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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ MESTRADO EM PLANEJAMENTO E GOVERNANÇA PÚBLICA PLANEJAMENTO ELEITORAL CONJUNTO DE PRÁTICAS

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ MESTRADO EM PLANEJAMENTO E GOVERNANÇA PÚBLICA

PLANEJAMENTO ELEITORAL – CONJUNTO DE PRÁTICAS

(RELATÓRIO SOBRE SEMINÁRIO)

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ROSEL GARCEZ TREVISAN

PLANEJAMENTO ELEITORAL – CONJUNTO DE PRÁTICAS

(RELATÓRIO SOBRE SEMINÁRIO)

Relatório sobre seminário apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em 10 de agosto de 2011, na sala C-301 da UTFPR, como cumprimento da Disciplina Tópicos Especiais Aplicados ao Setor Público – Seminário de Casos de Boas Práticas da Gestão Pública.

Orientador: Prof. Dr. Ivan Carlos Vincentin.

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1. INTRODUÇÃO

A crescente exigência de eficiência e eficácia na administração pública cunhou o conceito de “New Public Management” (NPM) que pressupõe a aplicação dos modelos de gestão da iniciativa privada e os conceitos de administração estratégica focados nos negócios empresariais e nos princípios de empreendedorismo para a administração pública.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) desempenha uma atividade bastante significativa à sociedade brasileira. A informatização das eleições exigiu deste órgão um avanço nas tecnologias de informação; e o processo eleitoral, pela sua importância e abrangência, exige um planejamento estratégico bem elaborado para sua execução.

O Cartório Eleitoral, dentro do universo da Justiça Eleitoral, é responsável direto pela preparação e organização das eleições, abrangendo desde o cadastro do eleitor até a preparação do local de votação, que permite ao eleitor devidamente cadastrado que exerça seu papel de cidadão através do voto.

Com a evolução do processo eleitoral no Brasil, que tem sua principal marca na informatização das eleições, sendo referência mundial neste quesito, os cartórios se defrontaram com um desafio enorme, principalmente no planejamento estratégico que se faz necessário para que no dia estipulado para o pleito, tudo esteja devidamente estruturado.

A difusão do conceito de administração estratégica e a conseqüente aplicação do conceito nas organizações privadas mostrou-se necessária e efetiva ante o ambiente dinâmico e integrado que a Justiça Eleitoral brasileira se defronta. A efetividade da administração estratégica na iniciativa privada ocasionou a absorção dos conceitos, técnicas e ferramentas na iniciativa pública, por recomendação do Conselho Nacional de Justiça.

Os gestores públicos têm apresentado planejamentos estratégicos para as organizações públicas sob seu comando. A elaboração de um planejamento estratégico para uma organização exige que todos os setores, departamentos, seções e divisões da organização tenham suas diretrizes organizacionais alinhadas ao planejamento estratégico organizacional. Este é o novo cenário desenhado para os Cartórios Eleitorais.

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2. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

A informatização das eleições tornou o processo de preparação das eleições muito mais complexo, envolvendo atos preparatórios que exigem da Justiça Eleitoral total transparência.

Os Cartórios Eleitorais trabalham com prazos previamente estipulados, que exige um planejamento estratégico para que sejam cumpridos, evitando-se desta forma problemas de ordem legal nas diferentes dimensões – eleitores, partidos, coligações, candidatos.

É impensável para a Justiça Eleitoral que uma seção eleitoral não esteja preparada no dia da eleição, que costuma ser sempre no primeiro domingo de outubro, e quando ocorre necessidade de segundo turno, no último domingo de outubro. Para o Tribunal Superior Eleitoral o dia da eleição é “dia do show da democracia brasileira”. Qualquer falha significa uma mancha neste espetáculo.

De forma resumida, a seção eleitoral que o eleitor pertence, e na qual ele exercerá seu direito – e dever – do voto, deve ter uma urna eletrônica devidamente preparada para esta seção (exclusiva), cadernos de votação com os eleitores pertencentes a respectiva seção, mesários previamente treinados e designados para gerenciar e organizar a seção, um local de votação com estrutura mínima necessária para garantir acessibilidade e segurança para o eleitor.

Uma seção pode ser impugnada – os votos desta seção não serão válidos – se surgirem denúncias de uma urna com funcionamento irregular, mesários com comportamento suspeitos, horários oficiais de início e término da eleição não respeitados, entre outros eventuais problemas – que exigem o máximo de atenção nos atos preparatórios para que sejam evitados tais riscos. Uma eleição inteira pode ser impugnada se problemas se disseminarem por várias seções.

Desta forma se estabelece o problema a ser solucionado – com destaque para o gerenciamento de riscos envolvidos no processo eleitoral - e as implicações resultantes em não solucioná-los.

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3. MÉTODO DE IMPLEMENTAÇÃO

A atenção do seminário foi voltada apenas para os trabalhos do Cartório Eleitoral, especificamente do período envolvido entre o fechamento do cadastro eleitoral até o dia da eleição. Um período pré-estabelecido de 4 (quatro) a 5 (cinco) meses.

A primeira etapa abordada foi do final de prazo, que trata do período que o cadastro eleitoral é fechado, e apenas os eleitores inscritos até determinada data poderão participar das eleições subseqüentes. É um período – principalmente no último mês - que o fluxo de eleitores é muito maior do que a média geral. Exige muita atenção do Cartório Eleitoral, especialmente no controle do número de eleitores por seção eleitoral, número de seções e de locais disponíveis.

Na segunda etapa foi tratada a necessidade de requisitar e nomear colaboradores externos, mesários, auxiliares de justificativas, requisitar locais de votação, nomeação de secretários de prédio e membros da junta apuradora. Na seqüência vem a etapa de contratação e recepção dos técnicos de urnas e de informática, além da preparação dos manuais para todos os envolvidos no processo, considerando as atividades específicas que cada membro desempenha.

A sexta etapa destacada está diretamente relacionada às urnas eletrônicas, tanto no recebimento, identificação e testes dos equipamentos, como da geração de mídias, e finalizando com a carga e lacração. É uma etapa bastante delicada por envolver uma série de procedimentos, desde a preparação adequada do local para o manuseio das urnas, como dos procedimentos legais que permitem total participação representativa da sociedade, garantindo a fidelidade e transparência dos atos.

As duas últimas etapas salientadas referem-se especificamente ao dia da eleição, do gerenciamento dos materiais necessários e também das pessoas envolvidas nas diversas atividades – nos locais de votação, no Cartório Eleitoral, membros da Junta Apuradora, entre outros.

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4. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

A implantação de um planejamento estratégico no Cartório Eleitoral, com o devido gerenciamento das atividades envolvidas no processo eleitoral, permite que o fluxo do trabalho seja melhor controlado e distribuído. Desta forma os prazos estabelecidos em Lei são cumpridos, o controle de pessoas e materiais é mais eficiente, e por fim a preparação dos locais de votação ocorre de maneira equilibrada e com cooperação total das escolas ou demais instituições utilizadas como local de votação.

Importante destacar que este gerenciamento interno no Cartório Eleitoral acontece de forma integrada ao planejamento estratégico organizacional do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, e ainda numa hierarquia acima, com as estratégias organizacionais do Tribunal Superior Eleitoral.

No que se refere ao gerenciamento dos riscos inerentes ao pleito eleitoral, os resultados são excelentes, até porque não se tem uma única seção eleitoral impugnada na cidade de Curitiba desde a implantação do voto eletrônico em 1996. Na questão da entrega dos resultados, a capital paranaense também tem sido destaque nacional, figurando entre as primeiras capitais na totalização dos resultados das eleições.

A gestão de recursos humanos durante o processo eleitoral merece destaque também porque quando as atividades estão segmentadas em etapas, torna-se facilitada a atribuição de tarefas. O gerenciamento paralelo permite que as responsabilidades sejam delegadas sem sobrecarga, e as devidas cobranças ocorrem nos prazos previamente estabelecidos. Este controle é fundamental quando se trabalha com muitas pessoas, com diferentes atribuições e responsabilidades, de diferentes formações, setores e vínculos empregatícios.

Por fim, o principal resultado vem do reconhecimento da sociedade, que coloca a Justiça Eleitoral e os trabalhos dos Cartórios Eleitorais – desde o cadastro dos eleitores até a realização do pleito eleitoral – como órgão público de excelência no atendimento ao cidadão.

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5. DESAFIOS PARA MELHORIA

Um desafio que merece destaque é fazer o cidadão perceber a importância dos trabalhos realizados pela Justiça Eleitoral, e conseqüentemente estimulá-lo a ter maior participação em todo processo eleitoral. Alguns questionamentos que se fizeram após o seminário, foi justamente na questão da forma que o cidadão pode acompanhar todos os atos preparatórios das eleições.

Os questionamentos que se fizeram em relação ao trabalho de mesários reflete outro desafio para a Justiça Eleitoral. A conscientização da importância deste trabalho para a lisura e transparência do pleito ainda mostra-se longe do ideal. As dificuldades para a seleção começam na própria rejeição para participar dos trabalhos, tendo em vista que não é um trabalho remunerado, e tem-se a percepção de estar perdendo um dia de descanso e sem um retorno palpável e visível, além do desgosto social pela classe política em nosso país.

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ANEXOS

LISTA DE PRESENÇA

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Cinira Pereira de Azevedo

Chefe da 004ª Zona Eleitoral de Curitiba Servidora Pública Federal desde 1995 Graduada em Desenho Industrial – UFPR Pós-graduada em Direito e Processo Eleitoral - ABDCONST

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A principal referência a ser seguida pelos TRE’s que desejam aprimorar constantemente seus níveis de gestão, são os critérios de liderança, estratégias e planos, cidadãos, sociedade, informação e conhecimento, processos e resultados, técnicas e tecnologias a serviço do cidadão.

CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral)

1 PRIMEIRA ETAPA - FINAL DE PRAZO

1.1 Atendimento ao Eleitor (Apoio CAE período crítico)

1.2 Locais de Votação (Controle da quantidade de seções eleitorais) 1.3 Seções Eleitorais (Controle quantidade de eleitores)

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2 SEGUNDA ETAPA - APÓS FINAL DE PRAZO

2.1 Requisição de servidores do quadro

2.2 Requisição de servidores de outros órgãos públicos 2.3 Nomeação mesários

2.4 Requisição Locais de Votação 2.5 Nomeação Secretários de Prédio 2.6 Nomeação auxiliares de cartório 2.7 Nomeação auxiliares de justificativa 2.8 Nomeação dos roteiristas

2.9 Nomeação membros da Junta Apuradora

CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral)

CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral)

3 TERCEIRA ETAPA

3.1 Recepção Técnicos de Informática 3.2 Recepção Técnicos de Urnas

3.3 Treinamento e Preparação dos Manuais de Procedimentos 3.3.1 Dos técnicos de UE

3.3.2 Dos técnicos de informática 3.3.3 Dos secretários de prédio 3.3.4 Dos auxiliares de cartório 3.3.5 Dos auxiliares de montagem 3.3.6 Dos roteiristas

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CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral)

3.4 Recepção dos auxiliares de Serviços Gerais 3.5 Preparação dos computadores da transmissão

3.5.1 Instalação sistemas de transmissão

3.5.2 Instalação do sistema de gerenciamento local de votação 3.5.3 Cadastramento do secretário de prédio

3.6 Entrega dos micros nos locais de votação

3.6.1 Recibo de entrega dos micros

3.6.2 Identificação caixas dos micros (patrimônio/local/seção/zona/endereço) 3.6.3 Etiqueta micros com resumo dos passos para transmissão

3 TERCEIRA ETAPA

(No sistema de transmissão)

CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral) 4 QUARTA ETAPA - MANUAIS

4.1 Manual Secretário de Prédio (Procedimentos vépera/dia/término eleições) 4.2 Manual Responsável pela Transmissão (Procedimentos transmissão) 4.3 Manual Extração de Dados UE's

4.4 Manual do Roteirista

5 QUINTA ETAPA (+/- mês de agosto) 5.1 Eletricistas

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CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral)

6 SEXTA ETAPA - URNAS ELETRÔNICAS 6.1 Urnas Eletrônicas (recepção/identificação/testes) 6.1.1 Placas identificação UE - patrimônio

6.1.2 Placas identificação UEs parte externa e superior (seção/local/zona) 6.2 Geração de Mídias

6.2.1 Definição ambiente para GM

6.2.2 Equipamentos com programa para GM

6.2.3 Cartões de memória devidamente rubricas (juiz e promotor)

6.2.4 Embalagens próprias para acondicionar cartões/disquetes/pen drivers

CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral)

6.3 Carga e Lacração

6.3.1 Preparação do ambiente para carga e lacração

6.3.2 Definição equipes de trabalho (Indicação dos responsáveis) 6.3.3 Bancadas identificadas (zona, grupo de seções, responsabilidades) 6.3.4 Separação de material por equipe (determinar responsáveis) 6.3.5 Publicação edital com composição dos aptos para carga e lacração 6.3.6 Lacres devidamente preenchidos com identificação da seção eleitoral 6.3.7 Lacres assinados pelo juiz e promotor

6.3.8 Ata da cerimônia de carga e lacração

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CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES (Calendário Eleitoral) 7 SÉTIMA ETAPA - MATERIAIS

7.1 Preparação dos materiais específicos às fases do período eleitoral 7.2 Recibo do presidente de mesa com lista de materiais

7.3 Avisos importantes para mesa do presidente de seção

8 OITAVA ETAPA - PESSOAL

8.1 Equipe no cartório

8.2 Contatos nos locais de votação 8.3 Junta apuradora

Referências

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