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ASSEMBLEIA NACIONAL GABINETE DO PRESIDENTE

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Academic year: 2021

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GABINETE DO PRESIDENTE

DISCURSO DE S.E.O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL NA ABERTURA DA SEXTA EDIÇÃO DA FEIRA DO TURISMO DE CABO VERDE-

EXPOTUR2014

Senhor Ministro do Turismo, Indústria e Energia, Senhor Presidente da Câmara Municipal do Sal,

Senhor Presidente em exercício da Câmara de Turismo de Cabo Verde, Senhor Presidente do Conselho de Administração da ASA,

Senhor Director Geral de Turismo, Senhores Operadores Turísticos, Senhoras e Senhores Conferencistas, Distintos Convidados,

Minhas Senhoras e meus Senhores:

Começo por expressar os meus agradecimentos ao Senhor Ministro do Turismo, Indústria e Energia pelo convite para presidir a mais uma edição da Feira Internacional do Turismo de Cabo Verde. Congratulo-me com o facto de, a EXPOTUR, se revelar, a cada ano, um evento marcante no processo de desenvolvimento e transformação de Cabo Verde, pois tem o condão de colocar em primeiro plano o sector que é o motor da economia nacional, ou seja o turismo.

Gostaria de começar esta intervenção saudando calorosamente todos os participantes neste Encontro, nacionais e estrangeiros, formulando votos para que o mesmo seja, uma óptima oportunidade para a discussão e socialização dos problemas do turismo, tendo em conta a importância do sector para o presente e o futuro de Cabo Verde.

A todos os presentes desejo um profícuo encontro, esperando que esta oportunidade seja aproveitada para compartilhar e trocar experiências, fazer negócios, debater os problemas do presente e projectar o futuro com base em

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2 dados seguros. Sinto-me honrado por poder participar nesta jornada de reflexão, na tripla qualidade de Presidente da Assembleia, pessoa interessada no sector do turismo e filho desta ilha turística.

A aposta feita por Cabo Verde na indústria do turismo tem-se revelado globalmente acertada, não obstante os vários desafios a vencer. Os resultados decorrentes desta opção são evidentes. Este sector, apesar da crise internacional, mantém-se como o principal vector de desenvolvimento económico do país, tanto pelo número de postos de trabalho criados, como pela contribuição para o crescimento do PIB.

Minhas Senhoras e meus Senhores:

Num contexto internacional que ainda é adverso, esta constatação permite-nos encarar o futuro com optimismo tendo em conta as potencialidades existentes para um maior desenvolvimento.

No entanto, há que reconhecer que os desafios são cada vez mais complexos, requerendo, portanto, respostas cada vez mais qualificadas. Isto exige de nós uma atenção redobrada de forma a poder ultrapassar as possíveis fragilidades no sentido de adequar as políticas à sofisticação da procura e das ofertas concorrenciais.

Temos de ter a consciência de que o futuro do turismo dependerá daquilo que formos capazes de fazer hoje. O momento é crucial para, definitivamente, se ganhar a batalha da edificação de um sector do turismo de qualidade e de alto valor acrescentado. Por isso se impõe um olhar mais atento e uma gestão mais próxima, mais articulada e mais efectiva.

Entretanto, é preciso estar atento às interpelações e inquietações, traduzidas em críticas, reparos ou sugestões, quer dos operadores turísticos, quer de diferentes sectores da sociedade cabo-verdiana. A melhoria do ambiente de negócios, o aumento da competitividade, a qualificação dos profissionais, a crescente integração de diversos sectores de actividades nacionais, quais sejam o agro-negócio, a pesca, as indústrias criativas, os transportes, bem assim o progressivo envolvimento da população, são elementos importantes a serem tidos permanentemente em conta.

Afinal, em Cabo Verde, embora com papéis diferentes, todos os actores que intervêm no sector do turismo, são responsáveis e estão interessados no seu sucesso. É caso para se dizer que a salvação é colectiva. Que cada um cumpra o seu papel.

Tudo indica que o contexto internacional é favorável ao incremento do turismo em Cabo Verde. Temos que aproveitar o momento para acelerarmos o passo, de modo a tornarmos irreversível o processo, com impacto positivo crescente na economia do país.

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3 O turismo é hoje considerado, por todos, como uma das principais actividades económicas mundiais e o sector estratégico para o desenvolvimento de muitos países. Cabo Verde pode oferecer estabilidade política e económico-social e um destino aprazível, a poucas horas dos principais mercados emissores.

O clima ameno, a diversidade paisagística e a riqueza cultural constituem factores de peso para o desenvolvimento do turismo. Tudo isto deve ser potencializado. Quer dizer que estas condições podem ser necessárias, mas não suficientes.

No actual processo de intensificação da globalização, este sector tem revelado todo o seu dinamismo e transversalidade, contribuindo para a disseminação de valores, para a promoção e valorização dos hábitos e costumes de diversos povos, para o aumento da tolerância e para a atenuação das diferenças, bem como a aproximação das nações, visando a compreensão mundial e a cultura da paz.

Minhas Senhoras e meus Senhores:

Felizmente, temos uma cultura diversificada e rica. As nossas características encaixam-se perfeitamente neste quadro. Nesta “procura do que é diferente”, podemos oferecer, da música à gastronomia, das festas de romaria às artes plásticas, dos sítios históricos ao artesanato.

Consideramos ser fundamental, encontrar um equilíbrio entre os interesses económicos que o turismo estimula e o seu desenvolvimento de forma sustentável, o que pressupõe a correcta gestão de todos os ambientes e recursos, para que a integridade cultural, os processos ecológicos e toda a diversidade paisagística, sejam preservados, em toda a linha.

Neste momento, tendo em atenção, o compromisso que temos para com a população cabo-verdiana e as gerações vindouras, temos que continuar a valorizar a importância da conservação dos recursos naturais e trabalhar fortemente para integrar todo o território cabo-verdiano e suas singularidades, na oferta turística nacional. Porém, sem deixar de dispensar a necessária atenção à consolidação dos espaços ou ilhas, onde, por razões óbvias, o turismo tem maior implantação e dinamismo.

O fundamental é mobilizarmo-nos todos, os poderes públicos, nacionais e locais, os operadores, grandes e pequenos, as associações sócio-profissionais, as ONG`s, os cidadãos para, de mãos dadas, prosseguirmos a implementação de um projecto turístico que, pelas suas características, seja sustentável.

A valorização da cultura local, o fortalecimento das interacções com a economia local e o envolvimento das comunidades receptoras são as vias para se atingir tal desiderato. Julgo que estaremos a caminhar nessa direcção, contribuindo para atingir o desenvolvimento sustentável que todos desejamos.

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4 Minhas Senhoras e meus Senhores:

Um dos maiores desafios da actualidade, portanto da nossa responsabilidade, é a formação de uma nova geração, com consciência ecológica e comprometida com a defesa do Planeta, evitando a atitude de alienação, e fazendo com que a actividade turística não seja depredatória e ambientalmente insustentável. Estamos na presença de um país com reduzida dimensão terrestre, mas, a nossa configuração arquipelágica, nos brindou com uma extensa orla costeira, propícia para o mergulho e a pesca desportiva e também um repositório de praias e baías lindas e acolhedoras. A nossa variedade paisagística, os nossos parques nacionais naturais, as nossas espécies marítimas, testemunham as nossas potencialidades turísticas.

A nossa autenticidade, em termos de competitividade no sector, enquanto destino turístico diferente e de excelência, deve constituir-se em mais-valia, pelo que teremos de saber aproveitar as oportunidades que se nos oferecem e transformar, todo este produto potencial, em oferta turística efectiva a ser comercializada.

Ao Estado, compete criar as condições para que o negócio floresça, o país se sustente e a população cabo-verdiana possa sentir os efeitos económicos deste desenvolvimento, no aumento do rendimento das famílias e consequente redução da pobreza. O Turismo é, efectivamente, um “Negócio”. E este negócio deverá ser operacionalizado pelo sector privado, pelo que este deverá assumir as rédeas do negócio e também as suas responsabilidades.

Mas esta evidência não dispensa o que consideramos ser fundamental: a articulação e o fortalecimento das relações, entre todos os parceiros envolvidos no processo de desenvolvimento do turismo em Cabo Verde, permitindo assim uma maior troca de informações, uma colaboração efectiva e um agir concertado e colectivo, visando a sustentabilidade do Destino Turístico Cabo Verde.

E é, tendo em atenção os actuais desafios sociais, ambientais e económicos do Turismo, que lanço um repto aos intervenientes no sector turístico cabo-verdiano, na presença do representante da Organização Mundial do Turismo, para que, todos, trabalhemos em estratégias de desenvolvimento, estribados na sustentabilidade e responsabilidade, a fim de conseguirmos, implementar a agenda de transformação delineada e garantir o sucesso e a segurança dos investimentos privados, nacionais e estrangeiros, bem como o sustento das famílias cabo-verdianas.

O Lema desta VIª Edição da Feira Internacional do Turismo de Cabo Verde, “Por um Turismo Sustentável e Inclusivo”, consubstancia claramente esta visão. Temos que efectivamente saber marcar a diferença pela positiva.

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5 O engajamento do Parlamento cabo-verdiano em todo este processo é inequívoco no sentido de propiciar aos actores um suporte jurídico-legal moderno e adequado à evolução e às dinâmicas do sector, contribuindo assim para o seu desenvolvimento.

É pois, com confiança no futuro do turismo em Cabo Verde e a expressão da minha admiração por todos que acreditam e investem no sector que declaro aberta a “VIª Feira de Turismo de Cabo Verde – EXPOTUR 2014”. Que tenham uma boa jornada de trabalho.

Muito Obrigado pela vossa atenção.

Ilha do Sal, Vila Verde, 23 de Maio de 2014

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