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FONTES E DOSES DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS NA QUALIDADE DE MUDAS DE ALFACE Paulo Sérgio Santos Silva 1 ; Dr. Rubens Ribeiro da Silva 2

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FONTES E DOSES DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS NA QUALIDADE DE

MUDAS DE ALFACE

Paulo Sérgio Santos Silva1; Dr. Rubens Ribeiro da Silva2

1 Aluno do Curso de agronomia; Campus de Gurupi; e-mail: paulo_sergio_777@ hotmail.com “PIBIC/UFT” 2 Orientador do Curso de agronomia; Campus de Gurupi; e-mail: rrs2002@mail.uft.edu.br

RESUMO

A produção de muda representa 60% do sucesso de uma cultura. Para avaliar o efeito da aplicação de substâncias húmicas como bioestimulante na produção de mudas de alface realizou-se o experimento seguindo um delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por duas fontes de substâncias húmicas: ácido húmico em função da aplicação de nitrogênio e o Fertiactyl GZ®. O acido húmico foi aplicado nas doses de 7,3 ml L-1; 14,6 ml L-1 e 21,9 ml L-1, com aplicação de dose de nitrogênio de 1 dag kg-1 e o Fertiactyl GZ® na concentração de7,3 ml L-1. Para avaliação do desenvolvimento de mudas de alface avaliou-se: Número de folhas (NF); Altura da planta (AP); Diâmetro do caule (DC); Matéria seca parte aérea (MSPA) e Matéria seca da raiz (MSR); Comprimento de Raiz (CR). A aplicação de bioestimulante (ácido húmico ou o produto comercial Fertiactyl GZ®) promove melhoria na qualidade de mudas de alface.

Palavras-chave: Alface Elba; Ácidos húmicos; Fertiactyl GZ®; bioestimulante.

INTRODUÇÃO

Na busca por técnicas que maximizem o processo de produção de mudas, o emprego de bioestimulantes tem sido uma prática eficiente (SCALON et al., 2009). A produção de muda representa 60% do sucesso de uma cultura, uma vez que da qualidade das mudas depende o desempenho final das plantas nos canteiros de produção (ROSA et al., 2009). A ação das substâncias húmicas é dada na fisiologia, morfologia e absorção de nutrientes pelas plantas (NIBAU et al., 2008). Muitos dos efeitos benéficos dos bioestimulantes são baseados na sua habilidade de influenciar a atividade hormonal das plantas, que é responsável por regularem o desenvolvimento normal da planta bem como as respostas ao ambiente onde se encontram (LONG, 2006). Diante do exposto, o efeito biostimulante das substâncias húmicas (principalmente os ácidos húmicos e fúlvicos) sobre o desenvolvimento vegetal ainda demanda de resultados de pesquisa científica, pois este depende do tipo da fonte de onde estas são isoladas, do tipo e da idade das plantas, da concentração de substâncias húmicas no meio, assim como das doses de aplicação utilizadas na produção agrícola (SANTOS et al.,

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2008). Há um requerimento por dados de pesquisa sobre essas substâncias orgânicas para nortear o uso de produtos comercias e de estercos e outros resíduos orgânicos, e avaliar a influência desses materiais na dinâmica de absorção de nutrientes e no desenvolvimento de plantas. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo o efeito da aplicação de substâncias húmicas como bioestimulante na produção de mudas de alface.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal de Tocantins Campus Gurupi, na localização de 11°43’45”de latitude e 49°04’07” de longitude e altitude de 280 m. O clima regional é do tipo B1wA’a’ úmido com moderada deficiência hídrica segundo classificação de Köppen adaptado ao Brasil. As mudas de alface (Lactuca sativa L.) utilizadas foram produzidas sob casa de vegetação específica para produção de mudas, em bandejas de poliestireno expandido (Isopor®) e as sementes foram semeadas em substrato Germinar®.

O experimento foi implantado seguindo um delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por duas fontes de substâncias húmicas: ácido húmico em função da aplicação de nitrogênio; Fertiactyl GZ®. O acido húmico foi aplicado nas doses de 7,3 ml L-1; 14,6 ml L-1 e 21,9 ml L-1, com aplicação de dose de nitrogênio de 1 dag kg-1 e o produto comercial Fertiactyl GZ® na concentração de 7,3 ml L-1. A aplicação de substâncias húmicas nas mudas de alface foi feita a partir do oitavo dia, utilizando um borrifador manual e continuou sendo realizada semanalmente.

As plantas foram avaliadas aos 21 dias após a semeadura (DAS) quando as mudas apresentaram em torno de 4-5 folhas definitivas. Para avaliação do desenvolvimento de mudas de alface foram usados os indicadores: Número de folhas (NF); Altura da planta (AP); Diâmetro do caule (DC); Matéria seca parte aérea (MSPA) e Matéria seca da raiz (MSR); Comprimento de Raiz (CR). A determinação da altura da muda e o comprimento da raiz foram realizados com uma régua graduada em milímetro, medindo a distância entre o colo e o ápice da muda. O diâmetro do caule foi medido utilizando-se um paquímetro digital com a leitura dada em milímetro. A massa seca da parte aérea e da raiz foi obtida após a secagem em estufa com circulação forçada de ar, a 60 ºC durante 72 horas, procedendo à pesagem em balança analítica eletrônica (0,0001 g). Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância e teste Tukey a 5 % de significância utilizando o software Sisvar.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A aplicação das substâncias húmicas aumentaram a altura de plantas (AP) e o número de folhas (NF). O melhor resultado de Altura de plantas (AP) foi obtido na dose de 21,9 ml L-1 ácido húmico com a aplicação de nitrogênio (1 dag kg-1 de N) (Figura 1a), Os melhores resultados no Numero de Folhas (NF) foram obtidos com o AH comercial Fertiactyl GZ® (Figura 1b).

Figura 1. Altura de plantas de mudas de alface (a) e Números de Folhas de mudas de alface (b) aos 21DAS produzidas sob efeito das concentrações de ácidos húmicos. UFT, Gurupi-TO, (2013). AH1: concentração de 7,3 ml L-1; AH2: concentração de 14,6 ml L-1; AH3: concentração de 21,9 ml L-1.

Bezerra et al., (2007) na determinação da eficiência de dois bioestimulantes, Fertiactyl GZ® e Ruterr AA®, em alface observaram o maior número de folhas na concentração de 0,75% com o Fertiactyl GZ®. Discordando dos resultados em relação à altura de plantas, Rodrigues (2013) observou que o Fertiactyl GZ® foi mais eficiente que a fonte de AH-Alternativo no incremento na altura de plantas de Alface. A Massa Seca da Parte Aérea (MSPA) e a Massa Seca da Raiz (MSR) foram aumentadas em função da aplicação das substâncias húmicas. O AH-Alternativo 3 (AH3) com 1 dag kg-1 de nitrogênio, foi mais eficiente promovendo aumento de aproximadamente 300% na MSPA (Figura 2a) e 457% na MSR (Figura 2b).

Figura 2. Massa Seca da Parte Aérea (a) e Massa Seca da Raiz (b) de mudas de alface aos 21DAS produzidas sob efeito das concentrações de ácidos húmicos. UFT, Gurupi-TO, (2013). AH1: concentração de 7,3 ml L-1; AH2: concentração de 14,6 ml L-1; AH3: concentração de 21,9 ml L-1.

a b

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Uma explicação para o aumento na produção de biomassa pode estar relacionado com melhoria na absorção de nutrientes pelas plantas devido à influência das substâncias húmicas na permeabilidade da membrana celular (VAUGHAN et al., 1985). O incremento na indução de raízes laterais está diretamente relacionado com o fitormônio auxina, pois este atua nos estádios iniciais de formação do primórdio radicular, ativando a divisão das células do periciclo (CASIMIRO et al., 2001). A aplicação de substâncias húmicas proporcionou aumento no comprimento da raiz (CR) e no diâmetro do colo (DC) (Figura 3). O AH comercial Fertiactyl GZ® e o AH2 foram os mais eficientes no aumento do DC e do CR, respectivamente. Houve um aumento de 27 % e 54% no CR e DC respectivamente em função das substâncias húmicas.

Figura 3. Diâmetro do Colo (a) e Comprimento da Raiz (b) de mudas de alface aos 21DAS produzidas sob efeito das concentrações de ácidos húmicos. UFT, Gurupi-TO, (2013). AH1: concentração de 7,3 ml L-1; AH2: concentração de 14,6 ml L-1; AH3: concentração de 21,9 ml L-1.

Zandonadi et al. (2007) verificaram que concentrações muito pequenas de auxinas promovem o crescimento do eixo principal, que nesse caso explicaria o menor desempenho do AH1 quanto ao CR. Com relação ao diâmetro do colo, Campos e Uchida (2002) citam esse como um bom indicador da qualidade da muda para a sobrevivência e crescimento após o plantio no local definitivo. Desse modo, plantas produzidas com AH comercial Fertiactyl GZ® e o AH3 teriam maiores índices de sobrevivência.

LITERATURA CITADA

BEZERRA, P. S. G.; GRANGEIRO, L. C.; NEGREIROS, M. Z.; MEDEIROS, J. F. Utilização de

bioestimulante na produção de mudas de alface. Científica, Jaboticabal, 35, n.1, p.46 – 50. - 2007.

CAMPOS, M. A. A.; UCHIDA, T. Influência do sombreamento no crescimento de mudas de três espécies amazônicas. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, 37 n.3, 2002.

CASIMIRO, I.; MARCHANT, A.; BHALERAO, R.P.; BEECKMAN, T.; DHOOGE, S.; SWARUP, R.; GRAHAM, N.; INZE, D.; SANDBERG, G.; CASERO, P.J.; BENNETT, M. Auxin transport promotes Arabidopsis lateral root initiation. Plant Cell, 13 p. 843-852, 2001.

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LONG, E. The importance of biostimulants in turfgrass management. Disponível em: http://www.golfenviro.com/Article%20Archive/Biostimulants-Roots.htm. Acesso em 10 Set. 2006.

NIBAU, C.; GIBBS, D. J.; COATES, J. C. Branching out in new directions: The control of root architecture by lateral root formation. New Phytolologist, 179, p. 595-614, 2008.

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AGRADECIMENTOS

Referências

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