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A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA KANBAN EM EMPRESAS DO ESTADO DE SÃO PAULO: ESTUDO POR MEIO DE UM SURVEY

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(5) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 1. Introdução O objetivo geral deste artigo é realizar uma pesquisa de campo para investigar a seguinte questão de pesquisa: o que aconteceu com algumas empresas industriais que implantaram o sistema kanban, no início da década de noventa, no Estado de São Paulo, com relação ao uso do referido sistema? Mesmo com muitas vantagens, é reconhecido na literatura que o sistema kanban somente é apropriado para determinadas condições produtivas, a saber, com baixa variedade de itens, com operações padronizadas, com tempos de processamento estáveis, com demanda estável, e baixos tempos de setup, características estas enfrentadas pela Toyota nos anos 50. Ocorre que com o passar do tempo, o mercado competitivo, em geral, vem exigindo alterações nas empresas; e muitas dessas alterações fazem com que essas condições não possam mais ser mantidas (por exemplo, baixa variedade de produtos). Esta é uma realidade que muitas empresas que implantaram o sistema kanban há alguns anos vêm enfrentando atualmente. Daí sobrevém a necessidade de adaptar o sistema kanban, onde muitas empresas têm criado artifícios para utilizá-lo mesmo frente à condições desfavoráveis. Côrtes (1993) realizou um estudo sobre o uso do sistema kanban em trinta empresas industriais no Estado de São Paulo e concluiu, entre outras coisas, que o sistema possuía, na época, em média quatro anos de implantação. Diante da exposição anterior e dos resultados do trabalho de Côrtes (1993), a principal questão que norteia o presente trabalho são: O que aconteceu com as empresas estudadas por Côrtes (1993) que implantaram o sistema kanban? Continuam utilizando o sistema em sua forma original, realizaram adaptações ou o abandonaram? Com os resultados deste trabalho pretende-se fornecer as seguintes contribuições: a) Constatar o que há de mais atual com relação ao uso do sistema kanban; b) Segundo White & Prybutok (2001), embora muitos gerentes tenham feito uma série de esforços e tentativas de implementação do JIT, muitos dos conceitos associados a essa prática continuam sendo pouco entendidos. Um destes conceitos é o sistema kanban, o qual é aplicado muitas vezes de forma incorreta ou em condições externas e internas impróprias para sua utilização. Dessa forma, espera-se que os resultados deste trabalho sirvam também de referência para as empresas industriais que pretendem implantar o sistema kanban. O método de pesquisa survey foi utilizado para responder às questões de pesquisa do presente trabalho e para fornecer subsídios para as contribuições esperadas. Este trabalho está estruturado da seguinte forma: na seção 2 é apresentado o referencial teórico sobre o sistema kanban. Na seção 3 é tratada a metodologia de pesquisa, suas características principais e sua delimitação. Na seção 4 são expostos os resultados obtidos e são realizadas algumas análises. Na seção 5 são tecidas as conclusões principais do presente trabalho. 2. O sistema kanban Em algumas concepções, o sistema kanban é erroneamente confundido com o Just in Time (JIT) ou o Sistema Toyota de Produção (STP). Segundo Monden (1981), o sistema kanban é meramente uma parte do STP como um todo, e não deve, portanto, ser confundido com STP tão pouco com JIT. Por conseqüência, alguns estudos enfatizam consideravelmente a. 2.

(6) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. necessidade de um perfeito entendimento da natureza destes assuntos. Ohno (1997), o criador do sistema kanban, extraiu sua idéia dos supermercados americanos, onde a mercadoria é retirada somente quando o cliente necessita e essa mesma mercadoria é reposta somente quando é consumida. Trata-se de um sistema projetado para assegurar que seja produzida somente a quantidade de itens necessários por meio da alimentação puxada do processo. A tradução literal da palavra kanban é anotação visível, ou sinal. De modo geral, vêm-se empregando no mundo inteiro esta palavra com o significado de cartão, pois o sistema kanban é reconhecido por empregar determinados cartões para avisar ou informar a necessidade de entregar e/ou produzir certa quantidade de peças, itens ou matérias-primas. Existem basicamente duas formas de utilizar o sistema kanban: dentro da empresa, chamado de interno, e fora da empresa, ou seja, entre a empresa e seus fornecedores, chamado de externo. Para este trabalho, o foco é unicamente o sistema kanban interno. Do ponto de vista da fábrica, o STP corresponde à produção por meio de processos puxados e ininterruptos de agregação de valor, partindo-se da demanda do cliente e sob uma cultura de melhorar continuamente. Na verdade, a fabricação é apenas a manifestação operacional da totalidade que representa o STP. Para Shingo (1985) O Sistema Toyota de Produção consiste: − Na combinação de trabalhadores, máquinas e objetos sem desperdício; − Em utilizar trabalhadores e máquinas apenas para realizar tarefas que agregam valor ao produto; − Reduzir os lead times aos menores valores possíveis. Uma denominação bastante recorrente para o STP é Lean Manufacturing, ou Produção Enxuta. Para Louis (1997) o Sistema Toyota de Produção é o mesmo que Lean Manufacturing. Liker (2005) possui visão um pouco diferente. Para este autor, apenas fora da Toyota o STP é conhecido por produção enxuta. Já o JIT, quando aplicado em um processo de produção industrial, significa fazer os itens e/ou obter os materiais somente quando eles são requeridos e nas quantidades necessárias, o menos dispendioso possível. Isto é feito pela minimização dos estoques e pela sincronização dos estágios produtivos. Em outras palavras, deve-se produzir estritamente a quantidade de produtos que pode ser vendida e quando ela pode ser vendida. Segundo Buffa (1987), as características do JIT são singulares em termos de procedimentos. A ênfase está no ritmo (como o nome sugere – justo a tempo) e, além disso, é dada grande atenção aos relacionamentos com os fornecedores, que devem ser poucos, próximos e de longo prazo. No que diz respeito ao chão de fábrica, o JIT foi revolucionário em relação aos sistemas existentes na época de sua criação. Introduziu-se o sistema de puxar a produção (por meio do sistema kanban), rompendo com os sistemas tradicionais praticados no ocidente, onde o objetivo geral é maximizar a taxa de produção pelo aumento do trabalho e da utilização de equipamentos (KRAJEWSKI et al, 1987). Em síntese, o JIT é, originalmente e restritamente, uma técnica respaldada por um conjunto de regras e normas a fim de instituir e gerenciar um ambiente produtivo que garanta a sincronização dos processos desde o consumidor final até a matéria-prima. Esta sincronização ou ligação entre os processos é obtida por meio do sistema kanban, tema central deste artigo. O JIT e o sistema kanban fazem parte do STP como um todo. O kanban é a materialização da idéia de sistema de produção puxada. Trata-se de um sistema projetado para assegurar que seja produzida somente a quantidade de itens necessários. Em. 3.

(7) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. outras palavras, é um subsistema do JIT usado para controlar os estoques em processo, a produção e o suprimento de componentes e, em determinados casos, de matérias-primas. Suas características essenciais são: informalidade, simplicidade, fácil compreensão, de gerenciamento visual e realizado pelos próprios funcionários (descentralização do controle). O reflexo direto destas características é que para um bom funcionamento são necessários um ambiente participativo, cooperativo e comprometimento entre empresa e funcionários. Uma das principais particularidades do sistema kanban é a existência de determinada quantidade de peças nos armazéns entre as estações de trabalho. Mais precisamente, é assegurada a disponibilidade de peças suficientes para a formação dos produtos num dado período de trabalho: o processo subseqüente, visto como um “cliente” deve ir ao processo precedente, o “fornecedor”, para adquirir as peças necessárias já prontas, encaradas, portanto, como “mercadorias”. O processo precedente, por sua vez, produz a exata quantidade retirada, reabastecendo o armazém, entendido como um “supermercado”. Operando dentro desta regra, teoricamente nunca haverá superprodução maior do que a pequena quantidade estabelecida nestes armazéns e automaticamente cria-se uma conexão sem desvios entre o que os clientes (internos e externos) querem e o que a empresa está produzindo. A quantidade de peças nestes supermercados é limitada para que se evitem os excessos de estoques. Berkley (1992) designa esse mecanismo de “bloqueio”, onde a produção em cada estágio pode ser bloqueada como resultado de os estoques em processo possuírem capacidade finita. Dessa forma, quando o estoque de saída está cheio, o processo deve permanecer ocioso (bloqueado) até que seja consumida alguma porção deste estoque. Uma vez que a fábrica da Toyota era grande, alguns processos estavam dispersos e os fornecedores situavam-se fora, era preciso criar uma forma de sinalizar o que havia sido consumido nestes armazéns e que, portanto, deveria ser reposto. Para estes sinais, chamados na língua japonesa de kanban, foram criados cartões de sinalização de dois tipos: cartão de ordem de produção e cartão de requisição. A utilização integrada destes sinais e, da produção, transporte e abastecimento disparados por eles na Toyota é conhecida como sistema kanban. Diante da exposição anterior, faz-se necessário, neste ponto, resumir as principais características do funcionamento do sistema kanban original, que servirão de referência para as análises realizadas nas próximas seções. Tais características são: a) b) c) d). Puxar a produção; Controlar a produção de forma descentralizada; Limitar o nível máximo de estoque; e Usar dois tipos de cartão simultaneamente: um como ordem de produção e outro como autorização de transferência de materiais.. Portanto, neste artigo, para ser considerado como o sistema kanban, um SCO necessariamente precisa possuir as quatro características acima, caso contrário, trata-se de uma adaptação do sistema kanban. Mais do que isso, chamar de sistema kanban um SCO que não possua nenhuma das quatro características acima é um erro conceitual. Já em relação às vantagens atribuídas à utilização do sistema kanban evidenciadas na literatura tem-se: a) Controle eficiente dos estágios produtivos; b) Redução dos níveis de estoque (e, conseqüentemente, redução dos custos de estoque e redução do espaço físico necessário para estoque); c) Redução dos lead-times;. 4.

(8) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. d) e) f) g) h). Facilitação da identificação da raiz de problemas produtivos; Redução de refugos e retrabalhos; Atribuição de empowerment aos operadores; Controle eficiente de informações; e Simplificação dos mecanismos de administração.. 3. Metodologia de pesquisa A principal finalidade da realização do survey neste trabalho é explorar e descrever a utilização do sistema kanban em 30 empresas do Estado de São Paulo, anteriormente pesquisadas por Côrtes (1993). Neste trabalho, buscou-se descrever a utilização do sistema kanban estabelecendo: a) quantas empresas (das trinta) continuam utilizando o sistema kanban no seu formato original? b) quantas empresas (das trinta) estão utilizando o sistema kanban em um formato adaptado? c) quantas empresas (das trinta) deixaram de utilizar o sistema kanban? d) quais os motivos do abandono do sistema kanban (para os casos identificados no item c)? A pesquisa de avaliação (survey) consiste de questionários ou entrevistas estruturadas, cujo principal objetivo é examinar padrões e relacionamentos entre as variáveis (BRYMAN, 1989). É importante ressaltar que o presente estudo não pretende generalizar os resultados encontrados, uma vez que a amostra utilizada no survey é do tipo não probabilística. Por outro lado, trata-se de uma amostra considerável de 30 empresas industriais que comprovadamente implantaram o sistema kanban há mais de 14 anos atrás. A partir destas indagações e das características que definem se o sistema é realmente o sistema kanban original, elaborou-se uma listagem das principais informações a serem obtidas por meio da aplicação do survey: a) Se a empresa continua utilizando o sistema kanban; e em caso afirmativo, b) Se o sistema empregado pela empresa usa cartões como ordem de produção e como autorização de transferência de materiais simultaneamente; c) Se o sistema empregado pela empresa possui controle descentralizado; d) Se o sistema empregado pela empresa puxa a produção; e) Se o sistema empregado pela empresa limita o nível máximo de estoque. Estas informações revelam, em primeiro lugar, se o sistema kanban continua sendo usado ou foi abandonado pelas empresas industriais. Em segundo, indicam se o sistema em uso atualmente nessas empresas realmente trata-se do sistema kanban original ou se é uma adaptação. Isso porque os itens (b), (c), (d) e (e), acima, refletem as quatro características propostas por este artigo como genuinamente associadas ao funcionamento do sistema kanban original. Levando-se em consideração os objetivos a serem alcançados pelo survey, optou-se pela utilização de questionários estruturados, com o intuito de avaliar objetivamente e sistematicamente as respostas, e permitir maior agilidade e rapidez para a avaliação dos resultados; e de entrevistas por telefone, para agilizar a coleta dos dados, possuir um baixo custo, assegurar que as instruções do questionário estão sendo seguidas e assegurar alta taxa de respostas.. 5.

(9) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 4. Resultados e análises Uma síntese dos resultados da presente pesquisa é mostrada no quadro 1, a seguir. Características de Funcionamento Original Empresa. Continua usando o “sistema kanban”?. Limita o nível Adaptação Puxa a máximo produção? de estoque? sim sim sim Sim não não não Sim sim sim sim Sim sim não sim Sim não sim sim Sim sim sim não Sim não sim não Sim não não sim Sim não sim sim Sim sim sim sim Sim sim sim sim Sim sim não sim Sim não sim não Sim sim sim sim Sim sim sim sim Sim sim sim sim Sim sim sim não Sim não sim não Sim designam as empresas que não estão mais em operação. O asterisco duplo sua fábrica desativada e que se fundiu a outra empresa também presente na. Usa dois tipos de cartões simultaneamente?. 01 sim não 02 sim não 03 sim não 04 não 05 * 06 sim não 07 sim não 08 sim não 09 sim não 10 sim não 11 ** 12 * 13 sim não 14 não 15 sim não 16 sim não 17 sim não 18 * 19 não 20 * 21 sim não 22 sim não 23 sim não 24 * 25 sim não 26 sim não 27 * 28 sim não 29 não 30 não Legenda: Os asteriscos simples designa a empresa que teve amostra.. Controla descentralizamente a produção?. Quadro 1 - Síntese das respostas do questionário do survey. A última coluna do quadro 1 classifica o sistema da empresa como uma adaptação (sim) ou como o sistema kanban original (não), da seguinte maneira: se ao menos uma das características da lógica de funcionamento original não estiver presente no sistema utilizado pela empresa, então se trata de uma adaptação. Para que o sistema em uso pela empresa fosse considerado o sistema kanban original, seria preciso que todas as características estivessem presentes. A partir do exposto anteriormente e dos dados do quadro 1 conclui-se que: a) 18 empresas utilizam uma forma adaptada do sistema kanban;. 6.

(10) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. b) 7 empresas fecharam (sendo que destas 1 fundiu-se com outra); c) 5 empresas abandonaram o uso do sistema kanban;e d) Nenhuma empresa utiliza o sistema kanban original. O gráfico da figura 1, a seguir mostra a relação acima em porcentagem.. Situação das Empresas Pesquisadas no Survey 17%. 23%. Adaptações. 60%. Fecharam. Abandonaram. Figura 1 – Situação das empresas pesquisadas no survey. Desconsiderando as empresas que fecharam, constata-se que a proporção de empresas que utilizam o sistema kanban adaptado passa para 78 por cento e o índice de empresas que abandonaram o uso do sistema kanban salta de 17 por cento para 22 por cento. Na empresa 04 o sistema kanban deixou de ser usado há mais de cinco anos. O respondente não soube dizer o real motivo do abandono, apenas relatou que hoje a empresa utiliza o Materials Requirements Planning (MRP). Na empresa 14 o sistema kanban foi desativado há mais de um ano. Nesse caso, o respondente também não soube dizer os motivos da desativação, porém salientou que existe a intenção, por parte da empresa, de implantá-lo novamente. Na empresa 19 o sistema kanban foi abandonado há mais de cinco anos. Segundo o respondente, a utilização do sistema kanban causou um grande aumento dos estoques, e houve dificuldades de integração entre as plantas produtivas. A empresa 29 não usa o sistema kanban há mais de dez anos. Na verdade, segundo o respondente, mesmo após um treinamento dado pela IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais), houve dificuldades na implantação do sistema em função do tipo de produção da empresa: por encomenda. Frente a essa dificuldade, a gerência da empresa decidiu não prosseguir com a implantação. Por fim, na empresa 30, o sistema kanban deixou de ser empregado há mais de dez anos. Nesse caso, a empresa estava ainda no início da implantação. Segundo o respondente, o único produto que estava sendo controlado pelo sistema kanban deixou de ser produzido, e conseqüentemente o sistema deixou de ser usado. Havia, contudo, a intenção de expandir a implantação para outros produtos. A empresa 30, segundo o respondente, pretende reimplantar o sistema, iniciando por um determinado produto, e ampliando para outros, seguindo estratégia semelhante à primeira tentativa de implantação.. 7.

(11) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. A figura 2 a seguir mostra a relação entre as características de funcionamento do sistema kanban original e as adaptações identificadas no survey. 77,78% 66,67%. Porcentagem. 61,11%. 0,00% Usa dois tipos de cartões simultaneamente. Controla descentralizamente a produção. Puxa a produção. Limita o nível máximo de estoque. Características Figura 2 – Relação entre as características da lógica de funcionamento do sistema kanban original e as adaptações identificadas no survey. Pela figura, vê-se que das empresas que utilizam adaptações, a características mais preservadas nos sistemas utilizados são puxar a produção e limitar o nível máximo de estoque. Com relação à característica de utilizar dois tipos de cartões funcionamento do sistema kanban original, dentre as 18 adaptações, tem-se que todas utilizam apenas um tipo de cartão, sendo a maioria (11) cartões de ordem de produção. 4. Conclusões O sistema kanban original, cujo funcionamento é caracterizado por puxar a produção, controlar a produção de forma descentralizada, limitar o nível máximo de estoque e usar dois tipos de cartões simultaneamente, não está mais sendo utilizado nas empresas industriais que o implantaram no início dos anos 90. Das trinta empresas pesquisadas, dezoito estão utilizando uma adaptação do sistema kanban, cinco empresas abandonaram o seu uso e sete empresas fecharam. Os principais motivos do abandono do sistema kanban relatados foram: a) b) c) d). Substituição por outro sistema, como o MRP; Aumento dos estoques; Dificuldades de integração entre as plantas produtivas; e Dificuldades na implantação do sistema, em função do tipo de produção (por encomenda).. A principal característica das adaptações que estão sendo utilizadas por estas empresas é a utilização de apenas um tipo de cartão: de ordem de produção. Diante de todas essas constatações, afirma-se que essas, e provavelmente muitas outras empresas industriais, não estão usufruindo de todas as vantagens do sistema kanban original: controle eficiente dos estágios produtivos, redução dos níveis de estoque, redução dos leadtimes, facilitação da identificação da raiz de problemas produtivos, redução de refugos e retrabalhos, atribuição de empowerment aos operadores, controle eficiente de informações, e. 8.

(12) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. simplificação dos mecanismos de administração. Essas empresas devem, portanto, mudar de sistema de controle da produção. Referências BERKLEY, B. J. A Review of the Kanban Production Control Research Literature. Production and Operations Management, v. 1, n. 4, p. 393-411, 1992. BRYMAN, A. Research Methods and Organization Studies. London: Uniwin Hyman, 1989. BUFFA, E. S.; SARIN, R. K. Modern Production/Operations Management. John Wiley & Sons, 1987. CÔRTES, M. R. O uso do Kanban Interno em Empresas Industriais no Estado de São Paulo. São Paulo, Dissertação de Mestrado - EAESP / FGV, 1993. KRAJEWSKI, L. J.; KING, B. K.; RITZMAN, L. P.; WONG, D. S. Kanban, MRP, and Shapping the Manufacturing Environment. Management Science, Vol. 33, 39-57, 1987. LIKER, J. K. O Modelo Toyota: 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005. LOUIS, R. S. Integrating Kanban with MRPII: Automating a Pull System for Enhanced JIT Inventory Management. Portland: Productivity, 1997. MONDEN, Y. Adaptable Kanban System Helps Toyota Maintain Just-in-Time Production. Industrial Engineering, v. 13, n. 5, p. 29-46, 1981. OHNO, T. O sistema Toyota de produção: Além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997. SHINGO, S. A Revolution in Manufacturing. Cambridge: Productivity Press, 1985. WHITE, R. E.; PRYBUTOK, V. The Relationship Between JIT practices and Type of Production System. Omega, The International Journal of Management Science, Vol. 29, p. 113-124, 2001.. 9.

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