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O Estudo Científico da Informação no contexto da Sociedade em Rede

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Academic year: 2021

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O Estudo Científico da Informação no

contexto da Sociedade em Rede

Trabalho para a Disciplina de

Teoria e Metodologia da Ciência da Informação

Orientador: Professor Armando Malheiro

UNIVERSIDADE DO PORTO

FACULDADE DE LETRAS

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Sumário

INTRODUÇÃO... 3

CAPÍTULO I: O QUE É A INFORMAÇÃO? ... 4

1.1. CONCEITO... 4

1.2. PROPRIEDADES... 2

CAPÍTULO II: ESTUDO CIENTÍFICO DA INFORMAÇÃO ... 3

2.1. CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO... 3

2.1.1 A sua História... 3

2.1.2 Como se caracteriza ... 5

2.1.2.1 O uso do Método Quadripolar na Ciência da Informação ...6

CAPÍTULO III: CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA SOCIEDADE EM REDE ... 8

3.1. CONCEITO DE SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E SOCIEDADE EM REDE... 8

3.2. PROBLEMÁTICAS DA SOCIEDADE EM REDE... 9

CONCLUSÃO... 10

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Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Teoria e Metodologia da Ciência da Informação, que pertence ao Plano de Estudos do Curso de Licenciatura de Ciência da Informação (2º Ano, 1º Semestre), no corrente ano lectivo (2006/2007), com o objectivo de desenvolver o tema “O estudo Científico da Informação no contexto da

Sociedade em Rede”.

Este tema foi escolhido por mim entre os outros quatro temas apresentados devido a várias motivações. Por um lado tenho como ponto de interesse e motivação o facto de querer encontrar respostas a algumas dúvidas que me intrigam enquanto estudante do curso de Ciência da Informação. Estas dúvidas prendem-se a conceitos como o de Informação, de Ciência da Informação, de Sociedade da Informação e Sociedade em Rede. Por outro lado, este tema é bastante curioso por se tratar duma problemática relativamente actual.

Assim sendo, outro dos objectivos deste trabalho foi conseguir recolher o máximo de informação importante para este tema e selecciona-la devidamente de forma a não prescindir do indispensável e prescindir do que não tem importância devida. Depois necessitei de dividir o trabalho em partes distintas, mas que se relacionassem entre si para que o objectivo principal fosse alcançado com mais clareza e consequentemente uma melhor apresentação e compreensão do tema.

Desta maneira numa primeira parte falo sobre o que é a Informação, o seu conceito e propriedades e o que mais se relaciona com ela. Depois, num segundo capítulo, explico o estudo científico da Informação, falando, por isso, da Ciência da Informação. Numa terceira parte passo a falar da Ciência da Informação no contexto da sociedade em rede, explicitando conceitos e problemáticas. Por fim, faço uma conclusão do trabalho realizado.

Devo, por último acrescentar que para a realização deste trabalho consultei fundamentalmente a bibliografia indicada pelo docente da cadeira assim como os meus apontamentos das aulas que devo dizer que na sua maioria foram bastante produtivas principalmente pelas discussões que me motivaram para esta cadeira.

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Capítulo I

O que é a Informação?

1.1. Conceito

No seu significado comum, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de restrição, comunicação, controlo, dados, forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo, padrão, percepção e representação de conhecimento.

Poderemos, por curiosidade dizer que a palavra informação vem do latim “informationem”, ou seja, “conceber ideia”, o mesmo que dizer: dar forma ou moldar na mente.

Informação é a qualidade da mensagem que um emissor envia para um ou mais receptores. Sabemos, por isso que a informação não tem de ser precisa, ou seja, pode ser verdadeira ou falsa, pode ser um simples som. Mesmo assim, na generalidade, quanto maior for a quantidade de informação na mensagem recebida, mais precisa ela é. No entanto, este modelo assume a existência de uma linguagem comum entendida pelo emissor e pelo menos por um dos receptores. Mas este ao exigir a existência de um emissor definido, o modelo da informação como mensagem não acrescenta qualquer significado à ideia de que a informação é algo que pode ser extraída de um ambiente, por exemplo, através de observação, leitura ou medição.

Existem outros aspectos da informação dado que ela é o conhecimento adquirido por meio do estudo, experiência ou instrução. Mas, acima de tudo, informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados duma forma que se junta ao conhecimento da pessoa que o recebe. A teoria da comunicação analisa a medida numérica da incerteza de um resultado e tende a usar o conceito de entropia da informação, geralmente atribuído a C.E. Shannon.

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Claude Shannon publicou em 1948 uma dissertação que introduziu esta visão da informação como mensagem, a “A Mathematical Theory of Communication”. Esta dissertação fornece as fundações da teoria da informação e dota a palavra informação não somente de significado técnico mas também de medida. Se o emissor é igualmente capaz de enviar qualquer um de entre um conjunto de “n” mensagens, então a medida preferida da informação criada quando uma mensagem é recolhida do conjunto é o logaritmo da base dois de “n”. Nesta dissertação, Shannon afirma:

"A escolha de uma base logarítmica corresponde a escolha de uma unidade para medir a informação. Se a base 2 é usada, as unidades resultantes podem ser chamadas dígitos binários, ou mais resumidamente, bits, uma palavra sugerida por J. W. Tukey. Um dispositivo com duas posições estáveis, tais como um relé ou um circuito flip-flop, pode armazenar um bit de informação. N de tais dispositivos podem armazenar N bits..." [SHANNON, Claude - Bell System Technical Journal, Vol. 27, p. 379, Julho de 1948]

Para além disso poderemos referir que mesmo que informação e dados sejam frequentemente usados como sinónimos, estes conceitos são realmente muito diferentes. Dados representam um conjunto de informações não associadas e como tal, não têm utilidade até que tenham sido apropriadamente avaliados. Pela avaliação, uma vez que haja alguma relação significativa entre os dados e estes possam mostrar alguma relevância, são então convertidos em informação. Agora, estes mesmos dados podem ser usados com diferentes propósitos e até que os dados expressem alguma informação, não são úteis.

Por ultimo, penso que é importante dar a definição que na minha opinião está correcta e que melhor explica o que é a Informação. Assim, Informação é:

«Conjunto estruturado de representações mentais codificadas (símbolos significantes) socialmente contextualizadas e passíveis de serem registadas num qualquer suporte material (papel, filme, banda magnética, disco compacto, etc.) e, portanto, comunicadas de forma assíncrona e multidireccionada» [SILVA, Armando Malheiro da; RIBEIRO, Fernanda – Das «Ciências» Documentais à Ciência da

Informação: ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. Porto: Edições Afrontamento, 2002.

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1.2. Propriedades

Após o esclarecimento do conceito de informação é importante referir as

propriedades da Informação segundo Armando Malheiro da Silva e Fernanda Ribeiro [ Ver:

SILVA, Armando Malheiro da; RIBEIRO, Fernanda –Op. cit. p. 37-42.]

Desta maneira, sabemos que a natureza do produtor de informação (o ser humano) e está enquadrada numa dada realidade e contexto social e cultural e, por isto, a informação é produzida sob influência de factores que a moldam e estruturam. Aqui damos conta duma das suas propriedades que é a estruturação pela acção e outra que é a sua integração dinâmica, já que as condicionantes, quer externas como também internas, do sujeito produtor de informação se fazem sempre sentir no acto informacional.

Depois, devemos mencionar outra das propriedades da Informação que se relaciona com a intencionalidade, evidência e pertinência.

De seguida temos a propriedade da quantificação já que a codificação da informação, independentemente do tipo, é passível de ser medida, de ter um valor quantificador.

Entretanto, há também reprodutividade como propriedade, devido à informação que poder ser reproduzida ilimitadamente, proporcionando a sua memorização. Relacionada com esta propriedade encontramos a última de todas elas que é a transmissibilidade, ou seja, a reprodução de informação pode ser difundida e comunicada.

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Capitulo II

Estudo Científico da Informação

2.1. Ciência da Informação

Ao falarmos de estudo científico da Informação é inerente falarmos de Ciência da Informação. Esta ciência tem como principal objectivo estudar cientificamente a informação não se prendendo apenas ao seu aspecto técnico.

Assim, vou de seguida falar um pouco da história da Ciência da Informação, descrevendo as suas origens e, depois caracteriza-la de maneira que fique bem explicado o seu objectivo e de que se trata verdadeiramente.

2.1.1 A sua História

Há cerca de 6 milénios atrás surgiram os primeiros Sistemas de Informação no Crescente Fértil e Médio Oriente. Estes surgiram devido ao nascimento da escrita que constituiu um fenómeno espontâneo e natural que traduz a necessidade de memória que desde sempre se fez sentir.

Os Sistemas de Informação foram evoluindo e é principalmente no século XIX que se afirmam as disciplinas da Aquirvistica e Biblioteconomia dentro de um paradigma historicista, tecnicista e custodial. Com as evoluções sentidas, principalmente a nível tecnológico, houve certas rupturas no seio destas disciplinas provocando a ”desordem”. Ao mesmo tempo que foi provocada a desordem cresceu também a necessidade de encontrar uma nova área, de sector mais alargado e de visão integradora, que solucionasse esta questão e que viesse a estar na origem da Ciência da Informação.

Na realidade, as origens da Ciência da Informação remontam ao final do século XIX. Depois, nos anos 60 do século 20 esta ciência afirma-se. Assim, na sua origem mais

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remota está a Bibliografia que evolui para Documentação, para depois, com o contributo norte-americano, se generalizar em Ciência da Informação (Information Science).

Em consequência da 1ª Conferência Internacional de Bibliografia, em 1895, assiste-se à criação do Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), por Paul Otlet e Henri La Fontaine. Entretanto, já em 1931, na 10ª Conferência Internacional de Bibliografia, na mesma pela mão de Paul Otlet e Henri La Fontaine, consideram que o termo bibliografia tinha um âmbito muito diminuto e, por isso alteram-no para Documentação. Assim sendo, a IIB converte-se em Instituto Internacional de Documentação (IID). A utopia de Otlet em criar um catálogo universal da informação tem a sua primeira representação material no surgimento do “Répertoire Bibliographique Universel”, que na 2ª edição se vem a denominar de CDU (classificação decimal universal), baseada na classificação de Dewey. Para além da Europa, também nos EUA se começou a conhecer uma evolução no sentido de procurar uma área mais abrangente no plano da informação.

Pelos anos 30 a crescente movimentação dos bibliotecários especializados faz com que se crie a SLA (special library association). Em 1937 é criado a ADI (American Documentation Institute) e posteriormente ASIS (American Society for Information Science) e depois já em 2000 a ASIST (American Society for Information Science and Technology). A primeira Conferência Internacional de Informação Científica foi em 1958 e em 1961/62 aparece finalemnte o primeiro registo teórico oficial da Ciência da Informação:

«Ciência da Informação é a que investiga as propriedades e comportamento da informção, as forças que regem o fluxo da informação e os meios de processamento da informação para um máximo de acessibilidade e uso. O processo inclui a origem, disseminação, coleta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação e uso da informação. O campo deriva ou relaciona-se com a matemática, a lógica, a linguística, a psicologia, a tecnologia computacional, as operações de pesquisa, as artes gráficas, as comunicações, a biblioteconomia, a gestão e alguns outros campos»

[ROBREDO, Jaime – Da ciência da informação revisitada aos sistemas humanos de informação. Brasília: Thesaurus; SSRR Informações, 2003. p. 55 ]

, É dentro de um paradigma científico, informacional e pós-custodial que a a Ciência da Informação se afirma, como uma área de âmbito alargado que engloba as disciplinas tradicionais da arquivística, biblioteconomia. È necessário dizer que a Ciência da Informação é formada a partir da interacção de três disciplinas práticas: a

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Documentação (que integra a Bibliotecologia), a Arquivística e os Sistemas Tecnológicos da Informação.

2.1.2 Como se caracteriza

A Ciência da Informação caracteriza-se por procurar a sua autonomia científica e a construir de um objecto de estudo próprio que é a informação, e que por sua vez é extremamente vasto e complexo. A Ciência da Informação estuda a informação como um fenómeno e um processo. Desta maneira, o seu campo de estudo abarca a Gestão da Informação, a Organização e Representação da Informação e o Comportamento Informacional.

Depois poderemos dizer que a Ciência da Informação tem um corpo teórico-metedológico próprio que se insere no emergente paradigma pós-custodial, científico e informacional que se opõe ao paradigma custodial, historicista e tecnicista que nasce com a Revolução Francesa. Este paradigma (custodial) caracteriza-se, principalemnte, pela supremacia atribuída à História, pela necessidade custodial e pelas normas e procedimentos técnicos. Devido à terceira vaga da industrialização, surge o novo paradigma pós-custodial, científico e informacional em que se impõe um questionar das técnicas anteriormente adoptadas e se impõe, igualmente, a utilização de um método científico de estudo.

A ciência da Informação é uma ciência social porque, na verdade, ela ocupa-se do estudo de informação processada pelo homem e utilizada pelo homem, independentemente do tipo de suporte utilizado.

A interdisciplinaridade é outra das características da Ciência da Informação que pressupõe a cooperação entre diversas disciplinas. As principais áreas que colaboram com a Ciência da Informação são a psicologia, a linguística, a sociologia, a informática, a matemática, a lógica, a estatística, a electrónica, a economia, o direito, a filosofia, a política e as telecomunicações.

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2.1.2.1 O uso do Método Quadripolar na Ciência da Informação

Na verdade era necesário um método global para a Ciência da Informação e, por isso, em 2002, Armando Malheiro da Silva e Fernanda Ribeiro apontam O Método Quadripolar como o dispositivo metodológico global que mais se adequa à Ciência da Informação.

Este Método é aplicado procura desenvolver uma investigação qualitativa, no âmbito das Ciências Sociais, sendo criado em oposição ao positivismo e à hipersensibilização. Para além disso este Método constitui um dispositivo de investigação complexo que abrange toda uma realidade da Ciência da Informação. Este método afirma-se e deafirma-senvolve-afirma-se numa dinâmica de um modelo de investigação quadripolar que afirma-se executa e se repete continuamente no respectivo campo de conhecimento. Segundo este modelo, a investigação científica não pode ser restringida a uma visão meramente tecnológica ou instrumental, mas perspectivada de forma a promover o debate entre quantitativo e qualitativo, proporcionando o intercâmbio interdisciplinar.

No pólo epistemológico, dá-se a reformulação do objecto de estudo e da problematização da investigação, assim como tudo o que orienta a investigação como os paradigmas, critérios e regras de cientificidade.

No pólo teórico o sujeito racional conhece, relaciona-se com o objecto, há a respectiva postulação de leis, formulação de conceitos operatórios, hipóteses e teorias e a verificação ou refutação do «contexto teórico».

No pólo técnico o investigador toma contacto, por via instrumental, com a realidade do objecto. Neste pólo se verifica-se a capacidade de prova (verificação/refutação do contexto teórico) do método utilizado. Neste pólo destacam-se ainda duas operações de grande importância: a observação casual de variáveis e a avaliação retrospectiva e prospectiva.

No pólo morfológico, mais até que no teórico, reflecte-se a eficácia destas operações. Trata-se da organização e da apresentação dos dados, devidamente criticados no pólo teórico e harmonizado no pólo epistemológico, o que ilustra o pendor interactivo da investigação quadripolar.

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Todo este processo que conduziu à construção do objecto científico pode reiniciar o ciclo de investigação arquivística, a qual tende para a acumulação em espiral do conhecimento construído.

Este Método irá permitir o desenvolvimento do estudo científico, ao ser usado na Ciência da Informação.

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Capitulo III

Ciência da informação no Contexto da Sociedade em rede

3.1. Conceito de Sociedade da Informação e Sociedade em rede

Primeiro que tudo é importante referir que a Sociedade da Imformação e de seguida Sociedade em rede nasceram no contexto da chamada Era da Informação é o nome dado ao período que vem após a Era Industrial, especialmente após a década de 1980, embora as suas bases tenham começado no princípio do século XX e, particularmente, na década de 70, com invenções tais como: o microprocessador, a rede de computadores, a fibra óptica, o computador pessoal. Sociedade Pós-Industrial é o nome proposto para uma economia que passou por uma série de mudanças específicas, após o processo de industrialização: um rápido crescimento do sector de serviços, em oposição ao manufacturado; um rápido aumento da tecnologia de informação, frequentemente levando ao termo Era da Informação; conhecimento e criatividade tornam-se as matérias cruciais de tais economias.

Sociedade da informação é um termo que também pode ser chamado de Sociedade do conhecimento ou Nova economia, surgiu no fim do Século XX vinda da expressão Globalização. Este tipo de sociedade encontra-se em processo de formação e expansão.

Em todo o mundo, a Sociedade da Informação é uma nova Era, onde as transmissões de dados são de baixo custo e as tecnologias de armazenamento são amplamente utilizadas, onde a informação flúi a velocidades e em quantidades, antes inimagináveis, assumindo valores políticos, religiosos, sociais, antropológicos, económicos, fundamentais e etc.

A sociedade da informação é a consequência da explosão informacional, caracterizada sobretudo pela aceleração dos processos de produção e de disseminação da informação e do conhecimento. Esta sociedade caracteriza-se pelo elevado número de atividades produtivas que dependem da gestão de fluxos informacionais, aliado ao uso

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intenso das novas tecnologias de informação e comunicação. Surge como um novo modo de evitar a exclusão social e para dar oportunidades aos menos favorecidos.

Assim, o conceito de Sociedade em Rede está intimamente ligado aos conceitos que a acabei de mencionar. Estas sociedade pressupõe precisamente um ligação em rede, ligação essa em que a informação e conhecimento se disseminam. Os meios de comunicação, como a rádio e a televisão vão fomentar a construção de uma “aldeia Global” (segundo McLuhan), isto é, um local onde se privilegia a partilha de informação e de conhecimento.

3.2. Problemáticas da Sociedade em Rede

A Sociedade em Rede trouxe mudanças a vários níveis, mas que foram tanto vantajosas como desvantajosas.

Social e culturalmente, a suposta igualdade no acesso à Informação possibilitará que todos gozem de oportunidades de conhecimento. Aqui contribuíram também as TIC pois através delas pode-se partilhar informação, disponibilizar informação “on-line”, fazer pesquisas alargadas, e encurtar das distâncias.

A nível político, organizacional, administrativo, Tecnologias de Informação e Comunicação ajudam à redução das hierarquias e da burocracia, como também para uma melhoria na comunicação e cooperação.

No entanto, uma das enormes consequências desta Sociedade em Rede é incapacidade de absorção do excesso de informação com que lidamos diariamente. Na verdade, apesar de se aceder e partilhar informação de forma tão rápida, como se vivêssemos realmente numa aldeia global, onde as distâncias são encurtadas pelas TIC, há também o inconveniente desagradável da incapacidade de lidar eficazmente com tanta informação. Daqui surgem os problemas da segurança no acesso à informação, bem como problemas ligados à veracidade da informação ou até aos limites morais da liberdade de divulgação de informação.

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Conclusão

Após ter realizado este trabalho posso concluir que este tema é realmente abrangente e acima de tudo actual.

Primeiramente devo concluir o surgimento da Ciência da Informação não se pode separar do desenvolvimento da Sociedade em Rede. Isto porque foi, impreterivelmente pelas necessidades criadas pela revolução tecnológica do pós-2ª Guerra Mundial, que surge e desenvolve-se esta ciência. Desta maneira, com a realização deste trabalho, apercebi-me que foi no contexto da Ciência da Informação, como fruto da revolução tecnológica que apareceram a Sociedade da Informação como também a Sociedade em Rede. Este tipo de sociedade ficou marcado pelo importante significado do papel social da informação devido à sua partilha global que exigiu esta nova ciência da Informação para colmatar os problemas gerados por este mesmo tipo de sociedade.

Entretanto posso concluir também que a Ciência da Informação nasce com contexto evolutivo da Arquivística e Biblioteconomia, mas aqui surge um novo paradigma científico e pós-custudial que se diferencia e muito do paradigma que afirmou estas disciplinas.

Em relação à sociedade em rede em concreto é necessário dizer que esta trás vantagens, mas também desvantagens. As suas vantagens prendem-se principalmente á possibilidade de partilha global da informação e as suas desvantagens, por sua vez, à segurança da informação.

Para concluir, há uma relação intrínseca entre os estudo científico da Informação, isto é, a Ciência da Informação, e a Sociedade em Rede já que esta ciência vai responder Às necessidades, problemas e questões levantadas por esta nova sociedade. A ciência da Informação forma profissionais, técnicas, processos, etc que contribuem para a integração das organizações no contexto da Sociedade em Rede.

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Referências

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