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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS CAMPUS CURITIBA VI SEPEL

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS CAMPUS CURITIBA

VI SEPEL

Seminário de Pesquisa em Letras

04 e 05 de julho de 2019

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CABREIRA, Regina Helena Urias; LOPES, Márcia dos Santos; MARTINS, Ana Maria dos Santos Garcia Ferreira.

VI SEPEL – Caderno de Resumos Andressa Brawerman Albini Elizabeth Pazello

Fabiana Vanessa Achy de Almeida Flavia Azevedo

Marcia Regina Becker

Maria Lúcia de Castro Gomes Maristela Pugsley Werner Regina Helena Urias Cabreira

Curitiba: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2019, 57p.

Anais do VI Seminário de Pesquisa em Letras do Departamento Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas do Campus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Pesquisa em Letras 1. Estudos dos Sons da Fala 2. Aquisição e Ensino de Línguas Estrangeiras 3. Literatura em Língua Inglesa 4. Estudos da Tradução e Ensino de Línguas-Tradução Literária 5. Língua e Cognição. 6. Interculturalidade, Aspectos Culturais e o Ensino de Línguas Estrangeiras.

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Departamento Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas Comissão organizadora do evento

Aline de Mello Sanfelici Ana Maria dos Santos Garcia Ferreira Martins Andressa Brawerman Albini Elizabeth Pazello Fabiana Vanessa Achy de Almeida Flavia Azevedo Luiza Kasdorf Márcia dos Santos Lopes Marcia Regina Becker Maria Lúcia de Castro Gomes Maristela Pugsley Werner Regina Helena Urias Cabreira

Organização do Caderno de Resumos

Ana Maria dos Santos Garcia Ferreira Martins Márcia dos Santos Lopes Regina Helena Urias Cabreira

Fonte da imagem de capa

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4 SUMÁRIO 1. Apresentação ...5 2. Programação ...7 2.1 Programação resumida ...7 2.2 Programação detalhada ...8 3. Resumos ...11

3.1 Mostra de Pesquisas do DALEM ...11

3.2 Resumos dos Grupos de Pesquisa Curriculares de 2019/1 ...13

3.2.1 Língua e Cognição ...13

3.2.2 Aquisição e Ensino de Inglês como Língua Estrangeira ...21

3.2.3 Interculturalidade, Aspectos Culturais e o Ensino de Línguas Estrangeiras ...25

3.2.4 Estudos dos Sons da Fala ...33

3.2.5 Literatura em Língua Inglesa – estudo histórico-social do feminino ...42

3.2.6 Estudos da Tradução e Ensino de Línguas – tradução literária ...50

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5 1. APRESENTAÇÃO

O Seminário de Pesquisa em Letras (SEPEL) é um evento semestral concebido para divulgar as pesquisas realizadas por professores e alunos do Departamento Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas (DALEM) do Campus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

A primeira edição do SEPEL foi realizada em novembro de 2016 e contou com mostras de pesquisas desenvolvidas nas diversas frentes de trabalho do DALEM. Professores do departamento, alunos dos grupos de pesquisa curriculares e bolsistas de programas como PIBID, PIBIC e IsF apresentaram resultados parciais e finais de seus projetos. O evento contou ainda com a presença de palestrantes de outras instituições e encerrou-se com uma atividade cultural oriunda de um projeto que articulou ensino, pesquisa e extensão.

A segunda edição do evento realizada em junho de 2017 trouxe palestras, rodas de discussão e mais de 20 apresentações de alunos de seis grupos de pesquisa que atuam nas áreas de ensino, linguística e literatura. A exemplo do ocorrido em 2016, o SEPEL foi encerrado com duas apresentações culturais. Alunos do curso de Letras Inglês apresentaram uma releitura teatral de uma das histórias presente nOs Cantos da Cantuária, emblemática obra da literatura inglesa medieval, escrita por Geoffrey Chaucer e as atividades da Fête de La

Musique, evento organizado pela área de francês do DALEM celebraram a francofonia.

Em sua terceira edição, o evento contou com a participação de professores da UTFPR, mais de 80 alunos envolvendo graduação e PIBID e a presença marcante do grupo Pecora Loca da UFPR, um grupo de tradução e performances poéticas recitadas e musicalizadas, além do Sarau de Letras, com a participação de alunos e professores.

Em sua quarta edição, o SEPEL se consolidou como um evento primordial para a disseminação da pesquisa entre nossos alunos e professores, viabilizando o intercâmbio entre várias áreas do Curso de Letras Inglês, bem como a participação dos ouvintes provenientes de outros cursos da UTFPR. Esta edição contou com a participação de mais de 90 alunos palestrantes do Curso de Letras Inglês, distribuídos em oitos áreas de pesquisas, além de uma apresentação especial de um aluno formando do Curso de Letras Português-Inglês. Também houve o encerramento cultural em que foram apresentadas releituras de excertos de peças Shakespeareanas, elaboradas pelos alunos do Grupo de Pesquisa em Literatura de Língua Inglesa, sob a orientação da Profa. Dra. Marcia Regina Becker. Concluímos que as participações e a qualidade dos trabalhos apresentados demonstram não só o emprenho de alunos e professores orientadores, mas a necessidade da pesquisa se tornar, cada vez mais, parte integrante da formação profissional em nossos cursos superiores. Em sua quinta edição, realizada em novembro de 2018, o evento se confirmou como um elemento indispensável ao crescimento profissional de nossos alunos e professores não só pela variedade de pesquisas apresentadas, mas também pela disseminação das mesmas para os Cursos de Letras da UTFPR. Além das mostras de pesquisas dos Grupos de Pesquisas do Curso de Letras Inglês, de alunos do Curso de Letras Português-Inglês e professores do DALEM, perfazendo um total de 84 alunos e 45 apresentações de projetos de pesquisa, tivemos as palestras das professoras Deise Picanço e Guida Bittencourt da UFPR. Contamos também com o encerramento cultural elaborado pelos alunos do Grupo de Pesquisa em Literatura de Língua Inglesa, sob a orientação da Profa. Dra. Marcia Regina Becker. Reiteramos, então, a contribuição desse evento semestral para com o desenvolvimento

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científico e cultural de nossos alunos bem como o comprometimento dos mesmos para com a pesquisa acadêmica nas áreas das Letras na UTFPR.

Em sua sexta edição, realizada em julho de 2019, o evento mais uma vez se mostrou como um espaço importante para a discussão e consolidação de atos de pesquisa intimamente ligados a atos de ensino. Nesta edição, as mostras de pesquisas dos Grupos de Pesquisas do Curso de Letras Inglês, de alunos do Curso de Letras Português-Inglês e de professores do DALEM aconteceram em forma de apresentações, mesas redondas, rodas de conversa e oficinas; e tiveram 102 projetos apresentados a um total de 160 inscritos.

Esperamos que as discussões propostas durante o evento semeiem solo fértil e, assim, contribuam para um melhor entendimento de nosso conturbado momento e do papel do professor-pesquisador no contexto do ensino nacional, pois o aluno em formação, ao perceber a relevância da pesquisa em seu crescimento profissional, será capaz de vislumbrar uma atuação mais atualizada e desafiadora para seus futuros alunos.

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2. PROGRAMAÇÃO

2.1 Programação Resumida

04 DE JULHO

QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA 05 DE JULHO

MANHÃ ATIVIDADE MANHÃ ATIVIDADE

08h-12h20

08h

08h10–09h10

09h10–12h10

09h50–10h10

Apresentação dos trabalhos oriundos dos Grupos de Pesquisa

Curriculares de 2019/1:

Abertura (Profa. Maria Lucia de Castro Gomes)

LOCAL: Mini Auditório

Grupo 1: Estudos dos Sons da Fala – Prof.ª Maria Lucia de Castro Gomes Grupo 2: Estudo da Tradução e Ensino de Línguas: Tradução Literária - Prof.ª Flávia Azevedo Intervalo 08h–12h30 8h 08h10–10h10 10h10-10h30 10h30–11h30 11h10–12h30

Apresentação dos trabalhos oriundos dos Grupos de Pesquisa Curriculares de 2019/1:

Abertura (Profa. Regina Helena Urias Cabreira) LOCAL: Mini Auditório

Grupo 4: Literatura em Língua Inglesa - Prof.ª Regina Helena Urias Cabreira Intervalo

Grupo 5: Estudos dos Sons da Fala – Prof.ª Maria Lucia de Castro Gomes

Grupo 6: Língua e Cognição - Prof.ª Elizabeth Pazello

LOCAL: Salas N-010, N-011 N-001 e N-002

TARDE ATIVIDADE TARDE ATIVIDADE

14h–17h20

14h–16h20

15h20–15h40 16h20–17h20

Apresentação dos grupos de

pesquisas curriculares ofertados em 2019/1

Grupo 3: Interculturalidade, Aspectos Culturais e o Ensino de Línguas Estrangeiras - Profª. Maristela Pugsley Werner

LOCAL: Mini Auditório Intervalo Apresentações livres 14h–18h 14h–15h30 15h30–15h50 15h50–16h40 16h40–17h 17h– 18h

Apresentação dos trabalhos oriundos dos Grupos de Pesquisa Curriculares de 2019/1:

Grupo 7: Língua e Cognição - Prof.ª Fabiana Almeida

LOCAL: Salas N-011, N-001 e N-002 Intervalo

Grupo 8: Estudos dos Sons da Fala – Prof.ª Marcia Regina Becker

LOCAL: Mini Auditório Apresentação livre

Grupo 9: Aquisição e Ensino de Inglês como Língua Estrangeira – Profª. Andressa Brawerman Albini LOCAL: Mini Auditório

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2.2 Programação Detalhada

Mostra de Pesquisas do DALEM

Quinta-feira – 04 de julho de 2019

- MANHÃ -

LOCAL: Mini Auditório – Campus – CT – Centro

Grupo 1: Estudos dos Sons da Fala

Prof.ª Orientadora/Mediadora - Maria Lucia de Castro Gomes 08h10 Mesa-redonda - “O Ritmo em Língua Inglesa - Stress, Unstress and Timing”

Debatedores - Lucas José Magalhães Gonçalves, Rosana do Rocio Ramos Anastácio, Elisa Heiermann Quadros, Elizabete dos Santos Leiros Batista, Brunna Nicoli Vicenti Couto, Letícia Alexandra de Lima Nunes, Nicoly Gonçalves da Silva Soares e Paula Hikaro Miyake Tanaka

Grupo 2: Estudo da Tradução e Ensino de Línguas: Tradução Literária Profª. Orientadora - Flávia Azevedo

09h10 Apresentação 1 - “As decisões de Alice no país das traduções” Autores: Andressa Mara Dahmer e Lucas Yamamoto Ribeiro

09h30 Apresentação 2 - “An|lise Comparativa de um Trecho das Traduções de “O Grande Gatsby” de F. S. Fitzgerald”

Autores: Claudia Silvina e Fabrício A. Moreira

10h10 Apresentação 3 - “Dadinho é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno”: an|lise da traduç~o para a língua inglesa de expressões idiomáticas nos diálogos da obra Cidade de Deus de Paulo Lins”

Autores: Anna Emillyana Braga, Matheus Magaton e Yoná Souza Furtado

10h30 Apresentação 4 – “Carrol por artes de Monteiro Lobato: uma análise comparativa da tradução de Alice’s Adventures in Wonderland”

Autores: Amanda Isabelle Moreira e Dienifer A. Souza Mesquita

10h50 Apresentação 5 - “The Goddamn Catcher in the Rye: A titica do Apanhador no Campo de Centeio”

Autores: Ana Beatriz Labres, Lívia Petramali, Marisa Ricci e Noelle Ramacciotti 11h10 Apresentação 6 - “A Alice brasileira: uma adaptaç~o de Monteiro Lobato”

Autores: Alex Antonio Canabarro Cardoso, João Botelho Cândido e Rafaela de Almeida Neves 11h30 Apresentação 7 - “A criatividade do tradutor em Um Estudo em Vermelho: uma análise das

traduções de expressões idiom|ticas em inglês” Autores: Amanda Bueno de Oliveira e Yris Alves Rosa

11h50 Apresentação 8 – “O doce mundo de Roald Dahl: traduç~o de uma canç~o de A Fantática

Fábrica de Chocolate e seus amargores no processo tradutório”

Autores: Kainã Gonçalves Pereira, Gabriela Werner Vieira Gonçalves e André Scheffelmayer

- TARDE -

LOCAL: Mini Auditório – Campus – CT – Centro

Grupo 3: Interculturalidade, Aspectos Culturais e o Ensino de Línguas Estrangeiras Profª. Orientadora/Mediadora - Maristela Pugsley Werner

14h Mesa-redonda 1 - “Cultura dos imigrantes”

Debatedores: Julia Royer, Juliana Santos, Ludmila dos Santos e Mariana Soares 14h40 Mesa-redonda 2 - “Manifestações culturais”

Debatedores: Fabrício Fadel, Gabriela de Souza, Giuliana Lugarini, Thaís Watanabe, Daniele Schneiders, Evellyn Gasparello, Gabriel Nunes e Vitor Ventura

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9 15h40 Apresentação 1 - “Grupos minorit|rios”

Autora: Lourdes de Freitas

16h Apresentação 2 - “Literatura e interculturalidade”

Autores: Andrea dos Santos, Caroline dos Santos e Ilga Ribeiro

16h20 Apresentação livre 1 – “O aprendizado de língua inglesa sem mediação de professores por meio de mídias sociais: um estudo sobre crenças e estratégias de aprendizes”

Autora: Bruna Digner Profª. Orientadora: Ana Maria S. G. F. Martins 16h40 Apresentação livre 3 – “O Fluxo de Consciência Imerso nas Sombras: uma análise de 4h48

Psicose de Sarah Kane”

Autor: Bruno Everton da Silva Bambirra Alves Profª. Orientadora: Jaqueline B. Donada

Sexta-feira – 05 de julho de 2019

- MANHÃ –

LOCAL: Mini Auditório – Campus – CT – Centro

Grupo 4: Literatura em Língua Inglesa

Prof.ª Orientadora/Mediadora - Regina Helena Urias Cabreira

08h10 Mesa-redonda 1 - “Conversas sobre Medeia e Coraline - interpretações sobre o bem e o mal” Debatedores: Monielly Colares Silva, Jacqueline Danielle Carbon, Mateus Cezar Da Costa, Andrea Duarte Ross e Fabiana Mar

ia Bora Medeiros

08h50 Mesa-redonda 2 - “A mulher e as imposições sociais: discussões desde o século XIX ao XX” Debatedores: Gabriel Ramos Kliggendorf, Sabrina Costa Da Silva e Barbara Martins Godoy 09h30 Mesa-redonda 3 - “O feminino discutido através de contos de fadas: A Pequena Sereia, A

Bela Adormecida e Cinderela”

Debatedores: Andrea Carla dos Santos, Ana Carolina Bonini Penteado, Melissa Assis Teixeira, Izabella Durkop Doubek e Rubia Caetano Pinheiro da Silva

Grupo 5: Estudos dos Sons da Fala

Prof.ª Orientadora/Mediadora - Maria Lucia de Castro Gomes 10h30 Mesa-redonda - “Pronúncia e Formaç~o de Professores”

Debatedores: Brunno Luiz Gasparin Pimentel, Lyah Sala Dannemann, Rafael Ribeiro Costa, Luciana de Souza Almeida Santa Brigida, Nicolas de Almeida Santos Pinotti e Roberta Thais de Andrade

11h10-11h30 Apresentação - “A pronúncia do R em dublagens dos Simpsons” Autores: Bruna Silva Alves, Gabriela Toaldo Buzatto e Leonardo de Cristo dos Santos Grupo 6: Língua e Cognição

Prof.ª Orientadora - Elizabeth Pazello LOCAL: Salas N-010, N-011 N-001 e N-002 11h10–

12h30 Oficina 1 - “An|lise cognitiva de processamento sint|tico: os aspectos psicolinguísticos em Mad Gab”

Instrutores: Angel Marques, Bruno Iago Bizon, Cássia Correa Theodoro, Felipe Tarso de Oliveira Pabis e Nicolas Matheus Fernandes dos Santos

Oficina 2 - “Espaço limitado de armazenamento no circuito fonológico da memória de trabalho”

Instrutores: Leonardo Silva Duarte, Melissa Santos Petrocínio, Renato França Filho e Yasmin Canela Ferreira

Oficina 3 - “Influência emocional na memória de curto prazo”

Instrutores: Joana Studbrach Ferreira de Souza e Fabíola Bandeira Junghans Oficina 4 - “Meme e memória: a evocaç~o da memória de longo prazo e o risco da testemunha ocular”

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Oficina 5 - “Codificaç~o e armazenamento de memória visual: um teste de memória com ruídos”

Instrutores: Rafaella Roberta da Silva Dovhep, Jeniffer da Silva Souza e Graziela Eloiza Martins de Souza

Oficina 6 - “Pal|cio e arquitetura das memórias” Instrutor: Lucas Modesto da Silva

Oficina 7 - “A voz de m|quina: um teste de Turing fonético com o uso de tecnologia Text-to-Speech”

Instrutor: Lucas Miguel de Bail Ribas

Oficina 8 - “Manipulaç~o de memória sobre influência negativa” Instrutor: Gustavo Burda

- TARDE -

Grupo 7: Língua e Cognição Prof.ª Orientadora - Fabiana Almeida

LOCAL: Salas N-011, N-001 e N-002 14h–

15h30 Oficinas: “Aplicação do Teste Phonological Awareness Skill Test (PAST) e suas implicações pedagógicas” Instrutores: Daniela Maria Dutra de Lima, Gilson Faria Albuquerque, Leopoldo Kempinski Mezzomo, Luana Grazielle Gabardo, Luiz Gabriel da Silva Conforto, Nathaly Iara Justino Do Nascimento, Thainara Duarte Boryca, Thalya Gonçalves de Castro e Thomas Henrique Posansky

Grupo 8: Estudos dos Sons da Fala Prof.ª Orientadora - Márcia Regina Becker

LOCAL: Mini Auditório

15h50 Apresentação 1 - “Uso de música e instrução explícita de pronúncia: o caso de connected

speech”

Autoras: Gabriela Palhano Chaves e Paula Dearo Dos Santos

16h10 Apresentação 2 - “A Influência da Aspiraç~o dos Segmentos Consonantais [p], [t] e [k] na Inteligibilidade de Palavras Monossil|bicas”

Autor: Fabricio Alves Moreira

16h20 Apresentação 3 - “Percepç~o da inteligibilidade de pares mínimos com os sons [θ]-[t] e [ð]-[d] por estudantes de nível intermediário-avançado de língua inglesa”

Autor: Gabriel Ramos Kliggendorf

16h40 Apresentação livre - "O paradigma da complexidade e a Linguística: uma revisão de literatura"

Autor: Otavio Augusto Rodrigues Bernardo Prof.ª Orientadora: Andressa B. Albini Grupo 9: Aquisição e Ensino de Inglês como Língua Estrangeira

Profª. Orientadora/Mediadora - Andressa Brawerman Albini LOCAL: Mini Auditório

17h-18h Mesa-redonda - “O Ensino de Língua Inglesa para Adolescentes e Idosos: Desafios e Propostas”

Debatedores: Bruno Pereira, Fedora Paulina Muñoz Alcaino, Camila Helena Pereira da Rosa, Geovanna Franco Hayden, Millena Marceli Torquato dos Santos e Rosana do Rocio Ramos Anastácio

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11 RESUMOS

3.1 Mostra de Pesquisas do DALEM em 2019/1

O Fluxo de Consciência Imerso nas Sombras: uma análise de 4h48 Psicose de Sarah Kane

Bruno Everton da Silva Bambirra Alves Orientadora: Jaqueline Bohn Donada

Este trabalho analisa a hipertécnica do fluxo de consciência por meio de uma tradução feita por nós da peça, 4.48 Psychosis da autora britânica, Sarah Kane. A partir da tradução, realizamos uma triagem dos excertos que compõem a análise, por acreditarmos que esses exemplificam com mais clareza, inclusive indo além da teoria adotada para a análise. Com isso, atribuímos à nossa análise os elementos: discursivo, simbólico e poético, dos quais nos ocupamos em analisar de acordo com a aplicação da hipertécnica na composição da poiesis discursiva do fluxo de consciência de 4h48 Psicose. A poiesis diz respeito ao fazer literário de Sarah Kane em sua obra, e ao apontar para o caráter discursivo, levamos em consideração como que esse fazer literário em 4h48 Psicose reflete, contribui e faz emergir um discurso para com a sua obra literária. Para tanto, a poiesis discursiva do fluxo de consciência vai se valer de três outras técnicas: o monólogo, o solilóquio e o discurso direto, essas serão as responsáveis em apresentar a transição de um discurso mais concreto, que se aproxima da fala organizada, para um mais abstrato, esse carregado de símbolos e ausente de uma fala lógica e estruturada. Para embasar-nos teoricamente, recorremos às teorias e aos conceitos formulados por Robert Humphrey (1976), em sua obra O fluxo da consciência: um estudo

sobre James Joyce, Virginia Woolf, Dorothy Richardson, William Faulkner e outros; Hans-Thies

Lehmann (1999), em Teatro Pós-Dramático; Antonin Artaud (2006), no conjunto de estudos compilados em O Teatro e seu Duplo; Martin Esslin (2018), em O Teatro do Absurdo; e, Aleks Sierz (2001), no sítio eletrônico que apresenta informações acerca do In-yer-face Theatre. Tais autores dissertam e expõem as nuanças que compõem as estéticas teatrais, a partir disso podemos inferir as influências para com o fluxo de consciência presentes em 4h48 Psicose, seja quanto a técnica no fluxo de consciência, seja nas influências sobre os aspectos literários que se fazem presente na obra. A escolha por esses autores adveio de considerá-los nomes de relevância em suas respectivas áreas, com isso acreditamos que tais autores esclarecem os questionamentos que nos acometeram ao longo do processo de análise da obra 4h48 Psicose. Com base na nossa análise, a poiesis discursiva do fluxo de consciência revelou-se como uma alegoria dadaísta, por buscar em elementos estranhos à literatura e ao teatro, como os números e as linhas vazias, o necessário para se manifestar por meio do monólogo abstrato. Por fim, este trabalho conclui a sua análise refletindo sobre o que é analisar um objeto artístico, levando em consideração a relevância das possibilidades de múltiplas leituras que um mesmo objeto permite, e o quão somatório é o diálogo que se faz ao conciliar essas diferentes leituras possíveis de um mesmo objeto literário.

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O aprendizado de língua inglesa sem mediação de professores por meio de mídias sociais: um estudo sobre crenças e estratégias de aprendizes

Bruna Digner Orientadora: Ana Maria S. G. F. Martins

Mídias sociais (MS) são plataformas e redes nas quais um usuário pode criar e disponibilizar conteúdos de autoria própria ou de outros usuários da internet (KAPLAN; HAENLEIN, 2010, p. 60). Para aprendizagem de língua inglesa (LI), nas MS os aprendizes podem praticar o idioma, entrar em contato com diferentes culturas e falantes em atividades diversas. Entretanto, apontamentos feitos em pesquisas existentes (BLATTNER & FIORI, 2011; ZOUROU, 2012; GIKAS & GRANT, 2013) revelam a necessidade de estudos que ofereçam um entendimento mais sólido de como ocorre o aprendizado por conta da autonomia dos indivíduos nesses ambientes, bem como dados sobre a influência das MS no aprendizado. Assim, este estudo se insere na área de Computer-Assisted Language Learning, ou CALL, (MARTINS, 2012; MARTINS, 2015; HUBBARD, 2009) e buscou alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que afirmem ter aprendido LI em MS sem mediação de professores para analisar como eles explicam essa aprendizagem. Então, foram observadas as estratégias (BROWN, 2006; COHEN, 2014) utilizadas pelos participantes e suas crenças (BARCELOS, 2004; BARCELOS, 2006; KALAJA; BARCELOS; ARO, 2018) a respeito da aprendizagem em MS, bem como o comportamento dos mesmos nesses ambientes virtuais, no intuito de verificar se é convergente com a teoria de aprendizagem situada (LAVE & WENGER, 1991; LAVE, 1991). A pesquisa foi de abordagem qualitativa e de natureza exploratória, se caracterizando como um estudo de caso. Os dados foram gerados em duas etapas, sendo a primeira um questionário, disponibilizado a oitenta alunos da UTFPR por e-mail e realizado através da plataforma Google Forms. Foram obtidas vinte e uma respostas, com quatro alunos selecionados para a etapa da entrevista, sendo amostras intencionais (SILVA; MENEZES, 2001, p. 32), isto é, foram escolhidos conforme a coerência das suas respostas com os objetivos da pesquisa porque afirmaram ter aprendido LI em MS. Desses alunos, três se disponibilizaram para participar da segunda etapa, uma entrevista, que foi não-estruturada (FONTANA; FREY, 2000, p. 74), feita de forma individual e presencial. A abordagem para a análise dos dados foi a de ordenamento conceitual (STRAUSS; CORBIN, 2008, p. 37), em que as falas dos participantes foram classificadas em conceitos e categorias. Tendo sido feito isso, cada conceito foi explicado conforme o levantamento bibliográfico da pesquisa, bem como relacionado aos objetivos da pesquisa. Portanto, os resultados sugerem que as motivações dos participantes para aprender em MS nesses ambientes foram crenças tanto internas quanto externas. Com relação ao comportamento nas MS, os participantes 1 e 2 são mais restritos a assistir do que participar das práticas de LI, enquanto o comportamento do participante 3 concorda melhor com a teoria de aprendizagem situada por ser mais ativo no uso de LI. Por último, as estratégias mais utilizadas pelos aprendizes foram traduzir e entender pelo contexto, que são de aprendizagem, isto é, referentes mais ao input do que ao

output, refletindo a passividade da maioria dos participantes da pesquisa já mencionada.

Assim, pretendeu-se contribuir na busca por mais informações e, consequentemente, um maior entendimento sobre como o processo de aprendizagem acontece nas mídias sociais.

Palavras-chave: aprendizagem de língua inglesa; CALL; crenças de aprendizagem; mídias sociais; aprendizagem situada; estratégias de aprendizes.

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3.2 Trabalhos apresentados pelos grupos de pesquisa curriculares de 2019/1 3.2.1 Grupo Língua e Cognição

Aplicação do Teste Phonological Awareness Skill Test (PAST) e suas implicações pedagógicas

Daniela Maria Dutra de Lima

Gilson Faria Albuquerque Leopoldo Kempinski Mezzomo Luana Grazielle Gabardo Luiz Gabriel da Silva Conforto Nathaly Iara Justino Do Nascimento Thaina Duarte Boryca Thalya Gonçalves de Castro Thomas Henrique Posansky Orientadora: Fabiana Almeida As pesquisas na área de compreensão e produção de linguagem oral demonstram que existem inúmeros fatores que podem influenciar a aquisição de uma língua, seja ela língua materna (L1) ou uma segunda língua (L2) (ANDERSON, 2015; DANIELS, 1994; MATLIN; 2004). Dentre eles citamos a idade (Critical Period Hypothesis) (BROWN, 2015); a condição socioeconômica (HART; RISLEY; 1995); a quantidade e a qualidade de exposição à língua, para mencionar alguns. O objetivo deste estudo em pequena escala é explorar um teste de consciência fonológica em língua inglesa (Phonological Awareness Skill Test - PAST). O PAST é comumente aplicado em crianças em idade pré-escolar no intuito de diagnosticar, antecipadamente, possíveis dificuldades de aprendizagem. As pesquisas mostram que na aquisição de línguas mais opacas, como o inglês, a criança pode demorar até 3 anos para completar a sua alfabetização. A literatura define línguas opacas como sendo aquelas nas quais a correspondência grafema-fonema não é tão consistente, como, por exemplo, o Inglês, o Português e o Francês, em oposição às línguas de natureza mais transparente, como o Italiano e o Finlandês (ALMEIDA, 2016). Nesse sentido, o teste PAST pode ainda servir como medida de intervenção, de acordo com a orientação de que quanto mais cedo detectada uma dificuldade de aprendizagem, mais efetivo será o procedimento de auxílio (catch them before

they fall). Além do mais, o teste PAST está disponível gratuitamente na internet, sendo

amplamente utilizado por vários profissionais da área de educação, tais como professores, fonoaudiólogos e psicopedagogos, para rapidamente avaliarem seus alunos em sala de aula e ou seus pacientes, sem necessidade de um grande aparato científico e tecnológico. Em consonância com Vygotsky (2007) e a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) propõe que o processo de aprendizado seja pautado por uma etapa entre o que já foi experienciado e aprendido pelo aluno e uma nova experiência. Dessa forma, uma consciência fonológica prejudicada pode influenciar nos novos conhecimentos de língua dos alunos. O estudo será conduzido durante o Seminário de Pesquisa em Letras (SEPEL), com estudantes dos cursos de Licenciatura em Letras Inglês, Letras Inglês/Português e Português, a fim de apresentar o teste PAST e descrever as suas implicações pedagógicas para a sala de aula. A justificativa para a apresentação do teste PAST se baseia no fato de que os participantes serão futuros professores de línguas, ou profissionais ligados à educação, direta ou indiretamente, sendo de extrema importância que tais profissionais estejam familiarizados com esse tipo de ferramenta de diagnóstico.

Palavras-chave: teste de consciência fonológica; linguagem oral; línguas opacas e línguas transparentes; zona de desenvolvimento proximal.

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Recuperação de memórias episódicas de longo prazo sobre influência negativa ou positiva.

Gustavo Burda Orientadora: Elizabeth Pazello

Quando se estuda a relação entre psicologia, cognição e memória, frequentemente são percebidos tópicos relacionados à maneira como o cérebro armazena memórias (através do processo de codificação), assim como, à maneira como o cérebro acessa memórias (através do processo de recuperaç~o). Segundo Margareth W. Matlin, em seu livro “Psicologia Cognitiva”, existem diferentes tipos de memória de longo prazo, sendo o foco desta pesquisa, as memórias episódicas, referentes às lembranças de acontecimentos pessoais. Quando se trata de recuperação de memórias episódicas, vários fatores podem ser considerados para a análise das informações recordadas, sendo eles: a quantidade de informações, o nível e a natureza dos detalhes, a posicionamento emocional pessoal diante aos fatos, assim como, a caracterização negativa ou positiva das experiências relatadas. Esta pesquisa tem como objetivo comparar a recuperação de memórias episódicas de longo prazo de diferentes participantes, levando em consideração a associação negativa ou positiva das informações recordadas, por parte dos entrevistados. Busca-se assim, traçar uma relação entre a natureza, quantidade e qualidade dos detalhes e as emoções relacionadas com a memória. Existem trabalhos semelhantes como On the self-protective nature of inconsistency-negativity

management: Using the person memory paradigm to examine self-referent memory (2000) por

Constantine Sedikides e Jeffrey D. Green, que busca associar as caracterizações negativas ou positivas de memórias relacionadas à experiências pessoais, trazendo teorias que demonstram a tendência humana de não recordar negatividade pessoal. Assim como em

Reduced negativity effect in older adults’ memory for emotional pictures: The heterogeneity-homogeneity list paradigm (2007) por Daniel Grühn, Susanne Scheibe e Paul B. Baltes, que

demonstra a perda de capacidade recordativa relativa à negatividade em adultos, especialmente quando induzidos por associações positivas ou negativas através de listas homogêneas e heterogêneas de imagens. Neste trabalho, para a análise das informações, serão utilizados dois pontos levantados por Matlin: primeiramente, a relação entre auto referência e memória, especificamente no que se refere à maneira como as pessoas associam a si mesmas com informações para melhor codificação, desta forma criando uma tendência muito pessoal e emocional com o armazenamento de memórias, em seguida, o conceito de humor e seu papel na cognição, sendo humor um dos principais fatores determinantes da facilidade ou dificuldade ao codificar informações. Em relação à metodologia aplicada, a pesquisa será feita através da elaboração e aplicação de um questionário, na forma de entrevista, onde os participantes irão responder perguntas relacionadas com uma variedade de possíveis acontecimentos (por exemplo: sua formatura, seu casamento, um acidente envolvendo um animal doméstico), recordando memórias pessoais de longo prazo. Idealmente, serão coletadas informações referentes a pelo menos duas memórias de cada entrevistado, sendo cada uma positiva, negativa ou neutra, para serem posteriormente comparadas e analisadas.

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Codificação e armazenamento de memória visual: Um teste de memória com ruídos.

Graziela Eloiza Martins de Souza Jeniffer da Silva Souza Rafaella Dovhepoly Orientadora: Elizabeth Pazello

A cognição é compreendida por processos mentais empenhados em armazenamento, aplicação e recepção de informações. Dos anos sessenta até os dias de hoje, variados estudos e pesquisas são executados com o objetivo primordial de compreender de que forma a cognição opera. Dessa forma, outras reflexões e projetos são criados a fim de captar maneiras proveitosas de apreender o conhecimento. Segundo o livro Psicologia Cognitiva (2004), de autoria da pesquisadora Margareth W. Matlin, pesquisas na área da metacognição descobriram que o cérebro humano possui determinadas áreas as quais trabalham com o tema no que diz respeito à memória, denominadas memória de trabalho ou curto prazo e memória de longo prazo, que funcionam de acordo com a necessidade de uso de uma estipulada informação pelo indivíduo. Além disso, a memória de trabalho abrange três campos os quais são nomeados como: o circuito fonológico - que armazena um número limitado de sons por um período curto (MATLIN, 2004), - o bloco de desenho visuoespacial - que armazena informações visuais e espaciais, bem como armazena informações visuais codificadas a partir de estímulos verbais (MATLIN, 2004 apud. Baddeley, 1999; Logie, 1995) - e o executivo central - que integra informações que vêm do circuito fonológico e do bloco de esboço visuoespacial, bem como da memória de longo prazo (MATLIN, 2004). Ademais, outros conceitos a serem utilizados nesta pesquisa correspondem à memória semântica, a qual engloba o conhecimento de mundo do indivíduo em adendo ao seu conhecimento enciclopédico (relacionado a datas e informações pessoais sobre determinados sujeitos, por exemplo) e conhecimento lexical (o qual corresponde à relação que uma palavra possui para com a outra), e os modelos de rede, que organizam as informações contidas na rede dos conceitos de memória e estabelecem uma conexão entre eles (MATLIN, 2004). Com base na fundamentação teórica supracitada, o presente estudo tem como objetivo executar um teste, com o intuito de analisar de que forma a memória de trabalho processa uma determinada informação adquirida a partir da leitura de uma sentença com a interferência de ruídos e estímulos visuais secundários. O objeto analisado pelo respondente consistirá em nomes de colorações descritos com cores diferentes das quais elas representam. A leitura deverá ser executada por um indivíduo de cada vez, que irá utilizar fones de ouvido emitindo ruídos. A pesquisa será feita em uma sala com isolamento acústico parcial e, antes do teste, o participante deverá responder a um questionário sobre seus dados pessoais, tais como: a idade, gênero, profissão e se for também estudante, a qual curso pertence e, se possui daltonismo.

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Meme e Memória: A Evocação da Memória de Longo Prazo e o Risco da Testemunha Ocular

Arthur José Fische, Evelyn Santos da Silva

William dos Santos Mário Orientadora: Elizabeth Pazello

A memória exerce importante papel na vida das pessoas, influenciando no aprendizado, na formação da identidade pessoal, orientando na tomada de decisões e principalmente na recordação de lembranças. Alguns processos podem não funcionar com exatidão e acabamos perdendo certas recordações e informações. Tais lembranças fazem parte dos diferentes tipos de memória que podem dividir-se em duas categorias: a memória de trabalho, breve e imediata do material processado em dado momento; e a memória de longo prazo que possui uma capacidade grande, contendo a lembrança de experiências e informações que acumulamos durante toda a vida. Segundo Baddeley (1999), a memória de trabalho é um sistema ativo que possui três operações que conservam e manipulam temporariamente os arquivos enquanto são realizadas funções cognitivas, até serem enviadas à memória de longo prazo. Essas operações classificam-se em circuitos fonológicos, que armazenam um número limitado de sons por um período curto; bloco de desenho visuoespacial, que armazena informações visuais e espaciais e executivo central, que integra as informações oriundas dos outros dois componentes, bem como da memória de longo prazo que é ativada a partir destes circuitos. Segundo Matlin (2004), a memória de longo prazo divide-se em categorias específicas como a memória episódica, que refere-se a lembrança de eventos acontecidos; memória procedural referente a processos, como andar de bicicleta, por exemplo; e memória semântica que descreve nosso conhecimento organizado sobre o mundo, incluindo o conhecimento das palavras e de outras informações não-pessoais. Alguns exemplos da memória semântica incluem saber que a palavra semântica tem relação com a palavra

significado ou qual a aparência de um cão. O objetivo deste estudo é analisar testes de

memória de longo prazo por intermédio de evocação (acessar informações adquiridas através de experiências) e demonstrar o risco do testemunho ocular, enfatizando a razoável precisão da memória humana dentre todos as suas funções. Os testemunhos oculares, como outras lembranças, são em geral precisos, mas os relatos podem conter erros (SCHACTER, 1995). Na pesquisa será usado um meme (mensagem de compreensão rápida no contexto das redes sociais, utilizando imagens e/ou textos com diversos temas) que ser| “This represents USA

more than flags and the American Dream”, uma imagem e uma lista de dez palavras que foram

escolhidas pelos integrantes do grupo que remetem à cultura e identidade americana. A lista de palavras corresponde ao teste de memória semântica e sua categorização (comidas, pontos turísticos, personagens de animações e/ou filmes e personalidades) aciona a memória de longo prazo, referente às influências e experiências que levaram a tal concepção sobre o tema abordado no meme. A imagem da pesquisa evoca a falsa lembrança da grafia do signo (imagem) apontando o perigo da testemunha ocular, que infere na lista toda, mas não está grafada no teste.

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Análise cognitiva de processamento: os aspectos linguísticos a partir de Mad Gab

Angel Marques Bruno Iago Bison Cássia Correa Theodoro Felipe Tarso de Oliveira Pabis Nicolas Matheus Fernandes dos Santos Orientadora: Elizabeth Pazello

O fenômeno da língua está estritamente ligado à cognição, sendo esta relação o modo como o ser humano processa a linguagem. Um dos aspectos cognitivos intrínsecos à capacidade de utilizar a língua é a necessidade de armazenamento linguístico por parte do indivíduo, seja ele locutor ou interlocutor. Esse armazenamento é o que possibilita a compreensão e produção da língua - sendo verbal ou não verbal -, uma vez que é a partir do nosso conhecimento prévio que somos capazes de atribuir significado às coisas. Margaret W. Matlin (2004) e John R. Anderson (2014) abordam a memória semântica como uma forma de organizar nossos conhecimentos no mundo e explicam a memória episódica como experiências específicas que cada sujeito passa. Ou seja, o modo como a memória é arquivada difere para cada indivíduo. Partindo do princípio que o uso da tecnologia em sala de aula vem se tornando cada vez mais viável, o uso de jogos como ferramenta didática é uma possibilidade a ser explorada pelo docente. Ao considerar a tecnologia como um instrumento que auxilia no ensino de línguas, é possível estabelecer uma relação direta entre três elementos: jogo, língua e memória. Logo, é perceptível a existência de uma considerável quantidade de atividades e jogos relacionando aspectos linguísticos e memória, seja semântica ou episódica. Um desses materiais com potencial de uso acadêmico é o jogo de palavras e frases Mad Gab, criado por Terry White na década de 90. Esse jogo consiste em desvendar o significado real de frases que, apesar de estarem escritas de maneira semântica e sintaticamente incorretas, ainda podem ser identificadas a partir do conhecimento fonético do jogador. Contudo, é possível se apoiar em vários campos da linguística para solucionar tais frases. Tal característica permite que esse material, seja o jogo completo ou apenas seus

flashcards, possa ser utilizado como uma ferramenta para testar o conhecimento dos

estudantes a respeito da língua inglesa. Ao observar a escassez de pesquisas que envolvam jogos, memória e língua, o objetivo do presente trabalho é demonstrar as possibilidades de se utilizar o jogo Mad Gab como um teste para a identificação da presença dos aspectos linguísticos (fonológicos, morfológicos, lexicais, semânticos e sintáticos) e incite o aperfeiçoamento desses aspectos. Ademais, o jogo pode ser utilizado como forma de analisar os processos cognitivos e os caminhos lógicos que as pessoas podem construir ao jogar, uma vez que será possível analisar o processo feito desde o primeiro contato com a frase, o processamento da informação e até a elaboração do entendimento. Para tanto, é necessária a elaboração e aplicação de um pequeno questionário com a finalidade de mapear os processos cognitivos percorridos pelos participantes da pesquisa. A partir desta pesquisa, espera-se concluir que não necessariamente é preciso se fazer uso da fonética para decifrar as frases do jogo, mas que se pode também usufruir do demais campos linguísticos, que estão contidos na memória semântica e episódica.

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A eficácia do processamento de informações positivas e negativas pela memória

Fabíola Bandeira Junghans Joana Studbrach Ferreira de Souza Orientadora: Elizabeth Pazello

A ciência cognitiva é a área de estudo que aborda a maneira como o indivíduo adquire, armazena, transforma e aplica o conhecimento. Segundo Matlin (2004), a cognição inclui um amplo leque de processos mentais que operam toda vez que adquirimos alguma informação, armazenamos e transformamos essa informação e a aplicamos. Dentro dessa ciência temos as memórias de ‘longo’ e ‘curto prazo’ (também chamada memória de trabalho), que são responsáveis por armazenar, por mais ou menos tempo, lembranças durante a vida de uma pessoa. O conteúdo da ‘memória de trabalho’ pode desaparecer em menos de um minuto (MATLIN, 2004), enquanto a ‘memória de longo prazo’ resiste por muito mais tempo. Assim como existem diferentes tipos de memória, existem também diferentes maneiras de se adquirir conhecimento. Um dos fatores que impactam o processo de retenção, ou esquecimento, envolve emoções e humor, tema central da pesquisa e oficina em questão. Os estudos em questão tiveram como base principal o livro de Margaret W. Matlin, chamado “Psicologia Cognitiva”, e também o de John R. Anderson, “Cognitive Psychology and its

implications”. A partir dos referidos livros, foi possível compreender mais sobre aquisição de

memória e resgate de lembranças de acordo com a ciência cognitiva. Baseando-se nesse conhecimento, pode-se afirmar que as emoções e o humor influenciam a aquisição e armazenamento de memória, ou seja, algo ocorrido em um momento que traga prazer ao indivíduo de modo geral, não será lembrado com a mesma intensidade se comparado a um momento que lhe causou estranheza ou desagrado. Ainda que ‘emoções’ e ‘humor’ pareçam termos iguais, a aquisição da memória difere de acordo com cada um deles. Segundo Matlin (2004, p. 82), ‘emoç~o’ é definida como uma reaç~o a um estímulo específico, enquanto o ‘humor’ refere-se a uma experiência mais geral e duradoura (apud Bower & Forgas, 2000). Segundo Matlin (2004), memórias positivas, geralmente são mais fáceis de serem guardadas, comparadas às que trazem desagrado ou desconforto. A autora cita ainda que "uma lista de palavras agradáveis será melhor memorizada se comparada à uma lista de palavras neutras ou desagradáveis" (Matlin, 2004, p 83). Essa lembrança seletiva de palavras agradáveis é parte do “Princípio de Poliana”, segundo o qual lembramos itens agrad|veis de forma mais eficaz. Com relaç~o ao “humor”, uma das categorias de estudo de processamento de informações é o de “congruência de humor”. Em outras palavras, a informaç~o é mais facilmente memorizada se for congruente com a emoção do indivíduo no momento. (Bower, 1992; Ellis & Moore, 1999; Schacter, 1999b). A oficina trata de um teste escrito, no qual o participante escreverá em três colunas com dez palavras cada, e de temas distintos. A escrita dessas palavras será motivada pela emoção de cada participante sobre as palavras a serem escritas, sendo a primeira mais agradável e a última menos. A reescrita cega dessas palavras mostra os resultados. Utilizaremos os princípios teóricos anteriores para testar a real influência das emoções, do que consideramos agradável ou não, nas memórias de trabalho. Palavras-chave: memória de trabalho; princípio de Poliana; congruência de humor; emoção; lembrança; cognição.

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Espaço limitado de armazenamento no Circuito Fonológico da Memória de Trabalho

Leonardo Silva Duarte Melissa Petrocinio Renato França FIlho Yasmin Canela Ferreira Orientadora: Elizabeth Pazello

A nossa capacidade limitada dos processos cognitivos foi denominada primeiramente de memória de curto prazo. Essa é de curta duração e imediata, capaz de reter informações durante até 30 segundos, e se relaciona com o material que processamos em determinado momento. A memória de curto prazo é de suma importância na compreensão da linguagem oral e escrita porque nos permite manter cada palavra ativa, reconhecê-la, analisá-la semanticamente além coordenar também nossas atividades mentais permanentes. Em "Psicologia Cognitiva" (2004), de Margaret W. Matlin nos é apresentado teorias e experimentos sobre percepção, memória, pensamento e linguagem. Na aquisição e desenvolvimento da linguagem, as diferentes memórias são fundamentais para o aprendizado. A memória de trabalho e seus componentes é abordada por vários teóricos, dois deles são retratados como as principais teorias sobre memória de curto prazo. Com o artigo intitulado "The Magical Number Seven, Plus or Minus Two: Some Limits on Our Capacity for

Processing Information" (1956), ("O Mágico Número Sete, Mais ou Menos Dois: Algumas

Limitações da Nossa Capacidade de Processar Informações"), de George Miller, surgiu a teoria da memória de curto prazo. O autor propunha que podemos reter somente um número limitado de itens na memória de curto prazo. Em contrapartida, em 1975 surge a pesquisa de memória de curto prazo, rebatizada como "memória de trabalho", feita pelo britânico Alan Baddeley. De acordo com o pesquisador, a memória de trabalho possui três componentes distintos, cada um com capacidades independentes: o circuito fonológico, o bloco de esboço visuoespacial e o executivo central. O presente trabalho pretende analisar o circuito fonológico, o qual é responsável pelo armazenamento de um número limitado de sons em um período curto, baseado em um estudo clássico de Wickelgren (1965). A análise tem como objetivo demonstrar as confusões auditivas, como, as substituições acústicas de estímulos similares da memória de trabalho. Este é um estudo preliminar que visa investigar a influência da língua utilizada na apresentação do estímulo linguístico sobre a memória fonológica de trabalho. Para atingir este objetivo, serão apresentados como estímulos a memória dos participantes, números proferidos na língua portuguesa e língua inglesa. Durante a aplicação do teste os participantes deverão escutar a lista de números ditadas em duas línguas. Após a conclusão dessa primeira tarefa, os partícipes registrarão em uma folha os elementos escutados. Espera-se os melhores resultados, da tarefa de assimilação, de indivíduos com conhecimento prévio da língua portuguesa brasileira como língua materna e da língua inglesa como língua estrangeira.

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A voz da máquina: Um Teste de Turing fonético com o uso de tecnologia Text-to-Speech

Lucas Miguel de Bail Ribas Orientadora: Elizabeth Pazello

No artigo “Computing Machinery and Intelligence” de 1950, o matem|tico brit}nico Alan Turing descreve o “Teste de Turing” (TT), uma tentativa de responder a pergunta: “Máquinas podem pensar?” Esse teste se baseia em um jogo chamado “The Imitation Game”, no qual h| 3 participantes, um homem (A), uma mulher (B) e um interrogador (C). O objetivo do jogo é que o interrogador seja capaz de adivinhar, por meio de questionamentos, qual participante é o homem e qual é a mulher, sem os poder ver ou ouvir. Turing propõe a seguinte pergunta: “O que irá acontecer se uma máquina to

mar o lugar de (A) nesse jogo?” Resumidamente, o teste baseia-se em verificar se a inteligência de uma máquina pode ser equivalente ou indistinguível à de um ser humano. É perceptível o aumento do uso de tecnologias de inteligência artificial (IA) nos últimos anos, principalmente no meio comercial. Atendimentos automáticos por texto tem se tornado relativamente comuns. Além desse tipo de uso, algumas empresas têm explorado uma tecnologia da área de IA chamada Text-to-Speech (TTS), ou “Síntese de Fala”, na qual a máquina é capaz de converter texto ortográfico em fala humana. Esse tipo de ferramenta possui um grande potencial para a área de ensino de línguas, proporcionando uma facilidade durante a elaboração de material didático. Porém, surge o questionamento: “Pode a voz de uma máquina ser usada de referência para o ensino de uma língua?” Essa questão se relaciona com a ideia de naturalidade, um atributo subjetivo multidimensional, não muito fácil de ser quantificado. Há um número enorme de possíveis deficiências, em diferentes níveis, que podem causar uma fala sintética a não soar natural. De acordo com Anderson (2008, p. 2), há uma visão ressurgindo que a IA precisa prestar mais atenção em como o pensamento humano funciona. Este trabalho propõe dar atenção ao processo cognitivo de reconhecimento de voz, através de uma espécie de “Teste de Turing” com o uso de tecnologia TTS. De maneira resumida, serão usadas falas produzidas pela máquina e por humanos, todas na língua inglesa, tendo os participantes da pesquisa que classificar o nível de naturalidade dos áudios, justificando cada avaliação a partir de aspectos fonéticos e prosódicos. Masahiro Mori, em seu trabalho “The Uncanny Valley” (O Vale da Estranheza) de 1970, define o conceito de mesmo nome, o qual se refere a quando robôs parecem quase humanos, mas alguns aspectos parecem não estarem exatamente corretos. No entanto, os olhos muito grandes ou proporções erradas dos robôs podem remeter as pessoas a coisas de pesadelos. Esse conceito tem esse nome pois se baseia em um gráfico que demonstra como nossa afinidade em relação a robôs varia com sua proximidade a forma humana. Mori previu que em certo ponto, um pouco antes do robô parecer completamente humano, a afinidade se tornaria repulsa. A partir desse estudo, espera-se chegar mais próximo de uma definiç~o concreta de “natural”, no que se refere à fala humana, visando entender alguns dos fatores que podem levar uma voz a cair no “Vale da Estranheza Fonética”.

Palavras-chave: teste de Turing; vale da estranheza; TTS; síntese de fala; inteligência artificial.

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3.2.2 Grupo Aquisição e Ensino de Inglês como Língua Estrangeira

“Uma língua que abre portas”: a autopercepção do inglês para estudantes de uma escola pública de Curitiba

Bruno Pereira Fedora Muñoz Alcaino Orientadora: Andressa Brawerman Albini A lí ngua inglesa e um “feno meno linguí stico” alheio a fronteiras (RAJAGOPALAN, 2007). Em um paí s como o Brasil, hostil a grandes aberturas econo micas, o discurso ideolo gico de que a lí ngua inglesa e um conhecimento acesso rio ou elitista afasta essa ferramenta de um pu blico especí fico: os estudantes de escolas pu blicas. Permitir que eles se expressem e uma atitude de abertura e acolhimento para com os seus interesses e limitaço es (LIMA, 2017), e os questiona rios sa o bastante oportunos nesse sentido. Assim, este trabalho faz uma reflexa o sobre possibilidades e limitaço es do ensino e aprendizagem de ingle s na escola pu blica. A amostra analisada foi uma turma de 24 alunos do 3º ano do ensino me dio te cnico, com idades entre 17 e 19 anos, de uma escola localizada no bairro Rebouças, em Curitiba. Inspirado no modelo proposto por Hodgson (2010), o questiona rio aplicado apresentava duas partes. A primeira tinha 10 questo es, composta por cinco perguntas qualitativas acerca de dificuldades e interesses, e cinco questo es de mu ltipla escolha, abordando aspectos operacionais, como uso de diciona rio e tarefa de casa. A segunda parte permitia a livre expressa o sobre um espectro variado de temas de cultura geral. As respostas dos alunos evidenciam sua autopercepça o e o interesse em transitar entre a cultura materna e culturas estrangeiras. Por exemplo, dos 24 entrevistados, 23 declararam que imaginam que utilizara o a lí ngua inglesa no futuro. Ademais, dos 21 que gostam de estudar ingle s, 15 fazem tarefa de casa e revisa o de conteu do, ainda que esporadicamente; dos sete alunos que na o fazem tarefa, seis dizem gostar da mate ria; e 16 leem e pesquisam diretamente em ingle s. Na questa o “Voce acredita que pode aprender ingle s na escola?”, uma apertada maioria declarou que na o, devido a fatores como a nivelaça o das turmas e o espaço da disciplina na grade curricular. Entre os que declararam ser possí vel, a justificativa recorrente era o esforço individual como catalisador do processo de aprendizagem. Quando inquiridos se usariam o ingle s futuramente, a maioria expressou interesses conformes ao zeitgeist contempora neo: viajar, conhecer novas culturas, ampliar as oportunidades de trabalho e relaço es sociais. Embora na o enseje concluso es generalistas, pois trata-se de uma escola situada em uma vizinhança afluente, e de um questiona rio com amostragem pequena, os resultados indicam que a lí ngua inglesa impacta positivamente no cotidiano e nas aspiraço es dos alunos (LIMA apud RAJAGOPALAN, 2017, p.244). Diante desta perspectiva, espera-se que as aulas forneçam o substrato para que o aprendiz adquira o desejo de ultrapassar os limites de tempo e espaço impostos pelo currí culo escolar (LIMA, 2009).

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Literatura fantástica como recurso pedagógico para o ensino-aprendizagem de língua inglesa

Camila Helena Pereira da Rosa Geovanna Franco Hayden Orientadora: Andressa Brawerman Albini

É notória a importância da literatura para a formação do indivíduo, mas no que tange o ensino de uma língua estrangeira isso torna-se uma problemática. No Brasil, em particular, percebe-se que as escolas públicas ou até mesmo os cursos de idiomas vêm trazendo métodos de ensinos repetitivos. O que se percebe é que o estímulo dado ao aluno limita-se a trazer para si apenas o conhecimento em sala de aula. Considerando o contexto anteriormente descrito, o propósito desta pesquisa é de promover uma reflexão sobre como se caracteriza o conhecimento adquirido pelo aluno a partir da literatura fantástica e o que o aluno pode levar para casa com o objetivo de estimulá-lo dentro e fora da sala de aula. Além disso, temos o intuito de defender a implantação da literatura fantástica como um eficiente método de ensino, que pode estimular o aluno e abrir uma ampla gama de recursos pedagógicos para o professor no que se refere a aulas mais dinâmicas, interessantes e divertidas. Para tanto, este trabalho está dividido em duas etapas. Na primeira, se fez um levantamento bibliográfico abrangendo trabalhos acadêmicos que levam como tema principal o uso de literatura fantástica para o ensino de língua inglesa, assim como seus principais autores. Nessa etapa, também levamos em consideração a experiência de uma das autoras deste trabalho com o aprendizado mediante a literatura fantástica para embasar o que é proposto em nossa pesquisa. Na segunda etapa, como um estudo investigativo e de análise descritiva, analisamos e estudamos o recorte bibliográfico realizado com a intenção de justificar nossa proposta. Segundo Silva (2012), o aspecto primordial da literatura é propiciar prazer tendo como principal característica uma simulação da realidade. A releitura da realidade de uma forma fantasiosa pode trazer aos alunos um estímulo a mais para comparecer às aulas de inglês, já que nesse ambiente poderão participar de inúmeras atividades criativas, pegando gosto pela leitura e tornando o aprendizado mais intuitivo e prazeroso, além de aproximar o aluno com assuntos mais palpáveis à sua realidade fora da escola. Por fim, este estudo mostra que o aprendizado dos quatro elementos da língua pela aplicação da literatura em sala de aula pode levar o aluno a evoluir em todos os campos, com a ajuda da criatividade e dos meios tecnológicos disponíveis, pois a fantasia pode ser encontrada em diversas mídias digitais, como filmes, jogos, séries e músicas. O fantástico também pode ser trabalhado em gincanas, peças de teatro, escrita criativa, paródias e poesia, tendo como objetivo secundário a ampliação da visão cultural do estudante.

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O Aprendizado de Língua Inglesa para Alunos da Terceira Idade e suas Implicações Millena Marceli Torquato dos Santos

Rosana do Rocio Ramos Anastácio Orientadora: Andressa Brawerman Albini

De acordo com o Estatuto do Idoso (2003), a preservação da saúde mental dos indivíduos da terceira idade, assim como seu aperfeiçoamento intelectual, são direitos garantidos por lei. A aplicação e manutenção desses direitos são enfatizadas no artigo 21, parágrafo primeiro, que declara, entre outras garantias, a necessidade de acesso a currículos e metodologias, bem como materiais didáticos adequados às suas demandas para sua integração efetiva à vida social moderna. Considerando a Língua Inglesa como uma ferramenta de acesso a esse contexto e, de acordo com as proposições de Valente (2001), a aprendizagem é realizada através de um processo contínuo, acompanhando o indivíduo durante todo o seu período de vida. Levando esse conceito em consideração e por concordarmos que a aprendizagem é viável nas mais diversas fases da vida dos sujeitos, acabamos por definir o tema de nossa pesquisa. Sendo assim, foi considerada uma avaliação sobre quais características majoritariamente compõem o processo de aquisição de Língua Inglesa como segunda língua e quais implicações ocorrem no processo em se tratando de turmas formadas exclusivamente por alunos idosos. Nosso objetivo primordial foi avaliar o ensino concreto de idosos e os desafios encontrados por eles e pelo docente, investigando a percepção de aprendizagem desse grupo depois de um longo intervalo de tempo no qual os alunos ficaram afastados do ensino formal. Com esse objetivo em mente, nossa justificativa para esta pesquisa foi ponderar a necessidade de promover um ensino mais efetivo que atenda às necessidades de estudantes idosos. Uma vez que esse é um tópico um tanto quanto negligenciado no meio acadêmico, é relevante que se abordem temas no que tange a esse assunto, legitimando o que foi definido previamente no Estatuto do Idoso (2003) acima mencionado. À medida que fomos desenvolvendo leituras para embasar nossa pesquisa, adotamos por metodologia uma aplicação de questionário em uma turma de estudantes pertencentes à terceira idade. Assim, aplicamos um questionário de 10 perguntas direcionadas aos alunos e à sua experiência em sala de aula e realizamos uma entrevista com a professora da turma avaliada considerando suas impressões sobre ministrar aulas para alunos da terceira idade. Por fim, foi realizada uma averiguação de resultados do questionário e entrevista para perceber a comprovação, ou não, dos resultados esperados, que são avaliar se as metodologias de ensino utilizadas, tratando-se de alunos com necessidades específicas, são adequadas às demandas desses discentes. Outra perspectiva seria a consideração da influência de mais pesquisas teóricas no meio acadêmico focadas no assunto e a diferença efetiva que elas fariam no contexto de sala de aula.

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O paradigma da complexidade e a linguística: Uma revisão de literatura

Otávio Augusto Rodrigues Bernardo Silva Orientadora: Andressa Brawerman Albini

Esta pesquisa busca definir o que são os Sistemas Adaptativos Complexos (SAC) e procura, através de uma revisão da literatura, propor como adotar o SAC como visão de língua pode gerar benefícios ao realizar análises linguísticas. Em paralelo ao presente trabalho, uma pesquisa de conclusão de curso na área de fonética acústica segmental está sendo desenvolvida pelo autor, e o paradigma da complexidade foi adotado como visão de língua. De maneira elementar, o SAC é um conceito interdisciplinar oriundo da física e da matemática, mas que encontra implicações em diversas áreas, como economia, biologia e química - além, é claro, da linguística (BARANGER, 2000). Os SACs pressupõem uma visão de mundo não-linear e caótica, em vez da clássica visão de que o mundo seria simples e previsível. Baranger (2000) traz como exemplo natural de complexidade os fractais, modelos matemáticos de objetos que podem ser subdivididos inesgotavelmente e seus detalhes continuarem a remeter ao todo do conjunto, possuindo, em si, recursividade infinita. A linguagem também pode ser encarada de um ponto de vista complexo (BECKNER et al., 2009) , uma vez que, adotando a interação como a base da língua, os falantes e ouvintes interagem de modo extremamente complexo, com seus enunciados, motivações, contextos sociais, etc. se interligando e refletindo na própria língua. Beckner et al. (2009) também trazem a complexidade como um afastamento das visões de língua de caráter gerativo, uma vez que a língua, nessas formas, é vista como um sistema estático e de gramática consolidada como um conjunto de regras imutáveis. Contrapondo-se ao imutável, a complexidade responde munida de uma gramática baseada na frequência de uso, que leva em conta fatores como o número de ocorrência de itens lexicais. Larsen-Freeman (2013) incorporou a complexidade em seu trabalho ao notar que abordagens como a de Second Language Acquisition reduziam a língua a análises não-maleáveis e nada interdisciplinares. Essa autora também colabora com o estudo teórico trazendo características dos SACs, como o modo de pensar dialógico, que substituiria o modo monológico. Seria possível, dialogicamente, encarar dois conceitos opostos de maneira complementar, e não excludentes. Outra característica trazida por Larsen-Freeman (2013) é como as contradições da pesquisa e de resultados podem ser observadas como paradoxo e não simplesmente erros. Uma das possíveis implicações disso é a inclusão de análises qualitativas e não somente quantitativas em pesquisas da área de fonética e fonologia. Dessa forma, o foco da análise não é dado somente às estatísticas numéricas de uma pesquisa, mas também às idiossincrasias de cada informante.

Palavras-chave: sistemas adaptativos complexos; complexidade; revisão de literatura; linguística; fonética.

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3.2.3 Grupo Interculturalidade, Aspectos Culturais e o Ensino de Línguas Estrangeiras

Interculturalidade em sala de aula: o uso da literatura moderna nas aulas de PFOL

Andréa Carla dos Santos Caroline dos Santos Ilga Fernandes Orientadora: Maristela Pugsley Werner

Atualmente o mundo tem sofrido movimentos migratórios que podem ser tanto físicos quanto discursivos. Essa globalização de culturas gerou uma dialética de etnocentrismo e universalismo. Além disso, Günther Augustin (2008) explica que o conceito de interculturalidade pode ser ligado ao fato de que a migração gera encontros culturais e discursos que, muitas vezes, são refletidos em textos literários. A literatura expressa pensamentos, sentimentos e a realidade de uma sociedade em uma determinada época. De acordo com Luk|cs (2000), esse espelhamento da sociedade reflete “a ideologia vigente na sociedade, e atribui { arte um car|ter subversivo”. De acordo com Aguiar e Bordini (1993), trabalhar a literatura na sala de aula possibilita uma identificação dos estudantes com o texto, uma vez que a leitura propicia que desenvolvam um pensamento crítico baseando-se em suas vivências e experiências. Sendo assim, Krashen (1985) traz o conceito do filtro afetivo, que está fortemente ligado à aquisição e aprendizagem de uma língua. Nesse sentido, a aplicação da literatura em aulas de PFOL foi estudada por Takahashi (2014), em que a autora discute a dinâmica do ensino por meio de textos literários e as práticas sociais dos aprendizes de Língua Portuguesa. A partir disso, o objetivo deste trabalho é propor formas de utilização da literatura em aulas de Português para falantes de outras línguas (PFOL) da UTFPR-CT. Para o nível intermediário, foram elaborados três planos de aula com base nas obras Americanah (2013), de Chimamanda Ngozi Adichie, e A Very Large Expansive Sea (2018), de Tahereh Mafi. As duas obras contam histórias permeadas de questões socioculturais. Em Americanah, Chimamanda foca na história da protagonista nigeriana Ifemelu que retrata sua experiência como imigrante nos Estados Unidos. Já no livro A Very Large Expansive Sea, Tahereh relata a experiência de Shirin, uma adolescente descendente de sírios, que vive nos Estados Unidos durante a primeira década dos anos 2000. Essas duas obras foram escolhidas para que houvesse um maior alcance entre os alunos estrangeiros, pois retratam de forma ficcional situações que podem ser vividas por eles. Os planos de aula elaborados contêm atividades como discussão de trechos das obras, roda de conversa e elaboração de uma produção escrita retomando pontos que seriam discutidos durante as aulas e visando um envolvimento maior dos alunos nas aulas de PFOL. Nesse contexto intercultural, objetiva-se mostrar de que forma a literatura facilitaria o aprendizado da língua estrangeira criando uma ponte entre o aluno e a língua.

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