INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS, DOS SERVIÇOS GRÁFICOS E DA COMUNICAÇÃO GRÁFICA - NOVEMBRO DE 2012
Federação Nacional reafirma a luta contra o Acordo Coletivo Especial
Federação Nacional reafirma a luta contra o Acordo Coletivo Especial
Desde que a diretoria executiva aprovou como prioritária a luta contra o ACE - Acordo Coletivo Especial, que se caracteriza como um ataque à legislação trabalhista, a FNTIG
tem participado de várias atividades no país.
Em São Paulo, participaram do Seminário Nacional da CSP- Conlutas, sete membros da executiva: Antônio - Feira de Santana; Alex - Petrópolis; João e Eliana - Minas Gerais; José Carlos - Espírito Santo; Francarlos - DF e Guilherme - Cuiabá. Em Aracaju participaram do Seminário promovido pelo Sindipetro AL/SE, Eliana e Antônio.
Em cada uma das atividades assistimos uma maior consciência sobre a necessidade de lutarmos fortemente contra as investidas do governo e dos patrões sobre nossos direitos. "Não queremos a redução de direitos, não aceitamos pagar pela crise financeira. Queremos sim a valorização do trabalhador e o respeito aos direitos conquistados, pois, a economia não pode ser mais importante que os seres humanos. Nossa luta é para isso".
A opinião do companheiro Pedro Fontes, de Aracaju, sintetiza a indignação que deve mover os trabalhadores para a luta contra a retirada e pela ampliação dos direitos trabalhistas, previdenciários, sociais que deve ser encampada por todos e todas.
DIA 28 DE NOVEMBRO É DIA DE ATO POLÍTICO
DIA 28 DE NOVEMBRO É DIA DE ATO POLÍTICO
TODOS A BRASÍLIA CONTRA O ACE, PELA ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
No dia 28 de novembro haverá no Distrito Federal mais uma etapa da luta contra o Acordo Coletivo Especial. Lá, se reunião centenas de trabalhadores, vindos de várias entidades e de vários locais do país. É a primeira de muitas manifestações públicas que faremos até derrotar a proposta imoral do ACE.
Além do ACE, no dia 28 de novembro haverá discussão também contra o fator previdenciário 85/95 que a Câmara dos Deputados pretende votar, mesmo após o julgamento
do Mensalão comprovar que a Reforma da Previdência foi fraudada pela compra de votos, o que a torna INCONSTITUCIONAL.
Convocamos todas as entidades filiadas à FNTIG a se juntarem às caravanas de cada capital ou regional da CSP-Conlutas. Estarão saindo ônibus de vários locais para a manifestação contra a retirada de direitos dos trabalhadores. Dúvidas mantenham contato com Eliana ou Francarlos.
VENCER A LUTA CONTRA O MACHISMO E A VIOLÊNCIA
VENCER A LUTA CONTRA O MACHISMO E A VIOLÊNCIA
MULHERES NO SÉCULO XXI MULHERES NO SÉCULO XXI
C o m p a n h e i r a s e c o m p a n h e i r o s
gráficos de todo o Brasil.
Mais uma vez nos aproximamos de duas datas muito importantes para os trabalhadores: O Dia da Não Violência Contra a Mulher - 25 de novembro - e o Dia da Consciência Negra - 20 de novembro.
A instituição do dia da não violência pela ONU em 1999, aconteceu inicialmente para homenagear três irmãs ativistas - Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal , violentamente assassinadas durante a Ditadura de Trujillo, na República Dominicana. Depois ela foi assumida em vários países pelos movimentos de trabalhadores. A nós brasileiros, que vivemos em um dos países mais machistas do mundo, ela serve para lembrar que a violência contra as mulheres não é apenas uma questão das mulheres, mas de toda a sociedade. E portanto, exige a ação de todos os setores pela busca de uma sociedade mais igualitária e respeitosa.
Todos sabem que há formas de violência que vão além da força física. A violência psicológica, à qual tantas mulheres são submetidas, pode ser ainda mais agressiva, mais dominadora e opressora que a violência física, pela sutileza com que se esconde no contexto institucional e nas relações sociais. Ambas precisam ser extirpadas, sob o risco da nossa sociedade não avançar para a necessária igualdade, que promoveria todos os indivíduos a um
patamar superior das relações humanas. Pela dimensão do machismo e suas consequencias, que vitima não apenas mulheres, mas também aos próprios homens e, principalmente, as crianças, o movimento sindical e demais setores organizados da sociedade devem se organizar para abrir uma discussão franca e aberta com suas categorias. O diálogo e a busca de novas atitudes é a única maneira de enfrentar e derrotar a cultura danosa do machismo.
Em vez de divulgar índices crescentes da violência contra as mulheres, importantes para mostrarem o tamanho do problema em questão, mas que certamente, muitos divulgarão, a FNTIG optou por ressaltar a f o r m a c o m o a s m u l h e r e s a g e m , cotidianamente, para transpor as barreiras da violência, do preconceito e discriminação, bem como os avanços que têm alcançado para reafirmar seu importante papel na sociedade. Veja matéria abaixo.
AS MULHERES SE AFIRMAM COM VALORES POSITIVOS E PERSEVERANÇA
AS MULHERES SE AFIRMAM COM VALORES POSITIVOS E PERSEVERANÇA
Historicamente, o papel da mulher na sociedade sempre esteve pautado por regras implícitas que, culturalmente, condicionavam sua ação ao espaço privado do lar e da família. Aí ela exercia várias tarefas como cozinhar, limpar, cuidar, educar. Mas nunca deveria questionar ou pleitear a autoridade do pai ou marido, sob p e n a d e s e r
r e c h a ç a d a , estigmatizada
.
Por sucessivas gerações, a mulher sofreu, na privacidade do lar, suas privações e mazelas: a opressão, a desvalorização, e tantas vezes, a violência física e psicológica, oriundas da profunda desigualdade de tratamento, que por sua vez, é justificada pelo machismo exacerbado da nossa sociedade.
Ultrapassar o limite do espaço privado foi o
grande desafio da mulher no século XX, e, apesar do sacrifício de muitas vidas perdidas, ela o fez com maestria. A mobilização das mulheres foi completa - dos corações às mentes - dos sonhos ao trabalho concreto, para se formar, se educar, se proteger e se projetar.
Obviamente, a posição da mulher na sociedade atual é ainda repleta de desafios, afinal, ao contrário da aparente libertação em relação a tarefas domésticas e à educação dos filhos, o que houve foi um acúmulo destas com as atuais. Daí a necessidade de reconhecermos a imensa responsabilidade que ainda pesa sobre a mulher, bem como os imensos desafios a superar numa sociedade que segue sendo
profundamente desigual.
Parte dos desafios refere-se a superar obstáculos históricos como as diferenças salariais e os preconceitos do mercado de t r a b a l h o ; o u t r a p a r t e ,
conquistar mais leis protetivas n ã o a p e n a s p a r a a s
mulheres, mas para o conjunto da sociedade; e a outra parte, ainda mais importante, é conquistar o direito de ser mulher acima de tudo, com toda a a l e g r i a , b e l e z a e obstinação peculiar ao gênero feminino.
S a u d a m o s a t o d a s a s m u l h e r e s trabalhadoras. Pela batalha individual ou coletiva, organizada ou silenciosa, contra todas as formas de violência. Pela busca incessante por respeito e pela grande capacidade de vencer os obstáculos e garantir grandes conquistas.
20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra
O Brasil é uma nação constituída por grande variedade de grupos étnicos, com história, saberes, culturas e, em boa parte das situações, língua própria. Essa diversidade social representa uma grande riqueza cultural, que deve ser preservada e revigorada, a fim de sedimentar a identidade do povo brasileiro.
Índios - primeiros habitantes; brancos - colonizadores; e negros - trazidos à força pela escravidão. Todos misturados, formam o nosso povo. Unidos representam uma magnífica soma de experiências históricas e sociais diversificadas, com saberes e criações - a arte, a música, o conhecimento, a cultura em geral, constituídas ao longo de milênios pela reflexão, criatividade,
inteligência e sensibilidade de seus membros. Cada povo que vive hoje no Brasil é dono de um universo cultural próprio e sua originalidade é um patrimônio importante para toda a humanidade. Mas, no Brasil, para a desgraça do próprio povo, a miscigenação que tanto tem a oferecer de positivo, gera conflitos e disputas históricas, fruto da ignorância dos que pensam ser superiores, e que por isso tentam impor sua supremacia sempre com a mesma receita: O massacre dos índios, que persiste há mais de cinco séculos; a negação e o racismo contra os negros, condenados às piores condições sociais.
Sendo cada um de nós, um pouco índio, branco e negro, temos por obrigação e consciência, que seguir lutando e combatendo a visão atrasada da classe dominante, responsável pela desigualdade social, discriminação e preconceitos vigentes no Brasil.
Por isso nos somamos às lutas para resgatar a memória dos líderes negros e pela conquista de direitos para toda a nossa raça, a fim de conquistarmos igualdade sob todos os pontos de vista sociais. Viva os negros brasileiros!
Dandara Manuel Congo João Cândido Zumbi dos Palmares
De norte a sul do país, manifestantes pintam o rosto em solidariedade ao povo Guarani –Kaoiwá. Mais de 50 cidades realizaram protestos em apoio à luta desses indígenas do Mato Grosso do Sul, que lutam para terem o direito de permanecer em suas terras.
A Fazenda Cambará, em Iguatemi - Campo Grande, pertence aos índios da etnia Kaiowá mas foram reivindicadas por dezenas de fazendeiros que diziam ter comprado aquelas terras. Em outubro/12, a justiça, em total desrespeito à Constituição, deu ganho aos fazendeiros e ordenou a desocupação da fazenda pelos índios. Foi quando lançaram uma carta contando sua história e pedindo apoio aos brasileiros. Determinados, os
índios ameaçaram suicídio coletivo, caso fossem expulsos da terra.
Isso bastou para desencadear uma mobilização enorme no Brasil e também no exterior: Sindicatos, vários setores organizados da sociedade e cidadãos comuns compraram a briga, indo para praças p ú b l i c a s , a s s i n a n d o petições online.
A mobilização foi um sucesso, uma vez que o T r i b u n a l R e g i o n a l Federal da 3ª Região, em São Paulo, suspendeu
operação de retirada dos índios G u a r a n i -Kaiowás do acampamento onde s e e n c o n t r a m , atendendo a pedido da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
No entanto, é preciso seguir vigilantes. A decisão da justiça só foi tomada devido à pressão popular. Por isso a solidariedade e articulações nacionais devem seguir para garantir que se faça justiça
Protesto de estudantes em frente ao STF em favor dos Guarani-Kaiowa no fim de outubro