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Juliana Alves Cesgranrio portugues

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Academic year: 2021

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PORTUGUÊS

Cesgranrio

Mapas mentais, resumo teórico e

125 questões comentadas

SÉRIE QUESTÕES Juliana Vilela Alves

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Sumário

Capa Folha de rosto Front Matter Copyright Dedicatória Agradecimentos A Autora Apresentação

Capítulo 1. Interpretação de Textos 1º GRUPO DE QUESTÕES COMENTADAS 2º GRUPO DE QUESTÕES COMENTADAS Capítulo 2. Fonética e Fonologia

QUESTÕES COMENTADAS Capítulo 3. Morfologia

QUESTÕES COMENTADAS Unidade 1 – Verbo

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QUESTÕES COMENTADAS Unidade 2 – Palavras Invariáveis

QUESTÕES COMENTADAS Capítulo 4. Sintaxe

QUESTÕES COMENTADAS Unidade 1 – Concordância Verbal

QUESTÕES COMENTADAS

Unidade 1.1 – Concordância Nominal QUESTÕES COMENTADAS

Unidade 2 – Regência Verbal e Nominal QUESTÕES COMENTADAS SOBRE REGÊNCIA Unidade 3 – Pontuação

QUESTÕES COMENTADAS Unidade 4 – Crase

QUESTÕES COMENTADAS Referências

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© 2012, Elsevier Editora Ltda.

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Editoração Eletrônica: SBNigri Artes e Textos Ltda. Revisão Gráfica: Hugo Correia de Lima Coordenador da Série: Sylvio Motta

Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16º andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Rua Quintana, 753 – 8º andar

04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP – Brasil Serviço de Atendimento ao Cliente

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sac@elsevier.com.br

ISBN 978-85-352-5911-7

Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No

ent-anto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão.

Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por even-tuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação.

CIP-BRASIL. CATALOGAçÃO-NA-FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

A479p Alves, Juliana

Português [recurso eletrônico]: Cesgranrio / Juliana Alves. - Rio de Janeiro: El-sevier, 2012.

recurso digital (Questões) Formato: ePub

Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-352-5911-7 (recurso eletrônico)

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1. Língua portuguesa. 2. Língua portuguesa - Problemas, questões, exercícios. 3. Serviço público - Brasil - Concursos. 4. Livros eletrônicos. I. Fundação Cesgran-rio. II. Título. III. Série.

12-3012. CDD: 469.5 CDU: 821.134.3′36

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Dedicatória

Aos meus alunos que estudam Português, em especial, aos primeiros: engenheiros mecânicos da Universidade Federal de Uberlândia, que confiaram em meu trabalho e me motivaram a escrever um material de estudos para a Banca Cesgranrio.

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Agradecimentos

Aos meus pais, Cláudio e Deuslíria, que tudo tornaram pos-sível. Obrigada por trilha-rem meu caminho.

Ao meu noivo, Renato Pacheco Silva, pela paciência, companheirismo, apoio incondicional nos momentos em que eu escrevia, e, sobretudo, pelo respeito à minha profissão. Seu amor é o meu mais sólido alicerce.

Às minhas irmãs, Tatiana e Mariana, pela compreensão da falta de tempo e distância enquanto escrevia.

Ao professor, Sylvio Motta, e, à Editora de Desenvolvi-mento, Raquel Zanol, pela leitura do meu manuscrito e pelas valiosas contribuições para o desenvolvimento desse livro. Agradeço a confiança e a oportunidade de crescimento pess-oal e profissional.

Às amigas, Karine Marquez e Aline Segate, que tiveram o carinho de ler antes, obrigada pelas sugestões enriquecedoras.

À minha sogra, Iris D’arc, pela leitura cuidadosa e crít-ica do manuscrito.

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Ao meu orientador de mestrado, professor Dr. Waldenor Barros Moraes Filho, pela inspiração de trabalho e conhecimento.

Aos meus amigos pela compreensão em todos os mo-mentos de ausência. Vocês estiveram sempre presentes, mesmo distantes.

Aos meus alunos que sempre me incentivaram a escre-ver. Sem dúvida, vocês fazem parte desse sonho.

Às minhas avós, tios, tias, primos e primas por acredit-arem em mim e no meu trabalho.

A todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para que esse sonho saísse do papel e ganhasse asas.

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A Autora

Juliana Vilela Alves é graduada em Letras e mestranda em

Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlân-dia (UFU). É responsável por elaborar conteúdo, manter e atualizar o site www.incentivocursos.com.br disponibiliz-ando vídeos, questões comentadas, notícias e artigos espe-cializados para concursos. Tem experiência no ensino e aprendizagem de Língua Materna e Estrangeira, atuando principalmente com os seguintes temas: Português para con-cursos, Português para estrangeiros, Ensino a Distância e de Língua Estrangeira (Inglês).

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Apresentação

Desenvolver alguém significa tirá-lo do invólucro. O objetivo primordial deste material, caro leitor, é contribuir para o seu desenvolvimento, a fim de capacitá-lo para as provas da Ces-granrio. Por isso, tratarei a teoria da Língua Portuguesa de maneira didática e com fins de aplicabilidade no seu dia a dia para que você obtenha a aprovação que deseja, e, con-sequentemente, aprenda a Língua Portuguesa.

Ao longo deste livro, apresentarei a teoria por meio de esquemas ou mapas mentais com assuntos que são recor-rentes nas provas da Banca Cesgranrio. O livro é composto por quatro capítulos, respectivamente: Interpretação; Fonét-ica e Fonologia; Morfologia; e Sintaxe. Cada capítulo é form-ado por suas unidades temáticas.

No primeiro capítulo, tecerei comentários acerca de questões das provas do BACEN, Petrobras, FUNASA, Pet-roquímica Suape e IBGE. São 34 questões comentadas dividi-das em dois grupos: o 1º grupo é formado pelas provas da FUNASA, Petroquímica Suape e IBGE, contendo histórias em quadrinhos e charges; o 2º grupo é composto por 29

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questões retiradas de duas provas da Petrobras (março e maio de 2010) e 1 prova do BACEN (2010).

No segundo capítulo, apresento a unidade de Fonética e Fonologia descrevendo os conceitos de acentuação, orto-grafia, sílabas, fonemas e sons da fala. O final do capítulo traz 15 questões comentadas para treino e fixação do assunto estudado.

O terceiro capítulo trata da Morfologia, que é dividida em três unidades: elementos mórficos, verbos e palavras in-variáveis. A unidade de elementos mórficos possui 12 questões comentadas acerca da teoria estudada; a de verbos, 10 questões comentadas; e, na última parte – palavras invar-iáveis –, 16 questões comentadas.

No quarto capítulo, apresento a unidade dedicada à Sintaxe que é composta por cinco unidades: funções sintátic-as, concordância, regência, pontuação e crase. São 6 questões comentadas sobre as funções sintáticas, 12 sobre concordância, 7 sobre regência, 3 sobre pontuação e 10 sobre crase.

Você perceberá que, ao final de cada unidade, serão comentados alguns exercícios da Banca Cesgranrio. Vale res-saltar que a resolução de exercícios é essencial para um bom desempenho nos certames aos quais você concorre. Perce-berá, também, que qualquer semelhança entre as questões

não é mera coincidência. Devido à experiência, conhecemos

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determinado tema. São inúmeras as questões e o planeja-mento adequado é fundamental para que você obtenha su-cesso nos concursos. Desejo-lhe bons estudos e a almejada aprovação.

Um abraço,

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Capítulo 1

Interpretação de Textos

Começamos nosso trabalho com as questões de inter-pretação. Interpretar é, para muitos, um grande desafio. Portanto, para superar as possíveis dificuldades nas provas de interpretação da banca Cesgranrio, teceremos comentári-os acerca de questões das provas do BACEN, Petrobras, FUNASA, Petroquímica Suape e IBGE.

Para facilitar o entendimento dividimos as questões comentadas em 2 grupos: o 1º grupo é formado pelas provas da FUNASA, Petroquímica Suape e IBGE, contendo histórias em quadrinhos e charges. Este grupo de questões não é muito frequente nas provas de concursos, mas como já apareceu em provas anteriores é importante conhecê-lo para entender como estas questões são abordadas nas provas; o 2º grupo é composto por 29 questões retiradas de duas provas da Petrobras (março e maio de 2010) e 1 prova do BACEN (2010).

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1º GRUPO DE QUESTÕES

COMENTADAS

1. FUNASA 2009

A charge é um gênero textual que apresenta um caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato específico, em geral de caráter político e que é do conhe-cimento público.

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a) tem como foco a imagem antagônica entre a palavra riqueza e a figura do homem maltrapilho.

b) baseia-se no jogo polissêmico da palavra economia, ora empregada como ciência, ora como conter gastos. c) baseia-se na linguagem não verbal, que apresenta um

homem subnutrido como um exemplo de brasileiro. d) está centrado na ironia com que é tratada a produção de

riquezas no Brasil.

e) reside na ideia de um morador de rua saber falar tão bem sobre assuntos como política, saúde e economia.

(a) Incorreta. Ao fazer menção ao foco da charge, po-demos depreender que o foco não está na “imagem ant-agônica entre a palavra riqueza e a figura do homem mal-trapilho”. Porém, devemos ter muito cuidado ao pensar que o foco da charge está relacionado intimamente à imagem. Portanto, não devemos subestimar a linguagem verbal presente na charge. Nesta questão, o foco e o humor da charge, estão na polissemia da palavra economia. A po-lissemia pode ser definida como os diferentes significados de uma mesma palavra de acordo com o contexto. Por estes motivos, a letra (a) está incorreta.

(b) Correta. A polissemia ocorre quando uma palavra ap-resenta diferentes sentidos. Podemos entender que o humor da charge está relacionado com os sentidos da palavra “eco-nomia”, pois o autor a utiliza no primeiro momento com o sentido de ciência que preside à produção e distribuição das

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riquezas, e no segundo momento com o sentido de tirar pro-veito que resulta em gastar pouco. Pelos motivos apresenta-dos anteriormente, a letra (b) é a alternativa correta.

(c) Incorreta. A charge se utiliza da linguagem verbal e da não verbal para a transmissão da mensagem. Nesta altern-ativa, o autor diz que o foco e o humor da charge estão na imagem, como podemos perceber: “(c) baseia-se na lin-guagem não verbal, que apresenta um homem subnutrido como um exemplo de brasileiro.” Como vimos na alternativa B, o foco e o humor da charge estão relacionados à po-lissemia da palavra “economia”, portanto a letra (c) está incorreta.

(d) Incorreta. É incorreto dizer que o humor da charge es-tá centrado na produção de riquezas do Brasil, uma vez que a ironia é percebida por meio da polissemia da palavra economia.

(e) Incorreta. Como podemos observar, em momento al-gum da charge, o humor “reside na ideia de um morador de rua saber falar tão bem sobre assuntos como política, saúde e economia.” Nesta charge, a carga ideológica e política não é o objetivo principal do criador. O humor se dá por meio da polissemia e uma ironia em relação à “economia” do país. Portanto, o item (e) está incorreto.

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2. FUNASA 2009

Na propaganda apresentada, o texto verbal que sintet-iza corretamente as ideias presentes estritamente na im-agem é que o cigarro é um (a):

a) vício que leva as pessoas à morte.

b) instrumento de prazer e desgosto, ao mesmo tempo. c) arma, e por meio dela você está se matando. d) forma de sociabilização das pessoas, mas mata. e) marca do desequilíbrio das pessoas, antes de tudo.

O texto verbal Pare enquanto há tempo é caracterizado pelo verbo parar no modo imperativo, que o define como uma ordem e/ou um pedido. O verbo haver é impessoal sendo utilizado no sentido de tempo decorrido, ou seja,

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transmite a mensagem de que ainda “existe” um tempo para que continuemos vivos.

Além do texto verbal, a interpretação do texto ocorre por meio da análise da figura. A priori, poderíamos marcar a al-ternativa (a), pois a figura do cigarro e o emprego do verbo

pare no imperativo direciona o leitor a marcar esta

altern-ativa, uma vez que é amplamente divulgado que fumar não faz bem à saúde. Porém, a alternativa (a) é uma pegadinha para os que estão dispersos, já que a junção do texto verbal e não verbal não se resume ao simples “(a) vício que leva as pessoas à morte”.

A alternativa correta desta questão é a letra (c), pois o ci-garro nesta imagem representa uma arma “(c) (…), e por meio dela você está se matando.”

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3. IBGE 2010

Na tira anterior, observa-se um desvio no emprego da norma culta da Língua Portuguesa. Com base no en-tendimento da mensagem e considerando o último quad-rinho, o uso de tal variação pode ser explicado pelo fato de:

a) criticar o emprego excessivo de línguas estrangeiras no Brasil.

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c) ironizar a forma como os brasileiros utilizam a Língua Portuguesa.

d) exemplificar como a língua falada se diferencia da língua escrita.

e) valorizar o idioma nacional por meio do status da Língua Estrangeira.

Nesta tira, o desvio no emprego da norma culta é repres-entado pelas expressões: tá tentando ao invés de está

tent-ando; realmente tamos ao invés de realmente estamos; e já tá ao invés de já está. Porém, o foco da questão é o uso

do estrangeirismo e não o desvio da norma culta. Perce-bemos que o primeiro personagem faz a pergunta em por-tuguês nos dois primeiros quadrinhos. Já no terceiro quad-rinho, o primeiro personagem responde em inglês, e o se-gundo, pela primeira vez, responde em Português com a seguinte frase: “já tá pegando a cultura nacional”, ou seja, percebemos a intenção de valorizar o estrangeirismo, de util-izar a Língua estrangeira ao invés da Língua Portuguesa, pois pode-se inferir que é uma língua considerada de maior prestígio pela sociedade.

Portanto, a alternativa correta é a letra (a), já que o objet-ivo deste quadrinho é de “criticar o emprego excessobjet-ivo de línguas estrangeiras no Brasil.” Porém, como o enunciado da questão enfocou o desvio da norma culta – normalmente utilizada na escrita –, poder-se-ia confundir a resposta cor-reta como sendo a letra (d) “exemplificar como a língua

(25)

falada se diferencia da língua escrita”, pois utilizaram tá

tentando ao invés de está tentando, dentre outros casos

ap-resentados na tira analisada.

Vale ressaltar que a questão não foi anulada, portanto, fique atento, principalmente, ao objetivo e ao foco da tira.

Gabarito: A

Leia a tira a seguir para responder às questões de números 9 e 10. SOUZA, Mauricio de. Revista da Mônica. São Paulo: Globo, jun.1990.

4. PETROQUÍMICA SUAPE 2010

Qual dos comentários a seguir refere-se à apreensão do sentido da tira, considerando-se a construção textual?

a) A linguagem não verbal da tira aponta para a ideia de que a partir do momento em que a comunicação não se dá por

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meio de palavras as pessoas não conseguem manter o equilíbrio.

b) A tira sugere uma visão próxima da realidade, apesar de os personagens serem ficcionais, uma vez que dialoga com um personagem do cinema mundial.

c) A argumentação da tira pode ser compreendida por meio de conhecimentos prévios, como a natureza do person-agem Carlitos e a construção gráfica dos balões.

d) A interpretação da tira depende da experiência de mundo do autor, sem a qual a comunicação fica prejudicada ou não se efetiva.

e) A fala exclamativa do personagem, no 3º quadrinho, rev-ela o tom dramático com que têm sido tratados os assun-tos referentes à falta de diálogo entre jovens.

(a) Incorreto. Devemos conhecer a linguagem verbal e a não verbal, bem como cada um de seus objetos. A linguagem verbal é construída pelos textos, diálogos, entre outros. A linguagem não verbal é construída pelas imagens, os quad-ros, os balões. O balão é a convenção gráfica em que é in-serida a “fala” ou o “pensamento” dos personagens. Por meio destas definições, podemos dizer que a imagem também comunica o que é descrito por meio de palavras. Assim sendo, não existe a obrigatoriedade da linguagem verbal para que haja comunicação. Portanto, a alternativa (a) “A linguagem não verbal da tira aponta para a ideia de que a partir do momento em que a comunicação não se dá por

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meio de palavras as pessoas não conseguem manter o equilíbrio” insinua que se não há interação verbal, portanto, não existe outra possibilidade de comunicação.

(b) Incorreto. Vamos reescrever a frase da alternativa: “Apesar de os personagens serem ficcionais, a tira sugere uma visão próxima da realidade, uma vez que dialoga com um personagem do cinema mundial.” Na ordem direta, con-forme aparece na questão, percebemos que há uma inform-ação contraditória, pois os personagens são ficcionais e estão próximos à realidade. Como existe esta possibilidade? Total-mente ilógica para que haja uma apreensão do sentido da tira.

(c) Correto. Carlitos foi o personagem mais conhecido e bem-sucedido de Charles Chaplin, sendo considerado um ícone do cinema-mudo. Então, para que entendêssemos esta tira, que não apresenta a linguagem verbal, deveríamos cor-relacionar Charles Chaplin com o personagem Carlitos; além de ter conhecimento prévio acerca da carreira do person-agem Carlitos como ator. Portanto, é necessário que o leitor tenha conhecimento de mundo do ator Carlitos e do signific-ado da convenção gráfica “balão” para a linguagem não verbal.

(d) Incorreto. “(d) A interpretação da tira depende da ex-periência de mundo do autor, sem a qual a comunicação fica prejudicada ou não se efetiva.” Neste caso, para a

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apreensão do sentido da tira “A interpretação da tira de-pende da experiência de mundo do leitor”.

(e) Incorreto. A exclamação possui uma significação semântica podendo ser interpretada e adquirir o sentido de acordo com o contexto em que está inserida no texto.

Gabarito: C

5. PETROQUÍMICA SUAPE 2010

No terceiro quadrinho da tira de Maurício de Sousa, após perceber que os balões de diálogo estavam vazios, Cebolinha manifesta uma expressão de desespero, logo desfeita nos quadrinhos subsequentes. Considerando o desfecho da história, a mensagem que a tira veicula é:

a) É importante aproveitar a juventude enquanto se pode. b) Não é preciso palavras para que haja comunicação. c) A fantasia da criança substitui qualquer problema. d) O sentimento de raiva não leva a lugar algum. e) É fundamental saber distinguir entre ficção e realidade.

Partindo dos conceitos abordados na questão 4, sabemos que o desenho retrata o que é descrito por meio da guagem, portanto, podemos nos expressar por meio da lin-guagem verbal e não verbal. Portanto, a alternativa B é a correta, pois “(b) Não é preciso palavras para que haja comunicação.”

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Gabarito: B

2º GRUPO DE QUESTÕES

COMENTADAS

Texto I

O PROFISSIONAL DO FUTURO Num mundo globalizado

A magnitude e a velocidade das mudanças em todo o mundo têm trazido um impacto dramático sobre as pess-oas e seus locais de trabalho nos últimos tempos. O ritmo das mudanças é muito rápido. E o 5 futuro nos acena com uma aceleração ainda maior em termos de inovação, tecnologia e globalização.

Quando há uma era de profundas modificações, o conhe-cimento se expande e aumenta em valor e em poder. Uma das maiores mudanças é a transformação 10 de uma economia baseada em indústrias para uma economia baseada em informações. Atualmente a quantidade de conhecimento disponível é imensa, sendo necessário saber selecionar o que devemos aprender e onde investir nosso tempo para nosso crescimento 15 intelectual e profissional.

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Precisamos nos esforçar para melhorar nossa flexibilid-ade, velocidade e qualidade do trabalho realizado e ainda dar importância para o que permanece como uma das medidas mais importantes: a produtividade.

20 Isto porque as organizações sabem que os clientes não apenas exigem produtos e serviços rápidos e com qualid-ade impecável: eles também querem que os produtos e serviços não sejam caros.

Tudo mudou, está mudando e deverá mudar no 25 futuro com uma rapidez cada vez maior. Por isso, nas organiza-ções e até mesmo em nossa casa, existem mudanças na maneira como nos relacionamos, na forma como bus-camos uma vida mais longa, mais saudável e mais feliz. 30 Todos os trabalhadores, independente de trabalharem nas linhas de produção ou nos escritórios, precisam ver-se como um empresário, um vendedor especializado de serviços com uma marca especial, que seja conhecida por todos – VOCÊ. Então, se você não conseguir 35 vender-se, não conseguirá atingir o sucesso.

A cada dia mais os profissionais precisam preocuparse em se conhecer para saber quais características possuem, para poder fortalecer as qualidades e trabalhar os seus defeitos na área profissional. […]

40 Uma boa maneira de conseguir diferenciar-se nesse novo contexto do mercado de trabalho é usar ao máximo a sua criatividade. Veja que isso é simplesmente buscar

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fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual. Pensar uma nova maneira, 45 mais prática, melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas atividades, para conseguir atingir os resultados esper-ados. Assim, o profissional que quiser crescer nas organ-izações precisa ser criativo, a fim de achar novas soluções para os problemas do 50 dia a dia.

Tendo todo um novo mundo de informações disponíveis e conhecendo bem essas regras do jogo, você poderá destacar-se e inovar. Concentre-se em observar essas pequenas diferenças entre os profissionais, 55 lembrando-se lembrando-sempre de que o jogo pode mudar a qualquer hora. E apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo que acontece ao seu redor, será capaz de se adaptar a es-sas mudanças que sempre acontecem.

60 E procure se lembrar sempre de que os líderes não gostam de dois tipos de colaboradores: os que não fazem o que eles pedem e os que só fazem o que eles pedem. Busque fazer sempre mais. E melhor. A melhoria con-tínua deve ser o maior desafio do ser 65 humano. JORDÃO, Sonia.

Disponível em:< http://www.endeavor.org.br/wp-con-tent/themes/endeavor/downloads/artigos/

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PETROBRAS 2010

1. Segundo o texto, o “…impacto dramático…” (l. 2)

oca-sionado pelas mudanças deve-se:

a) ao crescente despreparo técnico dos profissionais. b) aos danos psicológicos causados aos profissionais. c) à velocidade com que estas ocorrem.

d) à incapacidade de adaptação do profissional às mudanças.

e) à dificuldade de os profissionais perceberem tais mudanças.

Antes de iniciar a leitura do texto, sugiro que você faça um scanning de todas as perguntas que são feitas nas questões. O scanning é uma estratégia de leitura que util-izamos quando queremos encontrar algo específico no texto, isto é, nós sabemos o que estamos procurando no texto. É muito importante você desenvolver este processo de maneira rápida e eficiente, pois isso irá ajudá-lo a encontrar a opção correta da questão uma vez que você lerá o texto focado nas alternativas.

Então, segundo o texto, o “impacto dramático” deve-se a “A magnitude e a velocidade das mudanças…”, logo, de-vemos procurar a alternativa que atende ao direcionamento do nosso texto. A alternativa correta é a letra (c), pois “…im-pacto dramático…” (Linha 2) ocasionado pelas mudanças deve-se “(c) à velocidade com que estas ocorrem”. Sobre as

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demais alternativas não houve nenhuma citação ou referên-cia ao longo do texto.

Gabarito: C

2. Em “o conhecimento se expande e aumenta em valor e

em poder.” (Linhas 8 e 9), devido a provocar alteração do sentido, o vocábulo em destaque NÃO pode ser sub-stituído por: a) alastra. b) amplia. c) espalha. d) dissipa. e) difunde.

Para este tipo de questão, muitas vezes, não é necessário voltar ao texto. Preste atenção no que é pedido: “o vocábulo que NÃO pode substituir expande. Então, basta reconhecer os sinônimos entre as alternativas. No caso, podemos sub-stituir expande por: “(a) alastra;” “(b) amplia;” “(c) es-palha;” e “(e) difunde”. Assim sendo, a alternativa correta é “(d) dissipa,” pois normalmente utilizamos o verbo dissipar para expressar fenômenos da natureza.

Gabarito: D

3. De acordo com o 2º parágrafo, confrontando-se a

quantidade de informações que surgem com o tempo real disponível para apreendê-las, pode-se inferir que

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a relação estabelecida entre eles só NÃO se marca pela (o): a) inadequação. b) desproporcionalidade. c) dissociação. d) irregularidade. e) descompasso.

Por meio da oração “Atualmente a quantidade de

conhe-cimento disponível é imensa sendo necessário saber sele-cionar o que devemos aprender e onde investir nosso tempo para nosso crescimento intelectual e profissional.

“(linha 11) percebemos que há uma relação entre as altern-ativas” “(a) inadequação,” “(b) desproporcionalidade, “(d) irregularidade” e “(e) descompasso,” já que há muita inform-ação disponível, porém não há um tempo hábil para apreendê-las, portanto, temos que selecioná-las.

Para resolver este exercício, relacionamos as alternativas da questão com a informação vinculada no 2º parágrafo. A alternativa correta é a letra “(c) dissociação,” já que neste ritmo frenético de uma sobrecarga de informações não há elementos dissociados, portanto, não tem como desagregar algo que ainda não está agregado.

Gabarito: C

4. Em relação às ideias apresentadas no 3º parágrafo do

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a) “…produtividade.” (linha 19) caracteriza-se como uma medida importante por estar relacionada a qualidade e baixo preço.

b) produtividade, em meio a tantas mudanças, é o que persiste sob um novo enfoque.

c) capacidade de adaptação é característica necessária ao profissional nessa nova realidade.

d) pronome “Isto…” (linha 20) faz referência semântica, precisamente, a “…flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho realizado…” (linhas 16 e 17).

e) profissional deve ser capaz de aliar destreza à excelên-cia no trabalho que realiza.

(d) Incorreta. Vamos analisar o parágrafo em que o pro-nome isto se encontra. “Precisamos nos esforçar para mel-horar nossa flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho realizado e ainda dar importância para o que permanece como uma das medidas mais importantes: a produtividade.

Isto porque as organizações sabem que os clientes não

apen-as exigem produtos e serviços rápidos e com qualidade im-pecável: eles também querem que os produtos e serviços não sejam caros.” O pronome isto se refere e relaciona-se com

produtividade ao invés de fazer referência semântica,

pre-cisamente, a …flexibilidade, velocidade e qualidade do

trabalho realizado…

As demais alternativas estão corretas e podem ser com-provadas por meio de trechos do texto.

(36)

Gabarito: D

5. Segundo as ideias apresentadas no Texto I, é correto

afirmar que:

a) todas as qualidades do profissional, preconizadas pela empresa, têm como principal objetivo a capacidade de inter-relacionamento da equipe.

b) as mudanças se restringem ao contexto profissional. c) o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o

êxito profissional.

d) o autoconhecimento oportuniza ao profissional tentar adequar-se às expectativas da empresa em que atua. e) a múltipla visão dos profissionais especializados,

espe-cialmente nas linhas de produção, aprimora a qualidade do trabalho.

Preste atenção nas alternativas (c) e (d). As duas utilizam o termo autoconhecimento. Em muitos casos, você fica com dúvida entre uma delas e sempre marca a errada, não é? Então, vamos interpretar o texto.

Com relação à alternativa “(c) o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o êxito profissional.”, em algum momento do texto é dito que o autoconhecimento GARANTE o êxito profissional? Tome cuidado com estas afirmações, pois não há argumentos no texto que sustentem e provem que o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o êxito profissional. Portanto, a alternativa (c) está errada.

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Em “(d) o autoconhecimento oportuniza ao profissional tentar adequar-se às expectativas da empresa em que atua.” Perceba que aqui ele utiliza os verbos oportunizar e tentar

adequar ao invés de um verbo impositivo como o garantir

da alternativa (c). Por isso, a alternativa (d) está correta, pois o autoconhecimento dá o ensejo, a oportunidade de ad-equação, no ambiente em que o profissional atua.

Gabarito: D

6. Com base no segundo período do 7º parágrafo do

Texto I, a criatividade é uma característica profission-al importante, pois possibilita:

a) inovar o habitual. b) rechaçar o inusitado. c) ratificar o usual. d) manter o padrão. e) relegar o novo.

A 1ª dica para este tipo de questão é tentar achar as palav-ras sinônimas, ou seja, as palavpalav-ras com significação semel-hante. Sempre que você encontrar sinônimos não marque es-ta alternativa, pois se traes-ta de duas alternativas comuns, e, como sabemos, cada questão tem somente uma alternativa correta.

A 2ª dica é encontrar no texto o sentido de criatividade. Observe na linha 42 a seguinte afirmação: “(…) Veja que

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isso é simplesmente buscar fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual.”

Após lermos o trecho da linha 42, analisaremos os verbos: “inovar, ratificar, rechaçar, manter e relegar”. Os verbos sinônimos são o relegar e rechaçar que possuem o sentido de repelir, afastar. Então, as alternativas “(b) rechaçar o inusitado” e “(e) relegar o novo” estão incorretas, uma vez que são sinônimas e contradizem a afirmação da linha 42.

A alternativa “(c) ratificar o usual” é incorreta, pois o verbo ratificar possui o sentido de validar, confirmar,

con-solidar e, segundo o texto, a criatividade não é a

consolid-ação do usual.

A alternativa “(d) manter o padrão” também está incor-reta, já que a criatividade do profissional não está relacion-ada com a sustentação de um padrão.

A alternativa correta é a letra “(a) inovar o habitual”, pois há uma renovação do profissional, já que ele “busca fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual.”

Gabarito: A

7. Segundo o 8º parágrafo do Texto I, o sentido de

“…re-gras do jogo” (linha 52) é(são) a (s):

a) fluidez do tempo em relação ao momento presente. b) efemeridade das normas em relação às tendências

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c) relatividade do tempo em relação às tendências do momento.

d) exigências relativas às tendências do momento. e) permanências de uma tendência de outrora.

Nesta questão, você deve prestar atenção nas alternativas (c) e (d). O que diferencia uma da outra está marcado em negrito: “(c) relatividade do tempo em relação às tendên-cias do momento” e “(d) exigêntendên-cias relativas às tendêntendên-cias do momento”.

Para justificar a alternativa correta, observemos na linha 56 “(…) lembrando-se sempre de que o jogo pode mudar a qualquer hora” e na linha 58, temos a seguinte passagem: “E apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo

que acontece ao seu redor, será capaz de se adaptar a essas mudanças que sempre acontecem.” A relação está entre os

seguintes trechos: “jogo pode mudar”; “entenda e conheça tudo que acontece”; “essas mudanças que sempre acontecem”. Portanto, o foco das “regras do jogo” não está na relatividade do tempo em relação às tendências do mo-mento, e sim nas exigências que o profissional deve ter e conhecer.

Gabarito: D

8. No último período do último parágrafo do Texto I,

“…melhoria contínua…” (linha 64) significa, no con-texto em que se insere,

(40)

a) manutenção das ideias. b) cautela nas ações. c) comedimento nas decisões. d) persistência nas atitudes. e) capacidade de superação.

Na linha 63, temos a seguinte passagem “(…) Busque fazer sempre mais. E melhor. A melhoria contínua deve ser o maior desafio do ser humano”. Percebemos aqui a relação entre melhoria contínua e desafio. Segundo o dicionário HOUAISS e VILLAR (2001, p. 951) da Língua Portuguesa, a palavra desafio pode ser definida como “situação ou grande problema a ser superado, tarefa difícil de ser executada”. Portanto, a alternativa correta é a letra “(e) capacidade de superação” uma vez que corresponde à definição de desafio. As alternativas (b) e (c) são sinônimas já que “comedimento” e “cautela” podem ser definidos como “virtude da prudên-cia”. As alternativas (a) e (d) também possuem significação semelhante, pois manutenção e persistência podem ser substituídas por demonstração de constância.

Gabarito: E Texto II

Uma lição de vida

Uma coisa que sempre me comoveu (e intrigou) é a alegria da rapaziada da coleta de lixo. Dia sim, dia não, o caminhão da SLU desce a minha rua e eles fazem aquela

(41)

algazarra. Quase sempre estão brincando, 5 tirando sarro uns com os outros, sorridentes e solícitos com os mor-adores. Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo, en-contram tempo para gritar “bom-dia, patrão” ou para comentar a vitória do Galo, a derrota do Cruzeiro ou vice-versa.

10 Dia desses levantei de bom humor, o que nem sempre acontece nas manhãs quentes de verão. No momento em que saía de casa, vi surgir no topo da rua o grande cam-inhão amarelo. E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado, com um sorriso branco 15 no meio da cara. A vizinha do lado estava lavando o passeio, desperdiçando água como já é de costume. O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou. “Será que a senhora me deixa beber um pouco d’água?”, ele perguntou sem rodeios. “Essa 20 água não é boa”, ela disse. “Espera um pouco que eu busco água filtrada.” “Que é isso, madame? Precisa não. Água da mangueira já está bom demais.” Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou. Depois de be-ber boas goladas, meteu a carapinha sob 25 a água e se refrescou. O sol no céu azul estava de arrebentar ma-mona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor. O negão agradeceu a “caridade” da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão amarelo, dentro do qual atirava os sacos de lixo apanhados no 30 passeio. Na esquina de baixo, o caminhão parou, pois o con-domínio em frente sempre produz muitos sacos plásticos.

(42)

Quando passei pelo negão e seu companheiro, ambos atiravam sacos no triturador do caminhão. Parei 35 na sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho deles enquanto esperava o ônibus.

O motorista saiu da boleia com um cigarro na boca e per-guntou se eu tinha fósforo. Emprestei-lhe o isqueiro e, en-quanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei: 40 “Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.” O motorista soprou a fumaça, devolveu-me o isqueiro e comentou: “E por que a gente devia de ser triste?” “Não sei… Um trabalho desses não deve ser mole.” “Claro que não”, ele retrucou. “Mas duro mesmo é a 45 vida de quem revira o lixo à procura de comida. A gente pelo menos não chegamos lá.” Em seguida, ele entrou na boleia, os dois homens de amarelo terminaram a coleta e subiram na carroceria. O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto esperava o “busun”.

SANTOS, Jorge Fernando dos.

Disponível em: <http://umacoisaeoutra.com.br/cultura/ jorge.htm>. Acesso em: 10 dez. 2009.

9. Em “Uma coisa que sempre me comoveu (e

in-trigou)…” (linha 1), substituindo a expressão “Uma coisa” por outra mais específica semanticamente, a opção é:

a) Um modo. b) Um detalhe.

(43)

c) Uma atitude. d) Uma situação. e) Uma observação.

Preste bem atenção ao enunciado: “(…) substituindo a ex-pressão Uma coisa por outra mais específica semantica-mente”, você tem que escolher uma palavra que substitua

uma coisa por outra mais específica. Analisando as

altern-ativas desta questão, achamos conveniente explicar a difer-ença entre “(b) Um detalhe” e “(d) Uma situação”. De acordo com o dicionário HOUAISS e VILLAR (2001, p. 2.587) da Língua Portuguesa, a palavra situação é uma combinação de acontecimentos num dado momento; conjun-tura. Já a palavra detalhe, segundo HOUAISS e VILLAR (2001, p. 1.022), é uma narração ou exposição circunstan-ciada ou minuciosa, pormenor, particularidade.

Após a análise dos sentidos das palavras detalhe e

situ-ação vemos que ao trocarmos “uma coisa por outra mais

es-pecífica” a palavra que mais se adéqua ao contexto é

de-talhe. Portanto, a alternativa correta é a letra (b) Um

detalhe.

Gabarito: B

10. O Texto II, quanto à tipologia discursiva, é

predominantemente:

a) narrativo. b) descritivo.

(44)

c) injuntivo. d) argumentativo. e) expositivo.

(a) Correta. No texto narrativo o produtor do texto conta o que aconteceu, relata os fatos, os acontecimentos, conta uma história. Nesta tipologia predominam verbos dinâmicos que caracterizam ações, fatos, fenômenos. Percebemos que o texto é, predominantemente, narrativo apesar de ter, tam-bém, momentos descritivos.

(b) Incorreta. No texto descritivo o produtor do texto diz como é caracterizado o objeto a ser descrito. Os textos descritivos contêm verbos ligados ao campo da visão, re-metendo, assim, ao campo sensorial.

(c) Incorreta. No texto injuntivo o produtor do texto exprime uma ordem ao interlocutor para que ele expresse ou não uma determinada ação. Os textos injuntivos são normal-mente caracterizados por verbos no imperativo.

(d) Incorreta. O texto argumentativo é um tipo de texto dissertativo. O texto dissertativo busca argumentar, refletir, persuadir o leitor. No texto dissertativo argumentativo tem-se a intenção de convencer o leitor de determinado tópico discursivo.

(e) Incorreta. O texto expositivo é caracterizado pela ex-posição de ideias do produtor ao receptor do texto. Neste

(45)

tipo de texto, não há a intenção de persuadir, descrever, impor diferenciando-o das demais tipologias apresentadas.

Gabarito: A

11. Em “Quase sempre estão brincando, tirando sarro

uns com os outros, sorridentes e solícitos com os mor-adores.” (linhas 4 a 6), devido a alterar o sentido do texto, o vocábulo destacado NÃO pode ser substituído por: a) temerosos. b) prestimosos. c) cuidadosos. d) prestativos. e) zelosos.

Assim como fizemos em outras questões anteriores desta banca, buscaremos os sinônimos. Primeira dica: se você não souber o que é solícito leia as alternativas e busque as pa-lavras que possuem o mesmo sentido entre si. Solícito é ser atencioso, prestativo, que faz as coisas com rapidez, zeloso. Então, por meio da definição do vocábulo solícito, vemos que a única alternativa que contradiz essa definição é a da alternativa (a) temerosos. Ser temeroso é ter medo ou temor, portanto, por meio do texto e do contexto em que a frase está inserida, podemos ter certeza que a alternativa (a) está incorreta.

(46)

12. Em “Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo”

(linhas 6 e 7), o elemento destacado, no contexto em que se insere, tem valor argumentativo de:

a) exclusão. b) inclusão. c) retificação. d) designação. e) restrição.

O vocábulo mesmo pode ter a função de advérbio, adjet-ivo, pronome e substantivo. Nesta alternativa, mesmo de-nota valor argumentativo de inclusão cuja função sintática, na oração, é de advérbio. É uma conjunção concessiva cuja relação sintática-semântica denota inclusão, embora enuncie certa contrariedade expressa pelas conjunções con-cessivas como comprovamos pela relação entre as orações: “Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo, encontram

tempo para gritar ‘bom-dia, patrão’ ou para comentar a vitória do Galo, a derrota do Cruzeiro ou vice-versa.”

(Lin-has 6 a 8).

Gabarito: B

13. Em “No momento em que saía de casa, vi surgir no

topo da rua o grande caminhão amarelo.” (linhas 11 a 13), os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo. Ocorre essa mesma relação temporal entre os fatos apresentados em

(47)

a) “O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou.” (linhas 17 e 18)

b) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” (linha 23) c) “Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a

água…” (linhas 24 e 25)

d) “O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão amarelo,” (linhas 27 e 28)

e) “enquanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei:” (linha 39)

A questão busca pela alternativa em que “os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo”. Para en-contrar esta relação, temos que observar as conjunções presentes nas alternativas. É sabido que a questão é de inter-pretação, porém veremos que o entendimento da função das conjunções facilitará muito a escolha da alternativa correta.

Nas alternativas (a), (b), (c) e (d), temos a conjunção adit-iva e. Usualmente aprendemos que a conjunção “e” é classi-ficada como aditiva. Porém, ela pode exprimir simultan-eidade, contradição, reciprocidade e oposição.

(a) Incorreta. Em “(a) O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou.” temos a conjunção aditiva e que exprime uma continuidade dos fatos.

(48)

(b) Incorreta. Em “(b) Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos.

(c) Incorreta. Em “(c) Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a água e se refrescou.”(linhas. 24-26) o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continu-idade dos fatos.

(d) Incorreta. Em “(d) O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão am-arelo” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos.

(e) Correta. Em “(e) enquanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei” o enquanto pode ser substituído por ao

mesmo tempo que sem alteração de sentido. Enquanto é

uma conjunção temporal que caracteriza uma correlação temporal com a frase subordinante, ou seja, os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo. Vejamos o período: “Emprestei-lhe o isqueiro e, enquanto ele acendia o seu ‘mata-rato’, comentei: “Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.”

Gabarito: E

14. Qual passagem encerra uma censura, uma crítica? a) “E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado,”

(49)

b) “…desperdiçando água como já é de costume.” (linha 16)

c) “Espera um pouco que eu busco água filtrada.”(linhas 20 e 21)

d) “…meteu a carapinha sob a água…” (linhas 24 e 25) e) “O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha

viz-inha…”(linhas 27 e 28)

A alternativa correta é a letra (b). O narrador faz uma crít-ica à vizinha demonstrando a censura ao ato de desperdiçar água por meio da fala “já é de costume”, o que caracteriza um comportamento indevido dela. Comprovamos a afirm-ação com a transposição de todo o trecho: “A vizinha do lado estava lavando o passeio, desperdiçando água como já

é de costume.” (linhas 16 e 17) Gabarito: B

15. Caracteriza-se como uma descrição a seguinte

passagem:

a) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” (linha 23) b) “O sol no céu azul estava de arrebentar mamona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor.” (linhas 25 a 27)

c) “Na esquina de baixo, o caminhão parou,” (linha 31) d) “Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o

(50)

e) “O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto esperava o ‘busun’.” (linhas 48 e 49)

O trecho “(a) Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” é narrativo, já que relata um fato. Percebemos, ainda, o uso das formas verbais no pretérito perfeito (estendeu e deli-ciou) indicando uma ação que já ocorreu.

O trecho “(b) O sol no céu azul estava de arrebentar ma-mona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor.” é

descritivo, uma vez que o locutor faz a caracterização de

um ambiente, representando um retrato verbal (aparência) do que é descrito. O texto descritivo tem como característica a ausência de ação.

O trecho “(c) Na esquina de baixo, o caminhão parou,” é

narrativo, pois, novamente, o locutor relata um fato.

Perce-bemos, também, o uso da forma verbal no pretérito

per-feito (parou) indicando um processo.

O trecho “(d) Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho deles…” é narrativo, pois está centrado no relato de um fato. Percebemos o uso da forma verbal no

pretérito perfeito (parei) indicando um processo.

O trecho “(e) O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto esperava o ‘busun’.” é um trecho narrativo, pois está centrado no relato de um fato. Percebemos o uso da forma verbal no pretérito perfeito (arrancou) indicando uma ação.

(51)

Gabarito: B

16. Qual é o trecho que corresponde à fala do

person-agem narrador?

a) “‘Será que a senhora me deixa beber um pouco d’água?’” (linhas 18 e 19)

b) “‘Espera um pouco que eu busco água filtrada.’” (linhas 20 e 21)

c) “‘Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.’” (linha 40)

d) “‘E por que a gente devia de ser triste?’” (linha 42) e) “‘Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à

pro-cura de comida.’” (linhas 44 e 45)

(a) Incorreta. A fala “(a) Será que a senhora me deixa be-ber um pouco d’água?” é do negão.

(b) Incorreta. A fala “(b) Espera um pouco que eu busco água filtrada.” é da vizinha.

(c) Correta. A fala “(c) Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.” é do narrador-personagem o qual se refere ao pessoal que recolhe o lixo, da limpeza.

(d) Incorreta. A fala “(d) E por que a gente devia de ser triste?” é do motorista.

(e) Incorreta. A fala “(e) Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à procura de comida.” é do motorista.

(52)

Não transforme o seu futuro em um passado de que você possa arrepender-se

O futuro é construído a cada instante da vida, nas toma-das de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos percorridos ou não. Esse movimento é feito por nós diari-amente sem percebermos e sem muito 5 impacto, con-tudo, quando analisado em um período de tempo maior, ficam nítidos os erros e acertos. Sabemos, internamente, dos melhores caminhos, entretanto, pelas inseguranças, medos e raivas, diversas vezes adotamos posturas im-pensadas que impactam 10 pelo resto da vida, compro-metendo trilhas que poderiam ser melhores ou mais tranquilas.

Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo 15 todos os erros inerentes a minha condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que al-gumas delas geram ônus e multas. No direito e na medi-cina isso é mais complexo, mas em 20 muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é abso-luto, mas relativo.

Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não 25 deixe en-trar aquilo de que você tem dúvida; se deixar, limite o

(53)

espaço. A pessoa mais importante da vida é o seu propri-etário, o nosso maior erro é ser inquilino dela, deixar en-trar algo que se acha errado ou não se quer é tornar-se inquilino do que é seu, pagando aluguel e 30 preocupado com o final do contrato da sua vida. Não cometa esse erro.

A felicidade atual depende do passado, assim como a tristeza, a pobreza, a saúde e muitas outras coisas. Nunca se esqueça disso, nunca. Torne mais 35 flexível o seu or-gulho, algo que hoje não deu certo, pode ser perfeita-mente aplicável daqui a um tempo. O orgulho impede de você tentar de novo. Não minta para você, essa é a forma mais rápida de se perder. Quando tiver dúvida, fale alto com você mesmo, escute as 40 suas palavras e pense muito. É melhor ser taxado de louco do que ser infeliz. Aceite que erramos, mas lembre que cometer os mesmos erros é burrice. O ideal é aprender com os erros dos out-ros; para que isso aconteça, observe o 45 que acontece com o mundo ao seu redor, invariavelmente o seu prob-lema já foi vivido por outras pessoas. Você não foi o primeiro a cometer erros e, com absoluta certeza, não será o último. A observação é o melhor caminho para um futuro mais tranquilo, mais equilibrado, 50 mais pleno. Temos que separar um tempo do nosso dia para a re-flexão e meditação.

Utilize-se de profissionais especialistas, não cometa a bobagem de escutar amigos acerca de um problema, eles

(54)

são passionais e tendenciosos pelo nosso 55 lado. Com eles, sentimo-nos seguros para imaginarmos soluções per-feitas que nunca se concretizarão. O fracasso nessas idei-as geniais solucionadoridei-as dos seus problemidei-as, tipo “seus problemas acabaram”, causa frustrações e raivas, senti-mentos que atacam 60 nossa autoestima e podem preju-dicar o resto de nossa vida. Cuidado com isso.

Por fim, tente ser feliz, tente amar, ajude as pessoas que precisam, seja bom. Nunca, mas nunca mesmo, machuque as pessoas de caso pensado, só por 65 vingança ou maldade, esse é com absoluta certeza o mais vil de todos os pecados que um ser humano pode fazer. Quando machucar por outro motivo, arrependase e peça desculpas sinceras e tente nunca mais machucar, tente com afinco. Evite criticar as pessoas; 70 como o mundo dá muitas voltas, um dia você pode ser o criticado. Aceite as pessoas como são, não tente mudá-las, seja humilde e aceite os seus erros. Esses comportamentos não resolvem os problemas, mas podem evitá-los. O nosso futuro pode ser 75 um passado legal, depende apenas de nós. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/ 33414/1/NAO-TRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM- PASSADO-QUE-VOCE-POSSA-SE-ARREPENDER-/pagin-a1.html(adaptado) Acessado em: 9 abril/2010.

PETROBRAS 2010

(55)

a) delineia-se pela sucessão de nossas escolhas.

b) se configura pelo retrocesso de uma decisão tomada indevidamente.

c) decorre da incidência de erros que se possam vir a cometer.

d) consiste na adequação de cada decisão à situação presente.

e) se torna imperceptível devido às infinitas decisões tomadas no passado.

(a) Correta. Já que na primeira linha podemos comprovar que “O futuro é construído a cada instante da vida, nas tomadas de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos percorridos ou não.”

(b) Incorreta, pois o futuro não se configura pelo retro-cesso, ou seja, não há como recuar/ voltar atrás depois de ter tomado uma decisão indevidamente.

(c) Incorreta, uma vez que o futuro não decorre da in-cidência de erros, já que “Aceite que erramos, mas lembre que cometer os mesmos erros é burrice”.

(d) Incorreta, pois o futuro consiste na adequação de cada decisão à situação presente a ser pensada, afinal “O nosso fu-turo pode ser um passado legal, depende apenas de nós”.

(e) Incorreta, pois “O futuro é construído a cada instante da vida, nas tomadas de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos percorridos ou não. Esse movimento é feito

(56)

por nós diariamente sem percebermos e sem muito im-pacto…”. Portanto, não podemos afirmar que “(e) se torna imperceptível devido às infinitas decisões tomadas no passado.”

Gabarito: A

18. No segundo período do primeiro parágrafo, a que

ca-racterística que as escolhas apresentam entre si faz referência semântica o vocábulo “movimento”?

a) Sistematicidade. b) Proporcionalidade. c) Disparidade. d) Regularidade. e) Invariabilidade.

Lembremos das palavras sinônimas ou semelhantes presentes nas alternativas. Pensemos nos sentidos de “sistem-aticidade, proporcionalidade, regularidade, invariabilidade”. Todas elas significam uma certa regularidade e uma propor-cionalidade, de acordo com o período: “O futuro é con-struído a cada instante da vida, nas tomadas de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos percorridos ou não. Esse

movimento é feito por nós diariamente sem percebermos e

sem muito impacto, contudo, quando analisado em um per-íodo de tempo maior, ficam nítidos os erros e acertos.” O

(57)

sistemático. O movimento é desigual e desproporcional. Portanto, a alternativa (c) é a correta.

Gabarito: C

19. Segundo o texto, fazemos escolhas diariamente

“…sem percebermos e sem muito impacto,” (linhas 4 e 5) em virtude da (o):

a) ocorrência eventual.

b) grande incidência com que ocorrem. c) irrelevância da ação presente. d) grau de repercussão no futuro. e) desvínculo do presente com o passado.

A alternativa correta é a letra (b): “grande incidência com que ocorrem,” pois “o futuro é construído a cada instante da vida”. Quanto às demais alternativas, não há referência sobre elas no texto.

Gabarito: B

20. Segundo as ideias apresentadas no último período do

primeiro parágrafo, é INCORRETO afirmar que a inse-gurança, o medo, a raiva são sentimentos que:

a) nos embotam a percepção. b) motivam nossas ações. c) interferem no nosso futuro. d) precipitam nossas decisões. e) racionalizam nossas escolhas.

(58)

A alternativa (e) é a incorreta, pois a insegurança, o medo, a raiva são sentimentos que dificultam a nossa escolha ao in-vés de otimizá-la. As demais alternativas estão corretas e condizem com as informações apresentadas no texto.

Gabarito: E

21. Em “afinal, sou humano…” (linha 14), o elemento

destacado é um operador argumentativo de:

a) condição. b) consequência. c) conclusão. d) conformidade. e) concessão.

Nesta questão, o afinal não é conjunção. Para entender-mos a função deste operador argumentativo, vejaentender-mos o per-íodo: “Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os er-ros inerentes a minha condição” (linhas 14 a 16). No início do período, temos duas perguntas as quais ele pretende re-sponder. Assim, o afinal exerce função de operador argu-mentativo conclusivo, podendo ser substituído por logo sem alteração de sentido. Vemos que a intenção do autor ao util-izar o afinal, foi dar um desfecho às perguntas indagadas no início do período.

(59)

22. No texto, a passagem que se configura,

semantica-mente, como uma restrição ao sentido de “as decisões podem ser adiadas,” (linha 17) é

a) “Como podemos superar esses momentos?” (linha 12) b) “Como fazer para evitar esses erros súbitos?” (linhas 12

e 13)

c) “…cometo todos os erros inerentes a minha condição,” (linhas 14 e 15)

d) “…o mundo não acaba amanhã…” (linha 16) e) “retirando a morte,” (linha 17)

A alternativa correta é a letra (e). Vejamos o trecho: “con-tudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e,

retir-ando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrretir-ando

que algumas delas geram ônus e multas.” (linhas 16 e 17). De acordo com o período, exceto a morte, todas as outras de-cisões podem ser adiadas.

Gabarito: E

23. Em “No direito e na medicina isso é mais complexo,”

(linhas 18 e 19), o elemento destacado faz referência semântica, especificamente, a que passagem do texto?

a) “…cometo todos os erros…” (linhas 14 e 15) b) “…o mundo não acaba amanhã…” (linha 16) c) “retirando a morte,” (linha 17)

d) “as decisões podem ser adiadas,” (linha 17) e) “…em muitas outras áreas…” (linhas 19 e 20)

(60)

O isso é um elemento coesivo que faz referência a um ele-mento citado anteriormente no texto. O que é mais com-plexo no direito e na medicina? O fato das decisões serem adiadas. Portanto, a alternativa correta é a letra (d), pois “as decisões podem ser adiadas,” porém “no direito e na medi-cina isso é mais complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito.” (linhas 18 e 20).

Gabarito: D

24. Analise o trecho:

“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;” (linhas 24 e 25). Qual das palavras a seguir confere sentido mais es-pecífico à palavra “coisa”?

a) Insegurança. b) Situação. c) Atitude. d) Distorção. e) Configuração.

Vejamos os períodos do texto: “A máxima de que “não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: “não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;” (linha 25).

(61)

deixar para fazer amanhã o que você pode fazer hoje”. Port-anto, a alternativa correta é a letra (c).

Gabarito: C

25. De acordo com as ideias apresentadas no terceiro

parágrafo, infere-se que “…ser inquilino…” (linha 27) é uma consequência decorrente da:

a) inclemência. b) transigência. c) rigidez. d) radicalidade. e) inflexibilidade.

No terceiro parágrafo há uma metáfora sobre a vida: você ser inquilino dela. O inquilino é aquele que reside em casa alugada, ou seja, não controla sua própria vida, é condes-cendente, ponderado com a vida. A alternativa que traduz a significação de ser inquilino é a letra (b) transigência.

Gabarito: B

26. O referente do pronome destacado na passagem “A

pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o nosso maior erro é ser inquilino dela,” (linhas 26 e 27) é:

a) “pessoa”. b) “vida”. c) “proprietário”.

(62)

d) “erro”. e) “inquilino”.

“A pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o nosso maior erro é ser inquilino dela.” Façamos a pergunta para identificarmos o pronome: Ser inquilino de quem? Da

vida. Portanto, a alternativa que substitui o pronome dela é

a letra (b).

Gabarito: B

27. A influência negativa dos amigos, em relação aos

problemas, deve-se a:

a) conscientizar-nos da gravidade dos problemas. b) questionarem a postura dos especialistas. c) apontar-nos a inviabilidade de buscar soluções. d) levar-nos a superestimar nossa capacidade de ação. e) alertar-nos para a ocorrência de possíveis decepções. A alternativa correta é a letra (d), pois os amigos “são pas-sionais e tendenciosos pelo nosso lado.” Por isso, eles nos levam a “superestimar nossa capacidade de ação”, fazendo-nos acreditar que sozinhos encontraremos uma solução per-feita para o problema.

Gabarito: D Texto III

A cidade moderna são os ecos [de um] labirinto – presí-dio complexo de ruas cruzadas e rios aparentemente sem

(63)

embocadura – onde a iniciação itinerante e o fio de Ari-adne se mostram tênues ou nulos. 5 Invertendose uma das interpretações do mito, o labirinto aqui não é a trilha para chegar-se ao centro; é, antes, marca da dispersão. Indica a vitória do material sobre o espiritual, do perecível sobre o eterno. Ou mais, o lugar do descartável e do novo e sempre-igual.

10 O homem citadino é presa dessa cidade, está enredado em suas malhas. Não consegue sair desse espaço denso, uma vez que a civilização urbana espraiouse para além dos centros metropolitanos e continua a preencher grandes áreas que gravitam em torno 15 desses centros. A partir da Revolução Industrial, o fenômeno urbano parece ter ultrapassado as fronteiras das “cidades” e ter-se difundido pelo espaço físico. O signo do progresso transforma a urbanização em movimento centrífugo, ger-ando a metrópole que 20 se dispersa. Assim, o citadino – homem à deriva – está na cidade como em labirinto, não pode sair dela sem cair em outra, idêntica ainda que seja distinta.

GOMES, Renato Cordeiro. Todas as cidades, a cidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

BACEN 2010

28. Na visão do autor, a cidade é um espaço

caracteriz-ado por antíteses, por opostos que se somam num to-do quase sempre contraditório. Esse ponto de vista se

(64)

faz presente de forma particularmente significativa em:

a) “A cidade moderna são os ecos [de um] labirinto –” (linha 1)

b) “Ou mais, o lugar do descartável e do novo e sempre igual.” (linhas 8 e 9)

c) “O homem citadino é presa dessa cidade,” (linha 10) d) “Não consegue sair desse espaço denso,” (linhas 11 e

12)

e) “O signo do progresso transforma a urbanização em mo-vimento centrífugo,” (linhas 18 e 19)

A questão pede que haja uma oposição na alternativa que define a cidade.

(a) Incorreta. Na alternativa (a), não há oposição de idei-as, pois trata-se do início da descrição do que é a cidade: “A cidade moderna são os ecos [de um] labirinto – presídio complexo de ruas cruzadas e rios aparentemente sem embo-cadura – onde a iniciação itinerante e o fio de Ariadne se mostram tênues ou nulos.”

(b) Correta. Na alternativa (b), temos a caracterização hi-potética da cidade como um lugar descartável e ao mesmo tempo novo. Portanto, há uma antítese entre o “descartável” e o “novo” para a definição deste espaço convencionalmente chamado de “cidade”. A antítese está em notar que o descartável já foi usado, contrapondo o novo.

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(c) Incorreta. O que é um homem citadino? É um homem que habita esta cidade. Pelo sentido, não há uma oposição na frase, já que o homem citadino “está enredado em suas malhas”, ou seja, faz parte desta cidade que o abrigou.

(d) Incorreta. Quando o autor utiliza a expressão “Não consegue sair desse espaço denso,” é que ele já está habitu-ado àquela vida e não possui pretensão de mudá-la. Com isso, não existe uma oposição no espaço caracterizado da cidade, pois ele é parte dela.

(e) Incorreta. O indivíduo, que é parte integrante desta cidade, é um dependente dela, tornando-se, então, um refém sem saída. Por isso, não há uma oposição quando o citadino está incluído neste contexto.

Gabarito: B Texto IV

Acredito na existência de vida em outros planetas. Tenho três adolescentes em casa. Embora seus corpos per-maneçam nesta dimensão, suas mentes vagam bem além da ionosfera. Não. Não adianta dizer que também já fui assim. Não fui. Não fui. Não fui. Vou prender a respir-ação até você acreditar em mim. Não tive infância, nem adolescência; já nasci velho. Portanto, observo as três jovens moças como se a porta da nave tivesse acabado de se abrir e, lá de dentro, eu ouvisse: “Leve-me ao seu líder”.

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Errado. Essa frase jamais seria ouvida no planeta de onde elas vêm. Lá, o desconhecimento do conceito de líder é absoluto. Logo, por que haveriam de querer conhecer o líder da Terra? Graças às últimas festinhas de criança, que hoje percebo terem sido congressos de ufologia dis-farçados, sou testemunha de que alienígenas do sexo masculino são rebeldes, mas isso não torna as alienígenas do sexo feminino exatamente dóceis. Elas são é distraí-das, vivem com a cabeça nas nuvens, não associam a TV ligada à eletricidade.

DAPIEVE, Arthur. Notas de ufologia parental. O Globo, 13 ago. 2004. (Adaptado)

29. “Não. Não adianta dizer que também já fui assim.

Não fui. Não fui. Não fui. Vou prender a respiração até você acreditar em mim. Não tive infância, nem ad-olescência; já nasci velho.” (linhas 4 a 7)

No trecho acima, o autor:

a) afirma, de forma convincente, que sempre foi maduro. b) revela sua inveja das filhas adolescentes.

c) tenta afirmar sua maturidade, mas se mostra infantil. d) demonstra a necessidade de ser sempre maduro. e) mostra sua nostalgia pela infância perdida.

Por meio do trecho acima e do texto IV, o autor tenta mostrar a sua maturidade, porém a repetição exaustiva de vocábulos e a tentativa de convencer o interlocutor pela in-sistência, não caracteriza um comportamento adulto.

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Portanto, a alternativa correta é a letra (c). Nesta altern-ativa, o autor tenta mostrar a sua maturidade, no entanto, se mostra infantil por meio do processo de repetição e pelo comportamento expresso em “Não fui. Não fui. Não fui. Vou prender a respiração até você acreditar em mim”.

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Capítulo 2

Fonética e Fonologia

A parte de Fonética e Fonologia engloba as noções de fonema, sílaba, ortografia e acentuação. A seguir, ap-resentamos o mapa mental desta disciplina, o qual aborda

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conteúdos de extrema importância e que, frequentemente, aparecem nas provas da Banca Cesgranrio.

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QUESTÕES

COMENTADAS

1. DECEA

A sequência cujas palavras têm o mesmo número de fonemas é:

a) chuva – Paulo – vento. b) irreal – amigo – contei.

Referências

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