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CIRURGIA BARIÁTRICA: PRINCIPAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ, INTRA E PÓS-OPERATÓRIO.

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CIRURGIA BARIÁTRICA: PRINCIPAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ, INTRA E PÓS -OPERATÓRIO.

CLAUDIA CAROLINE MACHADO RODRIGUES¹; Jenilce Hartmann Moreira²; Ligia Maria Costa Scheifer³; Taisa Caroline Metring

de Matos4; Elaine Cristina da Costa Portes.5

¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais -CESCAGE- CLAUDIA CAROLINE MACHADO

RODRIGUES ¹;

¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE- Jenilce Hartmann Moreira ²; ¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais –

CESCAGE- Ligia Maria Costa Scheifer³; ¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais –

CESCAGE- Taisa Caroline Metring de Matos 4; ¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais –

CESCAGE- Elaine Cristina da Costa Portes 5;

RESUMO: Objetivo: Identificar a importância dos principais cuidados de enfermagem para a boa recuperação dos pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico de bariátrica. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica. Os artigos utilizados foram selecionados a partir da base de dados SciELO, LILACS e Google acadêmico e o NANDA, usado as seguintes palavras chaves: “Obesidade”, “cirurgia bariátrica” e “cuidados de enfermagem”. O período dos artigos selecionados compreendeu o ano de 2004 a 2018. Resultados: Compreende-se que o procedimento possibilita melhor qualidade de vida e autoestima aos indivíduos que optam por essa forma de tratamento, e que os cuidados prestados pela enfermagem são fundamentais para a recuperação e aprimoramentos dos resultados desejados o qual a cirurgia proporciona. Conclusão: Os cuidados de enfermagem são essenciais, para a segurança, conforto e bem estar físico e metal, dos clientes e determinantes para a sua reabilitação tanto na vida particular quanto na social.

PALAVRAS CHAVES: “Obesidade”, “cirurgia bariátrica” e, “cuidados de enfermagem”. INTRODUÇÃO

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O alto índice de pessoas com obesidade tornou-se um problema de saúde pública. E o seu desenvolvimento está associado a múltiplos fatores podendo estes ser de ordem genética, socioambientais e principalmente ao estilo de vida (SEGAL, FANDIÑO, 2002, apud MARCELINO, PATRÍCIO, 2011,).

A OMS classifica a obesidade baseando-se no Índice de Massa Corporal (IMC) e no risco de mortalidade associada. Assim, considera-se obesidade quando o IMC encontra-se acima de 30 kg/m². Quanto à gravidade, a OMS define obesidade grau I quando o IMC situa-se entre 30 e 34,9 kg/m², obesidade grau II quando IMC está entre 35 e 39,9kg/m² e, por fim, obesidade grau III quando o IMC ultrapassa 40 kg/m² (FANDIÑO, et al 2004, p. 47).

Segundo Costa et al (2009) apud Eduardo et al (2017), a cirurgia bariátrica trata-se de um procedimento cirúrgicos, com a finalidade de tratamento para a obesidade de grau III sendo este um método invasivo, o qual possui altas taxas de sucesso em sua realização.

Para Fandiño et al, (2004) as cirurgias bariátricas podem ser restritivas e/ou disabsortivas, as quais influenciam na diminuição e entrada de alimentos no tubo digestivo e também sua absorção.

A realização desse procedimento pode ocorrer com diferentes técnicas, as mais utilizadas são:

Derivação gástrica em “Y de Roux”; Nesta técnica parte do estomago é dissecada sendo reduzidas entre 20 e 30 ml, as demais porções do estomago, duodeno e jejuno são desligadas do transito alimentar (GARRIDO JUNIOR, 2000, apud NEGRÃO, 2006). É um dos procedimentos considerado de melhor eficiência diminuindo o excesso de peso em cerca de 60 a 80% (VALESI et al, 2004, apud PREVEDELLO et al, 2009).

Gastrectomia vertical: nesta técnica é mantida a área antro pilórica, e retirada no sentido vertical grande parte do corpo gástrico, eliminando o fundo gástrico (MICHALSKY et al, 2013 apud NASSIF, et al 2014).

Banda Gástrica; Realizada a partir da diminuição de ingesta alimentar, através de uma banda gástrica ajustável posicionada ao redor do estomago o qual fica com atividade de esvaziamento mais lento (PATINO, 2003, apud NEGRÃO, 2006). Indicado para pacientes com IMC acima de 35 kg/m², sem histórico de compulsão alimentar e patologias associadas (MACGREGOR, 1999, apud NEGRÃO, 2006).

Balão Intragástrico; É introduzido no estomago um balão de silicone preenchido com soro azul de metileno, reduzindo a cavidade estomacal é indicado a pacientes que não aceitam ou não podem realizar procedimentos cirúrgicos, preparo psicológico e nutricional e a perda de peso antes da cirurgia (GRALING, ELARINY, 2003, apud NEGRÃO, 2006).

O procedimento possibilita a redução do peso inicial, que pode ser em média 40% em um ano a partir da realização da cirurgia. A intervenção reduz o estômago em cerca de 20 cm², ou seja, o estômago reduzido perde até 90% de sua capacidade de absorção (SEGAL, FANDIÑO, 2002, apud SABISTON, 2009, apud MARCELINO, PATRÍCIO, 2011).

Logo, o objetivo do trabalho é identificar os principais cuidados de enfermagem no pré, intra e pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica.

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa exploratória, bibliográfica de artigos publicados entre os anos de 2004 a 2018, com abordagem qualitativa. Realizada a partir da base de dados SCIELO, Google acadêmico e LILACS, visando uma revisão sistemática relacionada aos

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principais cuidados de enfermagem na cirurgia bariátrica. Os descritores utilizados foram selecionados a partir da base de pesquisa DeCS- Descritores em Ciência da Saúde, que são: ”Obesidade”, “cirurgia bariátrica”, “cuidados de enfermagem”.

Foram selecionados artigos de língua portuguesa, com publicação de no máximo 14 anos. Durante a seleção foram encontrados 17 artigos que estavam relacionados ao tema, sendo excluídos todos os que não atenderam os critérios de inclusão; portanto, foram utilizados 11 artigos e NANDA I - Diagnostico de Enfermagem. A apresentação de resultados e análise dos dados obtidos foi realizada de maneira descritiva, buscando analisar e descrever os principais cuidados de enfermagem no pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório da cirurgia bariátrica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Cabe ao enfermeiro prestar os cuidados e educação em saúde, com a finalidade na prevenção de complicações, proporcionando o bem-estar físico e psíquico bem como na adaptação no seu novo estilo de vida (HAWN; DOANE; 2013, apud FERREIRA; FELIX; GALVÃO; 2014).

Segundo protocolo estabelecido pelo Hospital Alemão Oswaldo Crus (2018), na fase pré-operatória a avaliação inicial de enfermagem é fundamental para o processo cirúrgico, evidenciando o histórico de saúde como: alergias, quais medicamentos utiliza, controle dos sinais vitais, identifica-se os aspectos sociais, econômicos e espirituais. E de acordo com as necessidades construir um plano de cuidado individual. Além de esclarecer os riscos e benefícios do procedimento.

No pré-operatório as principais informações realizadas pelo enfermeiro estão relacionadas à: alimentação, mais precisamente ao jejum estabelecido. Hidratação. E às eliminações fisiológicas. Com relação ao sono e repouso, avaliar as queixas e a frequência com que este distúrbio acontece. E principalmente manter o paciente orientado com relação ao procedimento a ser realizado (FELIX, L. G.; SOARES, M. J. G.; NÓBREGA, L. M. M.; 2012).

Fazer anamnese adequada para se identificar possíveis fontes de riscos como o uso de, substancias químicas. Durante o exame físico identificar se há possíveis fontes de infecção. Orientar a higiene corporal e tricotomia se necessário. Além de informar sobre a possibilidade do uso de alguns dispositivos no pós-operatório imediato, como sondas, soros e monitoramento (FELIX, L. G.; SOARES, M. J. G.; NÓBREGA, L. M. M.; 2012).

No intra-operatório os cuidados estão relacionados à: agendamento do procedimento, providenciar os materiais necessários para o momento do procedimento. Organizar a sala operatória. Preparar materiais para possíveis intercorrências como equipamentos para massagem, materiais para intubação, manguitos de monitoramento, entre outros (HAOC, 2018).

O enfermeiro deve encaminhar o paciente em sua própria cama, na mesa cirúrgica atentar aos cuidados de segurança do paciente. Monitorar SSVV. Realizar Check list. Auxiliar os procedimentos médicos. Ao termino transferir o paciente para cama, encaminhar para a sala de recuperação. Manter o monitoramento dos SSVV. Proporcionar medidas de conforto e de segurança. Realizar a administração dos medicamentos prescritos. E encaminhar o paciente para o quarto (HAOC, 2018).

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A NANDA I (2018-2020) traz alguns diagnósticos que nos auxiliam no cuidado pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica como:

Padrão respiratório ineficaz. Prescrição de enfermagem: Manter controle dos SSVV, e observar nível de consciência, saturação e perfusão periféricas; Avaliar padrão respiratório e se houver a necessidade administrar oxigênio quando prescrito; Manter a cabeceira do leito elevada de 45 graus; Estimular exercícios respiratórios a fim de promover a expansibilidade e mobilidade das secreções (FELIX, L. G.; SOARES, M. J. G.; NÓBREGA, L. M. M.; 2012).

Risco de volume de líquidos deficiente. Prescrição: Realizar gotejamento das soluções parenterais prescritas; Realizar o monitoramento hídrico; No pós-operatório tardio orientar o paciente que não pode ingerir líquidos 15 minutos antes de cada refeição e 90 minutos depois, pois esse cuidado ajuda a evitar a distensão do estomago minimizando risco de vômitos. Salientar a ingesta hídrica de acordo com a prescrição medica e a capacidade gástrica. (FELIX, L. G.; SOARES, M. J. G.; NÓBREGA, L. M. M.; 2012).

Capacidade de transferência prejudicada, deambulação prejudicada, levantar-se prejudica e mobilidade física prejudicada. Prescrição: Esses quatro diagnósticos estão relacionados entre si: Realizar o estímulo à deambulação assim que possível e de acordo com a disponibilidade do paciente fazer isso no mínimo três vezes ao sempre com apoio de um profissional da enfermagem, e estimular movimentos leves de flexão e extensão dos MMII e dos MMSS, isso ajudara no retorno venoso. Atentar-se a deambulação precoce e o correto posicionamento no leito, para prevenção possíveis lesões, problemas pulmonares e trombose venosa, ficando atento a, possível hipotensão ortostática (SANTOS, M. B. O.; CAMILO, J. C.; 2016).

Distúrbio no padrão do sono. Prescrição: Manter o ambiente calmo, tranquilo, com as luzes apagadas e evitar o máximo de ruídos possíveis. Durante o sono manter a cabeceira elevadas para evitar possíveis obstruções das vias áreas (FELIX, L. G.; SOARES, M. J. G.; NÓBREGA, L. M. M.; 2012).

Déficit no autocuidado para banho e Déficit no autocuidado para vestir-se. Prescrição: No pós-operatório realizar banho de aspersão com auxílio de um profissional de enfermagem. E posteriormente auxilia-lo a se vestir e reposiciona-lo de maneira confortável no leito (HAOC, 2018).

Risco de infecção no sitio cirúrgico. Prescrição: Realizar a troca do curativo diariamente. Atentando-se para sinais flogísticos (HAOC, 2018).

Risco de aspiração. Prescrição: Manter o paciente em posição de Fowler com a cabeceira da cama elevada em um ângulo de 45 graus (HAOC, 2018).

Estilo de vida sedentário. Prescrição: Estimular a deambulação logo que possível, com percursos dentro do próprio quarto ou no corredor do hospital. E no pós-operatório tardio orientar que a atividade física é muito importante para auxiliar na perda de peso mais rápida, sem esforços físicos excessivos (SANTOS, M. B. O.; CAMILO, J. C.; 2016). CONCLUSÃO

Verificou-se que a realização da cirurgia bariátrica possibilita uma nova qualidade de vida, porém para seus bons resultados, muitos cuidados são necessários, principalmente os que incluem o pré, intra e pós-operatório, e estes estão inteiramente relacionados aos cuidados prestados pela equipe de enfermagem, os quais possibilitam ao cliente mais

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segurança, conforto, bem-estar físico e metal, os quais são determinantes para a sua reabilitação tanto na vida particular quanto socialmente.

Portanto os cuidados de enfermagem tornam-se essenciais, para o tratamento e recuperação dos pacientes submetidos às cirurgias bariátricas.

REFERÊNCI AS

ALEMÃO, O. C. H.; Protocolo HAOC: Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Hospital Alemão Oswaldo Cruz, 2018. Disponível em: http://www.hospitalowaldocruz.org.br. Acesso em 05 set. 2019.

BATTISTELLI, C.; Numero de Cirurgias Bariátricas no Brasil aumenta 46,7%. Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 2018. Disponível em: http://www.sbcbm.org.br. Acesso em: 30 Ago. 2019.

CARVALHO, A.; S.; ROSA, R.; S.; Cirurgias bariátricas realizadas pelo Sistema Único de Saúde em residentes da Região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2010-2016. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 27 n. 2, p. 01-10, 2018.

EDUARDO, C. A.; SILVA. A. A.; VIANA, G. C.P.; CRUZ, C. D.; ROCHA, R. L.P.; Cirurgia bariátrica: a percepção do paciente frente ao impacto físico, psicológico e social. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v.7, p.1173, 2017.

FANDIÑO, J.; BENCHIMOL, A. K.; COUTINHO, W. F.; APPOLINÁRIO, J. C.; Cirurgia Bariátrica: aspectos clínico-cirúrgicos e psiquiátricos. R. Psiquiatr. RS, v.26, n. 1, p.47-51, 2004.

FERREIRA, M. B. G.; FELIX. M. M. S.; GALVÃO, C. M.; Cuidados de enfermagem no pré-operatório de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Revista Rene, v. 15, n. 04, p. 710-719, 2014.

MARCELINO, L. F.; PATRÍCIO, Z.; M.; A complexidade da obesidade e o processo de viver após a cirurgia bariátrica: uma questão de saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 12, p. 4767-4776, 2011.

SANTOS, M. B. O.; CAMILO, J. C.; Cuidados de Enfermagem no Pós-operatório de Cirurgia Bariátrica. Simpósio de TCC e Seminário de IC, p. 1566-1573, 2016.

NANDA I. Diagnósticos de Enfermagem: Definições e Classificação 2018-2020. Ed. 11, Porto Alegre: Artmed; 2018.

NASSIF, P. A. N.; MALAFAIA, O.; RIBAS-FILHO, J. M.; CZECZKO, N. G.; GARCIA, R. F.; ARIEDE, B. L.; Gastrectomia vertical e bypass gástrico em y-deroux induzem doença do refluxo gastroesofágico no pós-operatório?. ABCD Arq Bras Cir Dig, v. 01, n. 27, p. 63-68, 2014.

NEGRÃO, R, J, S.; Cirurgia Bariátrica: Revisão Sistemática e Cuidados de Enfermagem no Pós-operatório. Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem, p. 01-112, 2006. PREVEDELLO, C, F.; LIBERALI, R.; NAVARRO, F; Evolução Ponderal de Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. ISSN 1981-9919, v.3, n.16, p.272-283, 2009.

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