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Academic year: 2021

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Nota introdutória

Autor(es):

Ribeiro, Ana Isabel

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/43236

Accessed :

6-Dec-2017 16:37:47

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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Nota Introdutória

Mobilidades e migrações: este foi o mote proposto para o volume 48, cujo resultado foi um dossiê que aborda, de forma diferenciada e em amplo espectro, a questão dos processos de mobilidade e migrações no passado e no presente, na sua expressão populacional, fundadora de identidades e realidades territoriais, mas também, na vertente de mobilidade e migração de ideias, de práticas, de manifestações artísticas, construtoras de novas expressões culturais.

os treze artigos que constituem este volume traduzem, pois, visões diferenciadas destes dois eixos de abordagem, ancorando -se em perspetivas históricas, mas também geográficas, sociológicas, artísticas, respondendo ao repto de uma abordagem multiperpetivada e transepocal da capacidade transformadora dos fenómenos de mobilidade.

o presente volume abre com um artigo Migraciones y movilidad en el interior de la Península Ibérica: Trujillo y su partido en el primer cuarto del siglo xix de Raquel Tovar Pulido que explora, numa perspetiva microanalítica,

os movimentos migratórios que alimentaram e moldaram a população da cidade de Trujillo, em Espanha, durante o primeiro quartel do século xix.

Ainda no século XIX, Anndrea Tavares, em Descobrindo fortunas, contando histórias: panorama patrimonial de portugueses no Brasil (Belém, 1870‑ ‑1909), leva -nos a conhecer o impacto da imigração portuguesa no crescimento económico e nas transformações sociais da cidade de Belém do Pará, nos anos de ouro de economia extrativa da borracha (1870 -1909).

Fábio Faria, no seu artigo Refugiados em Portugal. Fronteira e vigilância no tempo da Guerra Civil de Espanha (1936 ‑1939), explora o impacto que o afluxo de refugiados espanhóis, durante o período de Guerra Civil, teve em Portugal, procurando caraterizar esse fluxo, mas também, as formas de controlo desenvolvidas pelas autoridades portuguesas no controle dessas entradas.

Heloisa Paulo propõe -se, em Migrações e exílios: identidades e nacionalismo, analisar e debater os conceitos de cidadania e nacionalismo entre os emigrantes e os exilados políticos portugueses no Brasil, procurando refletir sobre a forma como estas duas ‘comunidades’ se posicionaram relativamente ao Estado Novo e como o regime as foi utilizando na consolidação do seu sistema de valores.

Ainda no contexto da cronologia do Estado Novo e das movimentações de população assentes em motivações politicas, Fernando Pimenta (Causas do

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Êxodo das Minorias Brancas da África Portuguesa: Angola e Moçambique (1974/1975) procura compreender as causas e a contextura política que envolveu o êxodo das minorias brancas de Angola e de moçambique durante o processo de descolonização português.

Sabemos que as migrações são poderosos motores de transformação/ construção identitária. Neste âmbito, Inês Branco, no artigo A comunidade portuguesa de Macau: integração e (re)construção identitária na história recente, procura caracterizar a comunidade portuguesa em macau, tendo em perspetiva dois momentos da história recente que influenciaram as correntes migratórias de portugueses para o território (a entrega de macau à República Popular da China, em 1999 e a crise económica vivida em Portugal, a partir de 2008) e a forma como esta comunidade (re)define a sua identidade num território que também atravessa um processo de transformação identitária.

olegário Pereira integra uma equipa multidisciplinar que propõe um outro tipo de olhar sobre o fenómeno da mobilidade e da migração – neste caso, através do estudo da influência da colonização portuguesa nas técnicas de pesca na região lagunar de Araruama, Rio de Janeiro, Brasil, pretende abrir o debate, a partir de estudos ainda preliminares, sobre o impacto que a colonização portuguesa em Cabo Frio teve na transformação das práticas piscatórias da região. Trata -se de compreender, não só o trânsito pessoas, mas sobretudo de técnicas que transformaram as práticas existentes antes da colonização portuguesa.

Já Hugo Pereira, em Passado, presente e futuro da mobilidade no vale do Tua (séculos XIX a XXI), propõe -nos uma viagem não pelos movimentos populacionais, mas antes uma análise em longa duração pelos sistemas de mobilidade do vale do Tua, do advento do caminho de ferro ao desenvolvimento da locomoção automóvel, através de um percurso que se traduziu na transformação das funcionalidades das formas de mobilidade que, como o autor sublinha, foram passando de um serviço quotidiano para um serviço turístico ou de apoio ao património local.

Pedro marques através do artigo Portuguese complementary education in the United Kingdom explora a evolução do ensino e aprendizagem da língua portuguesa, no Reino Unido, no contexto das comunidades emigradas de origem portuguesa e brasileira, analisando a relação dessas comunidades com a língua, num primeiro momento, como ferramenta de manutenção identitária, para, em tempos mais recentes, se transformar em ferramenta potenciadora de estabelecimento de relações com a comunidade alargada e globalizada de falantes de português, com as potencialidades económicas a ela associadas, tornando a aprendizagem da língua, para muitos, em um investimento educativo.

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13 Nota Introdutória

As migrações e os fenómenos de mobilidade são fenómenos que desde cedo se constituíram como áreas de interesse para as artes, sobretudo para o cinema. o artigo de Fátima Velez de Castro (O Cinema e a História: compreensão da dinâmica cronotópica das migrações contemporâneas a partir do filme “The Immigrant”, de Charlie Chaplin (1917), propõe uma abordagem do filme enquanto objeto de análise, mas sobretudo, como como construtor de ambientes históricos e de paisagens. Partindo da análise do filme ‘the Immigrant’ de Charles Chaplin, a autora analisa a dinâmica das migrações contemporâneas, sobretudo para o continente americano, fazendo incidir a sua reflexão na forma como o tempo, o espaço e os acontecimentos se relacionam e são recriados pela construção fílmica.

Jacques Fux e Darlan Santos propõem no seu artigo, Shanghai: Gueto e diáspora. Documentário, ficção e testemunho, a reflexão artística, mas sobretudo a reflexão acerca construção de memória presente em dois filmes – Shanghai Ghetto e Exil Shanghai – que retratam a comunidade judaica de Xangai no contexto da Segunda Guerra mundial. A partir de dois objetos fílmicos os autores exploram as representações, construções e contradições na abordagem a uma realidade de diáspora e de exilio de uma comunidade.

mateus Skolaude e marçal Paredes abordam, em Lusofonia em perspectiva: “pan ‑lusitanismo, luso ‑brasileirismo e luso ‑tropicalismo”, não a migração, mas antes as tentativas de miscigenação de conceitos e abordagens culturais Portugal/Brasil, entre os anos 30 e os anos 50, na procura de uma compreensão da lusofonia enquanto perspetiva discursiva de matriz cultural. Abordando, na sua reflexão historicamente enquadrada, o panlusitanismo do Boletim da Sociedade Luso -Africana do Rio de Janeiro, o lusobrasileirismo de Nuno Simões e o lusotropicalismo de Gilberto Freyre.

o dossiê temático encerra com o artigo Sobre a utilidade da teoria na historiografia: mobilidade de conceitos e história comparada dos regimes políticos no século XX , através do qual João Paulo Avelãs Nunes desenvolve um análise crítica em torno da forma como a historiografia e as suas projeções fazem (ou não) utilizações operatórias de conceitos teóricos que o autor assume como instrumentos que têm por objetivo reconstituir, entender e comparar objetos de estudo complexos e que podem contribuir para uma análise comparativa de realidades para lá das suas especificidades, incentivando mobilidades teóricas e o alargamento do debate historiográfico na discussão das ruturas, mas também das continuidades do processo histórico.

A coordenadora científica do volume Ana Isabel Ribeiro

Referências

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