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FREIRE, Paulo Reglus Neves. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

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Academic year: 2021

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FREIRE, Paulo Reglus Neves. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. RESUMO: O tema central dessa obra, como o próprio autor salienta, diz respeito aos saberes demandados pela prática educativa de professores e professoras, qualquer que seja a opção política desse educador ou educadora. Com uma perspectiva existencialista e marxista o autor apresenta suas opiniões baseadas em experiências e vivências educacionais cotidianas, assim como em leituras bibliográficas de pensadores como François Jacob e Neil Postman. O livro está dividido em três capítulos: No Capítulo I busca-se mostrar que o aprender é um processo que pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador. O autor argumenta o seguinte: 1) Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar; 2) O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. 3) Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode pensar errado, é quem pode ensinar a pensar certo; 4) Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar. No Capítulo II o autor mostra que ensinar não é transferir conhecimento. Essa é uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo dos fatos, ante nós mesmos. O clima do pensar certo não tem nada que ver com o das fórmulas preestabelecidas, mas seria a negação do pensar certo se pretendêssemos forjá-lo na atmosfera da licenciosidade ou do espontaneísmo. Sem rigorosidade metódica não há pensar certo. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. A nossa capacidade de aprender, de que decorre a de ensinar, sugere ou, mais do que isso, implica a nossa habilidade de apreender a substantividade do objeto aprendido. No Capítulo III Freire observa que ensinar é uma especificidade humana. O grande problema que se coloca ao educador ou a educadora de opção democrática é como trabalhar no sentido de fazer possível que a necessidade do limite seja assumida eticamente pela liberdade. As conclusões chegadas pelo autor são as seguintes: Nenhuma formação docente verdadeira pode fazer-se alheia, de um lado, do exercício da criticidade que implica a promoção da curiosidade ingênua à curiosidade epistemológica , e de outro, sem o reconhecimento do valor das emoções, da sensibilidade, da afetividade, da intuição ou adivinhação. Conhecer não é, de fato adivinhar, mas tem algo que ver de vez em quando, com adivinhar, com intuir; O fundamental é que professor e alunos/as, saibam que a postura deles, do professor e dos alunos/as, é dialógica aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e aluno/a assumam epistemologicamente curiosos; Como prática estritamente humana jamais pude entender a educação como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadura como uma experiência a que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual; A escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é de trabalhar criticamente a inteligibilidade das coisas e dos fatos e a sua comunicabilidade. É imprescindível portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de amaciá-la ou domesticá-la.

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----FREIRE, Paulo Reglus Neves. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970. RESUMO: A obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, reflete sobre a opressão que há na sociedade e no universo educativo. Para o autor a opressão é vista como uma questão crônica social, pois as camadas menos favorecidas são oprimidas e terminam por aceitar o

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que lhe é imposto, devido à falta de conscientização, sem buscar realmente a libertação. Essa libertação que o autor enfatiza, seria a superação da opressão, que exige o abandono da condição servil, passando a ter pessoas questionadoras, conscientes, auto-críticas e que lutem pela transformação da sociedade , logo, pessoas comprometidas com a sua ação no mundo. Em prol dessa libertação Freire afirma que a educação é o caminho mais viável e deve exercer papel fundamental nesse processo. O autor atribui grande destaque para a superação da situação, que se faz necessário trabalhar a educação como prática de liberdade, ao contrário da concepção bancária, vivida atualmente, que é um instrumento de opressão, uma prática de dominação e que produz o falso saber, ou seja, não tem senso crítico. Assim é apontada s educação problematizadora, onde a realidade é inserida no contexto educativo, que deve-se valorizar o diálogo, a reflexão e a criatividade, de modo a construir a libertação, tornando uma sociedade mais humana, crítica e construindo uma educação mais democrática. Segundo o autor, o diálogo aparece no cenário como o grande incentivador da educação mais humana e até mesmo mais revolucionária. O diálogo inicia-se na seleção do conteúdo programático. É proposto que o conteúdo programático seja colocado a partir de temas geradores da realidade em que o/a aluno/a está inserido, uma metodologia pautada no universo do educando que requer investigação, o pensar dos homens referido á realidade, organizando o trabalho em equipe de forma interdisciplinar. No capítulo III da obra, Freire enfatiza a teoria da ação dialógica, que é embasada na colaboração, organização e síntese cultural, combatendo a manipulação através da liderança revolucionária, tendo como compromisso a libertação das massas oprimidas. Dessa forma, o autor afirma que é necessário unir para liberta-se, conscientizando as pessoas da ideologia opressora, motivando-as a transformar as realidades a partir da união e da organização, instaurando o aprendizado da pronúncia do mundo, onde o povo diz a sua palavra, para assim alcançarmos uma educação mais justa e igualitária e nos libertamos da opressão.

----X----GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2008.

RESUMO: Este livro é inspirado na obra: Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Moacir Gadotti nos fala da boniteza de ser gente, da boniteza de ser professor: ensinar-e-aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. Gadotti chama a atenção para a essencialidade do componente estético da formação do educador. Na sua obra ele atribui bastante ênfase em sonho e sentido. Segundo o autor, sonho e sentido querem dizer a mesma coisa. Sentido quer dizer caminho não percorrido, mas que se deseja percorre, portanto, significa projeto, sonho, utopia. Aprender e ensinar com sentido, é aprender e ensinar com um sonho na mente. De acordo com o autor é indispensável ao professor que sua profissão esteja ligada ao amor e à esperança. Não se pode educar sem um sonho. Desta forma, Gadotti acredita que é possível, com um sonho em mente que o docente tenha um papel mais decisivo e revolucionário na construção de um novo paradigma civilizatório. Se faz necessário que os professores eduquem para a humanidade. E ainda esclarece que esses profissionais podem sim, ter poder e prestígio como nunca tiveram na sociedade, porém é preciso que se sonhe e atribua sentido a sua reflexão pois a reflexão é meio, instrumento para a melhoria do que é específico de sua profissão, que é construir sentido a cada ato da sua vida profissional cotidiana.

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RESUMO: Segundo Paulo Freire, a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler veio da sua experiência existencial. Primeiro a leitura do mundo, do pequeno mundo em que se vive, depois a leitura da palavra que nem sempre ao longo da sua escolarização, foi a leitura da palavra mundo, assim justifica Freire em sua obra. O autor ainda sintetiza que a leitura do mundo de cada um deve ser fundamental para uma prática consciente do ato de ler, escrever e reescrever. Esse movimento dinâmico deve ser um aspecto central no processo de alfabetização de jovens e adultos, pelo qual tanto Freire preza. Para o autor esses aspectos centrais devem vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, carregadas de significações da experiência existencial e não da experiência do educador. Concluí-se, portanto de acordo com as idéias proposta nesta obra que através da cultura popular, o que se quer é a efetiva participação da coletividade enquanto sujeito na construção do país, pois quanto mais conscientes o povo faça sua história, mais eles perceberão, com lucidez as dificuldades que tem a enfrentar, no domínio econômico, social, cultural e no processo de sua libertação.

----X----FREIRE, Paulo Reglus Neves. Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.

RESUMO: Nesta obra Paulo Freire observa o problema da comunicação entre o técnico e o camponês, no processo de desenvolvimento da nova sociedade agrária que está se criando. Freire inicia o seu trabalho com uma análise do termo: extensão, partindo de pontos de vistas diferentes: sentido lingüístico da palavra, crítica a partir da teoria filosófica do conhecimento e estudo de suas relações com o conceito de invasão cultural. Posteriormente discute-se a reforma agrária e a mudança, opondo os conceitos de extensão e comunicação como idéias profundamente antagônicas. Freire analisa e mostra como a ação educadora do agrônomo, como a do professor em geral, deve ser a de comunicação, se quiser chegar ao homem, não ao ser abstrato, mas ao ser concreto, inserido em uma realidade histórica. Mais do que uma análise do trabalho como educador, do agrônomo equivocadamente chamado extensionista, a presente obra, sintetiza profundamente o papel que a educação deve ser compreendida em uma perspectiva verdadeira, que não é outra, se não a de humanizar o homem na ação consciente que este deve fazer para transformar o mundo. O autor nos mostra ainda como o conceito de extensão engloba ações que transformam o camponês em coisa, objeto de planos de desenvolvimento que o negam como ser da transformação do mundo. O mesmo conceito substitui sua educação pela propaganda que vem de um mundo cultural alheio, não lhe permitindo ser mais que isso e pretendendo fazer dele um depósito que receba mecanicamente aquilo que o homem superior (o técnico) acha que o camponês deve aceitar para ser moderno, da mesma forma que o homem superior é moderno. Freire afirma que, o conhecimento não é o ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe atribui ou lhe impõem. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade, que demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção. Além disso, Freire observa que a capacitação técnica não pode ser focalizada em uma perspectiva humanista a científica, a não ser dentro do contexto de uma realidade cultural total, posto que as atitudes dos camponeses com relação a fenômenos como o plantio, a colheita, a erosão, o reflorestamento, tem a ver com suas atitudes frente à natureza; com as idéias expressas em seu culto religioso, com seus valores e etc. É válido assinalar, de acordo com a perspectiva freiriana que o agrônomo-educador não pode efetuar a mudança das atitudes dos camponeses em relação a qualquer aspecto sem conhecer sua visão de mundo e sem investigá-lo em sua totalidade. A importância da crítica freiriana que faz ao conceito de extensão como invasão

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cultural, como atitude contrária ao diálogo que é a base de uma autêntica educação. Diferente do conceito de dominação, que se encontra tão freqüentemente no âmago da concepção da educação tradicional que escraviza o homem, manipulá-o, não permitindo que ele se afirme como pessoa, que não atue como sujeito. Freire exprime também sua concepção e relação técnica, modernização e humanismo, mostrando como evitar o tradicionalismo do status sem cair no messianismo tecnológico, e ratifica com a seguinte frase: todo desenvolvimento é modernização, mais nem toda modernização é desenvolvimento. Desta forma, Paulo freire em sua obra: Extensão ou Comunicação? contribui para nos desmistificar, para tornamos mais conscientes da realidade em que atuamos e na mesma medida, fazermos mais uma verdadeira ação humanista afirmativa.

----X----FREIRE, Paulo Reglus Neves. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

RESUMO: A Pedagogia da Esperança é uma obra que sintetiza as grandes temáticas gestadas no fragor das lutas sociais e que gera possibilidades de combater a opressão, fazendo brotar as energias da esperança de uma sociedade mais igualitária e humana, através de uma educação democratizada, atribuindo assim fim a opressão à qual tanto se almeja. Paulo Freire narra a trama de suas andanças e discussões com camponeses, indígenas, operários europeus e norte americanos, negro de vários países da África, guerrilheiros interessados em educação, acadêmicos de todas as áreas, ministros e chefe de Estado. A obra não possui capítulos, pois segundo Freire essa é uma conversa sem fim, que possui características crítica, poética, filosófica, ética e humanista a propósito das visões suscitadas na Pedagogia do Oprimido. Quanto ao nome da obra: Pedagogia da Esperança, o autor justifica que a esperança nasce no coração do oprimido como sujeito, pois ela implica em uma denúncia das injustiças sociais e das opressões que se perpetuam ao longo da história. E ao mesmo tempo anuncia a capacidade humana de desfatalizar esta situação perversa e construir um futuro eticamente mais justo e politicamente mais democrático. No seu presente livro, Freire tem a finalidade de retomar, na distância temporal, todas as contribuições, as críticas e aprendizados vividos, vindo dos mais diferentes lugares do mundo, em que seus livros foram aplicados. Desta forma, Paulo Freire afirma que a história e a existência humana podem ser feixes de possibilidades e virtualidades para a concretização da esperança. Logo para o autor, nasce a esperança histórica (aquilo que Freire chama de inédito viável), aquilo que ainda não foi ensaiado e é inédito, mais que pode pela ação articulada dos sujeitos históricos, vir a ser realidade na sociedade.

----X----FREIRE, Paulo Reglus Neves. Medo e ousadia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

RESUMO: Escrito por Paulo Freire, a obra possui 7 capítulos, neste livro propõem-se um sério desafio a todos aqueles professores do 1.º Grau à Universidade, que querem assumir o compromisso com uma sociedade mais justa, desenvolvendo a sua ação pedagógica dentro e fora da escola conhecendo, porém, os limites da educação no conjunto geral das práticas sociais. Mais do que um convite e um desafio a uma educação transformadora, o autor mostra através dos seus depoimentos, um caminho para aqueles professores que estão dispostos a fazer a trajetória transformando-se de um professor transmissor em um professor libertador. Na análise dessa caminhada, Freire exprime temas que estão necessariamente no bojo do pensar sobre a educação libertadora. A natureza da educação como ato político, as possibilidades e os limites da educação, a relação desta com a transformação social, a

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importância do trabalho do professor na escola, a necessidade da atuação pedagógica no nível da educação formal e informal e as características do método dialógico. Paulo Freire afirma, que as discussões contidas no texto, é de singular relevância para os educadores brasileiros. E acrescenta exprimindo que a obra acrescentará muito nas reflexões feitas pelos educadores sobre o seu pensamento no que diz respeito às possibilidades da educação libertadora no contexto escolar. O autor demonstra que além de possível é principalmente necessário. A partir dessa posição, bastante bem explicitada, os educadores poderão apreender as concepções fundamentais sobre o currículo numa perspectiva libertadora. É importante destacar que a principal função do currículo é desocultar a ideologia dominante, como apresenta a obra. Desta forma, a concepção freiriana discute propostas concretas sobre como trabalhar com os objetos do conhecimento reconstruindo-os numa perspectiva crítica, a partir da cultura do/as aluno/as, como expressão de classe social, são retomadas de uma forma bastante profunda e clara. Mostra também a respeito do método dialógico utilizado para conhecer e reconstruir o conhecimento, e nessa perspectiva demonstra que essa proposta, ao contrário de ser espontaneísta, como muitas visões míopes interpretam, propõe-se rigorosamente e com horizontes bem definidos. Finalmente, Paulo Freire completa, que este livro é extremamente oportuno no momento atual da política e da educação brasileira.

Referências

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