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Usabilidade e transparência pública: um estudo sobre a página de transparência de uma universidade púbica estadual

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E SOCIAIS APLICADAS – CCEA CAMPUS VII – ANTÔNIO MARIZ COORDENAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO. JANETE ANDRADE DE SOUZA. USABILIDADE E TRANSPARÊNCIA PÚBLICA: UM ESTUDO SOBRE A PÁGINA DE TRANSPARÊNCIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. PATOS 2013.

(2) JANETE ANDRADE DE SOUZA. USABILIDADE E TRANSPARÊNCIA PÚBLICA: UM ESTUDO SOBRE A PÁGINA DE TRANSPARÊNCIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. Monografia apresentada à Universidade Estadual da Paraíba, como um dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Administração.. Orientadora: Msc. Monique Fonseca Cardoso. PATOS 2013.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CIA I – UEPB. S719u. Souza, Janete Andrade de. Usabilidade e transparência pública: um estudo sobre a página de transparência de uma universidade púbica estadual [manuscrito] / Janete Andrade de Souza. – 2013. 85 f. : il. color. Trabalho. de. Conclusão. de. Curso. (Graduação. em. Administração) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 2013. “Orientação: Profa. Ms. Monique Departamento de Administração”.. Fonseca. Cardoso,. 1. Sociedade. 2. Governo eletrônico. 3. Transparência. 4. Usabilidade I. Título. 21. ed. CDD 303.33.

(4) JANETE ANDRADE DE SOUZA. USABILIDADE E TRANSPARÊNCIA PÚBLICA: UM ESTUDO SOBRE A PÁGINA DE TRANSPARÊNCIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. Monografia apresentada à Universidade Estadual da Paraíba, como um dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Administração.. Aprovada em 05/09/2013 Banca examinadora.

(5) Dedico este trabalho aos meus amados pais, fontes inesgotáveis de amor e sabedoria..

(6) AGRADECIMENTOS. A realização deste trabalho só foi possível graças: Ao Senhor, que nos momentos de desespero iluminou os meus caminhos, acalmando meu coração e abençoando-me com paciência e sabedoria, o que fez minha fé ser renovada a cada batalha. Aos meus pais, pelo amor, cuidado e dedicação, por acreditarem nos meus sonhos mesmo quando eu muitas vezes deixei de acreditar e pelas palavras de ternura que me fortaleciam nos dias mais difíceis. A minha orientadora, Monique Fonseca Cardoso, por toda a sua atenção, responsabilidade e comprometimento com este trabalho. Aos estudantes que participaram da pesquisa, por tornarem possível a concretização de um objetivo e pela contribuição dada a minha vida acadêmica. A todos os professores que tive ao longo da vida por dividir comigo seus conhecimentos e suas experiências, fazendo com que eu pudesse ampliar meus horizontes e querer ir sempre além das minhas limitações. À Universidade Estadual da Paraíba, UEPB, por contribuir com a minha formação como ser humano e profissional. Aos meus amigos, por estarem presentes em todos os momentos da minha vida, pelo companheirismo e sentimento verdadeiros. Agradeço especialmente a José Carlos Lucena, meu melhor amigo, pelo amor fraterno e pela força oferecida nas horas de inquietação. Aos colegas de faculdade, que durante os anos de convivência foram se tornando amigos, irmãos, pessoas especiais que sempre lembrarei com certo saudosismo. Depois de tantas histórias vividas é impossível que ao prazer de concluir uma etapa importante não se misture um sentimento de tristeza pela falta que essas pessoas farão no dia-a-dia. A vocês, meus amigos, obrigado pelas horas de felicidade e realização em que estivemos juntos. Fica aqui meu agradecimento especial a Anna Perla Alves, Janice Santos, Kelliany Angelim, Leiliana Pereira, Mikaely Ferreira, Najara Escarião e Rilane Medeiros, a quem a relação mais aproximada fez de vocês irmãs, companheiras. A todos, minha gratidão e meu carinho..

(7) É a transparência que dá legitimidade às instituições. Luiz Fernando Abrucio.

(8) RESUMO. O desenvolvimento das TIC‟s trouxe para as pessoas mudanças na maneira de se comunicar e buscar informações, em especial após a criação da Internet. Atualmente, os indivíduos estão cada vez mais conectados em busca de conhecimento. Por este motivo, a chamada “Era da Informação” se transformou num desafio para as organizações públicas e privadas. O governo, numa tentativa de atender às novas demandas se lançou nesse universo tecnológico. O governo eletrônico, como é denominado o conjunto de informações e serviços oferecidos aos cidadãos em meios eletrônicos, surge para aproximar o Estado da sociedade e tornar a administração pública mais transparente. A utilização desses meios na divulgação das contas públicas implica a adoção de um importante conceito que é a usabilidade, através dele pode-se garantir a qualquer cidadão, mesmo este sendo pouco familiarizado com as ações do governo, compreender as informações e ter suas necessidades atendidas. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a relação entre a usabilidade aplicada à página de transparência de uma universidade pública estadual e a percepção de seus estudantes sobre a transparência efetiva das informações divulgadas. A pesquisa se classificou como descritiva, quanto ao objetivo, como método se realizou um estudo de caso e o problema foi abordado de forma quantitativa. A amostra foi composta por 46 estudantes do Curso de Administração de um dos campi da universidade pesquisada. Para avaliar a relação entre a usabilidade e a transparência, foi adotado um questionário estruturado que seguiu as variáveis e dimensões desses dois conceitos, estabelecidas pela literatura. Como principais resultados foram identificados que: a página em estudo tem a usabilidade e a transparência avaliadas positivamente e que existe uma correlação de ínfima a forte entre elas. Entretanto, cabe à universidade melhorar alguns pontos pouco desenvolvidos para que o objetivo da página seja conquistado efetivamente, permitindo a todo cidadão o entendimento de sua prestação de contas e a partir daí o controle social de suas ações. Palavras-chave: Sociedade, Governo Eletrônico, Transparência, Usabilidade..

(9) ABSTRACT. The development of information technologies and communication brought to the changes in the way people communicate and seek information, especially after the creation of the Internet. Currently, individuals are increasingly connected in search of knowledge. For this reason, the “Information Age” has become a challenge for public and private organizations. The government, in an attempt to meet the new demands launched this technological universe. Electronic government, as it is called the set of information and services offered to citizens in electronic media, comes closer to the state of society and make public administration more transparent. The use of these media in the dissemination of public accounts implies the adoption of an important concept that is usability, through it can be guaranteed to every citizen, even though this is somewhat familiar with the government's actions, understand the information and have their needs met. In this sense, the present work aims to evaluate the relationship between the usability of transparency applied to the page of a public university Paraiba and the perception of its students on the effective transparency of the information disclosed. The research was classified as descriptive, as the goal, as the method is carried out a case study and the problem has been addressed quantitatively. The sample consisted of 46 students of the university administration researched. To evaluate the relationship between usability and transparency, we adopted a structured questionnaire that followed the variables and dimensions of these two concepts, established in the literature. The main results were identified: a page has studied the usability and transparency positively evaluated and that there is a strong correlation between them negligible. However, it is up to the university to improve some little points developed for the purpose of the page is achieved effectively, allowing every citizen understanding of their accountability and from there the social control of their actions. Keywords: Society, E-Government, Transparency, Usability..

(10) LISTAS. LISTA DE FIGURAS. Figura 1: Os quatro principais componentes em um sistema homem-máquina...................34. LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 1: Distribuição dos estudantes quanto ao gênero.....................................................45 Gráfico 2: Distribuição dos estudantes quanto à faixa etária................................................45 Gráfico 3: Distribuição dos estudantes quanto ao período cursado......................................46 Gráfico 4: Status do serviço – Identifiquei com facilidade o objetivo da página......................................................................................................................................73 Gráfico 5: Compatibilidade com o público-alvo – Tive facilidade em compreender a linguagem utilizada na página......................................................................................................................................73 Gráfico 6: Compatibilidade com o público-alvo – Considero a linguagem permeada de termos específicos e demasiadamente técnicos, o que dificultou o entendimento das informações.............................................................................................................................74 Gráfico 7: Controle do usuário – A página atendeu as minhas solicitações e necessidades............................................................................................................................74 Gráfico 8: Controle do usuário – Consegui acessar as informações do meu interesse através da pesquisa de conteúdo..................................................................................................................................75 Gráfico 9: Consistência – Observei que a página oferece dados e informações organizados em categorias segundo o grau de importância de cada um.....................................................75 Gráfico 10: Reconhecimento – Acessei facilmente informações relevantes, pois as mesmas aparecem em destaque na página............................................................................................76.

(11) Gráfico 11: Reconhecimento – O mapa da página é completo e indica as instruções que devo seguir para facilitar a minha navegação...............................................................................................................................76 Gráfico 12: Reconhecimento – Os arquivos disponibilizados apresentam um relatóriosíntese sobre os dados e as informações.............................................................................................................................77 Gráfico 13: Reconhecimento – As planilhas divulgadas trazem notas explicativas que facilitam a compreensão do seu conteúdo..............................................................................77 Gráfico 14: Flexibilidade e eficiência de uso – Considero que a página atende satisfatoriamente o perfil dos estudantes...............................................................................78 Gráfico 15: Flexibilidade e eficiência de uso – Ao acessar a página observei que o mesmo possui recursos que facilitaram o meu uso..........................................................................................................................................78 Gráfico 16: Estética e design – Durante o acesso, identifiquei elementos que podem me distrair ou provocar confusão, prejudicando o entendimento das informações.....................79 Gráfico 17: Estética e design – A página apresenta excesso de informações.......................79 Gráfico 18: Publicidade – Consegui acessar a página sempre que necessário......................80 Gráfico 19: Publicidade – A página divulga informações qualitativas que reportam sobre desempenho, projetos e atingimento de metas da universidade............................................................................................................................80 Gráfico 20: Publicidade – A página esclarece as ações a serem praticadas pela universidade, as que estão em andamento e as executadas, inclusive aquelas executadas em períodos anteriores, permitindo assim uma comparação.......................................................................81 Gráfico 21: Compreensibilidade – As informações disponíveis são claras e objetivas e, portanto facilitaram a minha compreensão.............................................................................81 Gráfico 22: Compreensibilidade – Considero que os relatórios, gráficos e planilhas auxiliam no entendimento das informações..........................................................................................82 Gráfico 23: Utilidade – Classifico as informações como relevantes, pois as mesmas permitem aos estudantes o controle social da universidade............................................................................................................................82 Gráfico 24: Utilidade – A página consegue atender o seu objetivo principal.......................83 Gráfico 25: Utilidade – A página atendeu as minhas necessidades e expectativas...............83 Gráfico 26: Utilidade – Considero que há transparência na prestação de contas da universidade............................................................................................................................84.

(12) LISTA DE QUADROS. Quadro 1: Princípios de usabilidade dos sistemas informatizados.......................................33 Quadro 2: Eficiência, eficácia e satisfação no contexto de usabilidade...............................34 Quadro 3: As diretrizes da usabilidade para portais do governo..........................................37 Quadro 4: Variáveis independentes e variável dependente..............................................................42 Quadro 5: Hipótese formulada..............................................................................................43 Quadro 6: Variáveis de usabilidade......................................................................................47 Quadro 7: Dimensões de transparência.................................................................................51. LISTA DE TABELAS. Tabela 1: Resumo da perspectiva dos estudantes sobre a usabilidade da página pesquisada...............................................................................................................................51 Tabela 2: Resumo da perspectiva dos estudantes sobre a transparência da página pesquisada...............................................................................................................................54.

(13) LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS. CF – CONSTITUIÇÃO FEDERAL GE – GOVERNO ELETRÔNICO IEC – INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION ISO – INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION LAI – LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO LRF – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL NGP – NOVA GESTÃO PÚBLICA TIC‟s – TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO G2C – GOVERNMENT TO CITZEN G2E – GOVERNMENT TO EMPLOYEES G2B – GOVERNMENT TO BUSINESS G2G – GOVERNMENT TO GOVERNMENT.

(14) SUMÁRIO. 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA....................................................................... 14 1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ...................................................................................... 16 1.3 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS .......................................................................... 17 1.3.1. Objetivo Geral .......................................................................................................... 17. 1.3.2. Objetivos Específicos .............................................................................................. 18. 2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 19 2.1 A NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................... 19 2.2 GOVERNO ELETRÔNICO: PRINCIPAIS CONCEITOS .............................................. 23 2.3 A TRANSPARÊNCIA PÚBLICA .................................................................................... 26 2.3.1 Accountability ................................................................................................................ 28 2.3.2 Os Princípios Constitucionais Brasileiros de Publicidade e Transparência .................. 30 2.3 USABILIDADE: A FACILIDADE NO USO DA TECNOLOGIA ................................. 32 3 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA .................................................... 38 4 METODOLOGIA.............................................................................................................. 39 4.1 TIPO DE PESQUISA ....................................................................................................... 39 4.2 UNIVERSO DA PESQUISA E AMOSTRA .................................................................... 40 4.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS......................................... 40 4.4 TESTE-PILOTO ............................................................................................................... 41 4.5 TRATAMENTO DOS DADOS ....................................................................................... 42 5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 44 5.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA: PERFIL DOS ESTUDANTES ...................................... 44.

(15) 5.1.1 Distribuição dos Estudantes por Gênero ....................................................................... 44 5.1.2 Distribuição dos Estudantes por Faixa Etária ................................................................ 45 5.1.3 Distribuição dos Estudantes por Período Cursado ........................................................ 46 5.2 ESTATÍSTICA DESCRITIVA: USABILIDADE E TRANSPARÊNCIA....................... 46 5.2.1 Usabilidade: Perspectiva dos Estudantes ....................................................................... 47 5.2.2 Transparência: Perspectiva dos Estudantes ................................................................... 51 5.3 ESTATÍSTICA INFERENCIAL: A CORRELAÇÃO ENTRE A USABILIDADE E TRANSPARÊNCIA ............................................................................................................... 54 5.3.1 Teste da Hipótese........................................................................................................... 54 5.4 SÍNTESE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 57 6 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 60 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 63 APÊNDICES ......................................................................................................................... 70.

(16) 14. 1 INTRODUÇÃO. O presente trabalho tem como finalidade avaliar a relação entre a usabilidade aplicada à página de transparência de uma universidade pública estadual e a percepção de seus estudantes sobre a transparência efetiva das informações divulgadas. A página estudada traz uma descrição global da universidade seguida de um detalhamento por campus, com a proposta de promover a transparência da execução financeira e orçamentária, fomentando, logo o controle social e atuando como um canal de ligação entre a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Ao utilizar este meio para divulgar dados e informações, a instituição torna público um importante instrumento de consulta e acompanhamento da aplicação de recursos, do desempenho de atividades e do alcance de resultados. Nos tópicos seguintes, serão expostos a conjuntura na qual a pesquisa está inserida e o problema sugerido, a justificativa do estudo, bem como os objetivos geral e específicos.. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA. As duas últimas décadas acompanharam os avanços trazidos, entre outros fatores, pelo desenvolvimento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC‟s), em especial, após o surgimento da Internet. O crescimento vertiginoso da rede mundial de computadores provocou mudanças nos meios de comunicação, criando novas formas de interação entre as pessoas (PRADO; LOUREIRO, 2006). A chamada „Era da Informação‟, decorrente desse desenvolvimento tecnológico, faz com que indivíduos cada vez mais conectados se beneficiem das informações disponíveis nas redes, tornando o conhecimento um recurso valioso para as organizações (CHIAVENATO, 1999; PRADO; LOUREIRO, 2006). A Internet hoje representa um desafio no contexto organizacional e social, pois, a despeito do compartilhamento de informações que proporciona, também tende a reproduzir as desigualdades da sociedade. Aos que possuem meios de acesso, as informações são diversas,.

(17) 15. públicas e gratuitas. Aos que não possuem, o Estado assume a responsabilidade de democratizar o acesso à rede. Cabe às organizações públicas e privadas adequarem-se aos novos conceitos trazidos pelas TIC‟s e com elas produzir e disseminar conhecimento para as pessoas (BRASIL, 2012). Slomski (2005) reafirma o poder dessas mudanças ao identificar que a sociedade contemporânea assiste ao progresso dos novos meios de comunicação associado à abertura de mercado, precedido de diversas transformações em todos os segmentos, incluindo a administração pública. No setor público, Prado e Loureiro (2006) observam que, o uso de ferramentas tecnológicas facilita a aproximação entre o Estado e o povo, permite maior transparência administrativa e a accountability1 dos governos, podendo favorecer a promoção de democracia. Como defende Barnett (2012), as novas formas de comunicação podem despertar nos cidadãos mais interesse em participar das questões políticas, o que contribui para o fortalecimento do processo democrático. A utilização das TIC‟s como estratégia para modernizar a administração pública constitui-se no que se denomina Governo Eletrônico – GE – (PRADO; LOUREIRO, 2006). O que se propõe com o governo eletrônico é transformar as relações entre Estado, população, empresas e órgãos do próprio governo a fim de consolidar a participação cidadã, estabelecer uma comunicação dinâmica com o setor privado, aperfeiçoar os serviços e tornar a administração mais transparente (BRASIL, 2012). O surgimento da ideia de GE reforçou o destaque dado à Transparência na Gestão Pública – tema de relevância social que, no Brasil, recebeu notoriedade após a promulgação de leis, como a Lei nº 9.755/98 e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A Lei nº 9.755/98 dispõe sobre a criação de páginas eletrônicas para divulgar as contas públicas; já a LRF está fundamentada nos princípios de planejamento, transparência e participação popular. Essas leis apoiam o pensamento de que a participação popular e o controle social dependem da transparência administrativa (PLATT NETO et al., 2004). Nesse sentido, a crescente cobrança dos cidadãos por uma gestão mais transparente faz com que o Estado recorra a políticas e programas voltados à adoção de estratégias de GE. Matias-Pereira (2006) observa que o governo brasileiro está implantando, gradativamente, esforços no sentido de efetivar a transparência em sua administração,. 1. Na abordagem de Nakagawa (1998), accountability é definida como a obrigação de se prestar contas dos resultados obtidos em função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de poder..

(18) 16. destacando-se as iniciativas voltadas para o acompanhamento da elaboração, execução e prestação de contas do orçamento. Assim, as universidades públicas brasileiras, como as demais instituições que compõem a estrutura do setor público, também são obrigadas pela Constituição Federal (CF) a prestar contas do uso de seus recursos e respeitar, dentre outros, o princípio da publicidade, fazendo-se, portanto fundamental a divulgação de suas contas. No contexto universitário, mais do que garantir o atendimento às normas legais, as ações de transparência respondem por uma política de gestão responsável que beneficia o meio acadêmico, a comunidade e a tomada de decisões com o poder de fiscalizar e o envolvimento de diversos atores sociais (PLATT NETO et al., 2004). Para tanto, o uso de meios eletrônicos com o objetivo de oferecer serviços e informações à população exige que eles sejam fáceis de usar, relevantes, efetivos e adequados às particularidades do público-alvo. Portanto, proporcionar eficiência às páginas do governo pode elevar a satisfação dos usuários, conquistando-se uma parcela cada vez maior da população (BRASIL, 2012). Dessa forma, Nogueira (2003) argumenta que compreender o conceito de usabilidade é uma importante condição no desenvolvimento de espaços virtuais mais democráticos. Por este motivo, deve-se conhecer e aplicar as variáveis que envolvem a usabilidade, podendo a mesma ainda facilitar a compreensão do conteúdo, o alcance dos objetivos e contribuir com a percepção da transparência. Diante dessa conjuntura, a pesquisa traz para discussão o seguinte problema: “Qual a influência da usabilidade aplicada à página de uma universidade pública estadual sobre a percepção dos estudantes de um dos campi da instituição a respeito da transparência efetiva das informações divulgadas? ”.. 1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO. Após a contextualização e o levantamento do problema faz-se necessário justificar a importância desta pesquisa, conforme a perspectiva acadêmica, social, prática e pessoal. Inicialmente, a importância acadêmica desponta através da possibilidade de contribuir com os estudos na área de Gestão Pública, favorecendo o aprofundamento e a ligação entre temas contemporâneos e relevantes, como o governo eletrônico e a.

(19) 17. transparência. Academicamente, a pesquisa também contribui para reunir duas áreas de estudo: Administração Pública e Ciência da Computação. Ainda do ponto de vista acadêmico, observa-se que é fundamental estudar a páginas eletrônicas do governo visto que embora seja ampla a literatura referente às possibilidades trazidas pela implantação de novas TIC‟s na gestão pública (PRADO; LOUREIRO, 2006), existe uma lacuna teórica no que diz respeito à relação entre a facilidade de uso dessas páginas, aqui estudada através do conceito de usabilidade, e a efetiva transparência, principalmente no tocante à realidade universitária. A relevância social da pesquisa traz a discussão sobre o uso de ferramentas tecnológicas na administração pública, com o objetivo de auxiliá-la na divulgação de suas contas e fortalecer a transparência. Quanto à realidade estudada, a comunidade na qual a universidade está inserida pode ser beneficiada com o poder de fiscalizar as ações desta, promover a democracia e a participação popular. Na prática, a pesquisa pode ser justificada pela oportunidade de tornar mais transparente, dinâmica e próxima a relação entre a instituição de ensino e seus estudantes. No que se refere à importância pessoal da pesquisa, ela se desenvolveu a partir das reflexões da autora acerca da utilização das TIC‟s pelo Estado, numa tentativa de empreender formas sustentáveis e eficientes de governo.. 1.3 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS. Depois de conhecer o problema e a justificativa do estudo, a pesquisa definiu os seguintes objetivos:. 1.3.1 Objetivo Geral.  Avaliar a relação entre a usabilidade aplicada à página de transparência de uma universidade pública estadual e a percepção dos estudantes de um dos campi da instituição sobre a transparência efetiva das informações divulgadas..

(20) 18. 1.3.2 Objetivos Específicos.  Identificar as variáveis de usabilidade e dimensões do processo de transparência que melhor se aplicam ao estudo;.  Descrever as informações disponibilizadas na página estudada;.  Mensurar as variáveis de usabilidade que estão associadas à percepção dos estudantes sobre a transparência da página em análise..

(21) 19. 2 REFERENCIAL TEÓRICO. Este capítulo realizou o embasamento necessário à compreensão do tema. Para Vergara (2007), quando a literatura é revisada permite ao pesquisador adquirir conhecimento sobre o que está sendo estudado, buscar as lacunas na bibliografia consultada e identificar os pontos que precisam ser confirmados ou reconstruídos, naturalmente essa revisão proporciona contextualização e consistência ao trabalho científico. Desse modo, abordaram-se os seguintes pontos: a conjuntura a partir da qual surgem as novas ideias para a administração pública; os principais conceitos de governo eletrônico; a transparência pública e suas dimensões, destacando-se a accountability e os dispositivos brasileiros que resguardam a publicidade e a transparência da gestão pública e, por fim a usabilidade no contexto tecnológico, levando-se em consideração suas variáveis e a aplicabilidade nas páginas do governo.. 2.1 A NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Desde o final da década de 70, a reforma do Estado passou a ser perseguida em governos do mundo inteiro. O consenso social a respeito do papel intervencionista do Estado, o qual procurava garantir a prosperidade econômica e bem-estar social, estava perdendo forças diante das condições materiais e intelectuais que arquitetaram esta mudança (ABRUCIO, 1997). Assim, em linhas gerais, quatro fatores socioeconômicos contribuíram para o enfraquecimento desse papel. O primeiro foi a crise econômica mundial, marcada pela crise do petróleo e por um período de recessão que pôs fim à era de prosperidade do pós-guerra. Com a queda nas taxas de crescimento, o Estado entrou numa grave crise fiscal. E este foi o segundo fator que comprometeu o antigo modelo estatal. Nesse sentido, a maioria dos governos não tinha como financiar seus déficits e o povo já demonstrava a insatisfação diante da qualidade dos serviços públicos. O terceiro fator que influenciou a crise, portanto, se constituía na chamada situação de „ingovernabilidade‟ – os governos não estavam aptos a resolver seus problemas. Finalmente, a globalização e todas as transformações tecnológicas afetaram não só o setor produtivo, mas também o Estado, que perdeu o poder de ditar.

(22) 20. políticas macroeconômicas devido à ausência de controle dos fluxos financeiros e comerciais somado ao domínio das multinacionais na economia (ibid., 1997). Dessa maneira, o Estado se via com menos recursos, mais déficits, uma sociedade insatisfeita e serviços públicos deficientes, além disso, estava perdendo seu poder de ação para a globalização. Assim, o aparato estatal precisava ser mais ágil e flexível, tanto em sua dinâmica interna como em sua capacidade de adaptação ao ambiente externo. Diante desse cenário, estimularam-se reflexões sobre os rumos da política. Igualmente, ganharam força ideias e teorias que procuravam melhorar as performances dos governos, estabelecendo um redesenho do Estado e da política. Esta seria a condição necessária para que ele desempenhasse melhor seu papel, na economia e na sociedade (DINIZ, 2005). Essas ideias de reforma foram implementadas a princípio com mais vigor nos países anglo-saxão (Grã-Bretanha, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia), e depois, gradualmente, na Europa Continental e no Canadá. Tais princípios se tornaram conhecidos internacionalmente como New Public Management, ou Nova Gestão Pública (NGP). Salomão (2005) defende que a NGP corresponde ao modelo administrativo responsável por tentar promover uma adequação dos governos à crise e às mudanças decorrentes do contexto da globalização. O movimento pela „Revolução Gerencial‟ se apresentou como um caminho para superar os problemas causados pelas chamadas buropatologias estatais, associadas à incapacidade de os governos atuarem com efetividade em setores estratégicos (FERLIE et al., 1999). Para Bresser-Pereira (1998) o movimento teve como cerne a busca pela excelência e a orientação dos serviços ao cidadão, baseando-se em princípios gerenciais como foco nos resultados, eficiência e governança2 para direcionar a gestão pública às práticas do mercado. De forma semelhante, Rezende (1998) identifica três necessidades a partir das quais as reformas administrativas podem ser entendidas, são elas: a qualidade no atendimento ao cliente ou ao consumidor-cidadão; a eficiência durante esse atendimento promovendo a redução do custo e a efetividade no alcance de objetivos estabelecendo-se claramente para as organizações públicas os resultados pretendidos. Do mesmo modo, Ferlie et al. (1999) apontam quatro conceitos advindos do setor privado e que são aplicados ao contexto da NGP, destacando-se: o impulso para eficiência, downsizing3 e descentralização, a busca da excelência e a orientação para o serviço público. 2. O conceito de Governança Corporativa quando trazido para o setor público diz respeito à capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implementar políticas (BRESSER-PEREIRA, 1998)..

(23) 21. O primeiro conceito, a eficiência, caracteriza-se no setor público por uma visão orientada para o mercado e para o cidadão, agora visto como um cliente; pela desregulamentação do mercado de trabalho, que consiste na adoção de contratos de trabalho temporários e com rotatividade dos ocupantes de cargos gerenciais, conjugados com o aumento de poder dos administradores generalistas no lugar dos especialistas e a delegação de certo grau de poder (COELHO, 1979; MOTTA, 1990). Para Lacombe (2009) e Nunes (1997), aplicados às instituições públicas, os conceitos de downsizing e a descentralização prevê maior flexibilidade, a redução do excesso de burocracia e a melhoria no processo de tomada das decisões, diminuindo o tempo de resposta e aumentando a capacidade de adaptação aos novos contextos ambientais. O terceiro conceito, a excelência na administração pública, contempla os princípios da Escola de Relações Humanas da teoria administrativa, que enfatiza a importância da cultura organizacional, preocupa-se com a questão da mudança nas organizações e com a forma de administrá-la, o papel dos valores, dos ritos e símbolos em se tratando de comportamento humano no trabalho (FERLIE et al., 1999). Na perspectiva de Abrucio (1998), o conceito de serviço orientado ao cidadão representa a fusão das ideias de gestão dos setores público e privado. Entre os principais fatores que caracterizam esse processo estão: a preocupação com a qualidade do serviço público, incluindo as técnicas de gerenciamento para a qualidade total; o desejo de alcançar a excelência nos serviços públicos; o estabelecimento de missão e visão como elementos norteadores para a obtenção dessa excelência; a atenção nos valores e nas opiniões do usuário, valorizando a cidadania; o desenvolvimento de responsabilidade social e o gerenciamento de políticas públicas. Em síntese ao pensamento do autor supracitado, Denhardt e Denhardt (2003) evidenciam que a orientação para o serviço público tem como principal proposta recuperar os valores democráticos sociais, garantindo o aumento da participação da sociedade nas decisões governamentais e mantendo o foco no cidadão. No entanto, essa concepção voltada ao cidadão pode ir de encontro à defesa de que a gestão pública deve se adequar às práticas do mercado, visto que nem sempre as demandas do povo estão de acordo com os princípios que regem o mercado, por exemplo, o governo interessado no crescimento da economia do seu país opta por investir em setores considerados estratégicos em detrimento da melhoria em áreas sociais, como educação e 3. Downsizing, diz respeito ao processo de reestruturação organizacional baseado na redução dos níveis hierárquicos de uma organização (ALVAREZ, 2001)..

(24) 22. saúde, provocando a descontentamento da população com a formulação de políticas púbicas direcionadas à área social. Giauque (2003) afirma que não existe consenso na literatura quanto à definição precisa do que exatamente representa a NGP, apesar disso é possível elencar os seus principais objetivos: ampliar os serviços públicos; modernizar os processos de produção, mediante mais flexibilidade e maior adaptação na organização dos serviços; definir claramente os resultados que se pretende alcançar; aprimorar o acesso da população aos resultados e incrementar a produtividade. Na percepção de Behn (1998), a NGP não estaria somente associada ao conjunto de conceitos da gestão privada aplicados à administração pública. Nesse cenário, o uso da tecnologia pela administração seria um dos fatores necessários para alcançar resultados de alto desempenho, consistindo em vários componentes inter-relacionados. Prado e Loureiro (2006) sustentam a ideia de que as TIC‟s aparecem como estratégias capazes de modernizar a administração pública, tornar menos onerosas e mais próximas as relações entre governo, cidadãos, área de negócios, instituições governamentais e não governamentais e dinamizar a prestação de serviços públicos com foco na eficiência e efetividade. A partir da visão destes autores percebe-se que os objetivos da NGP estão em harmonia com os propósitos dos governos que utilizam as TIC‟s, pois as inovações tecnológicas em informação e comunicação podem representar um modo de operacionalizar e por em prática as transformações almejadas pelos novos modelos de administração pública – destacando-se o foco nos resultados e a qualidade no atendimento ao cidadão. Nesse contexto, o governo eletrônico, embora não seja visto por alguns autores como uma etapa posterior aos movimentos de reforma, ele é considerado um relevante fenômeno que marca a administração pública contemporânea (BALBE, 2013), trazendo a possibilidade de efetivar os objetivos da NGP, adequar o Estado aos princípios do mercado e da globalização e aproximar a população das ações governamentais, tornando-a mais participativa. Por isso faz-se necessário conhecer os principais conceitos de governo eletrônico para melhor compreensão de sua importância dentro dos novos rumos da gestão pública..

(25) 23. 2.2 GOVERNO ELETRÔNICO: PRINCIPAIS CONCEITOS. Pode-se afirmar que o estímulo dos governos a adotarem inovações tecnológicas deu-se por um lado em razão da crescente necessidade da administração aumentar sua arrecadação e melhorar seus processos internos; e por outro, em razão das pressões da sociedade para que o Estado diminuísse gastos e atuasse com transparência e de modo universal na oferta de serviços (MEDEIROS; GUIMARÃES, 2006). Deste modo, a importância do governo eletrônico emerge de um contexto amplo, formado a partir do crescimento das expectativas dos cidadãos, da globalização, do progresso tecnológico e das reformas do Estado, conforme destaca Ferguson (2002). Prado e Loureiro (2006) reforçam a influência do movimento reformista, ao afirmarem que o GE é percebido como um dos resultados desse processo, configurando-se em uma importante ferramenta na prestação de serviços com qualidade, custos reduzidos e transparência. Para melhor entender o que significa esse fenômeno, o presente tópico preocupouse em reunir alguns conceitos, mas vale salientar que este conceito ainda está em construção, devido à contemporaneidade do tema e à relação com uma área em constante transformação, que é a Tecnologia da Informação, dificultando, assim, a organização de definições mais homogêneas, por isso Joia (2009) avalia esta é uma conceituação incipiente e imprecisa. De início, Okot-Uma (2001) traz uma definição simples ao afirmar o GE como sendo o fornecimento eletrônico de serviços governamentais ao público. Ruschel (2010) é mais específico ao definir o fenômeno como o uso intensivo das TIC‟s para promover um governo mais eficiente e efetivo, ou seja, facilitar a acessibilidade ao serviço governamental, aumentar o alcance às informações e tornar as contas do governo públicas. Para fins de pesquisa, este será o conceito adotado no estudo. Para Chahin (2004) o GE deve ser entendido como um governo democrático, moderno e ágil, que não prioriza as TIC‟s, mas que se utiliza delas como um meio para ampliar a cidadania, prover transparência à gestão, tornar possível o controle social e democratizar o acesso aos meios eletrônicos. Abramson e Means (2001) reforçam a ideia proposta pelo autor supracitado ao afirmarem que, o conceito não se restringe à simples automação dos processos e disponibilização de serviços públicos na Internet. Sua principal característica refere-se à maneira como o governo, pelo uso de novas tecnologias, atinge os seus objetivos para cumprir o papel do Estado. Isso inclui a melhoria dos processos da administração pública; aumento da.

(26) 24. eficiência; melhor governança; elaboração e monitoramento das políticas públicas; integração entre governos e democracia eletrônica, representada pelo aumento da transparência, da participação democrática e accountability dos governos. Balanco e Leony (2005) em sua definição destacam a importância das políticas públicas e da gestão do conhecimento. O processo, conforme os autores afirmam, está associado ao uso de modernas tecnologias de informação no conjunto de atividades desenvolvidas pelos órgãos do Estado, visando estabelecer uma relação mais direta, transparente e participativa entre as instituições públicas e os cidadãos e, sobretudo, para dar maior eficiência e eficácia às suas ações. O GE deve enfatizar, dentre outras, políticas públicas voltadas para a cooperação e integração entre os vários órgãos governamentais e para a implementação de mecanismos de disseminação e gestão do conhecimento. O processo é algumas vezes definido, de forma simplista, como serviços online para os cidadãos, reengenharia através do emprego de tecnologia ou compras públicas via Internet, enfatizando-se apenas o aspecto tecnológico. Entretanto, o governo eletrônico é responsável por uma transformação fundamental do governo e da governança em uma escala não testemunhada desde o início da Era Industrial (TAMBOURIS; GORILAS; BOUKIS, 2005). Dessa forma, o GE corresponde à contínua otimização na prestação de serviços públicos, acesso à informação pública e participação dos cidadãos, mediante transformações internas e externas das relações com base no uso da tecnologia, da Internet e das novas mídias (SEIFERT; PETERSEN, 2002). Nas relações externas, são identificados pelo menos dois componentes: a participação dos cidadãos, que dá ênfase à interação entre cidadãos e representantes governamentais eleitos para participar na tomada de decisões que afetem as comunidades e a prestação de serviços públicos e, acesso a informações públicas, que garantam o atendimento às demandas dos cidadãos (Ibid., 2002). Nas relações internas, um terceiro componente é identificado, criando várias formas de transação, cada uma com a responsabilidade de atender a um público específico: a integração horizontal, que permite a criação dos serviços externos a partir da interação entre os vários órgãos e entidades da administração pública (Ibid., 2002). Esse pensamento também é defendido por Ruediger (2002). O autor afirma que o GE aplica as TIC‟s a um leque de funções do governo e, em especial, deste para com a sociedade. Em termos gerais, as seguintes relações podem assim ser elencadas: aplicações web voltadas para a relação governo com os cidadãos (G2C – Government to Citzen); com.

(27) 25. seus empregados (G2E – Government to Employees), com o setor privado (G2B – Government to Business); e entre os órgãos e entidades governamentais (G2G – Government to Government). O GE, além de promover essas relações em tempo real e de forma efetiva,. poderia ainda potencializar a adoção de práticas de governança e incentivar a mudança nas estruturas de governo, proporcionando mais efetividade, transparência e desenvolvimento. Vaz (2012) integra estratégia, processo, organização e tecnologia ao definir governo eletrônico como a implementação de modelos custo-efetivos para a condução de transações de negócio online para cidadãos, indústria, empregados públicos e outros parceiros significativos. Pinho (2008) incorpora a variável política em sua definição ao defender que o processo não deve ser visto apenas como um meio para disponibilizar serviços online, mas também, pela vasta gama de possibilidades de interação e participação entre governo e sociedade e pelo compromisso de transparência por parte dos governos. Para tanto o governo eletrônico prevê a existência de duas frentes interconectadas: de um lado, um Estado mais responsivo e transparente, aberto à participação da sociedade e, de outro, a sociedade civil como protagonista das decisões políticas, trazendo a possibilidade, por intermédio dos cidadãos e/ou de movimentos sociais, o poder de fiscalização e cobrança. Tais considerações estão profundamente ligadas à questão da transparência, o que demanda não só um papel democrático do governo, como também, uma capacidade política da população (PINHO, 2008). A partir do conhecimento de conceitos diferentes podem-se estabelecer alguns pontos que sempre são revisitados nas definições de GE, como o enfoque na eficiência e eficácia dos serviços do governo, o atendimento às necessidades da população, a democratização das informações, a transparência das ações governamentais e a possibilidade de criar uma sociedade mais ativa ao estabelecer meios de tornar possível o controle social das contas públicas. Em virtude disso, o governo eletrônico surge como uma forma de tornar mais transparente os atos e ações governamentais e ampliar a participação dos cidadãos nas tomadas de decisões. Assim, na aproximação do Estado à sociedade é importante conquistar a transparência na gestão púbica, possibilitando essa percepção por parte do povo..

(28) 26. 2.3 A TRANSPARÊNCIA PÚBLICA. Um governo transparente garante condição de acesso a todas as informações. Por isso transparência quer dizer que a administração pública funciona de uma maneira aberta, baseada em princípios éticos, podendo ser questionada a qualquer momento, em função da facilidade que têm os cidadãos e outros interessados em acessar as informações (RODRIGUES, 2010). Conforme Fox (2007) o aumento do debate e das iniciativas em torno de uma gestão pública mais transparente pode ser atribuído ao fato de que, quando as informações de interesse público são precárias, o eleitorado perde a capacidade de fiscalizar, cobrar, avaliar ou mesmo „punir‟ aqueles gestores que tiveram conduta ilegal. Nesse sentido, Matias-Pereira (2006) afirma que a transparência do Estado se efetiva ao garantir o acesso a informações governamentais, assumindo o papel de tornar mais democráticas as relações entre o governo e a sociedade civil. Apesar de hoje ser ampla a quantidade de informações disponíveis e diversificadas as formas de acesso, Silva (2009) alerta que não se pode afirmar que a gestão alcançou um nível ideal de transparência, segundo o ponto de vista da população. Isso porque existe a hipótese de que os agentes políticos sejam motivados a manter em sigilo alguns aspectos orçamentários, principalmente os que dizem respeito à distribuição de recursos em benefício de determinados segmentos sociais ou econômicos com a intenção de obter apoio e voto nas próximas eleições. Sendo assim, é preciso que a transparência esteja em todas as atividades realizadas pelos gestores públicos, de modo que o cidadão tenha acesso e compreenda as ações que estão sendo executadas (SILVA, 2009). Dentro da transparência fiscal, isso quer dizer a possibilidade do acompanhamento claro e transparente da execução orçamentária e financeira. No entanto, ressalta-se que simplesmente tornar públicas as contas do governo não implica em transparência. Diante disso, Icerman e Sinason (1996) observam que as contas públicas não devem se limitar aos relatórios já previstos em dispositivos legais (em geral, relatórios fiscais e financeiros), sendo importante conter também informações qualitativas que tratem de desempenho, projetos e atingimento de metas em áreas relevantes para os cidadãos. No que tange à transparência da gestão fiscal, Paiva e Zuccolotto (2009) entendem que essa se relaciona ao fluxo crescente e tempestivo de informação econômica, social e.

(29) 27. política sobre a administração municipal em meios eletrônicos de acesso público. No Brasil, atualmente, os debates em torno da transparência da gestão pública se reportam à LRF. Cruz et al. (2001, p.10), numa abordagem da transparência da gestão fiscal, diz que: A transparência tem como objetivo garantir a todos os cidadãos, individualmente, por meio de diversas formas em que costumam se organizar, acesso às informações que explicitam as ações a serem praticadas pelos governantes, as em andamento e as executadas em períodos anteriores, quando prevê ampla divulgação, inclusive por meios eletrônicos e divulgação de audiências públicas, dos planos, diretrizes orçamentárias, orçamentos, relatórios periódicos da execução orçamentária e da gestão fiscal, bem como das prestações de contas e pareceres prévios emitidos pelos tribunais de contas.. Este autor ainda expõe que a transparência não deve se reportar somente a fatos presentes praticados pela administração pública, mas também ser garantida informações de períodos anteriores, o que possibilita estudos de caráter evolutivo e comparativo acerca da performance dos gestores. Hendriksen e Van Breda (1999) apresentam três elementos ou dimensões que compõem o processo de transparência na prestação de contas, para fins de pesquisa este trabalho usou como base tais dimensões. A primeira delas é a publicidade. Por publicidade, entende-se a ampla divulgação de informações à população, utilizando-se de múltiplos meios de acesso que possuam baixo custo e ofereçam possibilidade de domínio aos usuários. Pressupõe-se, ainda, que as informações devem ser fornecidas, com tempestividade e em tempo hábil ao apoio às decisões. A segunda dimensão diz respeito à compreensibilidade das informações e, está relacionada à apresentação visual, incluindo a formatação das informações (demonstrativos, balanços, relatórios, entre outros), e ao uso da linguagem. Busca-se idealmente a simplicidade, a linguagem acessível e orientada ao perfil dos usuários, no sentido de proporcionar o entendimento das informações (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). Hendriksen e Van Breda (1999) chamam atenção para o fato de que os usuários são corresponsáveis pelo entendimento das informações, ou seja, devem estar dispostos a ler atentamente as informações e obter a formação técnica necessária. Todavia, quando se transporta esse pressuposto para a divulgação de informações de caráter público e orientadas ao controle social, depara-se com uma barreira maior do que no contexto empresarial. Essa barreira está vinculada ao perfil e aos interesses dos usuários, principalmente quando predominam os cidadãos comuns..

(30) 28. Por fim, a terceira dimensão da transparência das contas públicas é a utilidade para decisões. A utilidade está fundamentada na relevância das informações. A relevância, por sua vez, pode ou não coincidir com os interesses dos usuários. Associada à relevância, está a confiabilidade das informações a que os usuários têm acesso, quer dizer, a garantia de veracidade do que é divulgado. A comparabilidade deve ser propiciada entre períodos e entre entidades (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). A partir disso, percebe-se que a transparência é uma importante condição para o controle social. Outro aspecto importante na garantia da fiscalização e participação popular é a accountability.. 2.3.1 Accountability. Com as boas práticas de gestão trazidas pela NGP, um conceito que ficou notório foi de accountability, que para Branco (2012) se define como a responsabilidade do agente na tomada de decisões e na obrigação de prestar contas, assim como também diz respeito à omissão de seus deveres políticos. Na concepção de Campos (1989), o termo trata da relação existente entre burocracia, elites políticas e sociedade, enfatizando-se o controle que esta deve exercer sobre os administradores públicos. O autor ainda aponta que este conceito é na verdade a união de diferentes ideias, que correspondem a: transparência na condução das ações, efetiva prestação de contas na utilização dos recursos públicos e responsabilização dos gestores públicos. Para Minogue, Polidano e Hulme (1998), accountability prevê a existência de mecanismos que garantam que os servidores públicos e os líderes políticos sejam responsáveis por seus atos e pelo destino dos recursos públicos, exigindo, portanto um governo transparente e uma imprensa livre. Campos (1989) afirma que esta não é uma questão de reformas na gestão como propôs a NGP, ou seja, a simples criação de mecanismos burocráticos não é suficiente para tornar efetiva a responsabilidade dos servidores públicos. Quando as atividades governamentais se expandem e a intervenção do governo na vida do cidadão ganha força, a organização da cidadania se torna o meio pelo qual os direitos democráticos serão respeitados, dito isso uma sociedade desmobilizada não é capaz de garantir a accountability..

(31) 29. Akutsu (2002, p. 43) argumenta que neste conceito são envolvidas duas partes: “a primeira que delega responsabilidade para que a segunda proceda à gestão dos recursos e, ao mesmo tempo, gera a obrigação daquele que administra os recursos de prestar contas de sua gestão, demonstrando o bom uso desses recursos”. Esse autor esclarece que “quando os recursos a serem geridos são públicos, a parte que delega é a Sociedade, representada pelo Poder Legislativo, e a parte delegada é o governo, a quem cabe a responsabilidade final pela gestão dos recursos” (ibid., p. 43). Ribeiro (2003) destaca as oportunidades que as TIC‟s trouxeram para consolidar a accountability, com o desenvolvimento tecnológico se tornou possível a divulgação quase que. instantânea dos atos e ações dos diversos órgãos dos governos. Ao mesmo tempo, essas oportunidades implicaram em novas cobranças, as quais até então eram desconhecidas para o modelo de Estado tradicional. Às novas demandas foram dadas respostas características de um Estado Burocrático-Patrimonialista, o que levou ao descrédito o modelo de democracia fundada no Estado Nacional. Além das implicações trazidas pelas novas tecnologias de comunicação e pela aplicação de propostas inerentes do setor privado, cabe destacar que a accountability possui outro desafio: a sociedade, esta deve se conscientizar do controle que necessita ser feito na administração e para isso a participação popular é fundamental. Tendo em vista as definições apresentadas, pode-se perceber que o exercício da accountability é uma medida de qualidade das relações entre governo e cidadãos, entre. burocracia e clientelas. O nível de interesse na accountability dos governos ou a sua ausência depende de como a sociedade se organiza. Quando estabelecida em torno de um objetivo, a população pode influenciar não só o processo de identificação de necessidades e canalização de demandas, como também pode cobrar melhor desempenho e transparência dos gestores públicos abrindo um caminho para a accountability. Este é um conceito que só ganha a prática se o povo cumprir seus deveres, se o povo não cobra a responsabilidade de seus representantes eles se omitirão diante de suas necessidades. O povo brasileiro tem ao seu lado a Constituição Federal que resguarda a publicidade e a transparência na administração pública, assegurando à população o direito de acompanhar as decisões tomadas pelo governo, ampliando a participação e a democracia..

(32) 30. 2.3.2 Os Princípios Constitucionais Brasileiros de Publicidade e Transparência. O artigo 37 da Constituição Federal de 1988 determina a publicidade como um princípio da administração pública brasileira, detalhando-a em seu parágrafo primeiro (BRASIL, 1988): Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.. A determinação desse princípio assegura ao povo o direito de conhecer as ações dos órgãos públicos e de seus respectivos gestores e servidores, levando-se em consideração o não beneficiamento dos responsáveis. As ações devem ser detalhadas para que o controle social, derivado da democracia, seja exercido efetivamente. Pode-se destacar ainda que ao exigir um “caráter educativo, informativo ou de orientação social” das divulgações, o artigo 37 da CF/88 revela a preocupação com o conteúdo, a utilidade e a compreensibilidade das informações para o controle social (PLATT NETO et al., 2004). De maneira complementar, o artigo 70 da CF/88, em seu parágrafo único, define quem tem a obrigação de prestar contas: “qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária” (BRASIL, 1988). Diante deste artigo percebe-se a responsabilidade exigida na utilização de recursos públicos. O artigo 5º, inciso XXXIII, da CF/88 ressalta o direito à informação, garantida pelos órgãos públicos, bem como a pena pelo não cumprimento da lei (Ibid., 1988): todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.. As exceções à obrigação de tornar público informações estão dispostas no inciso LX do artigo 5º da CF/88, nos seguintes termos: “a lei só poderá restringir a publicidade dos.

(33) 31. atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. Nesse caso, outros interesses públicos poderiam ser violados (Ibid., 1988). A Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998, dispõe sobre a criação de homepage na Internet, pelo Tribunal de Contas da União, para a dos dados e informações que especifica. Perante esta lei toda entidade gestora de recursos públicos está sujeita a divulgar suas contas (Ibid., 1988). Com a publicação da Lei Complementar nº 101, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, no dia 4 de maio de 2000, a importância e a exigência da transparência na gestão pública brasileira foram reforçados. A LRF contempla com um capítulo o tema, intitulado de “Transparência, Controle e Fiscalização” (artigos 48 a 59), enquanto que sua 1ª seção trata da Transparência da Gestão Fiscal, abrangendo os artigos 48 e 49. Cruz et al. (2001, p. 183) expõem o entendimento dado à transparência na LRF da seguinte forma: A transparência na gestão fiscal é tratada na Lei como um princípio de gestão, que tem por finalidade, entre outros aspectos, franquear ao público acesso a informações relativas às atividades financeiras do Estado os procedimentos necessários à divulgação dessas informações.. A Lei nº 10.028/00, que alterou o Código Penal quanto aos crimes fiscais, em seu artigo 5º, inciso I, caracteriza a não divulgação de relatórios contábeis (particularmente do Relatório de Gestão Fiscal) como infração administrativa contra as leis de finanças públicas. Nos termos do § 1º, “a infração prevista neste artigo é punida com multa de trinta por cento dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal”. Recentemente, no dia 16 de maio de 2012, entrou em vigor a Lei nº 12.527/11 – Lei de Acesso a Informações (LAI) – assim, foi dado mais um passo significativo para o Brasil em direção a uma gestão pública mais transparente. A lei veio regulamentar o direito constitucional que garante aos cidadãos o acesso a informações públicas e confere transparência ao Estado brasileiro. O artigo 3º da LAI define as diretrizes que servem como base para o cumprimento desta Lei (BRASIL, 2012): Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:.

(34) 32. I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; V - desenvolvimento do controle social da administração pública.. A LAI contribui para o sucesso de medidas que combatem a corrupção no país, fortalecendo a democracia brasileira e a importância da transparência. Desse modo, afirma-se que tornar acessível à sociedade informações de interesse público pode permitir uma melhoria na gestão pública e possibilitar uma maior participação popular e o controle social das ações governamentais (BRASIL, 2012). A utilização da Internet para divulgar as contas do governo implica a adoção de um conceito trazido da Ciência da Computação, que é a usabilidade, entendida como a facilidade de uso durante a navegação, para alcançar esse conceito é importante aplicar suas variáveis e entender sua relação com o entendimento das informações.. 2.3 USABILIDADE: A FACILIDADE NO USO DA TECNOLOGIA. Os primeiros estudos sobre a interação entre o homem e a máquina surgiram na época da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, cientistas da Força Aérea Inglesa perceberam que os erros cometidos durante a operação de equipamentos militares não eram ocasionadas somente por falha humana, mas também pela inadequação desses equipamentos às características físicas, psíquicas e cognitivas humanas (NASCIMENTO; AMARAL, 2010). Esses estudos influenciaram o desenvolvimento da Ergonomia – disciplina científica que se preocupa em estudar a relação entre o homem e os seus meios, métodos e espaços de trabalho, com a finalidade de produzir resultados que possam contribuir para a adaptação dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho ao homem (ibid., 2010). Cybis (2007) observa que foi a partir da década de 1970, que a ergonomia começou a se consolidar como área de estudo interdisciplinar, beneficiando a criação de sistemas interativos e metodologias que identificam problemas relativos ao uso de sistemas. Ao conjunto de métodos e técnicas ergonômicas denominou-se Engenharia de Usabilidade ou simplesmente Usabilidade..

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