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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS FERNANDA GONDIM LAMBERT MOREIRA

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CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

FERNANDA GONDIM LAMBERT MOREIRA

CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA AS ESPÉCIES DA ORDEM GENTIANALES EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS

CENTRAL-UFRN

NATAL - RN 2017

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CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA AS ESPÉCIES DA ORDEM GENTIANALES EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS

CENTRAL-UFRN

Orientadora: Dra. Fernanda Antunes Carvalho

NATAL, NOVEMBRO DE 2017

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado como exigência parcial para obtenção do diploma de Bacharel em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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FERNANDA GONDIM LAMBERT MOREIRA

CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA AS ESPÉCIES DA ORDEM GENTIANALES EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS

CENTRAL-UFRN

Trabalho de conclusão do curso de graduação em Ciências Biológicas, Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas, sob orientação da professora Dr.ª Fernanda Antunes Carvalho.

APROVADA EM 23/11/2017

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Fernanda Antunes Carvalho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Orientador)

_____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Alice de Moraes Calvente Versieux

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Membro)

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Éberton da Silva Marinho

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (Membro)

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AGRADECIMENTOS

À minha mãe, Iracema, que me mostrou desde meus primeiros anos a simplicidade e leveza da vida. Em meio as suas pinturas, plantinhas e carinho, me mostrou a alegria das pequenas coisas. Obrigada por sempre me apoiar e ser um exemplo de amor incondicional e força em nossas vidas!

Ao meu pai, Octávio, que me ensinou conhecimentos valiosos sobre a natureza, e sobre como respeitar e admirar cada ser vivo. Seus ensinamentos me guiaram à biologia e continuarão me conduzindo nesse longo caminho!

As minhas irmãs, Bia, Barbara (Balba Beluga), Deborah e Letícia. Muito obrigada pelo apoio, carinho, por serem minhas melhores amigas e por sempre estarem disponíveis para me ajudar! Amo e admiro muito vocês!

À Maria de Deus (Dê), minha segunda mãe, obrigada pela companhia, compreensão e carinho sempre.

À professora Fernanda Antunes Carvalho, minha orientadora. Todos os ensinamentos, ajuda, compreensão e apoio foram valiosos para minha formação. Muito obrigada por aceitar me orientar, e também por me incentivar em continuar adiante!!!

Aos membros da minha banca de avaliação, professora Alice Versieux e professor Éberton Marinho.

Ao pessoal do LABOTS, muito obrigada pela ajuda. Em especial a Víctor, Maurício e Gláucia! Obrigada pelas tardes de conversas e descontração, idas à matinha (voltando sempre com boas histórias) e ajuda!

Às meninas do LIMVE, professora Juliana e professor Ricardo, pelo aprendizado no início da jornada.

À Carol, pelas conversas e apoio! Muito obrigada!

A toda a turma 2014.1, em especial Gabriel, Guigga, Júlio, Julianne, Nathália Michelly, Gabi, Neto, Thiago e Romão, pelos momentos de descontração, conversas aleatórias e convívio durante o curso!

À Simba, meu gatinho gorducho e laranja, que vez ou outra me surpreendia observando com seus olhinhos amendoados atrás da cadeira. Obrigada pela companhia! E também aos demais amigos felinos, Felix, Cyndi Lauper e Madonna.

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RESUMO ... 3 ABSTRACT ... 4 INTRODUÇÃO ... 5 MATERIAIS E MÉTODOS ... 11 Área de estudo ... 11 Coleta de dados ... 12 Construção da chave ... 12 RESULTADOS ... 14 Lista de espécies ... 14 Chave interativa ... 15 Tratamento taxonômico ... 20 DISCUSSÃO ... 29 REFERÊNCIAS ... 34

ANEXO I: Lista de caracteres (em negrito) e seus estados. ... 37

ANEXO II: Lista dos descritores com seus poderes de discriminação ... 39

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Chave de identificação interativa para as espécies da ordem Gentianales em um fragmento de Mata Atlântica no Campus Central-UFRN

Manuscrito formatado de acordo com as normas da revista Rodriguésia.

RESUMO

A taxonomia é a porta de entrada para a informação sobre os organismos. Dentre os diversos produtos de um estudo taxonômico, as chaves de identificação auxiliam na identificação apropriada dos organismos que é essencial para todas as áreas da ciência. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo elaborar uma chave interativa das 14 espécies e 3 famílias da ordem Gentianales da Mata dos Saguis, um fragmento de Mata Atlântica no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Para a elaboração da chave foram feitas coletas de material fresco para a análise de caracteres morfológicos e aquisição de imagens, durante os meses de abril a novembro de 2017. Também foram analisadas exsicatas depositadas no Herbário UFRN. O banco de dados foi construído no software de acesso gratuito Xper², versão 2.3.2, compatível com os principais sistemas operacionais. A publicação virtual da chave foi realizada na versão online do programa (Xper³), uma plataforma interativa livremente acessível ao público em geral. Ao todo foram utilizadas 147 imagens para a ilustração de 35 caracteres e 127 estados de caracteres. A chave está hospedada na plataforma

Xper³, e pode ser acessada em:

http://www.xper3.fr/xper3GeneratedFiles/publish/identification/6233053986250706296/mkey .html.

Palavras-Chave: Taxonomia virtual, chave de acesso livre, Gentianales, Mata Atlântica, Rio Grande do Norte

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ABSTRACT

Taxonomy is the gateway to information for organisms. Among the various products of a taxonomic study, the identification keys help in the appropriate identification of organisms that is essential for all areas of science. Therefore, the objective of this paper was to develop an interactive key of the 14 species and 3 families of the order Gentianales in the Mata dos Saguis, the Atlantic Forest fragment in the campus of the Universidade Federal do Rio Grande do Norte. To prepare the key, fresh material was collected for the analysis of morphological characters and image acquisition, during the months of April to November of 2017. In addition, exsicates deposited in the UFRN Herbarium were analyzed. The database was built on the free access software Xper², version 2.3.2, which is compatible with major operating systems. The virtual publication of the key was make in the online version of the program (Xper3) which is an interactive platform freely accessible to the public. In all, 147 images were used to illustrate 35 characters and 127 character states. The key is hosted on the Xper3 platform, and can be accessed at: http://www.xper3.fr/xper3GeneratedFiles/publish/identification/62330539862507 06296/mkey.html.

Key words: virtual taxonomy, free access key, Gentianales, Atlantic Forest, Rio Grande do Norte.

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INTRODUÇÃO

Existem no mundo cerca de 200.000 espécies de plantas com sementes, sendo 52% distribuídas na região neotropical (Antonelli & Sanmartín 2011). O conhecimento da flora, bem como a elaboração de inventários florísticos, mostra-se importante tanto para o monitoramento de uma determinada área como para a própria avaliação de sua biodiversidade (Cerqueira 2001), gerando informações que auxiliam medidas de conservação e uso de recursos naturais. Os estudos que visam aprimorar o nosso conhecimento sobre biodiversidade são de grande relevância, pois esclarecem os papéis complexos de cada organismo no funcionamento da biosfera (Burkmar 2013), necessitando, então, serem fundamentados na identificação correta das espécies (Urbanetz et al. 2010). Uma identificação errônea pode gerar grandes perdas de conhecimento, recursos, tempo e até vidas, além de possuir grande potencial para repercutir nas demais áreas das ciências biológicas devido à estrutura bem relacionada entre elas, aumentando, assim, o impacto desse equívoco (Bortolus 2008).

Durante o processo de identificação, pode-se recorrer aos herbários, que possuem informações de espécimes já depositados e identificados que podem ser comparados com as amostras que estão sendo estudadas. No entanto, muitas vezes as identificações nos herbários não estão atualizadas ou não foram revistas por especialistas e, por isso, erros podem ser replicados. Sendo assim é essencial a consulta a monografias e revisões taxonômicas (quando existentes) e especialistas do táxon estudado (Dallwitz et al. 2007). Além disso, estudos de floras locais são fontes confiáveis para identificação das espécies e apresentam como principal recurso para identificação das espécies as chaves de identificação.

Tradicionalmente as chaves apresentadas em trabalhos impressos (ex.: floras, monografias e revisões) são as chamadas chaves dicotômicas. Também chamadas chaves de acesso único (ou única entrada), nas chaves dicotômicas, uma sequência fixa de decisões é

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definida pelo autor (Hagedorn et al. 2010). Neste caso, o processo de identificação deve seguir um caminho previamente definido, possuindo em cada etapa (que inclui um ou mais caracteres) duas opções contrastantes (estados de caracteres; figura 1) (Brach & Song 2005; Walter & Winterton 2007). A partir do princípio de que apenas uma única série de escolhas resulta em uma identificação correta, qualquer desvio desse único caminho deverá resultar em uma identificação errada ou em uma falha durante o processo que impede que a chave continue a ser percorrida (Walter & Winterton 2007).

Figura 1- Exemplo de uma chave dicotômica para as espécies da subfamília Papilionoidae (família Leguminosae) presentes na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte. Modificado de São-Mateus et al. (2013).

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Atualmente, com o desenvolvimento acelerado da tecnologia, tem-se tornado cada vez mais comum a elaboração das chaves de acesso livre e, mais especificamente, das chaves interativas (Dallwitz et al. 2013). Em uma chave de acesso livre, a sequência de opções é escolhida pelo usuário a partir de uma série de atributos (caracteres) que estejam disponíveis na amostra a ser identificada (Dallwitz et al. 2013; Penev et al. 2009a). Em cada etapa, o usuário pode selecionar a lista de caracteres oferecidos e escolher um estado ou valor que julgue mais adequado (Hagedorn et al. 2010). As primeiras chaves de acesso múltiplo foram distribuídas por meio de cartões perfurados (do inglês punched cards) desenvolvidos primordialmente para o processamento de dados no início dos sistemas de computadores. Nestas chaves, cada cartão representava um taxon e a identificação dependia da disposição dos pequenos furos que se alinhavam quando os cartões eram sobrepostos (Walter & Winterton 2007). Com a popularização da informática na década de 1980, trabalhos como o de Duncan & Meacham (1986) foram convertidos para os computadores. dando início à uma nova era de identificação taxonômica via meios digitais. Nas últimas décadas, programas como o Xper® (http://www.infosyslab.fr/), LUCID® (www.lucidcentral.org), INTKEY® (Dallwitz et al. 2013) e ACTKEY (Brach & Song 2005) foram desenvolvidos para elaboração de chaves de livre acesso com ilustrações e conceitos: as chaves interativas (Dallwitz et al. 2013).

Chave interativa é o termo utilizado para chaves de identificação de acesso múltiplo informatizadas (Penev et al. 2009b). Uma chave interativa funciona como um “jogo interativo” no qual o usuário visualiza os caracteres e seus estados e seleciona aqueles que são mais parecidos com a sua amostra. Na prática, chaves interativas são bancos de dados que vão sendo filtrados na medida em que o usuário seleciona os caracteres. Ou seja, taxa cujos atributos não estão presentes na amostra a ser identificada vão sendo eliminados até que apenas um táxon permaneça (Dallwitz et al. 2007). Além do maior número de caracteres utilizados e das imagens ilustrativas, que tornam as chaves interativas mais compreensíveis, outra grande vantagem deste

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tipo de chave é a possibilidade de selecionar qualquer caráter sem a necessidade de seguir uma ordem específica. Além de programas especializados como os citados anteriormente, atualmente tem sido utilizadas plataformas colaborativas que permitem a criação destas chaves de forma mais dinâmica, como por exemplo o Xper³. (Http://www.xper3.fr/).

O uso de ferramentas digitais para a elaboração de chaves interativas tem grandes vantagens sobre os demais tipos de chaves nas quais os dados são limitados, impossibilitando a identificação das espécies dependendo dos caracteres disponíveis na amostra (Brach & Song 2005). Um exemplo clássico deste problema é a identificação dos membros da família Caricaceae que inclui o mamão (Carica papaya). Tradicionalmente a identificação era toda baseada nas flores masculinas (Badillo 1971, 1993); no entanto, os frutos são bastante informativos e a chave interativa tem auxiliado na identificação das espécies pelo público em geral (Carvalho & Renner 2015; Carvalho 2013). Sendo assim, se o caráter diagnóstico utilizado em algum passo da chave estiver ausente ou de difícil visualização na amostra a ser identificada, torna-se difícil ou impraticável a utilização de uma chave de acesso único (Brach & Song 2005). Ao mesmo tempo, a tolerância a possíveis erros durante o processo de identificação, a possibilidade de inclusão de imagens e a facilidade de atualização são também vantagens atreladas às chaves interativas (Dallwitz et al. 2013).

A taxonomia, como portal de entrada para todo o conhecimento biológico, deve buscar uma organização, atualização e rapidez no processo de geração e divulgação das informações taxonômicas. Logo, a transmissão destas informações para o meio eletrônico se torna cada vez mais imprescindível (Bisby et al. 2002; Carvalho & Renner 2015). A quantidade de informações taxonômicas na internet ainda é insuficiente, e o que está disponível normalmente não é utilizada pelos não taxonomistas devido à dificuldade de compreensão (Godfray 2002). Em muitos casos, a taxonomia é reduzida à uma lista de nomes científicos, e as demais informações sobre os táxons encontram-se dispersas em diversas fontes (que incluem nomes

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inválidos, sinônimos, etc.) e, portanto, difícil de ser organizada e acessada. Para o entendimento e a obtenção de um impacto na conservação da biodiversidade, é necessário considerar todos os aspectos desta, seja em micro ou em uma macro escala, compreendendo sua totalidade (Hardisty & Roberts 2013).

A partir desse ponto de vista, pode-se levar o conhecimento da biodiversidade para além de uma coleção de nomes de táxons (Hardisty & Roberts 2013), reunindo a informação taxonômica em uma única fonte confiável, facilmente acessível e atualizada. O entomólogo e naturalista Edward Wilson idealizou uma iniciativa em grande escala com este objetivo, The

Encyclopedia of Life, que visa compilar toda a informação disponível sobre as espécies do

planeta em uma única plataforma (Wilson 2003). No entanto, um projeto como este só poderá ser concretizado a partir da união de projetos que organizam as informações sobre a biodiversidade em uma escala mais local.

Sendo um dos 25 hotspots mundiais de biodiversidade, a Mata Atlântica é considerada a segunda maior floresta pluvial tropical das américas (Myers 2000), distribuída desde o litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, sendo encontrada também em partes da Argentina e do Paraguai (Silva & Casteleti 2005). Com grandes índices de diversidade e endemismo, acredita-se que a região possa abrigar de 1 a 8% da biodiversidade mundial, pois ainda apresenta áreas mal exploradas, como as vegetações localizadas ao longo do rio São Francisco e associadas às encostas da Chapada Diamantina, duas importantes áreas de endemismo situadas na região nordeste do país (Silva & Casteleti 2005). No nordeste brasileiro, as áreas remanescentes estão distribuídas em pequenas ilhas de vegetação rodeadas por áreas urbanas ou extensas plantações de cana-de-açúcar (Pereira & Alves 2007). Conhecer a flora dessas áreas é essencial para entendermos a distribuição das espécies, incluindo espécies endêmicas, ameaçadas, ou ainda, espécies úteis. A compreensão da distribuição das espécies é igualmente importante para o desenvolvimento adequado de políticas públicas para a

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conservação, como por exemplo, definição de áreas prioritárias para conservação (Darrigo et

al. 2016; Pereira & Alves 2007).

Considerando o alto nível de degradação da Mata Atlântica e a urbanização mal planejada comum em áreas urbanas no Brasil, os fragmentos florestais, mesmo de tamanho reduzido, ainda são detentores de grande variedade florística, mesmo que susceptíveis à ação antrópica (Nascimento & Braga 2007). Além disso, fragmentos urbanos tem enorme potencial para fins didáticos e projetos de educação ambiental. Nas escolas, meios de comunicação e demais aspectos da sociedade é comum observar certa negligência botânica (por vezes denominada de cegueira botânica), onde pouca atenção é dada à flora existente no cotidiano da população (Salatino & Buckeridge 2016). Ferramentas mais didáticas e intuitivas, como as chaves de identificação interativas, relacionadas a áreas presentes no cotidiano dos cidadãos, são meios eficazes para facilitar a aproximação da comunidade ao conhecimento sobre a flora que os cerca.

Deste modo, o objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento e elaboração de uma chave interativa das espécies pertencentes a ordem Gentianales da Mata dos Saguis, um fragmento de Mata Atlântica no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, visando uma identificação facilitada e segura, bem como tornar o aprendizado da botânica mais eficaz e acessível aos estudantes do campus e demais interessados.

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MATERIAIS E MÉTODOS Área de Estudo

Localizada dentro do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o fragmento florestal conhecido popularmente como Mata dos Saguis Norte (Latitude 5°50'34"S e Longitude 68 35°12'04"W) é um remanescente de Mata Atlântica que possui cerca de 1.48 hectares, apresentando áreas de vegetação aberta à fechada, bem como áreas de maior ou menor ação antrópica. Devido à sua localização dentro de uma instituição de ensino, sua flora é bem conhecida informalmente e bastante utilizada em diversas aulas práticas da UFRN dos cursos de Ecologia, Ciências Biológicas, Engenharia Florestal e Zootecnia. Além de constituir uma importante área verde dentro do campus, a Mata dos Saguis também fornece diversos serviços ecossistêmicos para a comunidade acadêmica e para a população próxima ao seu entorno, como por exemplo, a ciclagem de nutrientes, purificação do ar e controle do clima (Landell-Mills & Porras 2002).

Figura 2- Localização do fragmento Mata dos Saguis: A) Localização da UFRN na cidade do Natal (contorno vermelho) e sua localização no estado do Rio Grande do Norte (detalhe); B) Localização da Mata dos Saguis (contorno azul) dentro do campus da UFRN (contorno verde); C) Área do fragmento. Fonte: Google Earth

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Coleta de Dados

O levantamento de caracteres morfológicos utilizados para a descrição das espécies e elaboração da chave interativa foi baseado no material fresco coletado na área de estudo e na análise de exsicatas anteriormente depositadas no Herbário UFRN. As coletas de material a fresco foram realizadas durante os meses de abril à novembro de 2017. As fotografias foram obtidas utilizando câmeras digitais modelo NIKON COOLPIX P520 e Canon PowerShot SX400 IS, em campo e em laboratório.

Construção da Chave

Para a elaboração da chave foi utilizado o software de livre acesso Xper², versão 2.3.2 (http://www.infosyslab.fr/). O software, desenvolvido em Java e disponível para os principais sistemas operacionais (i.e. Windows, MacOS e Linux), é gratuito, de fácil utilização e possui uma interface disponível em diversas línguas, incluindo o português (Ung et al. 2010). Os arquivos gerados nesse programa possuem compatibilidade com sua versão online (http://www.xper3.fr/), uma plataforma interativa na qual a chave está publicada e livremente acessível ao público em geral.

A organização dos caracteres e estados de caracteres, bem como a descrição dos mesmos, foi baseado em literatura especializada (Vidal & Vidal 2000; Gonçalves & Lorenzi 2011). Os caracteres utilizados na chave foram agrupados em quatro seções principais: Folha,

Flor, Outros Caracteres Vegetativos e Frutos e Sementes. Dados de estruturas que estavam

ausentes durante todo o período de coleta foram obtidos de exemplares depositados no Herbário UFRN, provenientes do local de estudo ou, em alguns casos, de localidades próximas.

Todas as imagens são de espécies encontradas no local de estudo, sendo utilizadas tanto para ilustrar as espécies quanto os caracteres e seus estados. Em alguns casos, não foi possível

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adquirir imagens com boa resolução com o material e/ou equipamento disponível na UFRN e, por isso, foram utilizadas fotos da internet de domínio público ou com licenças que permitam o uso das imagens sem fins lucrativos. Todas as imagens foram devidamente referenciadas com o nome do fotógrafo e/ou link.

Para avaliar o poder discriminatório dos descritores da chave, foram observados três índices de eficiência dos descritores na distinção de cada espécie: índice Xper, índice de Jaccard (1901) (𝑆𝐽𝑎𝑐𝑐𝑎𝑟𝑑 = (𝑎+𝑏−𝑐)𝑐 ) e índice de Sokal & Michener (1958) (𝑆𝑆𝑀 =(𝑎+𝑏+𝑐+𝑑)(𝑎+𝑑) ), onde:

a= estados dos descritores presentes, sendo possíveis para ambos os taxa; b= estados dos descritores presentes apenas no primeiro táxon; c= estados dos descritores presente apenas no segundo táxon e d= estados não aplicáveis a nenhum dos dois taxa analisados). O índice Xper é determinado de acordo com a dissimilaridade entre os descritores. Dois taxa são distintos caso não exista estados dos descritores em comum, isto é, se a = 0 o indice Xper será igual a 1 (Xper2... 2017).

Esses índices são avaliações quantitativas que calculam a capacidade de um descritor distinguir taxa distintos e são calculados através de uma ferramenta de análise disponível no próprio Xper² (Xper2... 2017). O índice do Xper, que varia entre 0 e 1, avalia a diferença entre dois taxa para um descritor, dependendo da existência ou não de estados de caracteres em comum a esses taxa. O índice de Jaccard e o índice de Sokal & Michener por sua vez são baseados na diferença entre dois taxa para um caractere, que está entre 0 e 1, e dependem do número de estados de caracteres em comum (Xper2... 2017).

As análises desses índices ajudam o autor da chave a avaliar quais caracteres são mais úteis (com valores mais próximos a 1, em quaisquer dos índices) e quais são menos eficientes para distinguir as espécies, podendo então serem reformulados ou descartados.

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RESULTADOS Lista de espécies

Ao todo, a ordem Gentianales é representada na Mata dos Saguis por 14 espécies, três famílias e 13 gêneros (tabela 1). Foram elaboradas duas chaves interativas de identificação, uma para identificação das três famílias da ordem Gentianales e outra para as 14 espécies. Dentre as espécies, apenas Catharanthus roseus (L.) G. Don. é exótica e amplamente empregada como ornamental nas dependências do campus. A tabela 1 apresenta a lista das famílias e suas respectivas espécies.

Tabela 1. Lista de espécies da ordem Gentianales do fragmento florestal Mata dos Saguis.

FAMÍLIA ESPÉCIE

Apocynaceae 1. Catharanthus roseus (L.) G. Don. 2. Hancornia speciosa Gomes. 3. Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini.

4. Mandevilla scabra (Hoffmanns. Ex Roem. & Schult.) K.Schum.

1. Spigelia anthelmia L.

2. Strychnos parvifolia A. DC.

1. Borreria spinosa Cham. et Schltdl.

2. Chiococca alba (L.) Hitch.

3. Diodella teres (Walter) Small Small & Carter. 4. Guettarda platypoda DC.

5. Mitracarpus strigosus (Thunb.) P.L.R. Moraes, De Smedt Hjertson 6. Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.)

7. Tocoyena formosa K.Schum.

8. Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.Schum.

Loganiaceae

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Chave interativa

A base de dados “Chave interativa da Mata dos Saguis – Gentianales” que foi elaborada no software Xper2 (figura 3) foi migrada para a plataforma online (Xper³), onde já se encontra disponível para o público no endereço “http//www.xper3.fr/xper3GeneratedF iles/publish/identification/6233053986250706296/mkey.html”. O mesmo procedimento foi realizado para a chave das famílias, disponível no endereço: http://www.xper3.fr/xper3GeneratedFiles/publish/identification/6349184130900443727/mkey .html. O usuário, assim que acessar a primeira página da chave, encontrará uma coluna contendo a lista de descritores, que aparecerá pela ordem de maior ou menor poder de discriminação. Para auxiliar o usuário sobre a melhor escolha do caráter (descritor), barras posicionadas ao lado do nome indicam qual descritor é mais discriminante (verde escuro) ou menos descriminante (verde claro) (figura 4). Quando o usuário encontra o nome da planta que está identificando, aparecem imagens e um texto com a descrição geral e outras informações (figura 5).

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Para a construção da chave interativa, foram utilizados 17 caracteres vegetativos e 16 reprodutivos, totalizando 33 caracteres e 127 estados de caracteres (ver anexo I). Dentre esses caracteres, 5 descritores pertencem ao grupo “Outros caracteres vegetativos”, 12 ao grupo “folhas”, 2 ao grupo “inflorescência”, 8 ao grupo “Flor”, 5 ao grupo “Frutos e Sementes” e apenas 1 ao grupo “Ecologia e geografia”. A formação de grupos organiza os descritores no

xper² e auxilia no processo de descrição das espécies tornando-o mais rápido. Infelizmente, a organização em grupos não se mantém no Xper³ onde os descritores estão organizados por ordem de poder de discriminação.

Para a ilustração dos caracteres, foram utilizadas 185 imagens, sendo 132 utilizadas para a ilustração de todos os caracteres e seus estados e 53 imagens para a ilustração das espécies e demais táxons (ex.: figura 6 e 7). Através de ambas as chaves de identificação, o usuário poderá identificar todas as espécies de Gentianales (bem como todas as famílias) utilizando apenas caracteres vegetativos. Essa opção é bastante vantajosa perante à falta de flores ou frutos nas amostras, caracteres quase sempre determinantes em chaves dicotômicas tradicionais. De acordo com os índices de eficiência dos descritores (Xper, jaccard e Sokal e Michener), os descritores mais eficientes são “base da lâmina” e “tipo de fruto”. A matriz completa de todos

os descritores por espécies que foi exportada a partir da base completa do xper² encontra-se no anexo II.

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Figura 5 - A. Janela de informações sobre a espécie, que surge automaticamente após a sua identificação pela chave; B. detalhe da janela, na qual foi detalhada as principais informações de cada espécie.

Figura 4 - Interface da plataforma online do Xper3. O quadro da esquerda mostra os 20 primeiros descritores (de acordo com seus índices de melhor descritor) bem como as ilustrações de cada carácter e estado de caráter. O quadro da direita mostra a lista de espécies disponíveis.

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Figura 6 - Exemplos de ilustrações presentes na chave, que auxiliam o usuário na identificação das espécies. A. flor de Hancornia speciosa; B. flor de Matelea ganglinosa; C-D. folha e caule de Strychnos parvifolia; E. Folha de Spigelia anthelmia; F. inflorescência de Borreria spinosa; G. braquiblasto de Richardia grandiflora e H. fruto maduro de Tocoyena formosa. Fotos: Fernanda Gondim.

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Figura 7 - Exemplos de ilustrações presentes na chave. A. inflorescência de Chiococca

alba; B. flores de Diolella teres; C. flores de Tocoyena sellowiana; D. Glomérulo de Mitracarpus strigosus; E. Folhas e hábito de Mandevilla scabra; F. Flor de Guettarda platypoda; G. Flor de Catharanthus roseus e H. Flor de Spigelia anthelmia. Fotos:

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Tratamento taxonômico

1. Borreria spinosa Cham. et Schltdl. Linnaea 3: 340. 1828 Sinônimos: Borreria densiflora DC. Spermacoce spinosa Sw.

Erva ereta ou prostrada, ramos lisos, glabros, verdes, estípulas interpeciolares, multifimbriadas, persistentes. Folhas simples, pecioladas, opostas cruzadas, lâmina lanceolada, elíptica a estreito-elíptica, base aguda, ápice agudo a cuneado, discolor, margem inteira, superfícies adaxial e abaxial glabras, membranáceas, peninérveas, camptódromas. Inflorescência terminal, axilar, glomérulo. Flor bissexual, actinomorfa, séssil, brácteas elípticas, cálice dialissépalo, actinomorfo, corola campanulada, gamopétala, branca, actinomorfa, preforação valvar. Estames homodínamos livres entre si, exsertos, filetes livres, anteras brancas. Ovário ínfero. Cápsula deiscente, seca, negro a marrom, glabra. Sementes elipsoides.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Mata dos Saguis, 05.XII.2016, fl. e fr., N. Dávila. 6617 (UFRN).

2. Catharanthus roseus (L.) G. Don., Hist. 4: 95 1837. Sinônimo: Vinca rosea L.

Erva ereta, ramos lisos, pubescentes, verdes, exudato branco, estipulas axilares. Folhas pecioladas, opostas cruzadas, lâmina obovada a oblonga, base cuneada a obtusa, ápice mucronado, pubescentes em ambas as superfícies, discolor, cartácea, amptódroma. Inflorescência cimosa, monocásio helicoide, terminal. Flores pediceladas, cálice dialissépalo, corola hipocrateriforme, rosa, prefloração contorta. Estames livres entre si e adnatos às pétalas, inclusos, anteras amareladas. Foliculos, deiscentes, seco. Sementes negras, elipsoides.

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Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Maxaranguape, Comunidade Caraúbas, acesso pela BR 101 e RN 160, 28.VII.2010, fl., D. F. Torres. 2 (UFRN).

3. Chiococca alba (L.) Hitch. Annual Rep. Missouri Bot. Gard. 4: 94. 1893.

Sinônimos: Lonicera alba L.; Chiococca alba subsp. Alba; Chiococca anguifuga Mart.

Arbusto, ramos cilíndricos, lisos a levemente estriados, glabros, marrons, estípulas Interpeciolares, triangulares e persistentes. Folha simples, opostas dísticas, lâmina ovada a elíptica, base arredondada, ápice cuspidado, acuminado, cuneado ou obtuso, margem inteira, superfície adaxial glabra e abaxial pubescente, concolor, cartácea, venação peninérvea, camptódroma. Inflorescência axilar, racemo. Flor bissexual, actinomorfa, subséssil, Brácteas elípticas, cálice dialissépalo, actinomorfo, corola campanulada, gamopétala, branca, actinomorfa, prefloração valvar. Estames homodínamos, livres entre si, Inclusos, filetes livres, amarelos. Ovário Ínfero, unilocular. Drupa globosa, carnosa, branca, glabra, indeiscente. Sementes elipsoides.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Mata dos Saguis, 08.VI.2016, fl. e fr., N. Dávila. 6582 (UFRN).

4. Diodella teres (Walter) Small Small & Carter, Fl. Lancaster Co. 271. 1913. Sinônimos: Diodia teres Walter

Erva reta a prostrada. Ramos lisos, pubescentes a hirsutos, verdes. Estípulas interpeciolares, multifimbriadas, persistentes. Folhas simples, sésseis, opostas dísticas, lâmina lanceolada, elíptica a oblonga, base atenuada, obtusa a aguda, ápice agudo a acuminado, concolor, margem inteira, superfícies adaxial e abaxial hirsutas, textura cartácea, peninérvea,

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venação eucampdódroma. Inflorescência em glomérulos axilares, racemosas. Flor bissexual, actinomorfa, séssil, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola infudibuliforme, gamopétala, branca, lilás a ligeiramente rosada, actinomorfa, prefloração valvar. Estames homodínamos, livres entre si e aderidos às pétalas, inclusos, anteras amareladas. Ovário ínfero, bilocular. Esquizocarpo, seco, verde, glabro.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 08.VI.2016, fl., N. Dávila. 6575 (UFRN).

5. Guettarda platypoda DC. Prodr. 4: 456. 1830

Sinônimos: Guettarda leai Ridl. Matthiola platypoda (DC.) Kuntze.

Arbusto, ramos rugosos, lenticelados, glabros e marrons, estípulas interpeciolares, triangulares, persistentes. Folhas pecioladas, simples, opostas dísticas. Lâmina obovada a elíptica, base cuneada, ápice arredondado a obtuso, faces discolores, margem inteira, superfícies adaxial e abaxial glabras, textura cartácea, peninérvea, venação camptódroma. Inflorescências em cimeiras axilares, cimosas. Flor bissexual, actinomorfa, pedicelo subséssil, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola infudibuliforme, gamopétala, actinomorfa, amarela, prefloração valvar. Estames homodínamos, livres entre si e aderidos às pétalas, inclusos, filetes, fixado as pétalas, livres, antera dorsifixa, amarelas ou castanhas. Ovário ínfero, plurilocular. Drupa globosa, carnosa, branca, superfície levemente pubescente, indeiscente. Sementes globosas.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 27.VI.2016, fl e fr., N. Dávila. 6608 (UFRN).

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6. Hancornia speciosa Gomes. Mem. Math. Phis. Acad. Real Sci. Lisboa 3(Mem. Corr.):

53 1812.

Sinônimos: Hancornia gardneri (A.DC.) Miers; Echites glaucus Roem. & Schult.

Árvore, ramos lisos a rugosos, lenticelados, glabros, marrons avermelhados. Coléteres presentes. Folhas simples, margem inteira, pecioladas, opostas dísticas, lâmina oblonga, base obtusa, ápice acuminado, concolor, glabra em ambas as faces, cartácea, peninérveas, venação craspedódroma. Látex branco. Inflorescência em dicásios terminais, cimosas. Brácteas deltóides, oblongas. Flores pediceladas, sésseis, bissexuais, actinomorfas, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola hipocrateriforme, gamopétala, branca, actinomorfa, fauce amarela. Estames homodínamos, livres entre si e aderidos às pétalas, inclusos, filetes fixados as pétalas, livres, anteras basifixas, amarelas. Ovário Ínfero, prefloração espiralada. Baga globosa, carnosa, amarelo-avermelhada, superfície glabra, indeiscentes. Sementes elipsoides, com presença de arilo, castanho-claras.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 16.VIII.2012, fl., L. M. Versieux. 534 (UFRN).

7. Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K.Schum., Nat. Pflanzenfam. [Engler & Prantl] 4, Abt. 2: 171. 1895.

Sinônimos: Echites scabrus Hoffmanns. ex Roem. & Schult.; Amblyanthera cuyabensis (A.DC.) Müll.Arg.

Trepadeira, ramos lenticelados, pubescentes a glabros, marrons a verdes, exsudato branco, gavinhas presentes, estipulas ausentes. Folhas pecioladas, opostas cruzadas. Lâmina elíptica, base cordada, ápice acumunado a agudo, superfície adaxial áspera a escabra, 18. Lâmina abaxial pubescente a velutinosa, cartácea, camptódroma. Inflorescência em racemos

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axilares. Flores pediceladas, cálice gamossépalo, corola infudibuliforme, amarela, prefloração contorna ou espiralada, fauce alaranjada. Estames inclusos. Folículos carnosos, marrons, glabros, indeiscentes. Sementes elipsoides.

Material Examinado: BRASIL, RIO GRANDE DO NORTE, Natal, Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. 30.IV.2016, fl, A. A. Roque. 1793 (UFRN); Natal, Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. 11.VI.2016, fl, A. A. Roque. 1804 (UFRN).

8. Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini., Neodiversity 3(2): 19 2008.

Sinônimos: Cynanchum ganglinosum Vell.; Gonolobus cearensis Malme.

Trepadeira, ramos lisos, marrons a verdes, pubescentes, exsudato branco, gavinhas presentes, estipulas ausentes. Folhas pecioladas, opostas dísticas, lâmina ovada, base cordada, ápice acuminado a cuneado, discolor, superfície adaxial pubescente, superfície abaxial pubescente a velutinosa, membranácea, broquidódroma. Inflorescência em cimeiras subaxilares, racemosas. Flores pediceladas, cálice gamossépalo, corola rotada, esverdeada nas extremidades, roxa em sua base, ginostégio amarelado. Folículo seco, negro quando maduro, áspero, deiscentes. Sementes elipsoides.

Material examinado: BRASIL, RIO GRANDE DO NORTE, Baía Formosa, área pertencente à Fazenda Estrela. 24.V.2016, fr, E. O. Moura. 755 (UFRN).

9. Mitracarpus strigosus (Thunb.) P.L.R. Moraes, De Smedt & Hjertson

Sinônimos: Mitracarpus salzmannianus DC. Prodr. 4: 571 1830.; Mitracarpus discolor Miq.;

Erva ereta à prostrada, ramos lisos, pubescentes, verdes, braquiblastos presentes, estipulas interpeciolares, multifimbriadas, persistentes. Folhas opostas dísticas, sésseis. Lâmina lanceolada a elíptica, base atenuada a cuneada, ápice acuminado a agudo, concolor, pubescente

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em ambas as faces, membranácea, eucampdódroma. Inflorescência em glomérulos, axilares e terminais, multifloros. Flor pedicelada, cálice dialissépalo, corola hipocrateriforme, branca, prefloração valvar. Estames livres entre si e adnatos às pétalas, exsertos, filetes fixados as pétalas. Cápsula, seca, castanha, glabra, deiscente. Sementes globosas.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 08.VI.2016, fl., N. Dávila. 6571 (UFRN).

10. Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. Nomencl. Bot. (ed. 2) 2: 459. 1841. Sinônimos: Richardsonia grandiflora Cham. & Schltdl.; Richardia divergens (Pohl ex DC.) Steud.

Erva ereta a prostrada, ramos lisos, pubescentes, verdes a avermelhados, braquiblastos presentes, estipulas interpeciolares, multifimbriadas persistentes. Folhas sésseis, opostas dísticas, lâmina lanceolada a estreito-elípitica, base atenuada, ápice acuminado a agudo, discolor, superfície adaxial e abaxial glabra, áspera ou escabra, membranácea, eucampdódroma21. Inflorescência em glomérulo, terminal, cimosa. Flores subsésseis, cálice dialissépalo, corola infudibuliforme, branca, lilás, prefloração valvar. Estames livres, inclusos, anteras brancas. Ovário trilocular. Esquizocarpo, marrom, seco, glabro, deiscente. Sementes elipsoides.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus da UFRN, 26.IX.2007, fl., M. G. Silva. 5939 (UFRN).

11. Spigelia anthelmia L. Sp. Pl. 149 1753.

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Erva ereta, ramos cilíndricos, lisos, glabros e esverdeados, estípulas ausentes. Folhas simples, sésseis, verticiladas. Lâmina lanceolada a ovada, base atenuada a arredondada, ápice acuminado, discolor, glabra em ambas as superfícies, textura membranácea, camptódroma. Inflorescência terminal, cimosa, cimeira do tipo monocásio escorpioide. Flor pedicelada, 25. Cálice, dialissépalo, corola infudibuliforme, branca, rosa e lilás, prefloração valvar, estames livres entre si, inclusos, anteras amarelas, ovário ínfero, bilocular. Cápsula, superfície áspera, seca. Sementes elipsoides.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus central da UFRN, 20. IV.2007, fr, H. Silva, 3 (UFRN).

12. Strychnos parvifolia A. DC. Prodr. 9: 16 1845.

Sinônimos: Strychnos marginata Benth.; Strychnos martii Prog.

Arbusto, ramos lenticelados, glabros, marrons. Estípulas axilares, persistentes, formando gavinhas ou espinescentes. Folhas simples, opostas dísticas, discolores, lâmina ovada, elíptica a largo-elíptica, base obtusa a subcordada, ápice agudo, emarginado ou cuneado, margem inteira, glabra em ambas as faces, cartácea, peninérvea, venação broquidódroma, gavinhas axilares. Inflorescência em dicásios terminais, cimosa. Flor bissexual, actinomorfa, subsésseis, cálice dialissépalo, actinomorfo, corola campanulada, gamopétala, actinomorfa, amarela. Estames homodínamos, livres entre si, inclusos, filetes fixados as pétalas, anteras livres, amarelas, ovário súpero, prefloração valvar. Baga globosa, indeiscente, amarela a alaranjada, pericarpo carnoso. Sementes globosas.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 08.VI.2016, fl e fr., N. Dávila. 6605 (UFRN).

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Sinônimos: Gardenia formosa Cham. & Schltdl.; Gardenia marítima Vahl ex DC. Árvore, ramos cilíndricos, estriados, glabros, pubescentes nos ramos jovens, marrons a acinzentados, estípulas interpeciolares, triangulares, caducas. Folhas simples, pecioladas, opostas cruzadas, lâmina elíptica a largo-elíptica, margens inteiras, base atenuada, obtusa a cuneada, ápice cuneado, cuspidado a agudo, discolor, superfícies adaxial e abaxial velutinosas, cartácea, peninérveas, venação eucampdódroma. Inflorescência em dicásios terminais, cimosas. Flores actinomorfas, bissexuais, sésseis a subsésseis, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola hipocrateriforme, gamopétala, actinomorfa, amarela. Estames homodínamos, livres entre si e aderidos às pétalas, exsertos, filetes fixados as pétalas, livres, anteras amarelas a castanhas. Ovário ínfero, bilocular, prefloração contorna. Baga globosa, carnosa, indeiscente, superfície glabra a levemente pubescente, verdes quando imaturas, negras quando maduras. Sementes discoides.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 12.II.2012, fl., Moura, E. O. 70(UFRN).

14. Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.Schum. Fl. Bras. (Martius) 6(6): 349. 1889. Sinônimos: Gardenia sellowiana Cham. & Schltdl. Tocoyena selloana K.Schum.

Tocoyena sellowana (Cham. & Schltdl.) K.Schum.

Árvore, altura, ramos lisos, lenticelados e estriados, glabros marrons a acinzentados, estípulas interpeciolares, triangulares, persistentes. Folhas simples, pecioladas, opostas cruzadas. Lâmina obovada a elíptica, base atenuada a aguda, ápice cuspidado, agudo a cuneado, discolor, margem inteira, superfícies adaxial e abaxial glabras, textura cartácea, peninérveas, venação camptódroma. Inflorescência terminal, cimosa, dicásio. Flor bissexual, actinomorfa, séssil, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola hipocrateriforme, gamopétala, amarela,

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actinomorfa. Estames homodínamos, livres entre si, exsertos, filetes fixados as pétalas, livres, anteras amarelas, prefloração contorta. Ovário ínfero, bilocular. Baga globosa, verdes quando imaturas, negras quando maduras, glabras, indeiscentes. Sementes discoides.

Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata dos Saguis, 22.VIII.2016, fl e fr., N. Dávila. 6620 (UFRN).

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DISCUSSÃO

A elaboração de chaves interativas para a flora do Brasil ainda é pouco difundida, embora já existam alguns trabalhos que se destacam como o de Bittrich et al. (2012), sobre gêneros de plantas com sementes da reserva Ducke (Manaus, AM); Zuquim et al. (2017), para samambaias da Amazônia; Zanatta et al. (2015) para angiospermas do Cerrado; Peres & Fagg, (2011), para frutos e sementes também do Cerrado; Carmo & Simões (2017), para espécies da família Rubiaceae em Camanducaia (Minas Gerais); e Espirito Santo et al. (2013), para espécies de Bignoniaceae no estado da Bahia. Este último, juntamente com duas dissertações não publicadas (Sapindaceae lianescentes, Ferraz 2017; e plantas aquáticas e palustres, Souza 2008), são os únicos registrados para a região nordeste do país, todos sobre a flora da Bahia. Logo, o estado do Rio Grande do Norte não possui registros de publicações de chaves interativas para as vegetações presentes no estado.

Assim como o observado por Bittrich et al. (2012) a Amazônia e demais vegetações brasileiras tem suas floras frequentemente desatualizadas dentro de alguns anos, frente ao grande volume de novas descobertas. O estudo cientifico da biodiversidade do Brasil, bem como sua geografia, ainda permanece em fase exploratória (Giulietti et al. 2005), apresentando uma acentuada carência de síntese de dados biogeográficos, especialmente em áreas onde há poucas instituições com tradição em estudos Botânicos (Fiaschi & Pirani 2009). Martinelli (2010) reconhece a relevância do Brasil quanto ao nível de desenvolvimento cientifico e instituições acadêmicas e de pesquisas consolidadas. Contudo, se comparado a outros países detentores de megadiversidade (como por exemplo a Austrália, China e México), o Brasil ainda apresenta limitações quanto ao uso da informação, organização e extensão da sua biodiversidade, havendo ainda necessidade de investir em tais quesitos (Martinelli, 2010). Logo, é necessário mais investimento no levantamento das informações taxonômicas e na divulgação das mesmas sendo importante aumentar a intensidade de coletas em áreas remotas

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e regiões negligenciadas cientificamente, como é o caso do Rio Grande do Norte (ex.: Versieux

et al. 2013).

O impacto social e científico da internet nos dias atuais favorece e estimula o compartilhamento de dados digitais e, consequentemente, de propostas de projetos de taxonomia virtual visando o estudo da biodiversidade (Ung et al. 2010). Diante desse aspecto, a identificação correta dos táxons estudados deve ser priorizada. Nomes científicos são comumente transferidos de um trabalho para outro sem o cuidado necessário, sendo apenas taxonomistas bem treinados capazes de encontrar e corrigir esses erros taxonômicos (Bortolus 2008). Uma análise realizada por Bortolus (2008) mostra que parte dos estudos publicados em revistas relevantes na área da ecologia, por exemplo, são desprovidos de qualquer informação que garanta a identificação correta dos organismos estudados, a maioria não tem espécimes depositados em coleções de referência e também não mencionam a participação de taxonomistas. O trabalho realizado por Cardoso et al. (2017) ilustra bem essa realidade: a partir da análise de diversas listas sobre a flora amazônica publicada ao longo dos anos, diversos erros taxonômicos foram encontrados. A inclusão de espécies não amazônicas, um mesmo nome científico citado mais de uma vez em uma mesma lista, sinônimos (onde taxonomistas nomeiam uma única espécie com dois ou mais nomes distintos), entre outras falhas são alguns dos erros encontrados que dificultam a visualização real da dimensão da flora desse bioma (Cardoso et

al. 2017).

Diante do rápido desenvolvimento tecnológico, o uso de chaves dicotômicas tradicionais tem se tornado obsoleto perante ao grande volume de informações a respeito das espécies (sobretudo com o advento da filogenia molecular nos últimos anos) já que não é uma ferramenta passível de constante e fácil edição/atualização, diferentemente das chaves em meio eletrônico. No entanto, para Griffing (2011) a utilização das chaves dicotômicas está tão enraizada na botânica que por vezes é tida como uma parte fundamental da ciência, e não é

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vista apenas como uma ferramenta, desenvolvida especificamente para o auxílio na identificação e aprendizagem, sendo uma dentre várias alternativas para o processo de identificação de táxons. Além disso trabalhos impressos (ex.: guias de campo, revisões taxonômicas e monografias), mesmo que bem ilustrados, geralmente não acompanham os especialistas em suas idas à campo, ficando retidos em herbários e prateleiras (Kress 2004).

Por outro lado, a grande maioria dos pesquisadores atualmente leva computadores e

smartphones em suas viagens de campo. Logo, estudos que utilizam as ferramentas digitais

disponíveis e possam ser utilizadas de forma interativa nesses meios garante maior acessibilidade e utilidade da informação. A abordagem virtual dessas informações se torna uma estratégia eficaz trazendo diversas vantagens para os usuários desses dados taxonômicos (Bittrich et al. 2012) e aproximando os mais diversos públicos para o conhecimento mais dinâmico da flora. Para Godfray (2002), a própria taxonomia se torna ideal para a internet, já que é um tema com amplo volume de informações que requer o uso de ilustrações em abundância e também necessita de atualizações constantes. Brach & Boufford (2011) discutem, ainda, a possibilidade de guias de campo se tornarem mais acessíveis em tablets e smartphones sem a necessidade do uso da internet para encontrar os táxons. Desta forma, facilita-se o processo de identificação, tornando-o mais acessível não só para os pesquisadores como também para o público em geral, inclusive em áreas mais remotas (Brach & Boufford 2011)

Parte dos trabalhos de chaves interativas para a flora brasileira são disponibilizados ao púbico em sites próprios, elaborados para a hospedagem da chave em questão. Neles é fornecido um link para a chave interativa, como no site “www. frutosatrativosdocerrado.bio.br”, elaborado por Peres e Fagg (2011). Sites próprios com esse objetivo permitem maior liberdade para adicionar diversas outras informações (como materiais adicionais e informações sobre a equipe), além de facilitar o acesso ao público em geral. Contudo, essas chaves podem se tornar rapidamente inacessíveis mediante problemas de hospedagem. Uma outra opção é

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disponibilizar as chaves diretamente pelo banco de bases dos sites dos desenvolvedores de

softwares, como no site do LUCID® (http://www.lucidcentral.com/en-us/keys173;/searchforakey.aspx). Já o grupo da professora Dra. Régine Vignes-Lebbe, Diretora do LIS (Laboratoire Informatique et Systématique), laboratório responsável pelo desenvolvimento do do XPER, na universidade Université Pierre et Marie Curie (França), criou uma plataforma online, mais elaborada e interativa, disponível para os usuários (Xper³, www.xper3.fr). No Xper³, as chaves podem ser elaboradas e utilizadas na própria interface, que possui recursos que auxiliam tanto o usuário como o autor da chave. Apesar de garantir o armazenamento dos dados de uma forma mais segura, uma desvantagem desse tipo de hospedagem é a limitação da adição de informações extras (como arquivos para download ou sugestões de links). Do mesmo modo, não é raro encontrar chaves interativas cujos links se encontram indisponíveis, quer tenham sido disponibilizadas em sites elaborados pelos próprios autores ou apenas disponibilizada no banco de bases dos sites dos desenvolvedores. Dos trabalhos anteriormente citados, alguns (ex.: Bittrich et al., 2012; Espirito Santo et al., 2013) não podem ser acessados a partir dos links disponibilizados nos seus respectivos artigos. Cabe aos pesquisadores envolvidos realizarem uma manutenção contínua, tanto do conteúdo da chave (mantendo-a em constante atualização) como dos meios que a tornam disponíveis ao público.

A chave elaborada para as espécies de Gentianales da Mata dos Saguis estará disponível para os alunos e servidores do campus universitário, bem como para o público em geral interessado. O fragmento florestal Mata dos Saguis vem ao longo dos anos sendo revitalizado e recentemente aberto ao público externo para a realização de trilhas agendadas, a partir de trabalhos de educação ambiental. A utilização do local como laboratório natural para as disciplinas de botânica e zoologia confirma a utilidade desse fragmento também para o ensino dentro da universidade. Chaves interativas testadas por universitários, se mostraram úteis para

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o aprendizado da botânica desses alunos (Zanatta et al. 2015; Zuquim et al. 2017), aumentando o interesse nas disciplinas de botânica, além de ser uma ferramenta acessível e atrativa diante dos novos meios tecnológicos inseridos no cotidiano dos alunos (Peres, 2012; Zanatta et al. 2015). Visando esse objetivo, a chave elaborada neste estudo poderá ser testada em aulas práticas por turmas de alunos de graduação durante as disciplinas de botânica dos cursos de Ciências Biológicas, Ecologia, Engenharia Florestal e Zootecnia a partir do início do período letivo de 2018.

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(40)

ANEXO I: Lista de caracteres (em negrito) e seus estados.

i. Hábito: 1. Árvore, 2. Arbusto, 3. Erva ereta, 4. Erva prostrada, 5. Trepadeira.

ii. Ramos: Casca externa: 1. Lisa, 2. Rugosa, 3. Lenticelada, 4. Estriada, 5. Reticulada, 6. Laminada.

iii. Ramos: Superfície/indumento: 1. Pubescente, 2. Glabra.

iv. Ramos: Cor: 1. Marrons, 2. Avermelhados, 3. Verdes, 4. Acinzentados. v. Exsudato: 1. Ausente, 2. Branco.

vi. Braquiblastos: 1. Presentes, 2. Ausentes.

vii. Estípula: 1. Ausente, 2. Interpeciolares, 3. Axilares. viii. Estípula: Tipo: 1. Triangulares, 2. Multifimbriadas.

ix. Pecíolo: Forma: 1. Peciolada, 2. Séssil, 3. Subséssil.

x. Filotaxia: 1. Verticiladas, 2. Opostas dísticas, 3. Opostas cruzadas.

xi. Lâmina: forma:1. Obovada, 2. Lanceolada, 3. Ovada, 4. Linear, 5. Elíptica, 6. Oblonga, 7. Estreito-elíptica, 8. Largo-elíptica.

xii. Lâmina: base: 1. Atenuada, 2. Cuneada, 3. Arredondada, 4. Cordada, 5. Aguda, 6. Obtusa, 7. Subcordada.

xiii. Lâmina: ápice: 1. Mucronado, 2. Cuspidado, 3. Acuminado, 4. Agudo, 5. Arredondado, 6. Emarginado, 7. Cuneado, 8. Obtuso.

xiv. Lâmina: Cor de ambas as faces: 1. Concolor, 2. Discolor.

xv. Lâmina: Superfície adaxial: 1. Glabra, 2. Pubescente, 3. Áspera, 4. Hirsuta, 5. Velutinosa.

xvi. Lâmina: Superfície abaxial: 1. Áspera, 2. Hirsuta, 3. Pubescente, 4. Velutinosa, 5. Glabra.

xvii. Lâmina: Textura: 1. Cartácea, 2. Membranácea, 3. Herbácea.

xviii. Venação foliar: Padrão: 1. Camptódroma, 2. Eucampdódroma, 3. Broquidódroma, 4. Craspedódroma.

xix. Inflorescência: Posição: 1. Terminal, 2. Axilar.

xx. Inflorescência: Tipo: 1. Racemo, 2. Glomérulo, 3. Cimeira: Dicásio, 4. Cimeira: monocásio escorpióide, 5. Cimeira subaxilar.

(41)

xxi. Pedicelo: Tipo: 1. Pedicelada, 2. Séssil, 3. Subséssil. xxii. Cálice: Fusão: 1. Gamossépalo, 2. Dialissépalo.

xxiii. Corola: Tipo: 1. Campanulada, 2. Rotada, 3. Infudibuliforme, 4. Hipocrateriforme. xxiv. Corola: Cor: 1. Branca, 2. Rosa, 3. Lilás, 4. Amarela, 5. Esverdeada.

xxv. Prefloração: 1. Valvar, 2. Contorna ou espiralada.

xxvi. Estames: 1. Livres, 2. Adnatos às pétalas, 3. Unidos, formando uma única estrutura. xxvii. Estames: Em relação a corola: 1. Exsertos, 2. Inclusos.

xxviii. Ovário: Número de lóculos: 1. Unilocular, 2. Bilocular, 3. Trilocular, 4. Plurilocular.

xxix. Fruto: Consistência do pericarpo: 1. Carnoso, 2. Seco.

xxx. Fruto: Cor: 1. Branco, 2. Verde, 3. Negro, 4. Alaranjado ou amarelado, 5. Amarelo avermelhado.

xxxi. Fruto: Tipo: 1. Drupa, 2. Baga, 3. Folículo, 4. Cápsula, 5. Esquizocarpo. xxxii. Semente: Forma: 1. Discóide, 2. Elipsoides, 3. Globosas.

(42)

ANEXO II: Lista dos descritores com seus poderes de discriminação

GRUPO DESCRITORES Índice

XPER Índice de Sokal & Michener Indice de Jaccard Ecologia e geografia 1. Hábito 69/91

(0.76)

34/91 (0.38) 73/91 (0.81) Outros caracteres

vegetativos

2. Ramos: Casca externa 34/91 (0.37) 27/91 (0.31) 56/91 (0.62) Outros caracteres vegetativos 3. Ramos: Superfície/indumento 28/91 (0.31) 44/91 (0.49) 44/91 (0.49) Outros caracteres vegetativos 4. Ramos: Cor 29/91 (0.32) 35/91 (0.39) 56/91 (0.62) Outros caracteres vegetativos 5. Exsudato 40/91 (0.44) 40/91 (0.44) 40/91 (0.44) Outros caracteres vegetativos 6. Braquiblastos 40/91 (0.44) 40/91 (0.44) 40/91 (0.44) Folhas 7. Estípula 56/91 (0.62) 37/91 (0.41) 56/91 (0.62)

Folhas 8. Estípula: Tipo 16/28

(0.57)

16/28 (0.57) 16/28 (0.57)

Folhas 9. Pecíolo: Forma 53/91

(0.58) 35/91 (0.39) 53/91 (0.58) Folhas 10. Filotaxia 53/91 (0.58) 35/91 (0.39) 53/91 (0.58) Folhas 11. Lâmina:forma 46/91 (0.51) 32/91 (0.36) 73/91 (0.81) Folhas 12. Lâmina:base 60/91 (0.66) 31/91 (0.34) 77/91 (0.85) Folhas 13. Lâmina:ápice 32/91 (0.35) 30/91 (0.33) 65/91 (0.72) Folhas 14. Lâmina: Cor de ambas

as faces

40/91 (0.44)

40/91 (0.44) 40/91 (0.44) Folhas 15. Lâmina: Superfície

adaxial

52/91 (0.57)

28/91 (0.31) 59/91 (0.66) Folhas 16. Lâmina: Superfície

abaxial

42/91 (0.46)

31/91 (0.34) 58/91 (0.64)

Folhas 17. Lâmina: Textura 32/91

(0.35)

33/91 (0.37) 47/91 (0.53) Folhas 18. Venação foliar: Padrão 57/91

(0.63)

31/91 (0.35) 61/91 (0.68) Inflorescência 19. Inflorescência: Posição 30/91

(0.33)

46/91 (0.51) 46/91 (0.51) Inflorescência 20. Inflorescência: Tipo 69/91

(0.76)

27/91 (0.3) 69/91 (0.76)

Flor 21. Pedicelo: Tipo 60/91

(0.66)

44/91 (0.49) 63/91 (0.7)

Flor 22. Cálice: Fusão 49/91

(0.54)

49/91 (0.54) 49/91 (0.54)

(43)

Flor 23. Corola: Tipo 63/91 (0.69)

34/91 (0.38) 66/91 (0.73)

Flor 24. Corola: Cor 57/91

(0.63) 34/91 (0.38) 66/91 (0.73) Flor 25. Prefloração 40/91 (0.44) 46/91 (0.51) 46/91 (0.51) Flor 26. Estames 45/91 (0.49) 34/91 (0.38) 53/91 (0.58) Flor 27. Estames: Em relação a

corola

36/91 (0.4)

42/91 (0.47) 42/91 (0.47)

Flor 28. Ovário: Número de

lóculos

15/91 (0.16)

44/91 (0.49) 51/91 (0.57) Frutos e sementes 29. Fruto: Consistência do

pericarpo

49/91 (0.54)

49/91 (0.54) 49/91 (0.54) Frutos e sementes 30. Fruto: Cor 43/91

(0.47)

24/91 (0.27) 56/91 (0.62) Frutos e sementes 31. Fruto: Tipo 77/91

(0.85)

30/91 (0.34) 77/91 (0.85) Frutos e sementes 32. Semente: Forma 36/91

(0.4)

40/91 (0.44) 52/91 (0.57) Frutos e sementes 33. Fruto: Deiscência 42/91

(0.46)

48/91 (0.53) 48/91 (0.53)

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