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GUIA PARA A REALIZAÇÃO DA OFICINA PEDAGÓGICA

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GUIA PARA A

REALIZAÇÃO

DA OFICINA

PEDAGÓGICA

RESPONSABILIDADE ÉTICA DOS

DISCENTES DO CURSO TÉCNICO

EM QUÍMICA INTEGRADO AO

ENSINO MÉDIO DO IFNMG

LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZA

WANDERSON PEREIRA ARAÚJO

(2)

GUIA PARA A

REALIZAÇÃO

DA OFICINA

PEDAGÓGICA

RESPONSABILIDADE ÉTICA

DOS DISCENTES DO CURSO

TÉCNICO EM QUÍMICA

INTEGRADO AO ENSINO

MÉDIO DO IFNMG

LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZA

WANDERSON PEREIRA ARAÚJO

Montes Claros/MG

2020

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S487p

Serrão, Yoli Glenda da Silva.

Planejamento participativo: como implementá-lo na educação profissional e tecnológica. / Yoli Glenda da Silva Serrão, Maria Francisca Morais de Lima. – Manaus, 2019.

22 p. : il. color.

Produto Educacional oriundo da Dissertação – Educação inovadora: uma possibilidade na EPT. (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica). – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus Centro, 2019.

1. Educação profissional e tecnológica. 2. Sala de aula invertida. 3.

Metodologias ativas. I. Lima, Maria Francisca Morais de. II. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas III. Título.

CDD 378.013 Elaborada por Márcia Auzier CRB 11/597

Ficha catalográfica

Autores

LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZA

WANDERSON PEREIRA ARAÚJO

Diagramação e finalização

MICHELLE COSTA DE LIMA

E-mail: michellecdelima@gmail.com

Capa e ilustrações

Recursos do Freepik.com e Adobe Stock

Souza, Lisley Lourrany Nascimento

Guia para a realização da oficina pedagógica / Lisley Lourrany Nascimento Souza, Wanderson Pereira Araújo. – Montes Claros: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, 2020.

63 p.

1. Oficina pedagógica. 2. Cursos técnicos. 3. Química. I. Araújo, Wanderson Pereira. II. IFNMG. III. Título.

(4)

Somente o diálogo,

que implica um

pensar crítico, é capaz,

também, de gerá-lo.

(5)

SUMÁRIO

05 APRESENTAÇÃO

07 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

19 PLANO DE TRABALHO

19 RECOMENDAÇÕES INICIAIS

23 APRESENTAÇÃO DA OFICINA

25 OBJETIVOS

25 JUSTIFICATIVA

26 ETAPAS PREVISTAS

29 DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES

29 CONTEXTUALIZAÇÃO

32 PLANIFICAÇÃO

35 REFLEXÃO

37 CONSIDERAÇÕES FINAIS

42 APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO

FINAL DO ESTUDANTE

47 APÊNDICE B - MATERIAL DE APOIO

54 REFERÊNCIAS

(6)

APRESENTAÇÃO

Caro (a) leitor (a),

Este Guia para a realização da oficina pedagógica “Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG” constitui-se como produto educacional da dissertação intitulada: “A dimensão ética da formação do Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG: um estudo de caso”, desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica - ProfEPT, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG), campus Montes Claros, sob a orientação do Professor Dr. Wanderson Pereira Araújo.

O produto educacional aqui descrito foi desenvolvido com 13 (treze) estudantes do 2º ano do curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG, que aceitaram participar da pesquisa, entre os meses de julho e agosto de 2020. Propõe-se

(7)

a realização de uma oficina pedagógica cujo objetivo é possibilitar aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica.

Neste material estão sistematizadas as orientações para o desenvolvimento da oficina no formato presencial, conforme foi inicialmente projetada. Devido à suspensão das aulas presenciais, em virtude da pandemia de Covid-19 e seus desdobramentos, a aplicação do produto educacional precisou ser adaptada, a fim de permitir a sua realização online, com o auxílio de ferramentas digitais como videoconferência e aplicativo de mensagens instantâneas. Assim, ao longo do Guia serão tecidas algumas considerações sobre as adaptações utilizadas na aplicação online.

Este Guia contém sugestões de trabalho com alunos do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, no entanto, as atividades aqui sugeridas podem servir de orientação para a implementação em outros cursos dessa modalidade, por atender às diretrizes da Educação Profissional e Tecnológica, trabalhando aspectos importantes da formação humana integral. A configuração e o desenvolvimento deste produto se deram com a participação ativa dos sujeitos/estudantes. Portanto, a sua aplicação em outros contextos deverá levar em consideração a cultura, a realidade do lugar, o conhecimento e a experiência dos sujeitos, adequando às características e às necessidades próprias do público-alvo.

(8)

A questão ética na educação ganha um espaço importante de discussão na sociedade atual. A relevância do tema é destacada nos principais documentos que norteiam a educação nacional, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), além de ser abordada por conceituados educadores como Freire (2011) e Rios (2007). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) apontam que é cada vez mais evidente a

CONTEXTUALIZAÇÃO

TEÓRICA

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necessidade de que a educação trabalhe a dimensão ética da formação dos alunos, possibilitando a compreensão sobre o conceito de justiça e a sua sensibilização para a construção de uma sociedade justa, a adoção de atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas e também a adoção de atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio à discriminação (BRASIL, 1997). Essas recomendações compreendem as três virtudes enfatizadas nesta oficina: o respeito, a justiça e a solidariedade.

Além da importância acadêmica do tema, a atenção dada à dimensão ética da formação dos estudantes nesta proposta de oficina se alinha às bases da Educação Profissional e Tecnológica, ao defender uma formação humana

que busque superar a histórica vinculação, mediada ou imediata, com o mercado de trabalho e coloque os educandos como centro das finalidades dessa fase educacional, defendendo uma educação preocupada com a dimensão ética da formação de sujeitos autônomos e protagonistas de cidadania ativa (FRIGOTTO, 2001; RAMOS, 2008). Educar para a emancipação e para uma leitura crítica do mundo exige que o processo educativo ajude o educando a compreender tanto suas condições de vida, quanto questões relacionadas ao trabalho na sociedade atual, aos problemas como o desemprego, as novas formas de trabalho emergentes, a desigualdade social, a miséria, as estruturas produtoras da desigualdade, da discriminação e como a educação se relaciona com o trabalho e com essa sociedade (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005). Sugestão de aprofundamento Livro: Marx e a Pedagogia Moderna, de Mario Alighiero

(10)

Introduzindo o tema da oficina, o conceito de ética é concebido por Nosella (2008, p. 256) como “[...] o ramo da filosofia que fundamenta científica e teoricamente a discussão sobre valores, opções ( l i b e r d a d e ) , c o n s c i ê n c i a , responsabilidade, o bem e o mal, o bom e o ruim etc.”. Assim, a ética apresenta um caráter reflexivo e problematizador em relação às prescrições orientadoras da vida em sociedade. Nesse sentido, Rios (2007) acrescenta que:

A ética se apresenta como uma reflexão crítica sobre a moralidade, sobre a dimensão moral do comportamento do homem. Cabe a ela, enquanto investigação que se dá no interior da filosofia, procurar

ver [...] claro fundo e largo os valores, problematizá-los, buscar sua consistência (RIOS, 2007, p. 23).

A questão ética ocupa um lugar de destaque na obra do educador Paulo Freire, numa perspectiva de libertação, humanização e transformação do homem, em contraposição à ética do mercado, do individualismo e da exclusão social. A perspectiva ética em Freire, a qual fundamenta esta oficina, baseia-se em uma ética da vida, uma ética universal do ser humano, absolutamente indispensável à convivência. Essa ética universal do ser humano defendida por Freire tem como ponto de partida o oprimido, a vítima desumanizada, injustiçada e explorada, ferida em sua vocação ontológica do ser mais, numa busca por sua humanização e libertação, condenando a exploração da força de trabalho do ser humano, a mentira, a discriminação e defendendo a luta dos oprimidos

Sugestão de aprofundamento Livro: Ética, de Adolfo Sánchez Vázquez.

W

Playlist Filosofia da Educação, de Terezinha Azerêdo Rios.

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pela superação da contradição em que se acham (FREIRE, 2005).

A fim de oportunizar essa

intervenção na realidade, a ética em

Freire aponta para uma prática educativa crítica, transformadora e libertadora. A educação possui um importante papel na construção de uma nova realidade, promovendo, a partir do exercício democrático do diálogo e da reflexão, a formação de consciências críticas. Tendo em vista o caráter formador do processo educativo, no ambiente escolar é possível construir hábitos, atitudes e valores com base em uma reflexão de caráter ético, por meio do diálogo constante com os estudantes sobre temas como aceitação das diferenças, respeito, solidariedade, estimulando a aprendizagem de novas posturas em relação ao mundo enquanto se vive em diferentes espaços e situações (GUZZO; SCHROEDER, 2014).

Representa um desafio para a escola, inserida em uma sociedade capitalista que prioriza o lucro em detrimento da vida, da dignidade humana e da justiça, oferecer aos alunos uma educação humanista (TROMBETTA; TROMBETTA, 2018). A escola desempenha um papel significativo na construção de uma sociedade justa e solidária. Através de uma educação fundamentada em princípios ético-críticos, pode-se contribuir para a formação de uma consciência crítica pelos estudantes. Com essa compreensão, foi elaborada a presente proposta de oficina pedagógica. A oficina pedagógica, como proposta de trabalho em grupo, expressa pontos inovadores, mas também representa uma tradição que vem desde o trabalho de Kurt Lewin (1890 – 1947), conhecido Sugestão de aprofundamento Livro: Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. Sugestão de aprofundamento Livro: Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial, de Maria Lúcia Miranda Afonso

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como o fundador da teoria dos pequenos grupos (AFONSO, 2006). Conforme Vieira e Volquind (1997, p. 7), a oficina pedagógica é um “[...] espaço-tempo no qual interagem práticas, teorias, crenças e valores”, sendo uma alternativa metodológica que permite a investigação da realidade em sala de aula. Estimula o pensamento, o sentimento e a ação e provoca experiências necessariamente socializadas. Afonso (2006) acrescenta que a oficina pode ser concebida como:

[...] um trabalho estruturado com grupos, independentemente do número de encontros, sendo focalizado em torno de uma questão central que o grupo se propõe a elaborar, em um contexto social. A elaboração que se busca na oficina não se restringe a uma reflexão racional mas envolve os sujeitos de maneira integral, formas de pensar, sentir e agir (AFONSO, 2006, p. 9).

Integrando as instâncias do pensar, do sentir e do agir, tal proposta deve proporcionar um espaço para a vivência, a reflexão e a construção de conhecimentos, um lugar não apenas para se fazer algo mas para pensar,

O trabalho

envolvendo

oficina visa a:

• Favorecer o

enriquecimento

integral e

harmônico da

personalidade

de todos os

participantes

através de uma ação

criativa e prazerosa;

• Incentivar o

exercício do

espírito crítico,

decodificando a

realidade;

• Promover a

mudança de

atitudes, através da

responsabilidade

compartilhada, do

trabalho de grupo

interdisciplinar

e globalizante”

(VIEIRA;

VOLQUIND,

1997, p. 22).

(13)

devem respeitar-se, pensar de forma cooperativa e buscar resolver os problemas propostos em conjunto (VIEIRA; VOLQUIND, 1997).

Os objetivos finais da oficina “[...] se enquadram na defesa de uma instituição escolar capaz de favorecer o desenvolvimento integral dos seres humanos e, por conseguinte, promotora de modelos de sociedade mais democráticos, cooperativos e justos” (VIEIRA; VOLQUIND, 1997, p. 14). Além disso, o trabalho com oficina busca incentivar o exercício do pensamento crítico a partir da decodificação da realidade, promovendo mudança de atitudes. Com esses fundamentos, a presente oficina propõe um processo de reflexão em grupo, com vistas a contribuir para a formação consciente e humana dos participantes.

Afonso (2006) orienta que o processo de concepção de uma oficina seja composto de quatro momentos. No primeiro deles é analisada a demanda, definindo-se o tema geral do trabalho, o que pode ser feito mediante um pedido do

grupo ou uma necessidade observada pelo professor/mediador. Os detalhes que fundamentaram a concepção da demanda desta oficina encontram-se descritos na seção “Justificativa”.

O segundo momento é o de pré-análise, que inclui o levantamento de dados e aspectos importantes do assunto que poderão ser trabalhados na oficina. Possibilita o levantamento de “temas-geradores” a partir de dados coletados com os participantes. A pré-análise desta oficina foi realizada por meio da aplicação de um questionário, que teve como objetivo identificar o perfil dos participantes, bem como obter informações preliminares sobre a sua compreensão a respeito do tema “ética” e dos principais problemas éticos da sociedade atual, na opinião dos estudantes. Também possibilitou a coleta de informações importantes para nortear a decisão sobre quais assuntos relacionados ao tema poderiam ser trabalhados na oficina, os “temas-geradores”, a partir das respostas dadas pelos participantes. Segundo Afonso (2006, p. 34) “Os ‘temas-geradores’, a exemplo das

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palavras-geradoras de Paulo Freire, mobilizam o grupo porque se relacionam à sua experiência, tocam nos conflitos e nas possibilidades, aguçam o desejo de participação e troca”. Os “temas-geradores” identificados com a aplicação do questionário foram agrupados em dois subtemas, que orientaram o diálogo na primeira etapa da oficina: “problemas sociais” e “preconceito, sensibilidade ao outro e respeito”.

No terceiro momento de concepção da oficina, ocorrem o foco e o enquadre. O foco diz respeito ao que se pretende trabalhar, de acordo com o que foi levantado na pré-análise. O enquadre está relacionado à definição do número de participantes, contexto institucional, local, recursos necessários e número de encontros (AFONSO, 2006). Os dados relativos a essa fase do planejamento da oficina encontram-se descritos na seção “Apresentação da oficina” deste Guia.

No último momento, denominado planejamento flexível, realizam-se a definição e organização do trabalho. A preparação do

professor/mediador deve incluir a antecipação de temas e estratégias, objetivando qualificar-se para conduzir a oficina, porém é preciso estar aberto para adequar o planejamento aos interesses do grupo (AFONSO, 2006). Uma vez delineados os principais aspectos da oficina, nesse último momento do planejamento define-se sua organização.

A organização da oficina, para Vieira e Volquind (2002), pode ser dividida em três etapas: contextualização, planificação e reflexão. Na primeira etapa, a contextualização, os alunos são situados na realidade da oficina, verificando-se os conhecimentos prévios sobre o tema. Ocorre também uma apresentação expositiva conceitual sobre o assunto. Em seguida, os alunos são colocados frente a uma ou mais situações-problema, relacionadas ao tema a ser estudado, devendo expressar conceitos espontâneos, promovendo o conflito sociocognitivo e o repensar de seus “pré-conceitos” (VIEIRA; VOLQUIND, 2002). O conflito

(15)

sociocognitivo ocorre quando o processo de interação social cria um estado de divergência de opiniões ou de soluções pessoais. Refere-se “[...] à natureza do pensamento coletivo e caracteriza um conflito entre respostas socialmente diferentes, que designam também naturezas cognitivas distintas, porque em cada sujeito a incidência da interação suscita uma resposta interna diferente, produzindo um conflito interno” (ADÁN-COELLO, 2008, p. 10). As reações dos sujeitos a essas perturbações devem gerar novas construções, tornando-se o conflito um estímulo à mudança.

Para permitir esse processo, o professor ou mediador deve evitar transmitir diretamente sua opinião, estimulando a exposição dos diversos pontos de vista, bem como sua contraposição, realimentando o diálogo com perguntas sempre que necessário. A interlocução deve ocorrer principalmente entre os alunos e não entre o aluno e o professor/mediador (VIEIRA; VOLQUIND, 2002). Assim, “[...] pode-se lançar mão de músicas, textos,

observações diretas, vídeos, pesquisas de campo, experiências práticas, enfim, vivenciar ideias, sentimentos, experiências, num movimento de reconstrução individual e coletiva” (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96). Esse diálogo irá propiciar uma melhor compreensão da visão dos estudantes diante das questões que serão colocadas em pauta. Para Freire (2005, p. 156), “O diálogo, como encontro dos homens para a ‘pronúncia’ do mundo, é uma condição fundamental para a sua real humanização”. Como elemento central na construção desta oficina, o diálogo possui sua relevância justificada na sua potencialidade de favorecer o pensamento crítico.

Na segunda etapa, a planificação, ocorre o planejamento de ações para a resolução de um problema em comum e a construção de recursos, os quais são compreendidos como os mecanismos, artefatos ou instrumentos produzidos para resolver um problema, para atingir um objetivo desejado, tendo uma finalidade social nesta proposta. Os recursos a serem produzidos deverão respeitar as aptidões

(16)

e interesses dos participantes, podendo ser no formato de vídeo, música, peça teatral, poesia, mural, charge / quadrinho / tirinha, desenho, pintura ou outro que atenda melhor a equipe. A produção dos estudantes deve expressar sua sensibilidade em relação ao tema abordado, visto que a arte instiga a revisão de pensamentos e posicionamentos, pois a sensibilidade estética permite compreensões e reflexões de caráter ético. Assim, essa iniciativa busca possibilitar aos estudantes experienciarem o processo educativo ética e esteticamente (CHAVES; GEORGEN, 2017).

A palavra estética se origina do grego aisthetikós, que se relaciona ao ato de admirar, envolvendo a sensibilidade humana, estando o sensível ligado ao respeito às diferenças, à rejeição às injustiças e às ações que contrariam a ética. O reconhecimento da ética e da estética na formação humana é fundamental para contribuir para a formação de pessoas críticas, autônomas, socialmente responsáveis, que

saibam respeitar as diferenças e agir em favor do bem comum (CHAVES; GEORGEN, 2017).

O grupo deve dialogar sobre as principais dificuldades observadas após o diálogo inicial ou pontos de interesse comuns, a fim de definir o eixo condutor da elaboração do recurso, buscando atender às necessidades dos participantes. Nesse processo, os estudantes enfrentarão obstáculos, aprenderão a questionar-se e apropriar-se melhor de sua realidade, sendo um momento de máxima aprendizagem e interesse em mudanças. Nessa etapa, a temática é mais explorada pelos alunos, dando vida ao tema da oficina através das ações em grupo, exigindo dos participantes um nível mais elaborado de reflexão e crítica, apropriando-se dos conceitos, confrontando-os com seus juízos morais pré-concebidos e reformulando-os a partir da problematização inicial (VIEIRA; VOLQUIND, 2002).

Na última etapa, a reflexão, ocorre a sistematização dos conhecimentos produzidos e a

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avaliação das atividades realizadas, havendo a socialização das percepções decorrentes das atividades, por meio de relatos e reflexões. A avaliação propiciará a análise do que foi atingido, o que pode ser acrescentado ou modificado, alcançando os níveis cognitivo, afetivo e social (VIEIRA; VOLQUIND, 2002). A concepção de avaliação utilizada nesta oficina foi formativa e reflexiva, tendo como base as orientações de Freire (2011,

p. 63) de que “[...] o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo”, ressaltando o respeito à autonomia dos discentes, mediante a sua participação no processo avaliativo.

Apoiados nos fundamentados teóricos e metodológicos propostos pelos autores que embasam esta oficina, apresentamos os principais elementos que a caracterizam:

DIÁLOGO

Esta oficina busca promover e incentivar o diálogo como reflexão crítica da realidade. Assume um caráter essencialmente interativo e comunicativo entre os sujeitos, não sendo compreendida como algo mecânico, mas valorizando o potencial participativo dos estudantes.

COLABORAÇÃO

A construção da oficina deve ocorrer de forma coletiva. Não se trata de pensar em uma oficina para os discentes, mas com os discentes, respeitando e priorizando suas opiniões e contribuições para a construção do processo, devendo o conteúdo trabalhado e o recurso produzido refletir os interesses dos participantes.

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DIVERSIDADE

Tanto em relação aos temas abordados quanto em relação às demandas tratadas durante a produção do recurso, a oficina deve respeitar e valorizar as diferenças, contribuindo para a formação de um espaço plural, de afirmação da diversidade.

PREOCUPAÇÃO COM A FORMAÇÃO

HUMANA INTEGRAL

Partindo de uma concepção de formação humana que vise à integração de todas as dimensões da vida no processo formativo, busca-se contribuir para a formação humana integral dos sujeitos, ao trabalhar a sua dimensão ética.

FLEXIBILIDADE

Desde a pré-análise, na qual é realizado o levantamento de dados e aspectos importantes do tema que poderão ser trabalhados na oficina, a partir das opiniões dos participantes, até a construção do recurso, que busca atender às necessidades destes, a adaptabilidade às características e interesses do grupo deve estar presente, não podendo haver um planejamento rígido, mas que possa se adequar ao contexto de aplicação.

AÇÃO VOLTADA PARA O CONTEXTO SOCIAL

Visa à produção de propostas de intervenção social, pensadas a partir da problematização da realidade social pelos participantes, partindo da “leitura do mundo” dos estudantes e buscando ir além dela.

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Tendo em vista os aspectos aqui apontados, acredita-se que a oficina pedagógica seja um instrumento capaz de contribuir para o aprofundamento de ações educativas que favoreçam a reflexão sobre a responsabilidade ética dos educandos, a partir da problematização de questões relacionadas à ética, contextualizadas à realidade dos estudantes, abrindo uma oportunidade de diálogo e aprendizado, para a construção de uma consciência ético-crítica.

A seguir encontra-se o plano de trabalho utilizado para a realização da oficina “Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG”, com as adequações e aprimoramentos resultantes de sua aplicação e avaliação.

(20)

RECOMENDAÇÕES INICIAIS

C

om base nos estudos de Afonso (2006), Anastasiou e Alves (2004) e Vieira e Volquind (1997), separamos alguns pontos importantes que devem ser observados para melhor andamento da oficina pedagógica.

PLANO DE

TRABALHO

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O primeiro passo para realização de uma oficina é a escolha do tema. Essa pode ser feita de acordo com uma necessidade observada pelo professor/ mediador ou através de levantamento direto com os participantes sobre temas de seu interesse.

Recomenda-se que a oficina seja realizada com não mais que 15 participantes, possibilitando assim um diálogo mais rico, maior participação dos envolvidos e melhor acompanhamento do professor/mediador. Podem ser usadas fichas de inscrição para organizar a quantidade de participantes, realizando mais de um encontro, se preciso.

Alguns pontos importantes devem ser observados para o bom andamento da oficina. A escolha e reserva do local deverão ser feitas com antecedência, observando o espaço necessário, os recursos como aparelhos de som ou projetor multimídia, a iluminação, as condições climáticas caso seja em espaço aberto, bem como possíveis ruídos ou movimentações que possam atrapalhar o andamento.

Todo o material necessário para uso do professor/mediador e dos participantes deverá ser previamente separado, evitando, assim, imprevistos e improvisos. Se possível, pode ser organizada uma pasta para cada participante, contendo materiais como bloco de anotações, canetas e outros itens que possam ser úteis à realização das atividades propostas. Caso os participantes não se conheçam, podem ser providenciados crachás, a fim de facilitar a comunicação entre todos.

(22)

As etapas da oficina devem ser preparadas antecipadamente, podendo-se organizar um roteiro para acompanhamento de cada momento. É importante estar atento ao tempo necessário para a realização de cada etapa, evitando-se, assim, o não cumprimento das atividades propostas. Além da organização das etapas, o professor/mediador deve se preparar previamente por meio da revisão do tema a ser trabalhado, a fim de que possa coordenar as atividades com segurança.

Os participantes devem ser recebidos desde a chegada com acolhimento e atenção. Caso não se conheçam, sugere-se a realização de uma dinâmica de apresentação.

É importante informar aos participantes sobre o tema da oficina, os objetivos propostos, os resultados esperados, as etapas previstas, a técnica escolhida e a dinâmica do diálogo, para que se sintam seguros e confortáveis.

A oficina não deve se caracterizar como uma aula ou palestra do professor/mediador. Deve-se criar uma atmosfera que estimule o diálogo, acompanhando todas as falas com atenção, observando se está havendo envolvimento e interesse pelo tema. Deve-se buscar estimular os diálogos profícuos e, se preciso, reorientá-los caso os participantes demonstrem desinteresse ou caso as falas se tornem dispersas. O professor/mediador deve tratar a todos de forma respeitosa, não emitindo julgamentos ou opiniões que envergonhem ou intimidem os participantes.

(23)

Para o acompanhamento da participação dos estudantes, pode-se utilizar um diário de aplicação da oficina, observando o andamento, a contribuição de cada integrante, o comprometimento, as dificuldades encontradas, podendo auxiliar no processo de avaliação e também para o aperfeiçoamento da técnica.

Durante a oficina é importante que seja realizado um processo constante de avaliação. Ao final, recomenda-se uma avaliação em grupo, buscando sistematizar os conhecimentos produzidos, avaliar as atividades realizadas, tanto o processo quanto o recurso resultante e permitir que cada um faça sua autoavaliação, observando as contribuições da oficina em um âmbito pessoal e o alcance dos objetivos propostos, priorizando a percepção dos estudantes.

A avaliação realizada durante a oficina poderá ser complementada após a finalização, possibilitando assim a coleta de opiniões que, por alguma razão, não tenham sido manifestadas durante a avaliação coletiva. O uso de um questionário online sem identificação poderá ser útil, inclusive, para que os participantes expressem os pontos negativos observados durante o evento e possíveis sugestões de melhoria.

(24)

Esta oficina visa a criar um espaço de reflexão, de aprendizagem e de troca de experiências sobre o tema “Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG”. Enfoca, principalmente, questões relacionadas à desigualdade social, aos problemas habitacionais, ao trabalho infantil, ao desemprego, à fome, à precariedade na educação e na saúde públicas e ao preconceito, problemas manifestos em nossa sociedade, os quais foram abordados no questionário inicial respondido pelos participantes, que contribuiu para a delimitação dos subtemas trabalhados. O quadro a seguir apresenta algumas informações sobre a oficina.

APRESENTAÇÃO

DA OFICINA

O Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG,

campus Montes Claros,

foi implantado no ano de 2012, com o objetivo de “formar profissionais cidadãos técnicos de nível médio competentes técnica, humanística, ética e politicamente, com elevado grau de responsabilidade social para exercer papel social no mundo do trabalho e em suas relações interpessoais, sejam profissionais ou não”. Para mais informações

acesse o

Projeto Pedagógico de Curso.

ATENÇÃO: O desenvolvimento da oficina seguiu todas as normas do Comitê de Ética em Pesquisa, sendo a coleta de dados iniciada somente após a aprovação do projeto e o preenchimento dos

(25)

QUADRO DESCRITIVO

Tema da oficina

Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG

Local de realização

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais -

Campus Montes Claros

Carga horária 20 horas (05 horas presenciais e 15 horas semipresenciais)

Nível de escolarização para a

qual será dirigida

Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio

Número de

participantes 10 (dez) a 15 (quinze) participantes

Materiais necessários

Sala com capacidade para comportar os participantes confortavelmente

Aparelho televisor ou projetor multimídia Slides com material para orientar o diálogo Caderno de anotações

Canetas Crachás

Bloco autoadesivo (post it) Pincéis atômicos coloridos

Revistas de assuntos gerais atuais

Blocos plásticos coloridos de montar para dinâmica

Caixa de doces para dinâmica

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● Possibilitar aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica; ● Fomentar o diálogo e a ampliação da compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de respeito,

justiça e solidariedade pelos discentes; ● Construir, a partir dos diálogos feitos em grupo, recursos que abordem as inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual, possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação;

● Proporcionar um momento de reavaliação de conceitos, pensamentos e atitudes em relação a si mesmo e ao outro, através do compartilhamento de ideias e do trabalho em equipe.

OBJETIVOS

JUSTIFICATIVA

Analisando alguns dos principais documentos oficiais que norteiam a educação nacional, observa-se a atenção dada à importância da ética na formação dos estudantes. Os Parâmetros Curriculares Nacionais compreendem que “[...] a ética é um eterno pensar, refletir, construir. E a escola deve educar seus alunos para que possam tomar parte nessa construção, serem livres e autônomos para pensarem e julgarem” (BRASIL,

Diante dessa relevância, a contribuição que se pretende dar ao debate já existente sobre o tema é a utilização da oficina pedagógica como uma alternativa para possibilitar a reflexão dos estudantes sobre sua responsabilidade ética, proporcionando a ampliação da percepção a respeito do assunto, configurando-se em um espaço de troca, colaboração e interação, além de buscar incentivar o exercício

(27)

ETAPAS PREVISTAS

da decodificação da realidade, estimulando a mudança de atitudes e pensamentos. Freire (2011, p. 120) orienta que respeitar a leitura de mundo do educando “é a maneira correta que tem o educador de, com o educando e não sobre ele, tentar a superação de uma maneira mais ingênua por outra mais crítica de inteligir o mundo”. Assim, este trabalho também se justifica pela necessidade de criar espaços de discussão dos problemas sociais emergentes com os estudantes, permitindo que, a partir do aprofundamento e discussão da realidade, sejam capazes de transformá-la.

A construção de uma escola que se fundamente em virtudes éticas requer vontade política, da sociedade e da comunidade escolar. Trata-se de uma construção coletiva, na qual a participação de todos e o diálogo promovam o crescimento e a autonomia dos educandos. Viver de forma ética exige que se lute por mais justiça e igualdade social e o papel da educação nessa luta é de denunciar a realidade e anunciar a possibilidade de um mundo justo, ao problematizar a realidade social opressora, fazendo emergir nas consciências dos educandos o compromisso com os outros e com o mundo que os cerca (TROMBETTA; TROMBETTA, 2018).

Para adaptação ao formato online, as cinco horas previstas para os encontros presenciais foram realizadas por meio de videoconferência, em um encontro com todos os estudantes presentes na sala virtual. As quinze horas no formato semipresencial foram realizadas por cada grupo, separadamente, utilizando WhatsApp, videoconferência

As atividades da oficina têm duração de 20 horas, sendo 05 presenciais e 15 semipresenciais. Para garantir a melhor utilização do tempo, prevê-se que essas atividades se desenvolvam em três partes, conforme o quadro a seguir:

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ORGANIZAÇÃO DA OFICINA

PARTE 1 - PRESENCIAL

Etapa Atividade Duração

Contextualização

Apresentação do professor/mediador, esclarecimentos sobre o tema da oficina, os objetivos e as etapas previstas, a técnica escolhida e a dinâmica do diálogo

05 min

Apresentação dos estudantes 15 min Realização da atividade “tempestade

cerebral” 05 min Síntese conceitual sobre ética, moral

e valores 15 min Análise e interlocução sobre os

materiais trazidos para reflexão, no formato de slides, representando situações-problema relacionadas ao tema a ser estudado (materiais previamente selecionados de

revistas, jornais, redes sociais, livros, fotografias, pinturas, poesias, letras de música, vídeos, dinâmicas, enquetes ou outros)

100 min

Finalização da primeira parte,

avaliação da atividade desenvolvida e orientações sobre as próximas etapas da oficina

10 min

(29)

PARTE 2 – SEMIPRESENCIAL

Etapa Atividade Duração

Planificação

Divisão do grupo em equipes. Diálogo para identificação das principais dificuldades identificadas ou pontos de interesse comuns, a partir da etapa de contextualização. Escolha de um assunto de interesse, planejamento e

elaboração de um recurso com auxílio do professor/mediador, com o uso de ferramentas online e/ou encontros presenciais, conforme a necessidade do grupo

15 horas

Carga horária parte 2 15h

PARTE 3 - PRESENCIAL

Etapa Atividade Duração

Planificação (continuação)

Apresentação do recurso

elaborado pelas equipes 90 min

Reflexão

Socialização das conclusões das

equipes 30 min Avaliação do processo e do

recurso produzido 20 min Encerramento 10 min

Carga horária parte 3 02h30min

(30)

DETALHAMENTO

DAS ATIVIDADES

Após a acolhida dos participantes, nesse primeiro momento devem ser iniciadas as atividades a partir da apresentação do tema da oficina, os seus objetivos e as etapas previstas, a técnica escolhida e a dinâmica do diálogo.

Logo em seguida, os estudantes, dispostos em um semicírculo, devem se apresentar a fim de gerar

um maior entrosamento no grupo. Ao se apresentar, cada estudante deverá responder à pergunta: “o que você quer ser quando crescer?”, cujas respostas serão retomadas ao final da oficina.

Para iniciar o diálogo sobre o tema, deverá ser realizada a atividade “tempestade cerebral”, entregando uma folha de papel

CONTEXTUALIZAÇÃO

Para adaptação ao formato online, foi utilizada uma sala virtual, fornecida pelo serviço de Conferência Web da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.

Para adaptação ao formato online, a atividade “tempestade cerebral” foi realizada utilizando-se o recurso de bate-papo da sala virtual, no qual os participantes inseriram suas respostas.

(31)

autoadesivo (post it) para cada estudante e pedindo que escrevam uma palavra que associem ao tema “ética”. Deve-se esclarecer que não há palavra certa ou errada, devendo os estudantes colar o papel no quadro ao terminar de escrever, formando uma nuvem de palavras. Após todos participarem, deverá ser feito um levantamento das principais palavras mencionadas, observando se houve alguma mais recorrente e, se necessário, solicitando esclarecimento quanto a alguma palavra cuja relação com o tema não tenha sido compreendida.

Partindo do levantamento feito com os alunos, deverá ser realizada uma apresentação

expositiva, em diálogo com os estudantes, sobre o conceito de ética, sua relação com a moral e valores e sua importância em nossa sociedade. Sugere-se que a apresentação seja baseada nos autores que fundamentam esta oficina (FREIRE, 2011; RIOS, 2007; VÁZQUEZ, 2012).

Em seguida deverá ser realizado um momento de diálogo sobre os materiais selecionados para reflexão, apresentados através do uso de um aparelho televisor ou projetor multimídia, no qual poderão ser mostrados materiais retirados de revistas, jornais, redes sociais, livros, fotografias, pinturas, poesias, letras de música, vídeos, dinâmicas, enquetes ou outros, que reflitam problemas sociais atuais como desigualdade social, problemas habitacionais, trabalho infantil, fome, desemprego, precariedade na educação e na saúde públicas e preconceito, buscando fomentar o diálogo e a livre expressão dos alunos, dentro do tema proposto.

“Cabe ao professor situar

os alunos na realidade da

oficina, verificando o que

sabem sobre o assunto

em estudo, quais seus

interesses” (VIEIRA;

VOLQUIND, 1997, p. 24).

(32)

Os estudantes precisam ser estimulados a manifestar sua opinião, sua compreensão, concordância ou discordância sobre o assunto em pauta, permitindo que expressem conceitos de forma espontânea, promovendo um repensar das próprias opiniões e também da opinião dos colegas. O responsável pela oficina irá atuar como mediador do diálogo, fazendo questionamentos quando entender necessário, solicitando explicações ou pedindo que o assunto seja melhor esclarecido. O material apresentado durante a oficina “Responsabilidade ética dos

discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG” encontra-se apenso, para consulta.

Para encerrar essa etapa, deve-se realizar uma síntese dos momentos anteriores, buscando identificar as principais situações-problema apontadas pelos alunos, relacionando as interlocuções ocorridas com os conceitos teóricos apresentados. Após a finalização desse momento, os alunos devem ser orientados sobre as próximas etapas da oficina, que incluirão a identificação de uma dificuldade ou interesse comum relacionado ao tema trabalhado, a divisão do grupo em equipes, de acordo com o número de participantes e a escolha de um assunto específico pelo qual se interessem, relacionado aos subtemas da oficina, a fim de que possam aprofundar-se para a criação de um recurso a ser apresentado aos colegas, conforme detalhamento a seguir.

“Cabe ao professor promover

o espaço para a discussão,

permitindo que ocorram as

rupturas e novas construções.

O professor deve saber

intervir nos debates,

propondo reflexões e, até

mesmo, pausas para que

outras construções possam

acontecer” (VIEIRA;

VOLQUIND, 1997, p. 17).

(33)

Após o encerramento do primeiro encontro, o grupo deverá dialogar, por meio de encontros presenciais e do uso de WhatsApp, e-mail, videoconferência ou outra ferramenta de sua preferência, sobre as principais dificuldades encontradas ou pontos de interesse comuns, a fim de definir o eixo condutor da elaboração do recurso, buscando atender às necessidades dos participantes. Uma vez identificada a dificuldade ou interesse comum pelos estudantes, deverá ser realizada a divisão das equipes e escolha do subtema a ser trabalhado.

Os alunos devem ser incentivados a pesquisar e explorar materiais que abordem os assuntos de seu interesse, sendo disponibilizados, tão somente para apoio, materiais previamente selecionados de revistas, jornais, redes sociais, livros, fotografias, pinturas, poesias, letras de música, vídeos ou outros, para que possam planejar a elaboração de um recurso que aborde suas inquietações a respeito da questão ética na sociedade atual, com o auxílio do professor/ mediador e que busque provocar uma autorreflexão e também a autorreflexão dos colegas aos quais o recurso será apresentado.

“Ao realizar uma tarefa

em conjunto, os alunos

estarão aprendendo a

confrontar opiniões,

desenvolver estratégias

PLANIFICAÇÃO

mais adequadas,

valorizando a cooperação”

(VIEIRA; VOLQUIND,

1997, p. 50).

(34)

Respeitando as aptidões próprias de cada um, os alunos poderão escolher o recurso entre as sugestões apresentadas, como a elaboração de um vídeo/ documentário, música, poesia, mural virtual, charge/quadrinho/ tirinha, pintura ou poderão sugerir outra opção que atenda melhor a equipe.

Os alunos farão o planejamento e execução das ações para a elaboração do recurso no prazo de, pelo menos, 15 dias, com acompanhamento e auxílio do professor/mediador, apresentando-o

aos demais colegas na terceira parte da oficina. Esse deve ser um momento de aprendizagem, apropriação do saber, reflexão e autocrítica. Cada equipe deverá preparar uma apresentação do recurso elaborado com aproximadamente 20 minutos, ou conforme a necessidade e disponibilidade de tempo.

A apresentação deverá conter informações sobre o problema escolhido e os motivos

Em virtude de esta etapa ocorrer em sua maior parte à distância, o tempo necessário ao diálogo e construção do recurso pode ser maior, conforme necessidade do grupo. Na aplicação realizada, o prazo demandado pelos estudantes foi de 35 dias para elaboração do recurso.

“A troca de experiência

deve levar em conta a

vivência de cada

participante da oficina,

suas habilidades e

conhecimentos”

(VIEIRA; VOLQUIND,

1997, p. 17).

“Nas oficinas faz-se

necessário momentos

de ação, de vivência,

de reflexão e

conceitualização,

mas acima de tudo,

será preciso atender

às necessidades dos

participantes” (VIEIRA;

VOLQUIND, 1997, p. 22).

(35)

que levaram à sua escolha, buscando atender à dificuldade ou ponto de interesse comum encontrado pelo grupo. Uma vez finalizado o diálogo, a pesquisa e produção dos recursos pelas equipes, na terceira parte da oficina, continuando a etapa de planificação, deverá ocorrer a socialização dos recursos produzidos e o diálogo entre as equipes.

Na experiência de implementação da oficina realizada, o grupo identificou que sua dificuldade estava em compreender de que forma poderia contribuir para a superação dos problemas dialogados durante a oficina. Essa dificuldade orientou a construção do recurso pelas equipes, que buscaram, após a escolha de um problema de seu interesse, refletir em busca de minimizar essa dificuldade.

(36)

REFLEXÃO

Nesta última etapa deverá ser feita a socialização das conclusões das equipes após as apresentações, realizando-se uma avaliação da oficina, tanto do processo quanto do recurso elaborado, de forma coletiva, tendo cada aluno a oportunidade de se expressar oralmente sobre as impressões a respeito da realização da oficina, importância e atualidade do assunto, o que aprenderam durante o processo, os sentimentos experienciados, pontos positivos, pontos a desenvolver e sugestões. Poderão também fazer um relato sobre o percurso de construção do recurso e se de alguma forma sua participação colaborou para um exercício de

autoavaliação e para a reflexão sobre sua responsabilidade ética, contribuindo para a formação de uma consciência crítica.

A oficina será finalizada com as considerações do professor/mediador, fazendo uma avaliação sobre as atividades realizadas e retomando as respostas dadas ao questionamento feito durante o primeiro encontro: “o que você vai ser quando crescer?”, ressaltando a importância de que, para além de uma formação profissional, é preciso refletir sobre o que queremos ser como seres humanos, cidadãos, em um mundo que precisa de pessoas comprometidas com a construção de uma sociedade justa e solidária.

(37)

Após o encerramento do último encontro, poderá ser utilizado, adicionalmente ao processo avaliativo/autoavaliativo que permeou todas as etapas, um questionário respondido de forma anônima, permitindo aos estudantes se expressarem com maior liberdade sobre suas impressões e contribuindo também para a avaliação pelo professor/mediador. O questionário utilizado nesta oficina encontra-se apenso.

(38)

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

A

proposta de oficina pedagógica aqui apresentada teve como objetivo possibilitar aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica. A partir da nossa experiência de implementação deste produto educacional com a turma do 2º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG, compreende-se que houve um alinhamento entre os objetivos e a intervenção proposta, ao criar um espaço de diálogo e participação ativa, partindo

(39)

dos participantes consideraram o tema da oficina interessante, contextualizado e relevante para os estudantes.

100%

dos participantes consideraram a oficina como método de trabalho apropriado para abordar o tema.

91,7%

dos participantes consideraram que sua participação na oficina contribuiu para aumentar a compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de respeito, justiça e solidariedade.

100%

dos participantes consideraram que os objetivos da oficina foram alcançados satisfatoriamente

91,7%

“Uma ótima experiência, com eixo temático social, que nos faz pensar sobre nossas atitudes como pertencentes à mesma sociedade, abrindo nossos olhos para os problemas e nos incentivando a pensar sobre formas possíveis de contribuirmos para que essas adversidades diminuam gradativamente” (PARTICIPANTE 11).

“Acredito que foi de extrema importância, tanto para minha vida pessoal, quanto para minha vida profissional. Os temas escolhidos e abordados são fundamentais para a construção de um ser humano melhor. Estou super satisfeita em ter feito parte e ajudado de alguma forma. Incrível! Acredito que essa palavra resuma bem o que achei da oficina” (PARTICIPANTE 5).

“A oficina contribuiu para a reavaliação de conceitos, reflexão sobre assuntos presentes na sociedade e que nem sempre percebemos. Também contribuiu para observarmos diferentes pontos de vista sobre um mesmo problema, foi uma forma de conscientização para problemas sociais” (PARTICIPANTE 10).

dos conhecimentos prévios e das vivências dos estudantes, respeitando a sua autonomia e promovendo atividades estimuladoras da reflexão, da investigação e da autoavaliação.

Destacamos algumas das avaliações feitas pelos participantes da oficina:

(40)

Parecer do avaliador I1

Fernando Mota Ribeiro

Também contribuíram para a avaliação deste Guia três profissionais cujas avaliações apontaram que:

Julgo que este produto pedagógico é de grande relevância para a formação ética de nossos alunos e contempla o proposto em nosso Projeto Pedagógico de Curso. As ideias e propostas apresentadas neste Guia são de ótima qualidade e aplicabilidade. Sugiro que este Guia faça parte dos planos de curso do IFNMG, pois este trabalho em muito contribui para a formação de profissionais aos quais acreditamos fazer diferença no mercado e no mundo do trabalho.

1 Fernando Mota Ribeiro possui graduação em Engenharia Química e mestrado em Físico-Química. É coordenador do

Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG campus Montes Claros.

2 Maria Lúcia Miranda Afonso possui graduação em Psicologia e doutorado em Educação. É autora/organizadora do livro

O Guia para a realização da Oficina Pedagógica traz uma contribuição inestimável para a formação dos estudantes no ensino médio, seguindo as diretrizes para uma educação crítica e integral. A Oficina Pedagógica aqui proposta se apoia em correntes teóricas consolidadas da educação crítica. Aborda as virtudes do respeito, da justiça e da solidariedade, promovendo uma reflexão sobre os aspectos éticos no contexto de vida dos estudantes, trazendo-lhes a oportunidade de pensar, sentir e agir diante de diversos aspectos desse contexto. A Oficina é embasada em uma perspectiva de humanização e transformação do ser humano para uma sociedade mais justa e solidária. Nessa perspectiva, elege o diálogo e as metodologias ativas e participativas como instrumentais para promover o pensamento crítico, inclusive criando ocasião para que os estudantes possam elaborar formas de ação e intervenção em seu contexto, praticando a cidadania. Também junto aos educadores, a Oficina abre um espaço para acolhimento, oferecendo uma linha de base para criar seus próprios projetos a partir do exemplo aqui construído. A proposta da Oficina Pedagógica aqui apresentada vem, portanto, fortalecer os esforços de construção de novos caminhos e procedimentos para efetivar uma educação ao mesmo tempo competente do ponto de vista técnico e reflexiva do ponto de vista ético, contribuindo para a formação integral dos alunos, para a valorização dos docentes e da educação junto à sociedade.

Parecer da avaliadora II2

Maria Lúcia Miranda Afonso

(41)

Percebe-se, ao longo de todo o material apresentado, a preocupação em relacionar a proposta da oficina aos objetivos e documentos oficiais que norteiam o trabalho na Educação Profissional e Tecnológica – EPT. Deve-se ressaltar a excelente qualidade do Guia de apresentação da oficina, no qual o conteúdo é trabalhado de forma atraente e interativa, adequada ao perfil dos participantes. Outro aspecto relevante nesse sentido é a avaliação final da oficina pelo estudante, que traz questões relevantes e condizentes com os objetivos propostos, além de promover a reflexão sobre os temas trabalhados.

Parecer da avaliadora III3

Maria das Dores de Freitas Soares

3 Maria das Dores de Freitas Soares possui graduação em Pedagogia e mestrado em Educação. É pedagoga no

IFNMG campus Montes Claros.

4 Terezinha Azerêdo Rios possui graduação em Filosofia e doutorado em Educação. É autora do livro “Ética e

competência, que fundamenta a oficina realizada e o Guia produzido.

Embora elaborado com a finalidade de abordar um tema específico (e importantíssimo – a presença da ética no espaço da educação), o guia se mostra útil para o trabalho com inúmeros outros temas. Está redigido numa linguagem clara e precisa, recorre a referências teóricas importantes e propõe etapas articuladas no sentido de se manterem os elementos básicos de um trabalho dessa natureza – a colaboração, o diálogo, a ação voltada para o contexto social. Leve-se em conta a utilização do guia como um recurso de caráter pedagógico. Ele aponta a necessidade de se trabalhar não para os estudantes, mas com eles, estimulando sua criatividade, seu espírito de criticidade. Vale destacar o recurso à obra de Paulo Freire, com o objetivo de explorar as ideias que nos trouxe esse pensador brilhante, estimulando a conscientização, o debate, a construção coletiva da autonomia. Na certa, a proposta apresentada traz um estímulo à reflexão, à superação de uma atitude individualista, ao esforço para uma aprendizagem rica.

Parecer da avaliadora III3

Maria das Dores de Freitas Soares

(42)

Tendo em vista a avaliação feita pelos estudantes durante a sua participação na oficina pedagógica, em conjunto com a pesquisadora, e a avaliação realizada pelos profissionais das áreas da Pedagogia, Psicologia e Engenharia Química, convidados a contribuir com esse Guia, compreende-se que a oficina pedagógica é um instrumento profícuo para que seja trabalhada a reflexão sobre a responsabilidade ética dos estudantes na escola, ponderando-se seus limites e possibilidades.

Para além da apresentação de estratégias, organização de etapas e sugestão de materiais, este Guia propõe um olhar sobre a importância de se trabalhar a dimensão ética da

formação dos estudantes, a partir da abertura de espaços de diálogo sobre os problemas sociais emergentes, que se configura em um importante papel da escola e também uma necessidade, conforme apontado pelos participantes durante a oficina, estimulando a formação de uma consciência crítica.

Para tanto, faz-se necessário um trabalho intensivo e contínuo, que certamente não se encerra nesta oficina pedagógica, mas esperamos que a partir desta proposta surjam novos espaços de diálogo e novas propostas de intervenção, que sejam motivadoras para a superação dos desafios da formação humana integral.

(43)

APÊNDICE A

FORMULÁRIO DE

AVALIAÇÃO FINAL DO

ESTUDANTE

W

Prezado(a) estudante,

Após a sua participação na Oficina Pedagógica “Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG" e diante dos objetivos da oficina, descritos abaixo, assinale para cada item a seguir a opção que melhor corresponda à sua opinião.

(44)

OBJETIVOS

• Possibilitar aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica;

• Fomentar o diálogo e a ampliação da compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de respeito, justiça e solidariedade pelos discentes;

• Construir, a partir dos diálogos feitos em grupo, recursos que abordem as inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual, possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação;

• Proporcionar um momento de reavaliação de conceitos, pensamentos e atitudes em relação a si mesmo e ao outro, através do compartilhamento de ideias e do trabalho em equipe.

Marque uma das opções a seguir para cada questão:

1 - Diante dos objetivos propostos, considero que a escolha da oficina como método de trabalho foi apropriada para abordar o tema.

2 - O tema da oficina foi interessante e contextualizado, sendo esse diálogo relevante para os estudantes.

(45)

3 - Os assuntos trabalhados foram atuais, representando situações relacionadas ao contexto no qual estou inserido(a).

4 - Foram utilizados recursos (imagens, vídeos, notícias) relacionados ao tema, os quais contribuíram para melhor compreensão dos assuntos trabalhados e para o diálogo.

5 - O tempo dedicado ao diálogo, elaboração do recurso, socialização das conclusões e avaliação foi satisfatório.

6 - As atividades propostas foram esclarecidas adequadamente pela pesquisadora.

7 - A pesquisadora acompanhou todas as etapas da oficina, dando esclarecimentos e colaborando na construção do recurso.

(46)

8 - Participei ativamente da oficina e da construção do recurso com minha equipe, de forma interessada e comprometida.

9 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para possibilitar a reflexão sobre minha responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de meus próprios valores, em confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica.

10 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para aumentar a minha compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de respeito, justiça e solidariedade.

11 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para a construção de um recurso, a partir dos diálogos feitos em grupo, que abordou minhas inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual, possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação.

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12 - Considero que a minha participação na oficina proporcionou um momento de reavaliação de conceitos, pensamentos e atitudes em relação a mim mesmo e ao outro, através do compartilhamento de ideias e do trabalho em equipe.

13 - Gostaria de deixar algum elogio ou comentário positivo sobre sua experiência com a oficina?

14 - Gostaria de deixar alguma reclamação, crítica ou sugestão sobre a oficina?

(48)

APÊNDICE B

MATERIAL DE APOIO

A

presenta-se a seguir o detalhamento do material preparado para utilização na oficina pedagógica “Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG” especificando a finalidade pretendida. É importante ressaltar que o material tem como objetivo servir como uma referência para nortear o diálogo, não devendo ser aplicado de forma rígida ou linear, mas sim respeitando os interesses e disposição dos estudantes. Todo o material aqui descrito integra a primeira parte presencial da oficina, dentro da etapa de contextualização. Para acesso ao arquivo de slides editável completo, clique aqui ou acesse

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PARTE INTRODUTÓRIA

DIÁLOGO SOBRE O TEMA I

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Iniciar os trabalhos da oficina com a apresentação da mediadora, do tema da oficina, seus objetivos e etapas previstas.

Realizar uma dinâmica de apresentação dos estudantes. Cada aluno deverá se apresentar e dizer o que quer ser quando crescer. As respostas serão retomadas ao final do segundo encontro da oficina.

Introduzir a atividade “tempestade cerebral”. Cada aluno deverá escrever no papel adesivo que será entregue uma palavra que represente o que é ética em sua opinião e colar o papel no quadro, formando uma nuvem de palavras. Esclarecer aos alunos que não há palavra certa ou errada, cada opinião é válida. Partindo das respostas dadas na atividade, apresentar uma síntese conceitual sobre ética, moral e valores e a importância do tema, em diálogo com os estudantes.

Iniciar o diálogo sobre o Tema I - Problemas sociais. Dialogar sobre o vídeo de um youtuber, observando a opinião dos estudantes quanto à afirmação feita no vídeo: “cada um tem a vida que merece”, considerando os conceitos de justiça e solidariedade.

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Utilizando imagens que abordem as diferentes estruturas urbanas existentes na cidade de Montes Claros, dialogar com os estudantes sobre como enxergam a situação, partindo de um questionamento feito por Paulo Freire (2011).

Verificar a compreensão dos estudantes sobre a desigualdade no acesso à educação, seja pelo não acesso ao sistema escolar, seja pela exclusão dentro do próprio sistema ou, ainda, pelo acesso a padrões diferentes de qualidade educacional, a partir do contraste entre a realidade do IFNMG e da Escola Estadual Gutemberg Teodoro Penha, ambas situadas no bairro Village do Lago I, em Montes Claros. Observar se os estudantes se consideram mais merecedores de uma educação de qualidade, pelo fato de terem sido aprovados em um processo seletivo concorrido.

Dialogar sobre a compreensão dos estudantes em relação a problemas como a desigualdade social, problemas habitacionais, trabalho infantil, fome e precariedade na saúde pública e o que sentem a respeito. Verificar a quem atribuem a responsabilidade por esses problemas e quais fatores colaboram para a manutenção dessa situação, dialogando a partir de imagens, notícias, vídeos, música e uma enquete.

Dialogar sobre o desemprego no Brasil e as novas formas de trabalho emergentes, a partir de imagens que representem o trabalho informal, desregulamentado, observando a visão dos estudantes sobre as condições de trabalho às quais esses trabalhadores estão submetidos.

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Introduzir uma breve dinâmica sobre desigualdade social. Distribuem-se vários objetos de cores diferentes pelo chão do ambiente (sugere-se o uso de blocos plásticos coloridos). Selecionam-se três estudantes para recolher o material. Todos deverão trabalhar em conjunto (não é uma competição), recolhendo as peças e separando-as por cor. Ao final eles receberão uma recompensa pelo “trabalho”, que será diferente para cada um (sugere-se uma caixa de doces, cada uma com uma quantidade diferente da outra). A partir da atividade e da reflexão sobre como se sentiram ao receber recompensas diferentes pela execução da tarefa, os alunos serão estimulados a opinar sobre a distribuição desigual de renda.

Finalizar o diálogo sobre o Tema I, retomando os principais pontos abordados. Conversar com os alunos sobre como se sentem em relação ao mundo, o que mais os incomoda na realidade social vivenciada por eles e o que acreditam ser necessário para diminuir os problemas sociais no Brasil. Qual o papel de cada um para que essa realidade possa ser mudada? Qual o papel da escola nesse processo e como os estudantes avaliam que o IF tem desempenhado esse papel? Questionar aos estudantes se, em sua opinião, o ensino ofertado pelo IFNMG tem colaborado para que se tornem pessoas mais conscientes da realidade, mais críticas e dispostas a trabalhar para a construção de uma sociedade justa e menos desigual e de que forma.

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DIÁLOGO SOBRE O TEMA II

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ao outro e respeito. A partir do uso de uma enquete, vídeo e estatísticas, conversar com os alunos sobre o significado da palavra preconceito e como percebem o preconceito em si e nos outros, especialmente dentro do IFNMG. Observar se o preconceito é compreendido como um problema real ou como exagero, excesso de sensibilidade, vitimismo ou mesmo censura à liberdade de expressão.

Verificar como os estudantes percebem a ausência de representatividade negra nos diversos espaços, a partir do manuseio de revistas publicadas recentemente no Brasil cuja maioria das pessoas representada é branca.

Dialogar, utilizando vídeo de poesia, foto e pinturas que representem a desigualdade racial no Brasil, sobre o lugar ocupado pelas pessoas negras em nossa sociedade hoje e os motivos que levam à manutenção dessa desigualdade, na visão dos estudantes. Realizar uma enquete sobre como os estudantes percebem que o IFNMG trabalha a contribuição dos diferentes povos na construção histórica da nação, observando, inicialmente, a opinião de forma mais objetiva, para fomentar o diálogo sobre o assunto.

Dialogar, utilizando imagens e notícias, sobre qual o lugar ocupado pelas diversas outras minorias existentes em nosso país. São respeitadas? Vivem em igualdade de oportunidades? Verificar quais motivos levam à manutenção dessa desigualdade, na visão dos estudantes. Realizar uma

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