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internacionais competentes, face a tal problemática, e velarem pela luta contra a dopagem no Desporto. Resenha Histórica

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Academic year: 2021

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Ana Sofia Rodrigues Tavares *

Resumo: Actualmente, a dopagem é entendida como sendo a administração aos praticantes desportivos ou o uso por estes, de classes farmacológicas de substâncias ou de métodos constantes das listas aprovadas pelas Organizações Desportivas Nacionais ou Internacionais competentes, sendo um conceito sujeito a evolução, consoante os avanços científicos nesta área. Portugal tem acompanhado, a par e passo, a luta contra a dopagem no desporto tendo desenvolvido, desde o final dos anos sessenta, um sólido sistema de luta contra a dopagem, através da criação de instrumentos jurídicos, do lançamento de campanhas educativas e informativas, da implementação de um programa de controlo de dopagem em competição e fora de competição e manutenção um laboratório acreditado. Actualmente, a utilização de substâncias dopantes não se cinge apenas ao desporto de competição atingindo, igualmen-te, os jovens em idade escolar e os utilizadores de ginásios de musculação. Desta forma, a dimensão da utilização de substâncias dopantes fora do desporto de competição, representa, actualmente, em muitos países, um problema de saúde pública. Neste artigo será abordada, numa perspectiva histórica, a temática da prática do doping e o seu controlo.

Palavras-chave: Doping, Resenha histórica, Luta contra o doping em Portugal.

Abstract: Doping is defined as the use of a substance or method, or the presence in the ath-lete’s body of a substance of a substance, on the list annexed to the national or international sport federations. However, it is not a unique concept, and it is subject a evolution, according new scientific progress in this area. Portugal has devoted itself to the fight against doping, by creating legal instruments, carrying out educational campaigns and making a serious effort to maintain a laboratory accredited. Nowadays, doping not only affects elite athletes and their network, but is also an issue for club and recreational level sports persons. This fact represent, in many countries, a public health problem. In this article doping and its control are presented in a historical perspective.

Keywords: Doping, historical perspective, fight against doping in Portugal.

O desporto, quer como forma de modo de vida em igualdade com as atitudes cul-turais e religiosas, quer como modo “pro-fissionalizante”, fez, desde sempre, parte do tecido social, envolvendo várias faixas etárias e camadas sociais.

Ligado à profissionalização, representa-va uma forma de ascensão social, própria de um certo elitismo, em que a pressão so-cial, familiar e económica sobre o despor-tista, o tornava num joguete sem vontade própria e sem percepção dos seus limites éticos, morais e de segurança,

comprome-tendo o seu comportamento. (1)

Desta forma, os desportistas socorrem-se, por vezes, de todos os meios dispo-níveis, mesmo que estes representem um grave risco para a sua saúde ou represen-tem práticas antiéticas no desporto.

As autoridades públicas nacionais e

Introdução

internacionais competentes, face a tal pro-blemática, têm a função de serem regula-doras e velarem pela luta contra a dopa-gem no Desporto.

A palavra “doping” deriva, provavel-mente, da palavra holandesa “dop” nome associado a uma bebida alcoólica espiri-tuosa, usada pelos guerreiros zulu, que aumentava os seus poderes em batalha. O termo tornou-se corrente, no início do século XX, referindo-se originalmente às drogas ilegais utilizadas nas corridas de

cavalos (2). Actualmente, a dopagem é

en-tendida como sendo a administração aos praticantes desportivos ou o uso por estes, de classes farmacológicas de substâncias ou de métodos constantes das listas apro-vadas pelas Organizações Desportivas Nacionais ou Internacionais competentes. Em 2003, a Agência Mundial Anti-dopa-gem, (AMA) publicou o Código Mundial Anti-dopagem, que define os critérios para

Resenha Histórica

uma substância ou um método possa ser considerado como dopante, sendo neces-sário que, pelo menos, dois dos seguintes critérios estejam presentes: (3)

- Ter potencial para melhorar ou melhorar efectivamente o rendimento desportivo;

- Constituir um risco para a saúde do atle-ta;

- A sua utilização viole o espírito despor-tivo.

Contudo, a prática para aumentar a perfor-mance através de substâncias estranhas, ou através de outras formas artificias é tão antiga quanto o desporto de competição.

Na Grécia antiga, em 800 a.C., os gregos utilizavam os eventos desportivos, não só como forma de agradar aos deuses, mas também, como forma de estabelecer a

(2)

portância política, geográfica e económica das regiões participantes.

Em 400 a.C. o desporto passou a ser “profissão”, em que os desportistas eram muito bem pagos e os vencedores re-cebiam prémios elevados. Tal situação conduziu à comercialização do desporto, e consequentemente, à corrupção do sis-tema: uso de estricnina como estimulante e cogumelos alucinogénicos com o intuito de reforçar a mente antes dos jogos. (1,4)

O período romano continuou a elevar o prestígio do desporto, mas com um cariz bem mais violento, em que se destacavam as lutas de gladiadores e as corridas de bi-gas. Nesta altura, o doping passava pelos cavalos, sendo-lhe administrada uma mis-tura de água, mel e aveia (designado de hidromel) para que os cavalos corressem mais rápido. O Senado Romano, punia com a crucificação o tratador de cavalos que usasse o hidromel, por forma a mos-trar ao povo o rigor das leis e ainda, como desculpa perfeita para algumas derrotas frente aos gregos. (1,4,5)

O imperador Teodósio, em 396 d.C., proibiu os jogos “pagãos”, como forma de acabar com os jogos violentos, encerran-do um capítulo de prestígio e perda de po-pularidade do desporto.(1,4)

O estilo de vida que se vivia na Inglaterra rural do Século XIX, fez ressurgir o despor-to, através das celebrações comunitárias, onde se dançava, e se faziam corridas de sacos, luta de galos, pega de porcos e ainda, boxe e futebol, o que envolvia uma grande quantidade de jogadores.

Com o advento da industrialização, as pessoas migraram dos campos para a ci-dade, e passaram a viver em lugares con-finados e com horários rígidos de trabalho, o que levou a uma mudança radical das actividades “desportivas”. No entanto, o desenvolvimento tecnológico e a luz eléc-trica, estiveram na base do ressurgimento da competição desportiva, dando origem a novos desportos (ténis, golfe e críque-te) e mais uma vez, ao profissionalismo e comercialização do desporto, com a

con-Período Romano

Era Cristã

Século XIX

sequente pressão sobre os atletas, o seu rendimento, o que mais uma vez, leva à

dopagem (1,4), através do uso de

estricni-na, cafeíestricni-na, cocaína e álcool.

Em 1886 dá-se a primeira fatalidade des-crita na história devido ao uso de fárma-cos que melhoram o desempenho físico: no “Tour de France” de ciclismo, o ciclista inglês Linton morre sob o efeito stress e speed ball (cocaína+heroína). (1,5,6)

No virar do Século XX, o desporto tem já um papel tão relevante como no período greco-romano (1,4).

Em 1904, deu-se o primeiro “susto” nas olimpíadas modernas, quando o marato-nista Thomas Hicks quase morreu devido á administração de brandy e estricnina.

(1,2)

Em 1919, o farmacêutico japonês Oga-ta, sintetizou a anfetamina, e como con-sequência, cresce a dopagem desportiva, principalmente no ciclismo. A síntese de anfetaminas veio substituir a estricnina. (5)

Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, de 1939 a 1945, os soldados re-cebiam anfetaminas nos seus “kites” de sobrevivência, por forma a aguentarem os voos nocturnos entre Londres-Berlim. Após a guerra, muitos soldados estavam viciados nesses comprimidos e quando re-gressaram aos seus países, muitos deles continuaram as suas práticas desportivas, principalmente os jogadores de futebol americano. Tal fenómeno levou à disse-minação do uso de anfetaminas entre os desportistas. (1,5,7)

Em meados de 1935, o isolamento e elucidação da estrutura química da tes-tosterona e formas farmacêuticas orais e injectáveis dessa substância e de alguns dos seus derivados, ficaram disponíveis à comunidade biomédica. Assim, a partir da década de 40, estudos em cavalos de corrida, demonstraram uma melhoria do desempenho desses animais sob o efeito da testosterona.(5,6)

Na década de 50 e 60 o uso de esterói-des anabólicos e estimulantes,

tornaram-Século XX

A primeira legislação no combate ao uso indiscriminado de substâncias químicas no desporto, foi introduzida em França, em 1963, seguida pela Bélgica, em 1965. Em 1966, na Inglaterra, a FIFA (Féderation Internationale de Football Association), estabeleceu o controlo da dopagem pela primeira vez numa Copa do mundo de Fu-tebol. (2,5,7)

Até esta época, os métodos de detecção de dopagem ainda eram muito simples. O primeiro método foi desenvolvido pelo químico russo Bukowski, que trabalhava no Clube Jóquei da Áustria e analisava a saliva dos cavalos; no entanto, negava-se a revelar o seu método. Nas décadas de 40 e 50 , foram criados e desenvolvidos os

métodos de cromatografia gasosa. (5). Em

1965, Arnold Beckett aplicou técnicas de cromatografia gasosa para detectar subs-tâncias dopantes, e em 1966, já a FIFA controlava os atletas. (2,5,8)

Face ao panorama que se vivia, em 1967 o Comité Olímpico Internacional (COI), es-tabeleceu uma comissão médica, a qual determinou a necessidade de testes la-boratoriais para comprovar o uso de es-timulantes e narcóticos analgésicos pelos atletas, instituindo pela primeira vez uma lista de substâncias proibidas (2,6).

Os testes de despiste de dopagem foram utilizados, pela primeira vez, durante os Jogos Olímpicos de Inverno em Grenoble, em França, e em 1968 nos Jogos Olímpi-cos do México. No entanto, o controlo foi muito pequeno e sem qualquer punição. Os países participantes alegavam o pou-co tempo entre os jogos e a lei, e muitos ameaçaram não comparecer aos Jogos. Outros países manifestaram intenção de abandonar a Vila Olímpica. (5,10) Um ano

antes, a morte do ciclista Tommy Simpson, na Volta da França, por uso abusivo de an-fetaminas, obriga o COI a tomar medidas enérgicas.(1,2)

Em 1972, nos Jogos Olímpicos de Muni-que, iniciaram-se os testes “formais” para a detecção de drogas e/ou fármacos esti-mulantes em amostras biológicas; no en-tanto, só em 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal, é que se iniciou a detecção de esteróides anabólicos exógenos, pela técnica de radioimunoensaio (RIA). (1,6)

Novas técnicas de análise como a cro-matografia gasosa acoplada a espectro-metria de massas foram desenvolvidas e demonstraram serem eficazes.

(3)

Muito do progresso nesta área se deve ao Dr. Manfred Donike, da Escola de Edu-cação Física de Colónia, na Alemanha. Foi responsável pala caracterização quí-mica do abuso de drogas no desporto e lançou as bases científicas e organizacio-nais para a rede moderna de laboratórios credenciados pelo COI e posteriormente pela WADA. (1)

Assim, em 1980, nos Jogos Olímpicos de Moscovo, o método RIA foi utilizado como método de triagem e a cromatogra-fia gasosa acoplada de espectrometria de massa (GC-MS) como método confirmató-rio (6).

A espectrometria de massa (GC-MS) passa a ser utilizada como ferramenta de triagem e confirmação dos esteróides anabólicos endógenos, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. (1,6,9)

Nos Jogos Olímpicos de Seul que decor-reram em 1988, a importância mediática através da detecção de stenozolol, no cor-redor Ben Jonhson, fez com que os este-róides anabólicos endógenos, testostero-na (T) e epitestosterotestostero-na (E) começassem a ser analisados através da razão T/E, desenvolvida por Donike et al. (6)

Na primeira Olimpíada da década de 90, em Barcelona, foram detectadas inúme-ras substâncias proibidas em atletas, das quais se destacam estimulantes, clenbu-terol e casos de razão T/E acima dos va-lores permitidos (6). A maioria dos atletas

sofreu sanções definidas pelo COI. Em 1999, no “Tour de France”, ficou pa-tente a utilização de novas substâncias, como os poli péptidos recombinantes, denominados eritropoietina e hormona do crescimento. A partir desta altura, têm vindo a ser desenvolvidas novas técnicas analíticas, com o objectivo de detectar tais poli péptidos, em níveis anormais, em amostras biológicas de atletas. (6)

Ainda em 1999, os Países de todo o Mundo e o Movimento Desportivo, conclu-íram que tinham que unir esforços, para que fosse possível implementar uma luta eficaz contra o doping. Assim sendo, a criação da Agência Mundial Antidopa-gem (AMA), numa parceria pioneira entre as Autoridades Públicas e o Movimento desportivo, e o lançamento do Programa Mundial Antidopagem começam a dar os seus frutos apertando, cada vez mais, o cerco aos prevaricadores numa tentativa de harmonizar a luta antidopagem a nível internacional. (11)

Em 2000, foi efectuada a primeira de-tecção de eritropoietina, tendo sido a eri-tropoietina endógena distinguida da exó-gena através de electroforese (obtida por técnica recombinante), nas Olimpíadas de Sydney. (1)

A Conferência Mundial de Copenhaga, (Março de 2003) constitui-se como um marco histórico na luta contra a dopagem no desporto ao ser criado o primeiro Códi-go Mundial Antidopagem, através de uma Resolução que o aceita como a base de luta contra a dopagem no desporto. O Có-digo é o primeiro instrumento internacional a surgir para harmonizar e uniformizar os regulamentos da dopagem em todos os

desportos e em todas as nações. (12)

Em Outubro de 2005, dá-se a aprovação unânime na UNESCO, de uma Conven-ção Internacional contra a Dopagem, em tempo recorde. (11)

Portugal aprova, em 2007, a Convenção Internacional contra a Dopagem e seus anexos I e II (Decreto-nº4-A/2007, de 20 de Março).(13)

Portugal, desde muito cedo, tomou cons-ciência da importância fundamental de um sistema eficaz de luta contra a dopagem no desporto, de forma a preservar a saúde dos atletas e a verdade desportiva.*(14)

Foi realizado o primeiro controlo de do-pagem no nosso país, em1968, no decur-so da Volta a Portugal em bicicleta, num laboratório particular em Lisboa, na se-quência da decisão do Comité Olímpico Internacional (COI) em realizar, pela pri-meira vez, controlos de dopagem no Jo-gos Olímpicos de Verão que decorreram na cidade do México.

Entre o final dos anos 60 e no decurso dos anos 70 os controlos foram realizados na sua grande maioria na modalidade de ciclismo e segundo os regulamentos da Union Cycliste Internationale. Inicialmente as análises foram realizadas na Faculda-de Faculda-de Farmácia Faculda-de Lisboa, passando mais tarde, no período compreendido entre 1974 e 1981, a ser realizadas na Faculda-de Faculda-de Farmácia Faculda-de Coimbra.

Em 1970, Portugal publica o primeiro di-ploma legal onde a temática da dopagem

Luta contra a Dopagem em

Portugal

é abordada.

* Para a realização desta secção, utilizou-se muita da informação disponível no site do Instituto do Desporto de Portugal: www.idesporto.pt

Em 1977, é criada a Comissão para Re-gulamentação do Controlo Antidopagem, coordenada pelo Dr. Orlando Azinhais, que representou a estrutura pioneira do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD). Em Setembro de 1979, é publicada a primeira Legislação sobre o Controlo Anti-Doping.

No final dos anos 70, inicia-se a instala-ção do Laboratório de Análises do Doping nas instalações do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa pelas mãos do Prof. Doutor Lesseps dos Reys. No entanto, só em 1985, o laboratório viria a ser criado oficialmente, recebendo a denominação de Laboratório de Análises de Doping e Bioquímica.

A partir de 1982 as análises começaram a ser efectuadas no Laboratório de Análi-ses de Doping passando a ser controladas outras modalidades para além do ciclismo, com base na legislação publicada no final de 1979.

O Laboratório de Análises do Doping foi acreditado pelo COI, em 1987, passando a fazer parte de um grupo muito restrito de laboratórios acreditados a nível mundial.

Apesar do aumento das modalidades controladas, só a partir do ano de 1998 é que o CNAD passou a conceber anual-mente um verdadeiro Plano Nacional Anti-dopagem em cooperação estreita com as Federações Desportivas titulares de utili-dade pública desportiva.

Em 1990, é criado o Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), assumindo desde então a definição da política de luta contra a dopagem em Portugal.

Com a criação desse Conselho são lan-çadas as primeira iniciativas educativas no âmbito da luta contra a dopagem, seguin-do as recomendações da Convenção con-tra a Dopagem do Conselho da Europa.

No entanto, só em 1997 foi lançada a primeira campanha educativa e informa-tiva devidamente estruturada e dirigida a diversos grupos alvo.

(4)

No final de 2003 é lançado pelo CNAD o programa “Desporto Saudável”, com o objectivo de contribuir para educar os atle-tas, agentes desportivos e os jovens em idade escolar, em relação à temática da luta contra a dopagem.

Portugal, foi um dos primeiros países a nível mundial a reconhecer um direito fun-damental dos praticantes desportivos – o direito ao tratamento

Pode-se pois concluir, que Portugal tem desenvolvido desde o final dos anos ses-senta, um sólido sistema de luta contra a dopagem, através da criação de ins-trumentos jurídicos, do lançamento de campanhas educativas e informativas, da implementação de um programa de con-trolos de dopagem em competição e fora de competição e num esforço notável de manter um laboratório acreditado, inicial-mente pelo COI e actualinicial-mente pela AMA, desde 1987. (14, 15)

Bibliografia

Conclusão

Apesar dos esforços em contrário, a dopagem tem-se tornado, cada vez mais comum entre os desportistas. Tal facto, deve-se à extensa mediatização e comer-cialização do desporto que tem sobrevalo-rizado os eventos desportivos e levado à consequente vontade dos atletas vence-rem a qualquer custo, utilizando recursos éticos ou não.

A história tem-nos mostrado, ao longo dos tempos, que a sofisticação da dopa-gem acompanha a evolução da farmaco-logia. Novas drogas com finalidade tera-pêutica explícita passam, cada vez mais, a ser prontamente utilizadas pelos seus efeitos terapêuticos e colaterais. Não obs-tante a utilização de substâncias proibidas, outros métodos pouco éticos, surgiram como adjuvantes: incremento do transpor-te de oxigénio, manipulação farmacológi-ca, química e físifarmacológi-ca, através de agentes mascarantes, cateterização, substituição e /ou alteração da urina e na vanguarda, dopagem genética ou celular, que consiste no uso não terapêutico de

genes, elementos genéticos e/ou células que tenham capacidade para aumentar o rendimento desportivo. (3, 10)

A luta concertada e a união de esfor-ços contra o doping representa, cada vez mais, não só uma necessidade mas, tam-bém, uma obrigação moral. Actualmente, a utilização de substâncias dopantes não se cinge apenas ao desporto de competi-ção atinge, igualmente, os jovens em ida-de escolar e os utilizadores ida-de ginásios ida-de musculação.

Desta forma, a dimensão da utilização de substâncias dopantes fora do desporto de competição, representa, actualmente, em muitos países, um problema de saúde pública. (5, 11, 16)

Ao Professor Doutor Xavier De la Torre, pela preciosa ajuda na construção do ra-ciocínio lógico e encadeamento histórico do Doping e por todo o apoio prestado.

Agradecimentos

1. Neto FR. O papel do atleta na sociedade e o controlo da dopagem no esporte. Rev Bras Med Esporte. 2001 Jul/Ago. 7;(4): 138-148.

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Referências

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