3. O desagrupamento de uma atividade de projeto do MDL de grande escala não será permitido quando as atividades de projeto
resultantes enquadrarem-se como atividades de projeto de pequena escala, ou seja, um projeto de grande escala não pode ser subdividido em dois ou mais projetos de pequena escala.
+
Atividades de Projeto no MDL
n MDL Florestal – Florestamento/Reflorestamento
n Envolve exclusivamente o uso da terra e florestas (sumidouros de GEE)
n Florestamento:
n conversão direta induzida pelo homem de solo sem cobertura
florestal por um período de, pelo menos, 50 anos em solo com cobertura florestal por meio de plantio, semeadura e/ou a promoção de fontes naturais de semeadura.
n Reflorestamento:
n conversão direta induzida pelo homem de área não-florestal em
área florestal por meio de plantio, semeadura e/ou promoção de fontes naturais de semeadura, ou área que era de floresta, mas foi convertida em área não-floresta (áreas que não continham florestas desde 31 de dezembro de 1989)
n Não contempla o manejo e conservação florestal no âmbito do MDL, mas há
+
Trâmites
n 1˚ Verificar se há metodologia aprovada compatível com o projeto ($$ e tempo para
desenvolver e aprovação)
n 2˚ Elaboração do Documento de Concepção de Projeto
n 3˚ Validação (verifica se o projeto está em conformidade com a metodologia)
n 4˚ Aprovação pela Autoridade Nacional Designada (AND)
n 5˚ Submissão ao Conselho Executivo para registro;
n 6˚ Monitoramento;
n 7˚ Verificação/certificação;
n 8˚ Emissão e distribuição de RCEs conforme acordado entre as partes do projeto no
+
Ciclo do Projeto (MDL)
36
Ciclo do Projeto
Primeiramente, segue o gráfico abaixo ilustrando de forma esquemática todo o ciclo do projeto de MDL que será descrito neste item.
Instância Decisória Fase
CICLO DO PROJETO DE MDL
Registro Emissão de RCE´s
Elaboração do Documento de Concepção do Projeto Conselho Executivo do MDL AND Autoridade Nacional Designada EOD* 2 Entidade Operacio-nal Designada EOD* 1 Entidade Operacio-nal Designada PP Participantes do Projeto Validação Emitir o Relatório de Validação do DCP Submeter o DCP e o Relatório de Validação Emitir a Carta de Aprovação Emitir o Registro da Atividade de Projeto Submeter o Formulário de Solicitação de Registro , incluindo: o DCP, o Relatório de Validação e a Carta de Aprovação Submeter a Carta de Aprovação Realizar o monitoramento com a elaboração do Relatório de Monitoramento Verificar e Certificar Relatório de Monitora-mento, com Relatórios de
Verificação e Certificação, submetendo ao CE Emitir as RCE´s RCE´s Reduções Certifica-das de Emissões Elaborar Documento de Concepção do Projeto DCP
Aprovação Registro Monitoramento CertificaçãoVerificação Emissão de RCEs
* Não é permitido que a EOD da etapa de Verificação e Certificação seja a mesma da etapa de Validação.
A partir dessa representação esquemática, seguirá descrição detalhada de cada eta-pa do ciclo do projeto de forma a esclarecer o processo geral das atividades de pro-jeto no âmbito do MDL. Essas são divididas em dois tipos principais: (i) atividades de redução de emissão de GEE; e (ii) atividades de remoção de CO2.
No que se refere aos projetos relacionados à remoção de GEE, os Acordos de Marraqueche (Decisão 11/CP.7) determinaram que, durante o primeiro período de compromisso, as atividades de uso da terra, mudança no uso da terra e florestas (sumidouros) restrinjam-se a florestamento e reflorestamento, que será tratado no item 2.6 deste Guia. Este item 2.4 diz respeito à regra mais geral aplicável a todos os projetos no âmbito do MDL. As especificidades referentes aos projetos
+
Documento de Concepção de
Projeto (PDD/DCP)
nContém a descrição:
n Das atividades de projeto;
n Dos participantes da atividade de projeto;
n Da metodologia da linha de base;
n Das metodologias usadas para o cálculo da redução de emissões de
GEE e para o estabe- lecimento dos limites da atividade de Projeto e das fugas;
n Da adicionalidade
n Do período de obtenção de créditos
n Do relatório de impactos ambientais
n Dos comentários dos atores
n Das fontes adicionais de financiamento
+
Exercício – PIN da Kamiranga
n
Com base no
Project Idea Note
apresentado, responda:
n1) Qual é o cenário de linha de base do projeto?
n
2) Qual é o cenário da atividade de projeto?
+
Links
n Metodologias de linha de base e monitoramento aprovadas
n http://mct.gov.br/index.php/content/view/24102.html#lista n http://cdm.unfccc.int/methodologies/ n Documentos relativos ao MDL n http://mct.gov.br/index.php/content/view/14432.html n http://cdm.unfccc.int n Atividades de Projetos MDL n http://mct.gov.br/index.php/content/view/47952.html#ancora