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Boas Práticas em Cirurgia Bariátrica Contextualizando custo x benefício. Silvana M Bruschi Kelles Unimed BH

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(1)

Boas Práticas em Cirurgia Bariátrica

Contextualizando custo x benefício

Silvana M Bruschi Kelles

Unimed BH

(2)

Declaração de possíveis conflitos de

interesses

Consultoria DECIT- Ministério da Saúde

IATS/UFMG – Instituto de Avaliação de Tecnologias (convênio de 6 Universidades Federais do Brasil) Financiamento para

pesquisa

CNPq/MS- Avaliação da difusão e do impacto

econômico-financeiro de tecnologias cardiovasculares. Palestras e conferências Nenhum

Outras fontes de remuneração

UNIMED Belo Horizonte

Núcleo de Avaliação de Tecnologias do Hospital das Clínicas da UFMG – NATS/UFMG

(3)

Obesidade

Prevalência

Causas

IMC Brasil* Estados Unidos #

> 30kg/m² 16,9% mulheres

12,5% homens 33% população

> 40kg/m²) 0,64% 4,7%

*IBGE- Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009

#Scheneider. Diabetes Care 2005

•Genéticas

•Comportamentais

•Consumo elevado de calorias •Vida sedentária

(4)

Prevalência de excesso de peso e de obesidade na população com 20 anos ou mais de idade, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde - OMS, por sexo, segundo as

classes de rendimento total e a variação patrimonial mensal familiar per capita Brasil -período 2008-2009

Classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiar per capita

(salários mínimos)

Prevalência de excesso de peso e de obesidade, na população

com 20 ou mais anos de idade, por sexo (%)

Masculino Feminino Excesso de peso Obesidade Excesso de peso Obesidade Até 1/4 30,9 5,5 43,8 15,1 Mais de 1/4 a 1/2 37,0 6,9 44,2 14,6 Mais de 1/2 a 1 43,7 9,6 47,8 16,3 Mais de 1 a 2 51,5 13,3 49,9 18,0 Mais de 2 a 5 58,7 16,1 49,1 18,1 Mais de 5 63,2 17,1 45,7 15,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares -2008-2009

(5)

Morbidade

OBESIDADE

Diabetes tipo II Doenças cardiovasculares

Hipertensão arterial Doença articular degenerativa

Litíase biliar

Varizes dos membros inferiores Doença hemorroidária

Neoplasia do cólon Neoplasia da mama Asma / Bronquite /

Apneia do sono

(6)

Paradoxo da vida moderna

Beleza=magreza

(7)

Tratamento

Para obesidade leve ou moderada: Dietas

Exercícios

Terapias comportamentais Medicamentos

Para obesidade mórbida:

Tratamento conservador falha em 90% das vezes Cirurgia bariátrica

Fisher et al Am J Surg 2002 Scheider et al Diabetes Care 2005

(8)

Estamos tratando a obesidade mórbida?

Tema multidisplinar  afecção biotecnológica

Obesidade como matemática

IMC, circunferência abdominal ....

(9)

Quantos endocrinologistas o paciente

consultou antes da cirurgia bariátrica?

1 39% 2 23% 3 12% 4 8% 5 4% ≥6 14%

(10)
(11)

Efeitos benéficos da cirurgia bariátrica

• Evolução da

perda de peso

após cirurgia

bariátrica

(12)

Custos envolvidos no manejo do paciente

obeso mórbido

Comorbidades Mortalidade U$100 bilhões nos

EUA em 1995

Complicações Comorbidades Mortalidade

Pré-cirurgia Pós-cirurgia

(13)

53 internações antes da cirurgia e 95 depois!

Custo médio antes da cirurgia: U$391,96, depois U$678,31 p=0,003 Avaliação um ano antes e um ano após a cirurgia bariátrica,

(14)
(15)

Cirurgia bariátrica

Laparotômica versus laparoscópica

Mortalidade

Tempo de internação

Morbidade

Custos

(16)

Comparação de desfechos intrahospitalares

cirurgia bariátrica

laparoscópica versus laparotômica

19.156 pacientes – 74,5% laparoscópica e 25,5% laparotômica.

(Cenário cirurgiões estão habituados à técnica laparoscópica)

Pacientes submetidos a cirurgia aberta significativamente mais

ICC (1,95% vs 1,20%)

doenças da circulação pulmonar (0.59% vs 0,34%)

Pacientes submetidos a cirurgia laparoscópica significativamente mais

Depressão (21,60% vs 18,55%)

IMC não foi avaliado

(17)

NNT – Number needed to treat

Quantos pacientes se deve tratar para que um apresente o

desfecho desejado

NNH – Number needed to harm

Quantos pacientes se deve tratar para que um apresente o

(18)

Comparação de desfechos: cirurgia bariátrica via laparoscópica

versus aberta, no pós-operatório imediato

Weller et al. Ann Surg 2008

Tipo de cirurgia/

Tipo de complicação em %

Laparoscópica Aberta P valor

Complicação pulmonar* 1,47 3,37 <0,001 Complicação cardiovascular** 0,61 1,17 <0,001 TEP ou TVP 0,12 0,25 0,02 Sepse 0,46 1,11 <0,001 Extravasamento na anastomose 1,43 1,97 0,05 Reoperação 0,26 1,14 <0,001 Mortalidade (intra-hospitalar) 0,11 0,26 0,03

* 12 alterações vasculares a mais do pulmão, **36 ICC a mais, efeito do IMC??

NNH 53 179 769 154 185 114 667

(19)

Análise crítica sobre o estudo

1. Não foi avaliado IMC : quanto maior IMC maior a chance de procedimento aberto  paciente de mais alto risco

Mortalidade intra-hospitalar Geral Superobesos 0,2% - Nguyen 2004 4,1% - Souto 2004 (100%) 0,3% - Nugyen 2007 4,1% - Diniz 2008 (60%) 0,4% - Christou 2004 Mortalidade 30 dias 0,3% - Buchwald 2007 1,25% - Buchwald 2007 Mortalidade (intra-hospitalar) 0,11 0,26 Laparoscópica Laparotômica

(20)

Análise crítica sobre o estudo

2. Os pacientes que começaram com cirurgia laparoscópica mas que tiveram que ser convertidos para cirurgia aberta, foram codificadas como “cirurgia aberta” 3. Maior número de indivíduos com problemas pulmonares e respiratórios, na linha de base, estavam no grupo submetido a cirurgia aberta.

(21)

Cirurgia bariátrica

Laparotômica versus laparoscópica

Resultados em longo prazo

(22)

Bypass gástrico Y de Roux Aberta Laparoscópica

Tempo médio hospitalar (dias) Maior Menor Hérnia incisional Maior Menor Necessidade de reoperação Menor Maior Deiscência de anastomose Menor Maior Obstrução intestinal Menor Maior Mortalidade (imediata ou tardia) Similar

Perda de peso Similar SÍNTESE DO ESTUDO

Estudos (87%) observacionais

(23)

Cirurgia bariátrica

Laparotômica versus laparoscópica

Custos

(24)

Weller et al. Ann Surg 2008

Tipo de cirurgia Outros parâmetros

Laparoscópica Laparotômica P valor

Custos da cirurgia (estudo)

Média e desvio padrão (U$) 36.892 (2.381) 36.839 (2.218) 0,91 Mediana (U$) 30.033 28.107 <0,001

*Considerando para cirurgia laparoscópica:Custo da cirurgia aberta+ diferença de grampeadores e tesoura coaguladora- 1 dia de internação (Tx conversão (06/2011) 1U$=R$1,58)

Custos da cirurgia (Brasil)

Média e desvio padrão (U$) 9.500,92* 4.627,50 (1.791,70) Mediana (U$) 9.056,69* 4.183,27

36.892 (2.381) 36.839 (2.218)

(25)

Para 800 cirurgias/ano (se todas fossem laparoscópicas) Gasto com cirurgia aberta ≈ R$ 5.850.000,00

Com cirurgia laparoscópica ≈ R$ 12.000.000,00

(26)
(27)

Figure. Health Care Expenditures and Life Expectancy in the United States and Ten Other Developed Countries, 2005.Western European countries for which data are represented by the blue dots include Austria, Belgium, Denmark, Germany, Norway, Sweden, Switzerland, and the United Kingdom. Data are from the National Center for Health Statistics, Centers for Disease Control and Prevention, Department of Health and Human Services (http://stats.oecd.org./index.aspx).

Fuchs, Victor; Milstein, Arnold

New England Journal of Medicine. 364(21):1985-1987, May 26, 2011.

(28)

Nos EUA existem médicos que proporcionam excelente cuidado gastando 20% menos de recursos que a média nacional.

Se todos seguissem esse exemplo, o PIB gasto com saúde cairia de 17% para 13%.

Com isso, 640 bilhões de dólares estariam disponíveis para outros fins.

Por que os modelos que avaliam

custo-efetividade se difundem com tanta

dificuldade?

(29)

A redução relativa do risco é usada no lugar da redução absoluta (redução de um terço do risco de óbito  0,03 para 0,02) Divulgação, na mídia, de manchetes atraentes que podem dificultar a explicação do médico!

Dificuldade dos legisladores em implantar políticas para avaliar custo efetividade (medidas pouco populares)

Hospitais têm medo de diminuir sua taxa de ocupação e não conseguirem pagar seus custos fixos.

Necessidade de mudança na forma de pagamento tanto dos hospitais quanto dos médicos – incentivo ao baixo custo e alta qualidade

(30)

Resistência dos médicos em mudar suas práticas – por motivos financeiros e não financeiros

Desconfiança dos médicos de que, se alguma “economia” for feita , ela será “lucro” para a operadora de saúde e não para ele.

As faculdades não ensinam custo-efetivdade

A indústria de medicamentos e produtos tem muito a perder com práticas custo-efetivas

(31)

Problemas e promessas da inovação:

A saúde tem que repensar sua relação

de amor e ódio com as novidades!

(32)

Obrigada

Referências

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