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CURSO: Ciências Contábeis

DISCIPLINA: CONTABILIDADE PÚBLICA PROFESSOR: Prof. Ms. Carlos Alberto de Oliveira APOSTILA GUIA DE AULA:5.0

CONTEÚDO: 2. ORÇAMENTO PÚBLICO 2.1. DEFINIÇÃO

2.2. ELABORAÇÃO

2.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS AULAS:

1 – CONCEITO:

Nenhuma empresa deve realizar investimentos sem o prévio Orçamento de seu faturamento e de seus gastos com vistas a garantir a viabilidade do negócio.

Por esse motivo o governo também tem que estimar suas arrecadações a fim de fixar as despesas. Nesse sentido podemos dizer que Orçamento Público é um planejamento de aplicações dos recursos esperados em programas de custeio e investimentos, proposto pelo Poder Executivo para um período financeiro e aprovado pelo Poder Legislativo.

O Orçamento Anual de custeio é um ato de Previsão de Receitas. Após análises de todas as variações (crescimento demográfico, política tributária, planta genérica de valores, eficiência da cobrança, etc.) e Fixação das Despesas para um determinado período de tempo, ele constitui o documento fundamental para as Finanças do Estado e para a Contabilidade Pública.

Então, o Orçamento Público é um programa de trabalho de determinado Governo, elaborado com base em Previsão de Receita e Fixação da Despesa. Este programa contém planos de custeio dos serviços públicos, planos de investimentos e, ainda, planos de obtenções de recursos. A execução desse programa de trabalho exige autorização prévia do Congresso Nacional que representa a população do país, e a forma material desse órgão expressar sua autorização é através de Lei Pública. O Orçamento Público é planejado no ano A-1 para ser executado e controlado no ano A.

Os primeiros Orçamentos que se têm notícia eram os chamados orçamentos tradicionais, que se importavam apenas com o gasto (ênfase no gasto). Eram meros documentos de previsão de receita e autorização de despesas sem nenhum vínculo com um sistema de planejamento governamental. Simplesmente se fazia uma estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que comprar, sem nenhuma prioridade ou senso distributivo na alocação dos recursos públicos.

O Orçamento evoluiu ao longo da história para o conceito de Orçamento-Programa. O Orçamento não é apenas um mero documento de previsão da arrecadação e autorização do gasto, mas sim um documento legal que contenha programas e ações vinculados a um processo de planejamento público, com objetivos e metas a alcançar no exercício (a ênfase no Orçamento-Programa é nas realizações do Governo).

O Orçamento-Programa possibilita a definição precisa de onde há necessidade de gerencia governamental, inclusive facilitando o seu controle por parte da população. O Orçamento-Programa destaca as metas, os objetivos, as intenções e os custos do Governo em determinado período de tempo. O Orçamento-Programa realça o que se pretende realizar, e não o que se pretende gastar ou comprar.

Previsão da Receita: Trata-se da Estimativa do volume de recursos que entrarão nos cofres públicos no ano em planejamento.

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Fixação da Despesa: Trata-se da exata estipulação do valor dos recursos a serem consumidos no ano em planejamento.

Orçamento-Programa: Diferencia-se do Orçamento Tradicional por apresentar as Ações de Governo que serão desenvolvidas, e não uma simples lista de itens de materiais e serviços a serem adquiridos no ano em planejamento.

O Orçamento Base Zero é uma técnica utilizada para a confecção do Orçamento-Programa que consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Neste tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação.

Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

2 – CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL:

2.1 – PRINCIPAIS LEIS QUE ORIENTAM O ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO.

2.1.1 – Constituição Federal (CF) de 1988;

2.1.2 – Lei 4320/64 – Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

2.1.3 – Lei 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - Estabelece regras de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão de Receitas, Despesas, Dívidas, Patrimônio Público, etc. Caracteriza a responsabilidade na Gestão Fiscal como a ação planejada e transparente voltada para a prevenção de riscos e correção de desvios que podem vir a afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultado entre Receitas e Despesas e a obediência a limites e condições pré-estabelecidas. A responsabilidade fiscal estabelecida atinge a União, o Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A Lei estende suas regras aos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo e, ainda, ao Ministério Público, bem como às respectivas Autarquias, Fundos, Fundações e Empresas Estatais dependentes.

2.2 – ABRANGÊNCIA DO ORÇAMENTO.

2.2.1 – O Orçamento Público Brasileiro compreenderá:

I – o Orçamento Fiscal, referente aos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário), seus Fundos, órgão e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. As Fundações, Fundos e Autarquias da Administração Indireta serão totalmente incluídas no Orçamento Fiscal. Já as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista somente serão incluídas quando necessitarem de recursos complementares para a manutenção de suas atividades operacionais (de custeio). Destina-se a orçar os custeios e os investimentos necessários ao funcionamento da máquina pública.

II – o Orçamento de Investimentos, nas empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do Capital Social com direito a voto. O Orçamento de Investimentos está interessado nos investimentos das Empresas Estatais, não se preocupando com as suas receitas e despesas operacionais (de custeio). Neste sentido, estão

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no Orçamento de Investimentos as Empresas Públicas (100% do Capital Social é do Poder Público) e as Sociedades de Economia Mista (+ 50% do Capital Social com direito a voto pertence ao governo).

III – o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as entidades e os órgãos vinculados, sejam da Administração Direta ou Indireta, bem como os Fundos e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que diz respeito ao provimento da Saúde, da Previdência e da Assistência Social.

Despesas de Custeio – São as necessárias à prestação de serviços públicos e à manutenção da ação administrativa como, por exemplo, o pagamento de pessoal, de material de consumo e a contratação de serviços de terceiros.

Despesas de Investimento ou de Capital – São as realizadas com o propósito de formar e/ou adquirir ativos reais, abrangendo execução de obras, compra de instalações, equipamentos e materiais permanentes.

2.3 – PACOTE LEGAL QUE COMPÕE O ORÇAMENTO PÚBLICO BRASILEIRO.

2.3.1 – Apresentamos no item 2.1 as Leis que norteiam o Orçamento Público Brasileiro. Estas Leis apresentam as regras em vigor para a elaboração do planejamento público independentemente do ano em questão. O planejamento público de longo prazo, que abrangerá 4 (quatro) anos, resultará também em Leis. A CF determina a criação de um “pacote” orçamentário periódico, composto de um plano plurianual, diretrizes orçamentárias e um orçamento anual propriamente dito. Institui-se assim a Lei Orçamentária Anual (LOA), o Planejamento Plurianual (PPA), e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deverão guardar estrita compatibilidade mútua.

2.3.2 – É proibido o inicio de programas ou projetos não incluídos neste “pacote”. As eventuais alterações no orçamento anual não poderão ser aprovadas caso não sejam compatíveis com o plano plurianual e com as diretrizes orçamentárias.

CF art.165 caput, art.167 inc.I e art.166 inc.I

2.3.3 – O PLANO PLURIANUAL (PPA) – Estabelece o planejamento governamental no médio prazo (4 anos). A Lei que estabelecer o PPA deverá definir, de forma regionalizada :

- as diretrizes; - os objetivos; e

- as metas da União para as despesas de capital e para as despesas relativas aos programas de duração continuada.

A vigência do PPA é de 4 anos. O PPA entrará em vigor a partir do 2o ano do mandato

presidencial em andamento, valendo até ao fim do 1o ano do mandato presidencial seguinte.

Este mecanismo visa consolidar uma continuidade administrativa.

2.3.4 – A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) – Direciona a elaboração dos Orçamentos anuais. A LDO deverá compreender:

- as metas e prioridades da Administração Pública, incluindo as de Despesas de Capital, para o exercício seguinte;

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- as orientações para a elaboração da LOA; - as alterações havidas na legislação tributária; e

- a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

A LDO é elaborada pelo Executivo para regular a proposta orçamentária (LOA) que valerá no ano seguinte. Portanto, a vigência da LDO é de 1 ano.

CF art.165, parag.2

2.3.5 – A partir do advento da LRF, observou-se um aprimoramento do planejamento público, disciplinando, de forma mais explícita, o conteúdo da LDO, através da exigência de anexos que possibilitam a efetiva verificação do alcance das metas pré-estabelecidas:

A LRF estabelece que a LDO atenderá o disposto na CF e acresceu mais o seguinte, entre outras determinações:

- equilíbrio entre as Receitas e Despesas;

- critérios e formas de contingenciamento de Despesas (Limitação de Empenho); - normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas

financiados com recursos do orçamento; e

- condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.

Integrarão o projeto de LDO os: Anexo de Metas Fiscais e Anexo de Riscos Fiscais O Anexo de Metas Fiscais conterá:

- As metas anuais relativas às Receitas e Despesas;

- O montante da Dívida Pública para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes;

- Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

- Demonstrativo das metas anuais, comparando-as com as dos três últimos exercícios, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

- Evolução do Patrimônio Líquido, também nos três últimos exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; e

O Anexo de Riscos Fiscais apresentará uma avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem (ex: caso das Precatórias).

LRF art.4 inc.I, parag.1e2

2.3.6 – A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) – Visa concretizar as situações planejadas no Plano Plurianual, subordinando-se a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Conforme o que já foi mencionado anteriormente nos itens 2.2 e 2.3.1, a CF estabelece que a LOA compreenderá o Orçamentos Fiscal, o de Investimentos, e o da Seguridade Social para a União em determinado ano, sendo por isso uma Lei de vigência anual. A CF estabelece também que é vedado o início de qualquer programa ou projeto não previamente incluído na LOA.

CF art.165 parag.5 e 167 inc.I

2.3.7 – A LOA, entre as três Leis mencionadas como componentes do “pacote” de planejamento, apresentará o Orçamento da União propriamente dito. A LOA discriminará a

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Receita e a Despesa Pública para determinado ano, evidenciando assim a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo. A LOA apresentará:

- Sumário das Receitas por Fontes e das Despesas por Funções do Governo;

- Demonstrativo das Receitas e Despesas Públicas classificadas por Categoria Econômica;

- Demonstrativo das Receitas por Fonte e por Legislação que a respalda; e - Demonstrativo das Dotações por órgão da Administração Pública.

A LOA deverá apresentar o Orçamento Público nos Demonstrativos acima mencionados, devidamente quantificados e classificados, dentro das normas preceituadas pela Lei 4320/64. As regras para a classificação das Receitas e Despesas Públicas serão vistas em item distinto, a ser apresentado adiante.

Lei4320/64 art.2 parag.1

2.3.8 – Como já visto, a LOA deverá guardar, na sua elaboração e aprovação, compatibilidade com o PPA e com a LDO. Com o objetivo de garantir esta compatibilidade, a LRF estabelece que a LOA, além do já previsto na Lei 4320/64, deverá apresentar também:

- Demonstrativo da compatibilidade da programação dos Orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais da LDO. Isto significa dizer que, se no Anexo de Metas Fiscais da LDO constar uma meta de superávit no montante de 2,5%, então a LOA, que deve estar vinculada à LDO, deverá fixar a Despesa em montante, também, de 2,5% inferior à Receita, caso contrário a compatibilidade não estará configurada;

- Demonstrativo da Renúncia de Receitas e de documento que defina as medidas de compensação à renúncia de Receita e ao aumento de Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado; e

- Reserva de Contingência para o Pagamento dos passivos contingentes.

- Todas as Despesas relativas à Dívida Pública, e as Receitas que as atenderão; e - Destacar, separadamente, o refinanciamento da Dívida Pública.

LRF art.5

2.3.9 – Ainda, e já por ocasião da elaboração da LOA, deverão ser observados: os limites para gastos de pessoal, estabelecidos com base em percentuais da Receita Corrente Líquida (RCL) previstos na LRF, os limites e condições para a dívida e o endividamento público, também definidos na LRF, e as condições para o estabelecimento de Renúncia de Receita (na LRF).

Conceito de Receita Corrente Líquida:

A Receita Corrente Líquida preconizada na LRF serve como base para o cálculo dos limites de Despesas de Pessoal, dívida, garantias e serviços de terceiros. Engloba todas as Receitas Correntes do ente da Federação e será apurada somando-se as Receitas arrecadadas no mês de referência e nos onze meses anteriores.

Dos limites para gastos com pessoal – Para efeito da LRF, entende-se como Despesa de Pessoal o somatório dos gastos remuneratórios do ente da Federação com os servidores ativos, inativos e pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos,

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civis, militares e de membros de Poder. Os limites da Despesa de Pessoal em relação à Receita Corrente Líquida, estabelecidos na Lei, são:

União – 50% Estados e o Distrito Federal – 60% Municípios – 60% A distribuição dos limites por ente da Federação é a seguinte:

PODERES UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS

EXECUTIVO 40,9% 49% 54%

LEGISLATIVO 2,5% 3% 6%

JUDICIÁRIO 6% 6%

-MINISTÉRIO PÚBLICO 0,6% 2,0%

-LRF Cap. IV

Da Dívida e do Endividamento Público – A LRF define os conceitos, critérios e procedimentos para o endividamento e para a condução da Divida Pública, inclusive estabelecendo seus limites e condições para a contratação de ARO.

Conceitos:

Dívida Consolidada ou Fundada – Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de Operações de Crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

Dívida Mobiliária – Decorrente da emissão de títulos;

Operação de Crédito – Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, ou aquisição financiada de bens e serviços.

Refinanciamento da Dívida Mobiliária – Emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

Operações de Crédito por Antecipação da Receita (ARO) – São operações de crédito realizadas para atender a insuficiência de caixa, a partir do décimo dia do início do exercício, e proibidas quando existir operação de crédito da mesma natureza não integralmente resgatada e no último ano de mandato do governante. As ARO deverão ser liquidadas, com juros e encargos, até o décimo dia do mês de dezembro do mesmo exercício da emissão.

LRF Cap.VII

Das condições para o estabelecimento de Renúncia de Receita. Conceito:

Renúncia de Receita - Concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária.

A LRF prevê que as Renúncias de Receita deverão estar acompanhadas de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva ocorrer sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na LDO correspondente e a pelo menos uma das seguintes condições:

- A demonstração pelo proponente de que a Renúncia foi considerada na estimativa da Receita da lei orçamentária do ente e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais;

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- Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado, por meio de aumento de Receita, proveniente de elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

LRF Cap.III

2.3.10 – Os textos completos da LOA, LDO e PPA atualmente em vigor encontram-se na Internet, nos sites mencionados ao final desta apostila.

2.4 – PRAZOS ORÇAMENTÁRIOS.

2.4.1 – A Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvidas para sanção presidencial até o encerramento da sessão legislativa. O projeto de Lei do PPA, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. O projeto de Lei da LDO deverá ser encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Resumindo: DOCUMENTO LEGAL PRAZOS PARA ENCAMINHAME NTO AO CONGRESSO DEVOLUÇÃO PARA SANÇÃO

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (anual) 31.08 15.12

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (anual)

15.04 30.06

PLANO PLURIANUAL (4 anos) 31.08 15.12

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (ADCT) art.35 parag.2

2.5 – PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS PÚBLICOS NO BRASIL – O Orçamento Público, quando de sua elaboração, deverá ser elaborado com base em determinados Princípios, já aceitos como característicos da boa prática orçamentária governamental. A literatura sobre o assunto enumera de dez a doze Princípios como notórios na elaboração do Orçamento Público, porém a Lei 4320/64 expressa tacitamente os seguintes:

UNIDADE: Todas as entidades da União deverão elaborar seus Orçamentos em uma única peça, pois através dela o cidadão comum poderá visualizar todas as atividades de Governo.

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UNIVERSALIDADE: Todas as Receitas e todas as Despesas deverão constar, pelo seu total, da proposta orçamentária (OA) para a sua aprovação.

Lei 4320/64 art.6

ANUALIDADE: Segue-se o modelo de uma empresa comum, ou seja, o Orçamento deve ser executado no período de doze meses. Exercício Financeiro, 1o de janeiro a 31 de

dezembro.

Lei 4320/64 art.34 e CF art.165 inc.III

Podemos também considerar como princípios a serem seguidos pelo Orçamento Público: PROGRAMAÇÃO: O Orçamento Público deverá ter conteúdo e forma de Programação; EXCLUSIVIDADE: Deverão ser incluídos exclusivamente assuntos pertinentes;

EQUILÍBRIO: Deverá ser mantido equilíbrio do ponto de vista financeiro entre Receita e Despesa.

Legalidade – O Orçamento é objeto de uma lei específica (Lei ordinária no Brasil), e como tal, deve cumprir o rito legislativo próprio, com o cumprimento de todos os quesitos, inclusive sua sanção e publicação pelo Executivo.

Clareza - O orçamento deve ser evidenciar de forma fácil os seus quadros e planejamentos, sem descuidar das exigências das técnicas orçamentárias;

Especificação ou discriminação ou especialização – São vedadas autorizações globais no Orçamento. As despesas devem ser especificadas no Orçamento, no mínimo, por modalidade de aplicação.

Publicidade – O Orçamento de um país deve ser sempre divulgado quando aprovado e transformado em lei. No Brasil, o Orçamento é publicado nos Diários Oficiais.

Orçamento-Bruto - A receita e despesa constante no Orçamento, exceto os descontos constitucionais (ex: transferências constitucionais), devem aparecer no Orçamento pelo valor total ou valor bruto, sem deduções de nenhuma espécie.

Não-afetação ou não-vinculação – É vedada a vinculação dos impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto as próprias transferências constitucionais para manutenção e desenvolvimento do ensino (FPE, FPM, etc.), e as garantias às operações de crédito por antecipação da receita.

Programação, tipicidade e atipicidade – Durante a fase de consolidação da proposta de Orçamento, geralmente se seguem determinadas classificações orçamentárias existentes. Há uma tabela de classificação funcional de despesas, por exemplo, que classifica a despesa em funções, sub-funções, programas e ações. Há outra tabela de classificação da despesa por fontes de recursos e outra por unidade orçamentária.

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3 – OS CICLOS DO ORÇAMENTO ANUAL PÚBLICO BRASILEIRO:

O Ciclo Orçamentário é a seqüencia das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário, conforme segue:  Elaboração  Estudo e Aprovação  Execução  Avaliação 3.1 – Elaboração

A elaboração do orçamento compreende a fixação de objetivos, bem como o cálculo de recursos humanos, materiais e financeiros, necessários para a sua concretização.

As propostas orçamentárias deverão estar em conformidade com a política econômica e financeira, o programa anual de trabalho e, quando fixado, o limite global para o orçamento de cada unidade administrativa (Artigo 27, da Lei Federal nº 4.320/64).

A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios compor-se-á de:

 Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis. Exposição e justificativa da política econômico-financeira do Governo, justificativa da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;

 Projeto de Lei de Orçamento;

 Tabelas Explicativas das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas para fins de comparação, a receita arrecadada nos últimos exercícios anteriores aquele em que se elabora a proposta; receita para o exercício em que se elabora a proposta; a receita prevista para o exercício a que se refere à proposta; e a despesa realizada no exercício imediatamente anterior; a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e a despesa prevista para o exercício a que se refere à proposta;

 Especificações dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais; em termos de metas visadas, decompostas em estimativas de custos das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.

3.2 – Estudo e Aprovação

Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.

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O Poder Executivo deverá enviar o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo dentro dos prazos estabelecidos; entretanto, até o encerramento da sessão legislativa, o Poder Legislativo deverá devolvê-lo para sanção. (Artigo 22, da Lei Federal nº 4.320/64).

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual somente podem ser aprovadas caso:  Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;  Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de

despesa, excluídas as que incidam sobre: o Dotação para pessoal e seus encargos; o Serviço da dívida;

o Transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito federal; ou

 Sejam relacionadas:

o Com a correção de erros ou omissões; ou

o Com os dispositivos do texto do projeto de lei (Artigo 166, $ 3 da Constituição Federal)

3.3 – Execução

A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros.

A etapa de execução deve fundamentar-se na programação, não só para ajustar-se às orientações estabelecidas no orçamento aprovado, como também para alcançar a máxima racionalidade possível na solução de problemas que decorrem da impossibilidade de se fazer uma previsão exata sobre detalhes ligados à execução das modificações produzidas nas condições vigentes a época da elaboração do orçamento.

Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. (Artigo 47, da Lei Federal 4.320/64).

A fixação dessas cotas atende aos seguintes objetivos:

 Assegurar as unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;

 Manter, durante o exercício, na medida do possível, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, para reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria. (Artigo 48, da Lei Federal 4.320/64)

As cotas de despesas destinam-se a fixar o propósito de fixar as autorizações máximas em um período orçamentário para que as unidades executoras possam empenhar ou realizar pagamentos.

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A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; a eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de racionalidade da utilização dos recursos correspondentes.

A avaliação do que realizar, e do que deixar de fazer, deve ser constante, por isso esta fase é simultânea a execução.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 Angélico, João – Contabilidade Pública. Atlas 1995

 Glauber Lima Mota, Francisco – Contabilidade Aplicada à Administração Pública. Vestcon 2001

 Fortes de Souza Pires, João Batista – Contabilidade Pública. Franco e Fortes 2002. SITES DE PESQUISA:

 www.planejamento.gov.br

Referências

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