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INSTITUTO BUTANTAN FAZENDA SÃO JOAQUIM RAQUEL REGINA MARCONI ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE VERMIFUGOS EM CAVALOS SOROPRODUTORES

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INSTITUTO BUTANTAN FAZENDA SÃO JOAQUIM

RAQUEL REGINA MARCONI

ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE VERMIFUGOS EM CAVALOS SOROPRODUTORES DO GRUPO TETÂNICO DA FAZENDA SÃO JOAQUIM - INSTITUTO BUTANTAN.

ARAÇARIGUAMA – SP 2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

RAQUEL REGINA MARCONI

ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE VERMIFUGOS EM CAVALOS SORO PRODUTORES DO GRUPO TETÂNICO DA FAZENDA SÃO JOAQUIM -

INSTITUTO BUTANTAN.

Monografia apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional/SES, elaborada no Instituto Butantan/ Fazenda São Joaquim.

Área: Imunologia Aplicada. Manejo Sanitário de Cavalos Sororprodutores.

ARAÇARIGUAMA – SP 2010

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RAQUEL REGINA MARCONI

ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DE VERMIFUGOS EM CAVALOS SOROPRODUTORES DO GRUPO TETÂNICO DA FAZENDA SÃO JOAQUIM - INSTITUTO BUTANTAN.

Trabalho de Conclusão de Programa de Aprimoramento Profissional, como exigência parcial para obtenção do título de Aprimoramento em Manejo Sanitário de Cavalos Soro Produtores e Imunologia Aplicada - Instituto Butantan, sob orientação do Profo. Dr. Juarez Pinto Fernandes Távora.

__________________________________

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai Paulo, a minha mãe Ester e ao meu irmão Daniel, que me ajudaram, me apoiaram nessa minha jornada. Aos animais que serviram de estudo e conclusão deste experimento. E também aos profissionais veterinários que estiveram ao meu lado Profa. Dra. Karina Yasbek, Profo. Dr Juarez Pinto Fernandes Távora, Ronaldo de Azevedo Ferreira, Mônica Freitas Silva.

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais que me apoiaram bastante nesses dois anos.

Em especial, agradeço de coração à Professora Dra. Karina Yasbek e a União Agener pelo apoio e colaboração para o desenvolvimento deste experimento.

Agradeço ao meu Orientador Professor Dr. Juarez Pinto Fernandes Távora pelos ensinamentos, pela oportunidade; e também pelo carinho, amizade, paciência e dedicação neste período.

Agradeço aos meus amigos de trabalho (Eduardo, Ernesto, Gustavo, Roberto, Ronaldo, Vagner) pela boa vontade em ajudar sempre, pela amizade, e por momentos felizes e engraçados.

Agradeço aos Veterinários do Setor de Imunização, Mônica e Ronaldo pela paciência e ensinamentos proporcionados. E também há todos os funcionários deste mesmo setor por sempre me ajudaram e me receber bem e de forma educada.

Agradeço à todos os funcionários e suas famílias pelo laço de amizade criado nesses dois anos e por me apoiarem.

Agradeço as minhas amigas Aline, Adriana, Carla, Meire e Priscila que sempre estiveram me apoiando e incentivando em muitas decisões. E as minhas amigas Aline Aguiar, Ellen Martins e Flávia Pegoraro por estarem sempre ao meu lado. Aos meus amigos Virgilio Tattini Jr. E Milton Belchior Jr por me ajudarem em alguns detalhes deste trabalho.

Agradeço a Deus por todos os obstáculos ultrapassados, e por me dar forças para nunca desistir de mais um grande ideal.

(6)

“... Se você quiser alguém em quem confiar Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança...”

(7)

RESUMO

MARCONI, R. R. Estudo da utilização de vermífugos em cavalos soroprodutores do grupo tetânico da Fazenda São Joaquim – Instituto Butantan. 2010. 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Programa de Aprimoramento Profissional como exigência parcial para obtenção do título de Aprimoramento em Manejo de Cavalos Soro Produtores e Imunologia pelo Instituto Butantan. Instituto Butantan - Fazenda São Joaquim, Araçariguama, 2010.

Atualmente, as parasitoses gastrointestinais são um problema que acometem os animais de várias espécies. A ausência de tratamento acarreta o crescimento destes parasitas no organismo animal, causando transtornos. Neste estudo, utilizamos 27 cavalos, divididos em 3 grupos: 2 grupos foram vermifugados; sendo o primeiro grupo à base de Ivermectina e Pamoato de Pirantel - Grupo A; o segundo grupo tratado com um antiparasitário à base de Albendazol e Triclorfon - Grupo B, e o terceiro utilizado como grupo controle - Grupo C. Durante 4 semanas, avaliamos os exames coproparasitológicos dos grupos antes, durante, ao término do serviço de imunização. Foram avaliados os pesos dos animais; antes e após o tratamento. Foi ainda realizado o teste de potência dos animais. Os resultados indicaram que o vermífugo à base de Ivermectina e Pamoato de Pirantel apresentaram melhores resultados do que o tratamento à base de Albendazol e Triclorfon.

(8)

ABSTRACT

MARCONI, R. R. Study of anthelmintic effects on tetanus toxoid horse serum producers from Sao Joaquim Farm – Butantan Insitute. 2010. 44 p. Conclusion of Course Professional Improvement Program. Management Horse Serum Producers and ImunologiaAplicada.Instituto Butantan - Fazenda São Joaquim, São Paulo, 2010.

Currently, gastrointestinais parasites are a worldwide problem that affect animals from various species. The lack of treatment can lead to the growth of these parasites into the animal organism, causing health disorders. On this study, 27 healthy horses were used, divided into 3 groups: Group A (ivermectin and pyrantel pamoate association anthelmintic); Group B (albendazole and triclorfon association antiparasitic) and Group C (control group). The groups were individually evaluated during 4 weeks analyzing the fecal examination results, before, during and at the end of immunization process. Also, both animals weight and potency were evaluated before and after the treatment. The results showed that ivermectin and pyrantel pamoate association anthelmintic group had better results when compared to albendazole and triclorfon association antiparasitic group.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Órgãos internos mostrando os lugares de predileção dos diferentes parasitas dos

eqüinos. 17

Figura 2 - Ilustração da categoria Trematóide. 18

Figura 3 - Ilustração da categoria Nematóide. 19

Figura 4 - Ilustração da categoria Cestóide. 19

Figura 5 - Cavalo sendo pesado. 26

Figura 6 - Balança eletrônica. 26

Figura 7 - Amostra de sangue sendo coletada para teste de potência. 27

Figura 8 - Balança Simples. 29

Figura 9 - Microscópio Óptico. 29

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Resultados dos pesos dos animais no período de imunização. São Paulo, 2010. 32 Gráfico 2 - Resultados dos pesos dos animais tratados e não tratados. São Paulo, 2010.

33 Gráfico 3 - Resultados dos testes de dosagem de anticorpos dos grupos, antes e após o

experimento. São Paulo, 2010. 35

Gráfico 4 - Resultados dos testes de dosagem de anticorpos dos grupos tratados e não

tratados. 36

Gráfico 5 - Resultados dos exames de OPG dos animais dos grupos A, B e C antes e após os

tratamentos. São Paulo, 2010. 38

Gráfico 6 - Resultados dos exames de OPG grupos de animais tratados e não tratados. São

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Pesos dos animais tratados com vermífugo - Grupo A e Grupo B e não tratado - Grupo C durante o período do serviço de imunização do antígeno tetânico. São Paulo, 2010.

31 Tabela 2: Testes de dosagem de Potência de Anticorpos em 2 momentos, antes do início do experimento e após o termino do experimento. São Paulo, 2010. 34 Tabela 3: Resultados dos exames de OPG dos animais tratados com vermífugos - Grupo A (Ivermectina e Pamoato de Pirantel) e Grupo B (Albendazol e Triclorfon) e não tratados -

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

kJ/g kilojaule por grama

Kg quilograma registrada % porcentagem +/- mais ou menos + mais ou menos < menor

OPG ovos por grama de fezes

r-GABAA receptor Ácido gama-aminobutírico

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 14

2 OBJETIVOS 15

3 REVISÃO DE LITERATURA 16

3.1 DEFINIÇÕES DE PARASITISMO 16

3.2 ENDOPARASITAS QUE ACOMETEM OS EQÜINOS 16

3.2.1 Parasitas gastrointestinais 19

3.2.2 Sintomas 20

3.2.3 Diagnóstico 20

3.2.4 Controle e profilaxia 20

3.3 IVERMECTINA E PAMOATO DE PIRANTEL 21

3.4 ALBENDAZOL E TRICLORFON 21

3.5 SISTEMA IMUNOLÓGICO 22

3.5.1 Imunidade aos Helmintos 22

4 MATERIAIS E MÉTODOS 23

4.1 ANIMAIS 23

4.2 MANEJO ALIMENTAR 24

4.3 TRATAMENTOS UTILIZADOS 25

4.4 AVALIAÇÃO DOS ANIMAIS 25

4.4.1 Pesagem 25

4.4.2 Teste de dosagem de potência 26

4.4.3 Exame parasitário 27

(14)

5 RESULTADOS 31

5.1 PESAGEM 31

5.2 TESTE DE DOSAGEM DE POTÊNCIA 34

5.3 EXAME PARASITÁRIO 37

6 DISCUSSÃO 40

7 CONCLUSÕES 41

(15)

1 INTRODUÇÃO

Os eqüinos podem apresentar uma fauna parasitária ampla compreendendo vários gêneros e famílias. Dentre os parasitas mais encontrados: grandes e os pequenos estrôngilos (OTTO et al,2008; MOLENTO, 2005).

Estes parasitas causam desde um desconforto abdominal, que pode evoluir para uma cólica aguda podendo levar à morte do animal (MOLENTO, 2005). Muitas vezes a depender do nível da infecção os animais podem demonstrar fraqueza pelagem áspera, crescimento retardado e episódios de diarréia (OTTO et al,2008).

Preconizam-se a realização da profilaxia como método de controle parasitário (MOLENTO, 2005).

Existem quatro grupos químicos que são mais utilizados como antiparasitários: benzimidazóis (albendazole e oxibendazole), as pirimidinas e imidazotiazóis (pamoato de pirantel e levamisole) e o grupo das lactonas macrocíclicas (ivermectina e moxidectin). A literatura especializada descreve a eficácia destes medicamentos e sua relação custo-benefício (MARTIN, 1997).

(16)

2 OBJETIVOS

Considerando-se as parasitoses gastrointestinais dos eqüinos um problema sério de saúde e conseqüências que acarretam perdas significativas, com graves alterações na sanidade do plantel soroprodutor, idealizou-se neste trabalho se avaliar a possibilidade de utilizarem medicamento com maior eficácia no tratamento das parasitoses internas destes animais. Haviam referências de colegas de que a ivermectina promovia um quadro de imunossupressão. Assim, este tratamento era totalmente contra-indicado nos animais soroprodutores. Procurou-se utilizar nos tratamentos dois diferentes antiparasitários, bem como um grupo controle. Para tal desiderato, idealizou-se comparar as possíveis análises da produção de anticorpos após os tratamentos, como balizamento dos resultados, analisando-se assim avaliar a eficácia dos tratamentos. Para tal, desenvolveu-se a presente pesquisa.

(17)

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 DEFINIÇÕES DE PARASITISMO

O parasitismo é uma simbiose onde um indivíduo afeta adversamente o outro. O parasita pode ser interno (endoparasita) ou externo (ectoparasita), podendo ocorrer uma infecção ou uma infestação. (BLOOD; STUDENT, 2002).

As helmintíases gastrointestinais afetam bastante o desenvolvimento dos animais acarretando assim déficit na produção, gastos com tratamento e em casos extremos perda do animal. (MOTA; CAMPOS; ARAÚJO, 2003).

3.2 ENDOPARASITAS QUE ACOMETEM OS EQÜINOS

Os endoparasitas que acometem os eqüinos estão divididos em três categorias: trematóides , nematóide e cestóides (AGVET, 1989).

Dentre os nematoídese encontram: Dictyocalus (D. arnefieldi); Gongylonema (G.

pulchurun) Habronema (H. muscae, H.microstoma, H. megastom); Onchocerca (O. cervicalis,

Oxyuris, O. equi); Parascaris ( P. equorum); Setaria (S. eqüina); Strongylus (S. vulgaris, S.

equinus, S. edentatus, S. westeri); Thelazia (T. lacrymalis); Trichostrongylus (T. axei);

Triodontophorus (T. spp, Craterostomum spp, Gyalocephalus spp, Trichonema spp). Já os cestoídes são: Anocephala (A. magna, A. perfoliata); os trematóide Fasciola (F hapatica); Gastrodeiscus (G.spp)(AGVET, 1989).

(18)

Figura 1: Órgãos internos mostrando os lugares de predileção dos diferentes parasitas dos eqüinos.

(19)

Figura 2: Ilustração da categoria Trematóide. Fonte:(AGVET, 1989).

Figura 3: Ilustração da categoria Nematóide. Fonte:(AGVET, 1989).

(20)

Figura 4: Ilustração da categoria Cestóide. Fonte:(AGVET, 1989).

3.2.1 Parasitas gastrointestinais

Os parasitas gastrointestinais que acometem os eqüinos são os pequenos e grandes estrôngilos, geralmente são encontrados no ceco e no cólon (MADEIRA, 2009). Já os do estômago são Trichostrongylus axei, Habronema e Draschia; e os do intestino delgado

Parascaris equorum, Anoplocefalídeos (Anoplocephala magna, Anoplocephala perfoliata e Paranoplocephala mamillana) (RIET-CORREA, 2001).

Os parasitas do intestino grosso são os estrôngilos; grandes estrôngilos Strongylus

vulgaris, Strongylus equinus e Strongylus edentatus; pequenos estrôngilos encontram os Cylicostepamus, Cylicocyclos, Cyathostomum, Tridontophorus, Cyalocephalus e

(21)

3.2.2 Sintomas

O animal pode exibir problemas na absorção de alimentos, anorexia, diminuição de peso, crescimento lento, pelagem áspera, fraqueza, anemia, edema, diarréia, desconfortos abdominais levando à cólica e morte. (OTTO et al,2008; MOLENTO, 2005; AGVET, 1989).

3.2.3 Diagnóstico

O diagnóstico é feito pela anamnese detalhada do manejo que os animais recebem na propriedade, através das informações de dados climáticos e do controle realizado nos animais, sinais clínicos, exame parasitológico de fezes ou pela achados de necropsia (RIET-CORREA, 2001; HOFFMANN, 1987).

3.2.4 Controle e profilaxia

O controle estratégico deve ser feito com a utilização controlada de anti-helmínticos, com medidas de manejos relacionadas com as condições climáticas, topográficas e controle de cada área, objetivando reduzir as cargas de ovos e larvas no ambiente (pastagem) (RIET-CORREA, 2001; AGVET, 1989).

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3.3 IVERMECTINA E PAMOATO DE PIRANTEL

A Ivermectina é um anti-helmíntico, acaricida e inseticida que pode ser utilizado por via oral e parenteral (BLOOD; STUDENT, 2002). Ela é obtida através da fermentação de fungos do gênero Streptomyces. Seu mecanismo de ação consiste na ativação do complexo macromolecular recepto r-GABAA - canal cloreto, causando a inibição do neurotransmissão (AHRENS, 1997). Este é absorvido pelo trato gastrointestinal quando administrado por via oral, sua excreção ocorre a maioria das vezes pelas fezes e uma porção menor pela urina e leite (SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2002).

O Pamoato de Pirantel é um nematodicida. Tem pouca solubilidade à água, isto faz com que tenha uma limitação à absorção gastrointestinal. É um ótimo medicamento para vermes gastrointestinais (AHRENS, 1997). Tem como mecanismo de ação paralisar o verme, esse efeito é semelhante ao efeito causado pela nicotina (BOOTH; MCDONALD, 1992); causando assim um bloqueio neuromuscular despolarizante. Sua absorção e eliminação ocorrem de forma rápida, sendo excretado pela urina e fezes (AHRENS, 1997).

3.4 ALBENDAZOL E TRICLORFON

Albendazol é um agente antinematóideo, que faz parte da classe dos benzimidazóis, (AHRENS, 1997), com amplo espectro de ação antiparasitária e de alto grau de eficácia (BOOTH; MCDONALD, 1992); sua absorção é gastrointestinal, sendo excretado nas fezes (AHRENS, 1997).

Triclorfon é um anti- helmíntico, que tem como ação antinematóide, fazendo parte do grupo dos organofosforados (SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2002). Por via oral é

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metabolizado rapidamente e é muito eficaz contra parasitas gastrointestinais (AHRENS, 1997). Sua eliminação é feita pela urina (SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2002).

3.5 SISTEMA IMUNOLÓGICO

3.5.1 Imunidade aos Helmintos

O sistema imune é relativamente ineficiente no controle dos parasitas helmintos, por esses organismos se adaptarem a existência parasitária, este mecanismo envolve a superação ou o escape da resposta imune. Os helmintos são parasitas obrigatórios completamente adaptados, sua sobrevivência depende da forma de adaptação e acomodação no hospedeiro, provocando morbidade e não mortalidade (TIZARD, 2002).

(24)

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 ANIMAIS SOROPRODUTORES

Foram utilizados vinte e sete cavalos do grupo Tetânico da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan, Município de Araçariguama, Estado de São Paulo. Os animais não têm raça definida, machos, de diferentes idades, variando entre cinco a quinze anos, tendo já atingido a maturidade imunológica, castrados, clinicamente hígidos, com média de peso, de 450 Kg.

A Fazenda possuiu uma área de 1300 hectares, havendo predominância de capineiras

coast cross destinada à alimentação destes animais e no inverno é fornecido feno desta

gramínea. Os animais recebem diariamente 5 Kg de ração peletizada estrusada como concentrado, e ainda 50 gramas “per capita” de sal mineral.

No manejo sanitário os animais são vacinados anualmente contra Influenza, Tétano e Encéfalo Mielite Eqüina, além de raiva dos herbívoros. São submetidos à vermifugação a cada quatro meses para combater as parasitoses internas. Para combater as parasitoses externas utilizam-se tratamentos específicos com banhos à base de Triclorfon mais Coumaphos e Cyfluthrin.

As crinas são tosadas trimestralmente para controle parasitário.

A Fazenda tem controle do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento contra Anemia Infecciosa Eqüina.

Os animais são identificados através de numeração feita com nitrogênio líquido e possuem chips que fornecem todas as informações individuais.

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A água da Fazenda provém de nascentes e é de boa qualidade.

A maioria dos animais são adquiridos em processo licitatório público de acordo com as exigências adredemente publicada.

Os eqüinos foram divididos em três grupos de nove animais cada; sendo o primeiro grupo tratado com o antiparasitário à base de Ivermectina e Pamoato de Pirantel - Grupo A, o segundo com o antiparasitário à base de Albendazol e Triclorfon - Grupo B e o terceiro grupo não foi tratado com nenhum antiparasitário servindo assim de controle - Grupo C. Todos os animais no período experimental sofreram inoculações de antígeno tetânico, conforme o protocolo estabelecido pelo Instituto Butantan e foram confinados em um piquete recebendo o mesmo manejo alimentar.

O cavalo é utilizado por ser um animal dócil, de grande porte, de fácil manejo, com a veia jugular de fácil acesso, por possuir grande volume de sangue, fornecendo uma resposta imune de maior estabilidade, e um uma boa quantidade e rendimento superior a 50% de plasma hiperimune.

4.2 MANEJO ALIMENTAR

A alimentação foi dividida em três refeições, sendo a primeira no amanhecer, a segunda ao meio dia e a terceira na parte da tarde.

A primeira refeição do dia foi de 2,5 Kg/ animal de ração Equitage 15 BT estrusada para eqüinos da marca Guabi , já a segunda foi de 6 Kg/ animal de feno Coast Cross, e na terceira foi de 2,5 Kg/ animal de ração Equitage 15 BT estrusada para eqüinos da marca

Guabi . A ração é composta milho integral moído, aveia, farelo de milho - 60, farelo de soja,

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cálcio, rumixvitamínico mineral aminoácido. A água foi fornecida “ad libitum”.

4.3 TRATAMENTOS UTILIZADOS

Neste experimento foram utilizados dois tratamentos com vermífugos com princípios ativos diferentes. Sendo o primeiro grupo de nove animais tratados com o antiparasitário à base de Ivermectina e Pamoato de Pirantel - Grupo A, já o segundo grupo tratado com o antiparasitário à base de Albendazol e Triclorfon - Grupo B. Os medicamentos utilizados apresentavam-se de forma de pasta em seringas plásticas apropriadas e prontas para o uso.

Os animais dos grupos tratados receberam os antiparasitários na primeira semana do experimento por via oral.

4.4 AVALIAÇÃO DOS ANIMAIS

4.4.1 Pesagem

A pesagem dos animais foi realizada em uma balança eletrônica da marca Coimma®. No início do serviço de imunização, antes da sangria (um mês após a imunização), dez dias após a primeira sangria, vinte dias após a primeira sangria e trinta dias após a primeira sangria.

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Figura 5: Cavalo sendo pesado. Figura 6: Balança eletrônica. Fonte: REIS, 2008. Fonte: REIS, 2008.

4.4.2 Teste de dosagem de potência

Foram coletadas amostras de sangue de todos os animais para aferição da potência do soro, no início e ao término do período da imunização.

As amostras foram colhidas através da venopunção da veia jugular, com a utilização de uma agulhas 100 x 20 e tubos de ensaio esterilizados, estas amostras foram acondicionadas no gelo e encaminhadas ao laboratório de controle e qualidade do Instituto Butantan para serem processadas.

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Figura 7: Amostra de sangue sendo coletada para teste de potência. Fonte: REIS, 2008.

4.4.3 Exame coproparasitológico

Os exames coproparasitológicos foram realizados semanalmente no laboratório de análises da Fazenda São Joaquim - Instituto Butantan, contabilizando 5 exames de cada durante o experimento.

Foram colhidas fezes de todos eqüinos, da ampola retal, com o auxilio de luvas de palpação. As amostras foram analisadas ela técnica de Gordon e Whitlock modificado, que avaliam a contagem de ovos de helmintos por grama de fezes (OPG).

A técnica de Gordon e Whitlock modificado tem como objetivo identificação e contagem de ovos por grama de fezes (OPG), que é indicado para fezes de grandes animais. Tem como princípio o método de flutuação associado a contagem de ovos, usando a câmara

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de McMaster, exame microscópico quantitativo (HOFFMANN, 1987). Material utilizado:

4 gramas de fezes pesadas em balança simples.

Trituração das fezes em um copo com uma colher, ambos de plástico descartáveis. Acrescentar 26 ml de solução hipersaturada de cloreto de sódio.

Homogeneizar.

Passar a mistura através do tamis forrado com duas camadas de gases. Retirar o tamis.

Homogenizar o líquido e com a pipeta retirar uma amostra para encher a célula da câmara. Repetir a operação e encher a outra célula.

Esperar dois minutos para os ovos flutuarem e observar ao microscópico óptico na objetiva de 10.

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Figura 8: Balança Simples (marca Metler). Figura 9: Microscópio Óptico. (marca Nikon® Fonte: MARCONI, 2010. Eclipse E200)

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Figura 10: Materiais utilizados. Fonte: MARCONI, 2010.

4.4.4 Análise Estatística

Os dados foram apresentados como média e desvio padrão (+/-), para verificar a eficácia dos vermífugos, possíveis alterações do peso e as alterações do teste de potência do soro. Realizou-se o teste ANOVA, considerando significante p < 0,05. Foi utilizado o programa GraphPad InStat 3.

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5 RESULTADOS

5.1 PESAGEM

Durante as pesagens realizadas, antes dos tratamentos (1º Pesagem, e durante o período de imunização e vermifugação), (2º, 3º, 4º e 5º Pesagens) não houveram diferenças dentro dos grupos e nem alterações significativas quando comparados com os grupos tratados e o grupo controle.

Tabela 1: Pesos dos animais tratados com vermífugo - Grupo A e Grupo B e não tratado - Grupo C durante o período do serviço de imunização do antígeno tetânico. São Paulo, 2010.

Pesagens Grupo A Grupo B Grupo C

1º. 393,3333 ± 30,1662 398,6667 ± 46,7012 400,44 ± 40,0843 2º. 369,1111 ± 24,8417 381,5556 ± 48,1641 383,3333 ± 43,4051 3º. 381,7778 ± 26,0470 391,5556 ± 48,3919 394,4444 ± 40,4695 4º. 385,3333 ± 21,7026 398,6667 ± 44,9444 401,5556 ± 39,1635 5º. 382,3889 ± 23,4734 391,5556 ± 44,3597 398 ± 38,4187 Média do período 382,3889 ± 8,7339 392,4000 ± 7,0280 395,5547 ± 7,3562

(33)

Gráfico 1: Resultados dos pesos dos animais no período de imunização. São Paulo, 2010. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

Grupo A

Kg

Grupo C

Grupo B

SEMANAS

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Gráfico 2: Resultados dos pesos dos animais tratados e não tratados. São Paulo, 2010. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Semana 0 Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

GRUPO A GRUPO C GRUPO B

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5.2 TESTE DE DOSAGEM DE POTÊNCIA

Antes do início do tratamento e ao término do experimento as alterações destes períodos não demonstraram diferenças significativas quando comparados com os animais dos grupos não tratados (controle).

Tabela 2: Testes de dosagem de Potência de Anticorpos em 2 momentos, antes do início do experimento e após o termino do experimento. São Paulo, 2010.

Boletins Grupo A Grupo B Grupo C

01/09 522,2222 ± 286,26 555,5556 ± 255,50 477,7778 ± 192,21 02/09 755,5556 ± 427,5251 522,2222 ± 258,7362 422,2222 ± 210,8185 Média do período 638,8889 ± 164,9916 538,8889 ± 23,5703 450 ± 39,2837

(36)

Gráfico 3: Resultados dos testes de dosagem de anticorpos dos grupos, antes e após o experimento. São Paulo, 2010.

0 200 400 600 800 1000 1200 Lf / mL

Grupo A Grupo B Grupo C

Antes do ínicio do experimento

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Gráfico 4: Resultados dos testes de dosagem de anticorpos dos grupos tratados e não tratados. São Paulo, 2010.

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Antes

Depois

GRUPO A GRUPO C GRUPO B

Lf /

mL

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5.3 EXAME PARASITÁRIO

Tabela 3: Resultados dos exames de OPG dos animais tratados com vermífugos - Grupo A (Ivermectina e Pamoato de Pirantel) e Grupo B (Albendazol e Triclorfon) e não tratados - Grupo C . São Paulo, 2010.

Semanas Grupo A Grupo B Grupo C

0 144,4444 ± 101,3793 177,7778 ± 66,6666 422,2222 ± 277,3886 1 0 ± 0 100 ± 132,2875 277,7778 ± 198,6062 2 0 ± 0 33,3333 ± 50 244,4444 ± 240,3700 3 0 ± 0 122,2222 ± 192,2093 133,3333 ± 141,4213 4 0 ± 0 66,6667 ± 100 200 ± 223,6067 Média do período 28,8888 ± 64,5974 100 ± 54,9972 255,5555 ± 107,7262

(39)

Gráfico 5: Resultados dos exames de OPG dos animais dos grupos A, B e C antes e após os tratamentos. São Paulo, 2010.

0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

Grupo A

Grupo B Grupo C

OPG

(40)

Gráfico 6: Resultados dos exames de OPG grupos de animais tratados e não tratados. São Paulo, 2010. 0 100 200 300 400 500 600 700 800

Semana 0 Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

GRUPO A GRUPO C GRUPO B

Lf

/

mL

(41)

6 DISCUSSÃO

O presente trabalho foi desenvolvido principalmente em virtude das informações de colegas, de que as ivermectinas seriam imunossupressoras para eqüídeos. Analisando-se os resultados do gráfico 3 pode-se verificar que não houve qualquer alteração significativa entre os animais dos três grupos estudados.

No que diz respeito ao acompanhamento do exame coproparasitológico após os tratamentos pode se verificar que o vermífugo à base de Ivermectina e Pamoato de Pirantel zerou a contagem de ovos por grama de fezes conforme ilustra o Gráfico 5, demonstrando assim maior eficácia do que o tratamento com o medicamento à base de Albendazon e Triclorfon.

Não foram detectadas variações significativas estatisticamente nos grupos estudados durante a avaliação do peso, conforme o Gráfico 1.

Pelo fato de não encontrarem-se trabalhos similares com eqüídeos soroprodutores nas referencias compulsadas, não houve condições de comparação.

(42)

7 CONCLUSÕES

a. O tratamento com ivermectina por via oral em eqüinos monstrou que não causa efeitos imunossupressivos.

b. A análise do tratamento com os diversos vermífugos demonstrou maior eficácia com ivermectina mais pamoato de pirantel, em comparação com albendazol e triclorfon. c. Não houve nenhuma alteração de peso dos animais, durante a realização dos trabalhos.

(43)

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