Fisiologia:
A respiração é o mecanismo que o organismo
utiliza para trocar os gases entre a atmosfera e o sangue bem como entre o sangue e as células. É regulada pelo centro respiratório, situado na parte externa do bulbo raquidiano. A respiração envolve a ventilação ( o movimento dos gases
para dentro e fora dos pulmões ), a difusão ( o movimento do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e os eritrócitos ) e a perfusão ( a distribuição dos eritrócitos para e a partir dos capilares pulmonares ).
• A freqüência, profundidade e
ritmo dos movimentos
ventilatórios indicam a qualidade
e a eficiência da Ventilação.
• Analisar a eficiência respiratória
exige integrar os dados históricos
relativos aos três processos; os
• A respiração pode ser examinada e mensurada por meio da inspeção visual, observando-se a expansão e concentração do tórax, pela
ausência do movimento de ar nos pulmões, com a ajuda de um estetoscópio, ou
colocando as mãos sobre o tórax do paciente, sentindo os movimentos torácicos. A
adequação ventilatória pode afetar a difusão e a perfusão, o que afeta a ventilação.
A respiração normalmente é passiva; A inspiração é um processo ativo;
. Durante a inspiração o centro respiratório envia impulsos ao longo do nervo frênico , fazendo com que o diafragma se contraia. Os órgãos
abdominais movimentam-se para baixo e para diante, aumentando o comprimento da cavidade torácica, a fim de levar o ar para dentro dos
• A expiração é um processo passivo;
• . Durante a expiração, o diafragma relaxa, e os órgãos abdominais retornam à sua posição
original. O pulmão e a parede torácica voltam a uma posição relaxada.
A avaliação exata das respirações depende do reconhecimento, pela enfermeira (o), dos
movimentos torácicos e abdominais normais.
Respiração tranqüila, a parede torácica eleva-se e abaixa suavemente.
Durante a respiração normal tranqüila, o
movimento diafragmático faz com que a cavidade abdominal se eleve e abaixe lentamente.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPIRAÇÃO
• Exercício – A atividade muscular produz aumento temporário da freqüência respiratória;
• Dor aguda – As emoções modificam o valor da respiração;
• Ansiedade - Aumenta a freqüência e profundidade da respiração;
• Tabagismo – Em indivíduos fumantes aumenta a freqüência respiratória;
Posição do corpo – A postura ereta e correta promove a expansão torácica plena;
Medicamentos – Pode variar a freqüência respiratória;
Lesão neurológica – Lesão do tronco central compromete o centro respiratório e inibe a freqüência e o ritmo;
Função da hemoglobina – A diminuição da
hemoglobina, reduz a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, que aumenta a
Idade – A freqüência respiratória diminui à medida que aumenta a idade;
Sexo – na mulher, a freqüência respiratória tende a ser mais rápida que no homem;
Digestão – A ingestão de alimentos pode elevar a freqüência respiratória;
Febre – O aumento da temperatura eleva a freqüência respiratória.
EXAME DAS RESPIRAÇÕES
• A respiração constituem o mais fácil dos sinais vitais para avaliar;
• A enfermeira (o) deve estimar as respirações, conforme seus padrões;
• A medida exata exige a observação e palpação dos movimentos da parede torácica.
• O trabalho competente da enfermeira (o),
consiste, em não deixar o cliente saber que as respirações estão sendo avaliadas.
• . Um cliente consciente das intenções da
enfermeira (o) pode alterar conscientemente a freqüência e a profundidade da respiração;
• A avaliação pode ser empreendida melhor logo depois da mensuração do pulso, com a mão da enfermeira (o) ainda sobre o punho do cliente, à medida que o repousa sobre o tórax e abdome, ou ainda pode ser avaliada
logo após a mensuração da temperatura ainda com o termômetro sob a axila.
• Ao avaliar a respiração do cliente, a
enfermeira (o) deve ter em mente a
freqüência e o padrão ventilatório usuais
do cliente; a influência de qualquer
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
• Observar uma inspiração e expiração plena;
• A freqüência respiratória varia de acordo com a idade;
• A faixa usual da freqüência respiratória diminui durante toda a vida.
DISPOSITIVOS
• Monitor de
apnéia;
PROFUNDIDADE RESPIRATÓRIA
• Avaliada através da observação do grau de movimento na parede torácica;
• Descrever subjetivamente, os movimentos ventilatórios como profundo, normais ou superficiais.
Respiração profunda
• Envolve a expansão plena dos
pulmões, com expiração
Respirações superficiais
• Quando apenas pequena
quantidade de ar atravessa os
pulmões, e o movimento
RITMO VENTILATÓRIO
• O padrão da respiração pode ser determinado por meio da observação do tórax ou abdome. • HOMENS
• A respiração diafragmática resulta da
concentração e relaxamento do diafragma,
sendo observada melhor pela visualização dos movimentos abdominais.
• MULHERES
• Usam os músculos torácicos para respirar; os movimentos devem ser observados na parte superior do tórax.
• Com a respiração normal, ocorre um intervalo regular depois de cada ciclo respiratório. Os lactentes tendem a respirar com menor
regularidade. A criança tenra pode respirar lentamente durante alguns segundos e, em seguida de forma súbita, respirar mais
rapidamente. A respiração exibe ritmo regular ou irregular.
FAIXA ACEITÁVEL DE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA POR IDADE
IDADE FREQUÊNCIA
Neonato 30 – 60 ciclos por minuto
Lactente 30 – 50 ciclos por minuto
Pré escolar 25 – 32 ciclos por minuto
Criança 20 – 30 ciclos por minuto
Adolescente 16 – 19 ciclos por minuto
EXAME DA DIFUSÃO E PERFUSÃO
• Os processos respiratórios da difusão e da perfusão podem ser avaliados medindo a saturação de oxigênio do sangue. O
percentual de hemoglobina ligada ao oxigênio nas artérias é o percentual de saturação de
hemoglobina. Em geral ele se situa entre 95% a 100%.
MEDIÇÃO DA SATURAÇÃO ARTERIAL
DE OXIGÊNIO
O oxímetro de pulso, possibilita a medição indireta da saturação de oxigênio na basede dados dos sinais vitais do cliente.
CLASSIFICAÇÃO DA
RESPIRAÇÃO
Ao Ritmo:
• Bradipnéia: A freqüência é anormalmente baixa, menos que 12 ciclos por minuto;
• Taquipnéia: A freqüência é anormalmente rápida, mais que 20 ciclos por minuto;
• Normopnéia/ Eupnéia: A freqüência é regular, dentro dos padrões de limite;
Apnéia: A respiração cessa por vários segundos, quando se prolonga passa a ser uma parada cardio respiratória;
Dispnéia: Dificuldade para respirar;
Hiperpnéia: As respirações são aumentadas em profundidade e freqüência, mais que 20 cilclos por minuto, pode ocorrer durante o exercício.
ORTOPNÉIA: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.
À Amplitude:
• Superficial;
• Profundo;
• Regular;
• Irregular.
Ao Odor:
• Acetônico – Diabéticos;
• Odor de Urina – Insuficiência
renal;
ALTERAÇÕES NO PADRÃO
RESPIRATÓRIO
• HIPERVENTILAÇÃO: Aumentam a freqüência e a profundidade das respirações;
• HIPOVENTILAÇÃO: Depressão da
RESPIRAÇÃO DE CHEYNE STOKES:
A freqüência e a profundidade respiratórias sãoirregulares, caracterizados por períodos alternados de apnéia e hiperventilação;
O ciclo respiratório começa com respirações lentas e superficiais, que gradualmente aumentam para
freqüência e profundidades anormais;
O padrão inverte-se, a respiração fica lenta e se torna superficial, atingindo o máximo na apnéia, antes que a respiração seja retomada;
CLASSIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO QUANTO AO RÍTMO
• CHEYNE STOKES: Incursões pequenas e lentas que vão aumentando de profundidade e frequência até um grau
máximo, regride e cessa por um tempo, período de apnéia por 20 seg., para depois
RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL:
• As respirações
são
anormalmente
profundas e
aumentadas na
freqüência;
• KUSSMAUL: Movimentos inspiratórios e expiratórios, ofegantes e difíceis, com aumento da frequência e profundidade.
RESPIRAÇÃO DE BIOT:
• As respirações são anormalmente
superficiais durante dois ou três
ciclos , seguidos por períodos
• BIOT: Caracterizado por pausas apneicas de duração variável, as respirações são rápidas e profundas.
SONS RESPIRATÓRIOS
• ESTERTOR: ruído rouco, produzido pela presença de secreções na traquéia e nos bronquios;
• ESTRIDOR: apresenta-se em caso de obstrução; é um som inspiratório exagerado ( cacarejante);
• SIBILANTE: sons em tom alto, musical, característios em casos de enfisema e asma;
• RONCO EXPIRATÓRIO: sinal de dificuldade respiratória eminente.
PROCESSO DE ENFERMAGEM E SINAIS
RESPIRATÓRIOS
• A medição do sinal vital da freqüência,
padrão e profundidade respiratórios,
juntamente com a saturação, permite
que a Enfermeira (o) avalie a ventilação,
difusão e perfusão. A enfermeira (o)
também pode realizar outras avaliações,
para medir o estado respiratório.
• . Cada medição pode fornecer indícios
para a determinação da natureza do
problema do cliente. Os dados do exame
respiratório são as características
definidoras de muitos diagnósticos de
enfermagem e são considerados com
outros dados do histórico.
• O plano de cuidados da enfermagem inclui prescrições baseadas no diagnóstico de
enfermagem identificado e no fator
relacionado. A enfermeira (o) deve avaliar os resultados do cliente, analisando a
freqüência respiratória, profundidade
ventilatória, ritmo e saturação, depois de cada intervenção.
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
• Conversar com o paciente, minimizando a ansiedade.
• Observar o tórax e contar os movimentos respiratórios durante l minuto.
• Encerrar como se fosse uma contagem de pulso ou temperatura.
MATERIAL
• Relógio com ponteiro de segundos; • Papel;
PROCEDIMENTO
• Lavar as mãos;
• Reunir o material;
• Posicionar o paciente;
• Contar a respiração em quanto verifica-se a temperatura;
• Segurar o punho do paciente, sem mencionar o procedimento;
• Contar a freqüência respiratória durante um minuto; • Lavar as mãos;
• Guardar o material utilizado;