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Revista de Guimarães Publicação da Sociedade Martins Sarmento

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Casa de Sarmento

Centro de Estudos do Património Universidade do Minho

Largo Martins Sarmento, 51 4800-432 Guimarães

E-mail: geral@csarmento.uminho.pt

URL: www.csarmento.uminho.pt

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Revista de Guimarães

Publicação da Sociedade Martins Sarmento

M

OEDAS DE OURO CARIMBADAS NA ÉPOCA DE

D.

J

OÃO

IV.

VAZ, J. Ferraro

Ano: 1949 | Número: 59

Como citar este documento:

VAZ, J. Ferraro, Moedas de ouro carimbadas na época de D. João IV. Revista de Guimarães, 59 (3-4) Jul.-Dez. 1949, p. 384-394.

(2)

I ,s . 1 1 1 1 '

Moedas de

na época

I . . * r l i' z . I . . , ! a I . . z i

ouro

de

. . z l *

D. João

I I 1

carimbadas

i | | ¡ . I r r â I l

v

i r ‹ I J / â a

já há muito tencionava pôr em relevo um ca- rimbo encontrado sobre uma moeda de ouro de

. D. Sebastião porque, da sua aproximação* com o

'

que Teixeira de Aragão descreve na sua magistral

obra ,('), sob o n.o lz de D.Manuel I, poderia fa-

zer-se luz sobre uma nova série de moedas, que fazem parte da numáriaz do*Restaurador da Nacionali- dade Portuguesa por terem sido carimbadas durante o

seu reinado. . zé :

Há a notar que Teixeira de Aragão não des- creve 'uma Moeda, mas sim .uma reprodução em chumbo de um presumivel português, acerca do qual .- ,diz «Pelas dimensões C legendas não duvidámos

* ser esse o portuguez em oiro de que falia o cons-

cienciosO escriptor Gaspar Correia (2), lavrado, an- 'tes da saída da primeira expedição á CIndia, em

Swolleg capital da província d'Overyselles, onde se

fabricava moeda para satisfazer:asencommendas de

diversos soberanos›. z

Um dos documentos era, portanto, uma cópia

e por isso tornava frágeis todas as conclusões que

se

pudessem tirar do.facto de se aproximarem os

dois carimbos afins

.

.

. Mas, apesar de tudo, havia

toda a conveniência em chamar a atenção dosenten-

didos sobre o assunto. z : ›

:. .

Quis estudar directamente o- célebre exemplar descrito por Aragão, pertença da. Biblioteca Nacio-

I

I

¡

(1) «Descripção Geral e Histórica daS Moedas Cunhadas

em Nome dos Reis. Regentes e Governadores de Portugal>>,

de A. C. Teixeira de Aragão, tomo I, estampa XIII.

( 2 ) «Lendas da India››. z I *E i I f l I I J I 1 E 5 1 I z Y 1 í 1 i I

I

i â

(3)

x

E

autêntico português d e D . -Manuel

'por isso venh

na (1), mas não houve possibilidade de descobrir o

seu paradeiro. As minhas andanças não foram, con- tudo, infrutiferas devido =à generosidade do deus Acaso, que veio premiar o meu esforço mostran-

do-me alguma coisa muito melhor do que eu .pro-

curava : um I com

Um autêntico carimbo (2). 2 .

Este precioso ac.hado veio .colocar o problema em bases mais sólidas e animar a pá-lo em equaçao

,

z o dar a noticia e fazer as considera- ções que ocorrem,.a propósito, acerca de dois carim- ,relacionando

de ouro que MOEDAS CARIMBADAS NA ÉPOCA DE D. JOAO I V

I 1 ú g 385 I 1 x i 1

bos da mesma família, agora duas moedas

os Suportam. : i , | x z l \ , | I 1 . I I , I I i

As Primeiras leis monetárias de D. João IV

|!.

\

»

i

es- tabelecem o lavramento de moeda da lei antiga (3)

e em nome de «IOANNES QVARTVS›--assim O

dispõem para a prata, a provisão de 14 de Feve- ¡ reiro= de 1641 e, para o ouro, o alvará de 27 de

,

Março do mesmo Ell'lo.~ .' .

Poucas moedas se devem ter lavrado destas

; . . leis o.u logo desapareceram no cedinho, porque das

de ouro não se conhece qualquer exemplar e das de prata são rarissimos

os

que chegaram até nós.

As dificuldades financeiras experimentadas com'

a I

bra da moeda, posta em execução com as lezs de I de JulhO de 7641 (prata) e de 2.9 de Março de 1642 (ouro). A primeira reduz o peso da prata, conservando- o mesmo Lvalor legal

,

e

3 segunda

«Inventário das Moedas Portuguesas da Biblioteca.

Nacional de Lisboa›, por j. Leite de Vasconcelos.

coral de Soares dos Reis e pertence à colecção legada em 1914

( 3 ) A lei antiga, para o ouro, era a de 18 de Fevereiro

no toque de 22 ¡/8 quilates, 0 peso de 12,238 grs.

eo

valor

de 15600 r é i s - o que dava para o marco r

guerra da restauração logo conduziram à que-

‹*›

( 2 l` Esta jóia da rumaria portuguesa está no Museu Na-

pelo Dr. Morais Caldas ao Museu Municipal do Porto.

de 1584, de Filipe I, que estabeleceu para os quatro cruzados,

3o$ooo rés.

I s â .v s s I I

(4)

. i i . 1 | . x I

385

REVISTA DE • Gyimšznâfisf n 1 ; | , .

di .mi fui -o título do ouro C eleva o valor legal das

.

moedas (1).›= J =

«

,

., As novas cunhagens precisavam 'ser feitas com

toda .a brevidade porque, além deo exigirão advento z do‹novo soberano,.Lera' necessário .evitar a fuga dos ¬.metais 'amoedados e as dificu.ldades_que originaria a falta›»do meio circulante. Por isso, logo se publicou o regimento . de I d e Fevereiro de 1642 a estabe-

.lecer casas

de.

cunho em zvárías cidades.,do reino Pata nelas se zmafcarem novos valores nas moedas de prata antiga, e .a lei de 3,de Fevereiro do mesmo ano, alegando que «por não ser possiuel em tempo breue laurarse de nono toda a copia de moeda antiga que ha nestes Reynos›, .manda ‹que em toda a moeda antiga de tostões, meios tostões, quatro vin- teis, 82 dous vinteis da moeda portuguesa, se ponha

hum nono cunho› (2), ,

Ora, acon.tecendo aoouroo mesmo que à prata, deviam ser idênticas as dificuldades de transformar rapidamente a "moeda de ouro antiga em moeda nova, embora neste caso fosse menor a quantidade.

-er

Consequentemente não custa a aceitar que se

usasse com 'o ouro o mesmo estratagema que se usou com a prata, mandando-o.também marcar com novos valores. Mas isto só muito tarde teria. realização,

como adiante severa. . *

Daleitura da legislação nota-se ter havido grande dificuldade em recolher a moeda antiga, que os por-

\ . I I ç I I

( 1 ) A'lei_ de 29 de Março de 1642 mandou recolher toda

a moeda de ouro para fundir e, lavrar de novo em ‹‹ moedas

,Portuguezas de quatro cruzados & meas moedas 81 quartos ››

ficando os 4 cruzados com o. toque de 22 quilates, o mesmo

peso de 12,238 e O valor de 3$0íJ0 r é s

-

o que dava para O

marco 5655250 r é s (fig."4). É

( 2 ) O regimento, publicado com. dataanteriorà lei de 3 de

z Fevereiro, dispõe no seu númerol0.°: ‹

«Nesta Cidade se faraó os ferros de~ cunhar cõ as deui- sas dei*cento 81. vinte, cento, sessenta, & sincoëta por figuras

de algarismo, pera se differençarë de todos os mais cunhos,

assi antigos, como modernos de maneiras se possas conhe-

cer. cá certeza hás e outros. ›› . .

. ,.;Assim, zparece admitir-se a existência de outros «cunhos ››

com ‹‹f¡guras›> diferentes.

Anteriormente, só na época de D. António (1582) se man-

dou carimbara moeda,

em

Angra, usando como marcaum Amor.

I

I

(5)

Ii..

MOEDAS CARIMBADAS NA ÉPOCA DE~D..JOÃO

Iv

38?Í€ .

i

I 1

g

:

. de a entregar ao Estado »por menor preço.

.ouro à razão de 660 reismais

3°/,,,

isto é, comprava ~dado a 56$250"réis,

1ó¬4'6 (1).

de elevado título, primeiro 'por defesa dos possuído-

C

( 2 ) (pelo que fícavamcom 0 seu

dera na fundiçaõ

donos .deltas o quizerem fazer por

E ) I .

tadores preferiam reter *e negociar como mercadoria em vez

A"

lei de Março mandava pagar pela oitava de

O marco de ouro a« 43$500 e entregava-o ~amoe-

lmas apesar da obrigação da venda, logo em sucessivos diplomas toram fixados

preços mais convidativos' 732,5 réisem 25.1V. 1642

e 765 r é s em 15. II. . .,‹

A recolha da moeda antiga escapava a de Ouro .

res mais tarde porque a leis assim o permitia. A ordem de 25 de Abril de 1642, além de admi-

tir quer as moedas antigas de 4, 2 e I cruzados

fossem recunhadas

toque. de 22 1/8), diz

.

_

‹ .

.

. e por s e i o ouro dos portuguezes e moedas de* duas caras eoutras grandes dos reis antigos de mui subido quilate, as quaes

se estimam ea goardaõ mais como pessas que como dinheiro corrente, em que se per- sem° utilidade de minha. = . fazenda e de meus vassalos

,

Hey por .bem

que as ditas calidadés se nas fundam salvo se os

.sua vontade,

. . .

z

Logo, os portugueseS e outras moedas de .‹ su- bido quilate› não deveriam. .ser fundidas,

'nem

tão

I . 1 I s I L . ( 1 ) A politica de atracção

do metal nobre aparece ainda

em vários diplomas posteriores: .

Í O decreto de 6fi%de junho de 1646 manda receber na Casa

da Moedao ouro'dos dobrões-a 5I$200 r é s o marco e entre-

ga-Io aos portadores à» razão de "563250, ou 3$000 r é s cada

4 cruzados que

O decreto de 4 de Dezembro do mesmo ano estende a

mesma regalia a todo o ouro, mas pagando-o pelo seu ante-

rior preço de 765 r é s a oitava, ou seja 48$960 o marco. .

( 2 J Alguns exemplaresde moedas de 1642 denunciam bem

resultar da recunhagem dos cruzados dos Filipes _. Vide

n.°

77

do Catálogo da «Colecção S1-1ona, de Glendining 82

C.",

Lord-'

dres 1945, e

n.°

95 da Colecção Dr. A. CARVALHO MONTE1aO,

Leilão de J. Schulman, 1926; reproduzidos nas figuras 5 e 6. I

"tinham de valor legal 3$500;

I

i

1.

(6)

\

388

pouco recunhadas, porque não ,tinham pesos nem dimensões apropriadas. À :. ` z ,.

. . Além disso, na orderz; de M de'.[arzez'rro de -1645

lê-sei . . ` . ê . .

.

.‹*L

. .

que as moedas de ouro Sam Vicentes tenham de valor mil e nove . sentos reis cada haja, e as

de

quinhenttos reis, valham

a nove senttOs e sincoenta reis,"e hum por- tuguez a respeito' da redução tenha de Val-

lor nove mil

e

'trezentos*reis, e hum calva- rib ( ' ) .coma redução tenha de vallor oito

senttos- e.oitenta reis, com que parece ficaõ as ditas. moedas em.z valor conveniente a

. este Reino

.

.

.

› : I c z ¡ .. REVISTA DE GVIMARÃES f ‹ . › ;-.. : I I ¡ . " i

Há aqui a notar que,

se

houvesse moedas des- tas já carimbadas, .a ordem deveria referir-se a elas tanto mais que os valores das marcas são diferentes (superiores) dos que foram estabelecidos.

. Os valores atribuídos a estas moedas ficaram

desde então harmonizados, salvo pequenas diferenças, com os que derivam da lei que vigorava (29. 111. 1642)

.

Mas, se "atendermos que isto só 'aconteceu muito pró- ximo de se dar nova subida no ouro, pode admitir-se que houve a intenção.de atrair essas esquivas moe- das, e que, em qualquer caso, poucos exempla- res teriam sido carimbados e menos ainda postos a

circular. ¡ .

I

I I

Logo no ano seguinte o alvará de I.9 a'e Maio manda correr as. moedas de 335000 reis (4 cruzados) a 335500 r é s , elevando assim o valor do marco amoe-

dado para 65$625. -- .

Os carimbos de e sobre moeda

de ouro, que desejo focar, devem ser posteriores à ordem de 14 de Janeiro de 1645 e., muito provàvel-

mente, anteriores ao alvará de. 19 de Maio de 1646... zšâ

i I I ! I K

1

›~

de 880 cortados.

.

carimbo pecO da época.

Conheço um calvário de D. João III comum* carimbo

que. além do mais, parece não

mas custa a acreditar na autenticidade deste ter desenho nem as-

Í I I I I I L z Í I s z z f I 5 I.

(7)

l s I 'I ll I I I ! ' a i I I M O E D A S CARIMBADAS~ r I ;£2

I*M3

.

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,

1m/=› -.. €0° ‹› 6 \ lsâúúvfz I =-==›‹zz.z.z..=--zw §\$ \ Fig. --Reprodução de um 1 português de D. Manuel I (1)

I I I r i I I

Fig. 2-Portugués de D. Manuel I, com carimbo

.ÁQU i , g 1 u I I I I S I I ! I I I I

Fig. 3-500 reais de D. Sebastião, com carimbo

bado no reinado de D. João IV,

em que o marco

tramarca,. .

.

››.

( ' ) Usei uma cópia da gravura de Aragão por não ter conseguido

encontrar a reprodução em chumbo que lhe serviu de modelo. Sobre este

numisma, diz este autor na obra citada: «O

n.'

1 é por nós considerado

A cópia em chumbo mostra ter sido tirada de um exemplar carim- da lei de 15 de fevereiro de 1646

56$250 renes, como indica a con-

um modelo do primitivo portuguesa em oiro. depois

de oiro foi eleva o a

l

i

(8)

Tllllln N.¢ Paso Pesos nu tl- N10 de sm 2/3 Relação llns pesos (916 2/30

Valuros dus carimbos

e moedas Valor do marca de 22 IL (229,ã gr,] 3$000 loU=l0$000 lU= 1$000 593915 59$670 563250 989 1/2 921 7/8 916 2/3 35,482 3,824 ._- 38,303 3,846 12,238 2 3 4' 10 1 3,2 I I .r \ I 1 390 REVISTA DE GVIMARÃES / I \ I 1 h

porque depois o valor- intrínseco das moedas (10$955 e l$l00) era superior ao das marcas. Í

Ainda não vi a lei que explicitamente mandasse marcar a moeda de ouro, mas existe -a confirmação desse facto nos exemplares de moeda antiga porta- dora de marcas, incontestavelmente da época, repre- sentando valores que pouco divergem dos estabele-

cidos pela lei de 29. III. 1642 e subsequente ordem

de 14. 1. 1645 (I). . ‹ .

Represento aqui, nas figs. I,l2 e 3, as três peças marcadas que cbnheço e me guiaram nesta cama nhada nurnismática.

Estas moedas antigas de «subido toque» fica- riam assim, depois de marcadas, a ter um valor in- trínseco um pouco inferior ao legal.

TÍTULOS, PESOS E VALORES

J

s

Contudo, logo após a alteração do preço do ouro determinada pelo alvará de 19. V. 1646, pas-

sou o valor intrínseco a ser superior ao marcado

,

Í

I I

I

N

I

( 1 ) A posição destes carimbos na sua verdadeira data

só poderá ser feita com o aparecimento da lei que os criou.

Apesar do que se disse, persiste a dúvida que se levanta na nota 2 da pág. 386. 1 I I \ l I

(9)

N

I I

I f

I MOEDAS CARIMBADAS NA ÉPOCA D.E D. JOÃO I V ' 391 e

e isto poderia explicar a alta raridade destas moedas, expulsas pelas companheiras de mais baixo quilate, em conformidade com a simples lei de GRESHAM.

I MOEDAS DE D . = J O Â O

1v~~

I f O I I i 1 i i 1 i \ s I Fig. 4 - 4 crvgados. I I J Í \ e Í I I

Fig. 5 - 4 cruzados. Moeda recunhada (Ordem de 25. IV. 1642).

Q

1

I

i l

Fig. 6 - 2 cruzados. Moeda recunhada (1).

( 1 ) Os exemplares recunhados distinguem-se por apre-

sentarem no reverso restos dos pontos que cartonavam e en-

cimavam a cruz nas moedas dos Filípes e, ainda, por uma

rotação da legenda relativa à posição vertical dos números

da data. u 8 I I ( ¿| I

(10)

ê ! n Í n z \ n I l I | s l 1 l g . Í â ø! : ..REv1srA: DE GVIMARÃES I I n 392 I

:-

, ¡ n

..

: I . n r I s \ í ¡ I ¡ a

. Vou :fechar estas despretencizosas linhas; citando

um exemplar- de 4 cruzados*dos =Filipes~*(lI ou Ill)

que

"suporta um carimbo-muito..curioso.‹

-

` . ...A moeda- em questão (1),

fig. 7, tem

aparen-

temente .os dois .carimbos conhecidos a

-;

¬ '

. -da '=época.'de .Dá 'Afonso Vl (-1662) s'

e~*'

da época de"l*D.."‹Bedro, .Príncipe Re-

gente (1668), ':~ .

-

l I t I H I I a . : I l Í'› \ . . ' * . i] : . 0 0 s r r ¡ n

x

I ! 1 I i n * u I s 'I ¡ I / I r 1 ¡ I l :' a c l a '. I z l I u

Fig. 7- Moeda filipina de 4 cagados, e ampliação do seu reverso.

|

r

.

(1) Pertence ao Museu Nacional de Soares dos Reis e vem reproduzida na ‹‹ História de Portugal» .de Damião Peres,

vol. _Vl, pág. 381., ' . . '' I 1 i I n À n r I \ r l I l I I

(11)

I

I

I

J

MOEDAS ' CAR1M8ADAS NA ÉPQCA DE D. JOÃO IV 393 . ¡.

› z

I

*

Moeda que assistem FIO Porto e em Mas se atentarmos bem,, notaremos q u e o ca-

rimbo esmaga um* carimbo anterior ..0, que pode ser '3000, e pode=zmuito bem ser 3500, de acordo com os alvará de 1.9 de.~Maio,= acima citado.

O decreto de 29. V. 1644 ‹ determina *ao Con- .

selho da' Fazenda que mande cunhar, pelos Officiaes

da Casa da .

Évora, pela maneira e preço que 0 fazem OS' de Lis-

boa, o ouro que han'aquellas Cidades, e seus donos

não querem trazer a Lisboa, pela despesa e risco› (I). Contudo não se encontraram até hoje moedas de ouro' com letra monetária ou quaisquer diferenças que as .permitam isolar das atribuídas. à.oficina mone~

z teria de Lisboa z

.

ê × |

Assim poderemos admitir que não se chegou a

cunhar ouro fora de Lisboa, ou se lavrou nas ofi-.

cimas monetárias de Evorae Porto com ferros iguais ;

aos de Lisboa, 'contra os costumes da época

. .

.

ou,* onde se lê ‹=cunhar› se deve entender ‹carimbar›.

Além do exemplar da fig. 7 me levar a tais con- jecturas, poderia ainda reforçá-las com um alvará que vem citado por Manoel Fernandes Thomaz, no

‹ Repertorio Geral das.Leis Extravagantes › :

l E é ,» . I. 1 .r

. . «As antigas moédasde quatro cruzados

, r mandarão-se correr com o valor dado nesta.

..

L. (29.«III. 1642), posto que não t e r ã o

a.marca

nela

ordenada. A . 1..MarÇo. 1644).

I

Mas este alvará, que não consegui ler .na ínte- gra, perderá força porque a lez' nele referida parece ser

a

que manda lavrar a5.nova3 «moedas de ouro com data ‹ s o p é da Cruz›. W*

(1) «Legislaç'ão Portugueza ›› compilada e anotada por

-José ,Justino de Andrade e Silva. Lisboa, 1856.

.

AragãO cita este decreto a págs. 60, do tomo I, a pro-

pósito de fazer notar que na respectiva data já funcionava a

.

aberta porzalvará de 12-IV-1644.

Casa da Moeda de Évora I I

e 1 1 I I I I 1 I I | I z z i

(12)

u \ x u n r i s 1 Í J

394

Í i . .. .zn¡âvIsTA DÁ z'GVIMARÃE3 | ¡ o š f

Infelizmente não é possível tirar uma Conclusão.

. .

mas é natural que a série venha a enriquecer com

novos *elementos, escondidos na" terra ou em -numc-

.íilácios ignorados, para coníirmarou para desfazer

as hipóteses enunC-iadas. * I I . . . 3 . \ I ¡ i 1 1 • - I r Q 1 i ¬ . ' . " ‹ 'I . . Lísboa,~l8de Outubro de 1949. n J f ¡ \ › . I f \ \ 1 u ú. o t : Í | n P Í | z z 11 " . I '.z " : |. «. *l . ,. z I \ ¡,~ ¡. J. FERRARO VAZ \ \ | â . z `- . › . . a r n I l I \ z .. . . › A ' . `\ J . v .; l o i s ¡ 1 a . . . . . \ ' / ' , Í i \ . a ' | ¡ r x o \ i ~ ' Q u . I I \ \ I a ‹ . i 4 f À . . ú . › i IS 4 J u i ü Jl u .‹ g * - . z *Z n l \ . . | x ' 3 .› . ¡ n t . J " e . : a I ‹ .. l n ‹ . . . u 8 o -. a 1 ¢ 7 . . › v ›‹ | | l l n ' ,.f r u | r I \ \ â' Í'z Í a |

.-

1 ‹.» ¡ o 0 n ô ! ' l . .Ê «I J I I f e I . i . r u n 1

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\ \ 2 . I I O si .* z x I I . . z É . . , . U R .. . › ,a i i i s I 1 I I I l I i I .I 1 i l. I I I l I r I l I r. 5 I I I 1 i I 4 I 1 I I I I

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