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Apostila de Prevencao e Controle Dos Riscos Na Construcao Civil - NR18

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(1)

Curso de Especialização em Engenharia de

Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do TrabalhoSegurança do Trabalho

PREVENÇÃO E CONTROLE DE

PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS,

RISCOS EM MÁQUINAS,

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

(2)

PREVENÇÃO E CONTROLE DE

PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS,

RISCOS EM MÁQUINAS,

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 – –

PCRMEI

PCRMEI

COM ÊNFASE À NR

COM ÊNFASE À NR – –18, APROVADA PELA PORTARIA Nº 3.214, DE 08/06/1978,18, APROVADA PELA PORTARIA Nº 3.214, DE 08/06/1978, PREVISTA NO ARTº. 200 DA

PREVISTA NO ARTº. 200 DA LEI 6.514, DE 22/12/1977.LEI 6.514, DE 22/12/1977.

Heliton Lourenço Heliton Lourenço

Engº. Civil e de Segurança do Trabalho Engº. Civil e de Segurança do Trabalho

Especialista em Gestão Ambiental de Municípios Especialista em Gestão Ambiental de Municípios Coordenador de Curso do SENAI

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PREVENÇÃO E CONTROLE DE

PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS,

RISCOS EM MÁQUINAS,

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 – –

PCRMEI

PCRMEI

COM ÊNFASE À NR

COM ÊNFASE À NR – –18, APROVADA PELA PORTARIA Nº 3.214, DE 08/06/1978,18, APROVADA PELA PORTARIA Nº 3.214, DE 08/06/1978, PREVISTA NO ARTº. 200 DA

PREVISTA NO ARTº. 200 DA LEI 6.514, DE 22/12/1977.LEI 6.514, DE 22/12/1977.

Heliton Lourenço Heliton Lourenço

Engº. Civil e de Segurança do Trabalho Engº. Civil e de Segurança do Trabalho

Especialista em Gestão Ambiental de Municípios Especialista em Gestão Ambiental de Municípios Coordenador de Curso do SENAI

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SUMÁRIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...4 1 INTRODUÇÃO...4 1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES...5 1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES...5

1.2 CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL...6

1.2 CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL...6

1.3 OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO...8

1.3 OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO...8

1.4 Comunicação Prévia ...9

1.4 Comunicação Prévia ...9

2 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA 2 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – – PCMAT...11PCMAT...11

3 3 CANTEIRO CANTEIRO DE DE OBRAS...OBRAS...12...12

3.1 3.1 PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO DO DO CANTEIRO CANTEIRO DE DE OBRA OBRA NA NA CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL....13CIVIL....13

3.2 3.2 ÁREAS ÁREAS DE DE VIVÊNCIA...VIVÊNCIA... ...16...16

3.3 3.3 EXERCICIO EXERCICIO ANEXO ANEXO 4...4... ... ...19...19

4 DEMOLIÇÃO...19

4 DEMOLIÇÃO...19

4.1 EXERCÍCIO...21

4.1 EXERCÍCIO...21

5 5 ESCAVAÇÕES, ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES FUNDAÇÕES E E DESMONTE DESMONTE DE DE ROCHAS...ROCHAS...22...22

5.1 ESCAVAÇÕES...23

5.1 ESCAVAÇÕES...23

5.2 FUNDAÇÕES...24

5.2 FUNDAÇÕES...24

5.3 5.3 Desmonte Desmonte De De Rochas...Rochas... ... .28.28 5.4 EXERCÍCIO...29

5.4 EXERCÍCIO...29

6 CARPINTARIA...30

6 CARPINTARIA...30

7 7 ARMAÇÕES ARMAÇÕES DE DE AÇO...AÇO...31...31

8 8 ESTRUTURAS ESTRUTURAS DE DE CONCRETO...CONCRETO...32...32

9 9 ESTRUTURAS ESTRUTURAS METÁLICAS...METÁLICAS...33...33

9.1 EXERCÍCIOS...34

9.1 EXERCÍCIOS...34

10 10 OPERAÇÕES DE SOOPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTLDAGEM E CORTE A QUENTE...E A QUENTE...34...34

10.1 SOLDAGEM OXI-ACETILÊNICA...35

10.1 SOLDAGEM OXI-ACETILÊNICA...35

10.2 SOLDAGEM DE ARCO ELÉTRICO...36

10.2 SOLDAGEM DE ARCO ELÉTRICO...36

10.3 EXERCÍCIOS...37

10.3 EXERCÍCIOS...37

11 11 ACESSO TEMPORÁACESSO TEMPORÁRIO: ESCADAS, RAMPAS E PASSARELASRIO: ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS...38...38

11.1 ESCADAS...39

11.1 ESCADAS...39

11.1.1 11.1.1 Escadas Escadas portáteis portáteis ... ... ... ..39..39

11.1.1.1 11.1.1.1 De De uso uso individual individual (de (de mão)...mão)... ... ...39...39

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11.1.1.3 Extensível...40 11.1.1.3 Extensível...40 11.2 RAMPAS E PASSARELAS...42 11.2 RAMPAS E PASSARELAS...42 11.3 EXERCÍCIOS...43 11.3 EXERCÍCIOS...43 12 12 MEDIDAS DE PROTMEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA...44DAS DE ALTURA...44

12.1 12.1 DISPOSITIVOS PROTEDISPOSITIVOS PROTETORES DE PLANO VTORES DE PLANO VERTICAL...ERTICAL... ...44...44

12.1.1 12.1.1 Sistema Sistema Guarda-corpo-Rodapé Guarda-corpo-Rodapé (GcR)...(GcR)... ... ....44....44

12.1.2 12.1.2 Sistema Sistema de de Barreira Barreira com com Rede...Rede... ... ...46...46

12.1.3 12.1.3 Proteção de Proteção de Aberturas no Aberturas no Piso por Piso por Cercados, Barreiras Cercados, Barreiras com Cancelas com Cancelas ouou Similares...47

Similares...47

12.2 12.2 DISPOSITIVOS PROTEDISPOSITIVOS PROTETORES DE PLANO HTORES DE PLANO HORIZONTAL...47ORIZONTAL...47

12.2.1 12.2.1 Dispositivos Dispositivos de Protde Proteção eção para para Limitação Limitação de de Quedas...Quedas... ...48...48

12.3 EXERCÍCIOS...49

12.3 EXERCÍCIOS...49

13 13 MOVIMENTAÇÃO E TRAMOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS...S...50...50

13.1 GESTÃO DA MOVIMENTAÇÃO DO TRANSPORTE...51

13.1 GESTÃO DA MOVIMENTAÇÃO DO TRANSPORTE...51

13.1.1 Planejamento...52

13.1.1 Planejamento...52

13.1.1.1 13.1.1.1 Projeto Projeto e e Seleção Seleção de de Dispositivos Dispositivos e e Ferramentas...Ferramentas...52...52

13.1.2 13.1.2 Transporte Transporte de de Materiais...Materiais... ... ... ..53..53

13.1.2.1 13.1.2.1 Equipamentos de Equipamentos de Transportes...Transportes... ....54....54

13.2 ELEVADORES DE OBRA...54 13.2 ELEVADORES DE OBRA...54 13.2.1 Torre...56 13.2.1 Torre...56 13.2.2 Cabinas...57 13.2.2 Cabinas...57 13.2.2.1 13.2.2.1 Cabinas Cabinas Semi-Fechadas...Semi-Fechadas... ...57...57

13.2.2.2 13.2.2.2 Cabinas Cabinas Fechadas...Fechadas... ...58...58

13.2.2.3 13.2.2.3 Elevador Elevador tipo tipo Caçamba...Caçamba... ...59...59

13.2.3 13.2.3 Cabos Cabos de de Aço...Aço... ... ... ...59...59

13.2.4 13.2.4 Freios Freios e e Dispositivos Dispositivos de de Segurança...Segurança...61...61

13.2.5 13.2.5 Operação Operação e e Sinalização...Sinalização... ...61...61

13.2.5.1 13.2.5.1 Recomendações Recomendações de segurança de segurança ao operador de ao operador de elevador de elevador de obra...63obra...63

13.2.6 13.2.6 ELEVADORES DE ELEVADORES DE CARGA E PASSACARGA E PASSAGEIROS PELO DE GEIROS PELO DE SISTEMA DESISTEMA DE CREMALHEIRA...64

CREMALHEIRA...64

13.3 GRUAS...64

13.3 GRUAS...64

14 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO...65

(6)

15 CABOS DE AÇO E CABOS DE FIBRA SINTÉTICA...67

16 ALVENARIA, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS...67

17 TELHADOS E COBERTURAS...68

18 SERVIÇOS EM FLUTUANTES...68

19 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO A ACIDENTES – CIPA...68

20MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA E SEGURANÇA NO TRABALHO...70

20.1 SELEÇÃO DE PESSOAL...70

20.2 EXAMES MÉDICOS...70

20.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA...71

20.4 TREINAMENTO...72

20.5 ORDEM E LIMPEZA...73

21 TRANSPORTES DE TRABALHADORES EM VEÍCULOS AUTOMOTORES...73

22 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DO ACIDENTE DO TRABALHO...74

(7)

1 INTRODUÇÃO

 A Norma Regulamentadora 18, cujo título é Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aprovado através da Portaria 3.214/78 e previsto no inciso I, do art. 200 do capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Conforme dados estatísticos do INSS, a Indústria da Construção Civil tem apresentados maiores índices de ocorrência de acidentes do trabalho resultando em maiores custos para a Previdência Social devido ao pagamento de indenizações e/ou benefícios ao trabalhador segurado (MORAES, 2009).

De acordo com Barros Junior et al. (1990), o emprego na construção civil é sazonal, em épocas de crescimento do setor, são contratados da zona rural ou Estados mais pobres sem uma qualificação especifica. A baixa qualificação, a elevada rotatividade e a limitação das empresas em investir em formação de mão-de-obra qualificada, são fatores críticos de insucesso dos programas de segurança e saúde no trabalho.

 A modernização e a busca por maior produtividade, com ênfase na gestão da produção, levou a uma maior qualidade do produto, associado ao rigor da fiscalização, tem resultado em maiores investimentos na qualificação e implementação de mecanismos de controle.

Ultimamente a taxa de freqüência dos acidentes vem diminuindo, fato comprovado pelas estatísticas disponíveis. A criação do Comitê Permanente Nacional (CPN) e a dos Comitês Permanentes Regionais (CPR), reforçada pelas ações elaboradas e aplicadas pelo MTE são responsáveis pela mudança deste quadro. Porém, este quadro não representa a realidade em função da informalização nas pequenas empresas e do trabalho autônomo.

 As mudanças e métodos de trabalho no ambiente de trabalho da indústria da construção forçaram mudanças, também, em alguns itens da NR 18, através do Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho. Desde de 1994, foram elaborados diversos estudos que têm provocado alterações no texto da NR 18.

(8)

1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

o ABNT NBR 5418 - Instalações elétricas em atmosferas explosivas.

o ABNT NBR 7500 - Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos.

o ABNT NBR 9518 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas -requisitos gerais.

o ABNT NBR 11725 - Conexões e roscas para válvulas de cilindros para gases comprimidos.

o ABNT NBR 11900 - Extremidades de laços de cabo de aço.

o ABNT NBR 12790 - Cilindro de aço especificado, sem costura, para armazenagem e transporte de gases a alta pressão.

o ABNT NBR 12791 - Cilindro de aço, sem costura, para armazenamento e o transporte de gases a alta pressão.

o ABNT NBR 13541 Movimentação de carga laço de cabo de aço -especificação.

o ABNT NBR 13542 - Movimentação de carga - anel de carga.

o ABNT NBR 13543 Movimentação de carga laços de cabo de aço -utilização e inspeção.

o ABNT NBR 13544 - Movimentação de carga - sapatilho para cabo de aço. o ABNT NBR 13545 - Movimentação de carga - manilhas. 191

o Convenção OIT 127 - Peso máximo das cargas que podem ser transportadas por um só trabalhador.

o Instrução Normativa nº 20 INSS/PRES, de 10 de outubro de 2007  – Plano de Benefícios da Previdência Social - Trata dos requisitos de aposentadoria especial e emissão da CAT.

o Livro Legislação de Segurança e Saúde Ocupacional  – volume 1, de autoria de Giovanni Moraes de Araújo.

o Portaria MTE/GM no 202, de 22/12/2006 - Altera a NR 33 que trata de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.

o Portaria MTE/SIT no 157, de 10/04/06 - Altera a redação da NR 18, itens 18.14.22.4 e 18.14.23.3; revoga o item 18.15.43.2; inclui os itens 18.13.12 (Redes de Segurança) e 18.15.56 (Ancoragem), além de novas expressões no glossário.

(9)

1.2 CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

 A construção civil se difere do outros setores industriais por possuir  características próprias, devido a baixa industrialização, baixa tecnologia e altamente dependente da mão-de-obra utilizada. Raras empresas apresentam a diversidade e riscos que a indústria da construção apresenta, em virtude das condições de trabalho, o ambiente externo, a diversidade de obras e da mão-de-obra contratada, esta quase sempre é precária.

Os trabalhadores da construção civil estão expostos vários agentes de riscos, muitos considerados altamente periculoso, onde muitos riscos se materializam em acidentes e muitos casos levam a óbito. Com isso, a partir da data de publicação da Portaria 3.214, 08/06/78, o qual aprovou a Norma Regulamentadora nº 18, as empresas devem adequar as condições de trabalho, de forma a eliminar, neutralizar ou minimizar os riscos a saúde e integridade física do trabalhador.

 As constantes alterações do tipo de mão-de-obra em função das fases do empreendimento, maior e menor número de frentes de trabalho e o seu processo em muitos casos artesanal, geram a necessidade de grande número de operários. Esta alternância de quantidade e sua curta duração dificultam o treinamento e o desenvolvimento da mão-de-obra, que também, dificulta a manutenção dos programas de segurança.

 A execução das atividades na construção civil depende das condições climáticas, e elas também expõem os trabalhadores alguns riscos, tais como: calor, fadiga, insolação, radiação solar, frio, umidade, poeiras etc.

Segundo definição do IBGE, a indústria da Construção se segmenta em apenas duas atividades básicas com características distintas:

a) Edificações  – o sub-setor edificações compreende obras destinadas a habitação, ao comercio, a indústria. As atividades sociais, culturais, esportivas e de lazer.

b) Construção Pesada  – a construção pesada abrange vias de transporte, obras hidráulicas, de saneamento, de irrigação e drenagem, obras de arte, de geração e transmissão de energia elétrica, sistemas de comunicação e

(10)

 Ainda, a construção civil pode ser dividida em diversas etapas sendo que cada uma delas apresenta riscos diferenciados e conforme a características da obra estes riscos podem ser acentuados ou minimizados. A obra pode ser dividida nas seguintes fases:

 Limpeza do terreno e terraplanagem;  Execução das áreas de vivência;  Fundação;

 Estrutura;  Alvenaria;  Acabamento;  Limpeza final.

Dentre os diversos tipos de obra e serviços na construção civil, compreendendo todas as etapas da obra, segue abaixo alguns dos principais riscos encontrados na construção civil:

 Queda de mesmo nível e desnível;  Queda de material;

 Soterramento;  Choques elétricos;  Ruído e vibração;

 Radiação não-ionizante;

 Umidade, frio ou calor excessivo;  Contato com produtos químicos;

 Inalação de produtos químicos e poeiras;  Picadas de animais peçonhentos;

 Projeção de partículas contra os olhos;  Ferimentos por objetos perfuro cortantes;

 Corte e/ou golpe com máquinas, ferramentas e materiais;  Atropelamentos por máquinas e veículos;

 Problemas ergonômicos;  Queimaduras etc.

(11)

1.3 OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO

 A NR 18 tem como objetivo estabelecer as diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

O ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras é vedada sem que estejam assegurados pelas medidas previstas da NR 18 e a observância do estabelecido da NR 18 não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou municipal.

 A NR 18 se aplica a todas as atividades da Indústria da Construção constantes do quadro I, da NR 4  – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), apresentadas na relação da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE versão 2.0) do IBGE, na seção F (Construção), esta seção compreende a construção de edifícios em geral (divisão 41), as obras de infra-estrutura (divisão 42) e os serviços especializados para construção que fazem parte do processo de construção (divisão 43).

 A experiência tem mostrado que os cursos e informações sobre os riscos, fornecimento de EPI e existência de profissionais do SESMT, não são suficientes para garantir a segurança e evitar acidentes pessoais sem a motivação do empregado na prevenção de acidentes (MORAES, 2009).

Esta norma Regulamentadora do trabalho urbano estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, com o objetivo de implementar  procedimentos de aspectos preventivos relacionados às condições de trabalho na construção civil.

 Ainda, a NR-18 ressalta os aspectos referentes às condições de projeto do meio ambiente de trabalho, com ênfase nas áreas de vivência, instalações sanitárias, alojamento, refeitórios, cozinhas e instalações de proteção, as quais abrangem, a segurança quanto a máquinas, equipamentos e instalações.

(12)

1.4 COMUNICAÇÃO PRÉVIA

É importante ressaltar a obrigatoriedade da comunicação à Secretaria Regional do Trabalho, antes do início das atividades, com as informações pertinentes ao item 18.2.

Esta exigência é necessária ao se tratar de atividade de construção civil, por  efeito do item 18.2.1, que exige, sob pena de multa (infração grau 2), a comunicação à SRT, antes do inicio das atividades as seguintes informações:

 Endereço correto da obra;

 Endereço correto e qualificação (CEI,CGC ou CPF) do contratante,

empregador ou condomínio;

 Tipo de obra;

 Datas previstas do início e conclusão da obra;

 Número máximo previsto de trabalhadores na obra.

Na página a seguir, um exemplo do formulário de comunicação prévia que severa ser preenchida pelo responsável e que deverá ser enviada à Delegacia Regional do Trabalho.

(13)

Medianeira, ___ de _____ de _______  OF.:10/2010-SEG

Ilmo. Sr. Fulano de Tal

Delegado Regional do Trabalho no Estado do Paraná Nesta

Conforme determina a lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 que instituiu as Normas de Segurança no Trabalho, e em cumprimento ao disposto na NR-18.2 Comunicação Prévia, informamos à essa delegacia o que segue:

a) Endereço da Obra:  _______________________________________________________  b) Qualificação do Contratante: CNPJ:__________________________________________________  c) Endereço do Contratante:  ___________________________________________ ____________  d) Tipo de Obra:  _______________________________________________________  e) Início da Obra: _______________ Conclusão da obra: ________  f) Número máximo previsto de trabalhadores: _________________ 

É o que tinhamos a informar.

 Atenciosamente; Engº Xxxxxxxxx Yyyyyyyy Crea PR –XXXXX    r    t    r    i

(14)

2 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT

Todos os estabelecimentos com vinte ou mais trabalhadores, a elaboração e o cumprimento do PCMAT são obrigatórios, deve ser elaborado e executado por  profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho e a sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio, para cada obra haverá um único PCMAT.

O PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funções naquele estabelecimento, ou obra, independentemente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de pequenas empresas de prestação de serviço. Não é razoável aceitar que cada empresa participante da construção seja cobrada a apresentar seu PCMAT, ou seja, o Programa é especifico aos serviços que ela executará, pois ele é inerente ao contexto da obra / empreendimento a ser executado.

Com isso o PCMAT deve ser apresentado a todos os trabalhadores, demonstrando a sua importância e sua função de estabelecer os procedimentos de segurança.

O PCMAT deve contemplar as exigências da NR 9 (Programa de Prevenção e Riscos Ambientais) e ser mantido, no estabelecimento, à disposição do Órgão Regional do MTE. O PCMAT não desobriga, até o momento, a elaboração do PPRA. Porém, vê-se que o PCMAT é um plus em relação ao PPRA, abrangendo o conteúdo deste, além das condições e especificações necessárias à construção civil, razão pela qual, as empresas do ramo não necessitam manter ambos os documentos, pois o PPRA já estará contido no PCMAT.

Vale ressaltar que, o PCMAT só exigido para empresas da indústria da construção civil com 20 ou mais empregados, já o PPRA, é exigido para empresas de qualquer ramo de atividade que tenham empregados registrados, independentemente do número de empregados. E como o PPRA, o PCMAT deve ser elaborado por estabelecimento e não para a empresa toda. Alguns objetivos do PCMAT:

 Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;

 Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que

administra, desempenha e verifica atividades que influenciem na segurança e que intervêm no processo produtivo;

(15)

 Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução das

obra;

 Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e

situações de risco;

 Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses

riscos de acidentes e doenças.

Segundo o item 18.3.4, integram o PCMAT os seguintes documentos:

a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra;

c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;

e) Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência;

f) Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.

3 CANTEIRO DE OBRAS

É o conjunto de instalações que dá apoio à administração e aos trabalhadores, para a construção de uma edificação. Divide-se em:

 Áreas Operacionais; e,  Áreas de Vivência.

 A implantação de um canteiro de obras compreende a sua vedação de tapume, quando necessário, bem como a construção de:

 Escritórios para a administração;  Portaria;  Almoxarifado;  Depósitos;  Áreas de vivência;  Instalações provisória.

(16)

É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra.

 A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na:

 legislação federal, estadual e/ou municipal; e,

 em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho.

3.1 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 A construção civil no Brasil caracteriza-se pela baixa produção, elevado desperdícios de recursos e na maioria das vezes a mão-de-obra é citada como responsável.

 A falta de planejamento é evidenciada quando as decisões são tomadas de acordo com o surgimento dos problemas, e a falta de organização tem como conseqüência baixa segurança.

Raramente existe um método definido para o planejamento do canteiro, normalmente são elaborados com base na experiência, no senso comum e na adaptação de projetos passados para situações atuais (RAD, 1983).

Planejamento é obter a melhor utilização do espaço físico disponível, proporcionando maior segurança através da minimização da movimentação de materiais, componentes e mão-de-obra. Através do planejamento do layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistemas de movimentação e armazenamento de materiais.

O planejamento do layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e estocagem (FRANKENFELD, 1990).

O planejamento logístico estabelece as condições de infra-estrutura para o desenvolvimento do processo produtivo e estabelece, por exemplo, as condições de armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações.

(17)

treinamentos ou análises de riscos, não fazem parte da atividade do planejamento de canteiro. Tommelein (1992) dividiu os múltiplos objetivos que um bom planejamento de canteiro deve atingir em duas categorias principais:

a) Objetivos de Alto Nível:

 Promover operações eficientes e seguras;  Manter alta a motivação dos empregados;  Cuidado com o aspecto visual do canteiro;

 Fornecer boas condições ambientais (conforto e segurança no trabalho).

b) Objetivos de Baixo Nível:

 Minimizar distâncias de transporte;

 Minimizar tempos de movimentação de pessoal e materiais;  Minimizar manuseios de materiais;

 Evitar obstruções ao movimento de materiais e equipamentos.

Diagnóstico de canteiros de obras existentes:

 Elaboração do Croqui do Layout 

• Útil para identificar problemas com o arranjo físico, propriamente

dito, por exemplo: a localização equivocada de alguma instalação ou excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área.

 Definição aproximada do perímetro dos pavimentos, diferenciando áreas

fechadas e abertas;

 Localização de pilares e outras estruturas (árvores) que interfiram na

circulação de materiais ou pessoas;

 Portões de entrada no canteiro e acesso coberto para clientes;

 Localização de instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitório,

etc)

 Todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de

entulho;

 Localização da betoneira, grua, guincho (incluindo a especificação do

lado pelo qual se fazem as cargas no guincho);

 Localização do elevador de passageiro;

 Localização das centrais de carpintaria e aço;  Pontos de içamento de fôrmas e armaduras;

(18)

 Localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com

indicação aproximada do desnível;

 Linhas de fluxos principais.

O planejamento do canteiro de obra consiste em cinco etapas básicas:

1. ANÁLISE PRELIMINAR: Coleta e análise de dados, quanto maior a padronização, maior facilidade para coletar e analisar os dados;

a) Programa de necessidades do canteiro: devem ser listadas todas as instalações de canteiro que deverão ser locadas, estimando a área necessária para cada uma delas.

b) Informações sobre o terreno: Localização de árvores na calçada ou no terreno, desníveis do terreno, pré-existência de rede de esgoto, rede de alta tensão, rua muito transitada.

c) Definições técnicas da obra: Principais tecnologias adotadas, para a definição dos espaços para circulação. (tipo de estrutura, tipo de argamassa, tipo de bloco de alvenaria...);

d) Cronograma de mão-de-obra: Deve ser estimado o número de operários para as três fases básicas (início – pico máximo – final).

e) Cronograma físico da obra: Apresenta grande relação com o cronograma do layout, ambos podem apresentar alterações .

f) Consulta ao orçamento: Com base no levantamento das quantidades de materiais e no cronograma físico, podem ser estimadas as áreas máximas de estoque para os principais materiais.

2. ARRANJO FÍSICO GERAL: Também denominado Macro-Layout, deve-se estudar o posicionamento relativo entre as diversas áreas (localização das áreas de vivência, áreas de apoio e área do posto de produção de argamassa).

3. ARRANJO FÍSICO DETALHADO: Também denominado Micro-Layout, estabelecer a localização dos equipamentos e/ou instalações dentro de cada área do canteiro. Ex.: Posições relativas entre vestiário, banheiros e refeitório. 4. DETALHAMENTO DAS INSTALAÇÕES: Quantidade e tipos de cadeiras e

mesas, armários nos vestiários, técnicas de armazenamento de cada material, tipo de pavimentação das vias de circulação.

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5. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO:  Apresentar graficamente o sequenciamento das fases de layout.

O planejamento do canteiro deve preferencialmente coordenado pelo gerente técnico da obra, além deste, é fundamental a participação do mestre-de-obras e de representantes dos empreiteiros envolvidos.

 A manutenção da organização do canteiro de obra deve ser realizado através de programas que evolvam todos os funcionários à gestão do canteiro, através de:

 treinamentos,

 colocação de metas,

 avaliação de desempenho e premiações, conscientizam e estimulam os

trabalhadores a manter a obra limpa e organizada. 3.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA

Os canteiros de obras devem dispor de:

 Instalações sanitárias;  Vestiário;

 Alojamento;

 Local de refeições;

 Cozinha, quando houver preparo de refeições;  Lavanderia;

 Área de lazer;

 Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com cinquenta ou

mais trabalhadores.

Se no canteiro de obras houver um alojamento, este deverá ter também lavanderia e área de lazer. As áreas de vivência devem, também, estarem em perfeitas condições de higiene, limpeza e conservação.

 As instalações sanitárias devem ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de um conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como chuveiro, na proporção de uma unidade para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. Devem ser também ter portas que mantenham o resguardo

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antiderrapantes, não ter contato direto com o local de refeições, ser independente para homens e mulheres, ter ventilação e iluminação adequadas, ter instalações elétricas adequadamente protegidas, ter pé-direito mínimo de 2,50 m e estarem situadas em locais de fácil acesso.

 As instalações móveis podem ser de alvenaria, madeira, chapas, etc, ou mesmo constituírem se de elementos pré-moldados de madeira ou contêineres, desde que:

 Possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% da área

do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna;

 Garanta condições de conforto térmico;  Possua pé direito mínimo de 2,40 m;

 Garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene

estabelecidos na NR 18;

 Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos

indiretos, além do aterramento elétrico.

Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por  profissional legalmente habilitado, relativo a ausência de riscos químicos, biológicos e físicos.

Os lavatórios devem ser individuais ou coletivo do tipo calha, ficar a uma altura de 0,90m do piso, ter revestimento de material lavável e impermeável, dispor de recipiente para coleta de papéis e ter espaçamento mínimo de 0,60 m entre as torneiras. Os vasos sanitários devem ser do tipo bacia turca ou sifonado (18.4.2.6.2), ter  caixas de descarga ou válvula automática e devem estar ligados à rede de esgoto.

Os mictórios devem ser individual ou coletivo do tipo calha, ter revestimento de material liso, impermeável e lavável, ficar a uma altura máxima de 0,50 m do piso e ser  ligado diretamente à rede de esgoto ou fossa séptica.

Os chuveiros devem ser instalados em locais com área mínima de 0,80 m², com altura de 1,20 m do piso, devem possuir piso antiderrapante com caimento para escoamento da água, devem dispor de água quente, possuir suporte para sabonete e ser aterrados adequadamente.

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Todo canteiro de obras devem possuir um vestiário para que os trabalhadores possam trocar de roupa e este deve ficar localizado próximo aos alojamentos e/ou à entrada da obra. Os vestiários devem ter paredes de alvenaria ou madeira, ter pisos de concreto, ter cobertura, ter iluminação natural e/ou artificial, ter área de ventilação de equivalente à 10% da área do piso, ter pé-direito mínimo de 2,50 m, ser mantidos em perfeito estado de conservação, limpeza e higiene e ter bancos de largura mínima de 0,30 m que atendam aos usuários.

Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter paredes de alvenaria ou madeira, ter cobertura, piso de concreto, cimentado ou madeira, ter área de ventilação equivalente à 10% da área do piso, ter iluminação natural e/ou artificial, ter área mínima de 3,00 m² por módulo (cama área de circulação), ter pé-direito mínimo de 2,50 m para cama simples e 3,00 m para cama dupla, é vetado o uso de três ou mais camas na mesma vertical e estarem situados em subsolos ou porões, além disso, a distância entre as camas e entre a última cama e o teto deverá ser, no mínimo, de 1,20 m e as camas deve ser de 0,80m por 1,90 m.

 Ainda, os alojamentos devem ter instalações elétricas adequadas, devem dispor  de armários individuais, ter bebedouros que disponham água potável e limpa e devem ser mantidos em perfeito estado de higiene, limpeza e conservação.

Os refeitórios devem possuir paredes que isolem os trabalhadores durante a refeição, ter piso de concreto ou cimentado, ter cobertura, capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário de refeições, dispor de ventilação natural e/ou artificial, ter lavatório em suas proximidades, ter mesas com tampos lisos e laváveis, ter assentos em número suficiente para atender os usuários, ter depósito para detritos com tampa, não estar situados em porões ou subsolos, ter pé-direito mínimo de 2,80 m e ter bebedouro que forneça água potável e limpa.

Quando houver uma cozinha num canteiro de obras, esta deve dispor de: ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão, ter pé-direito mínimo de 2,80 m, ter paredes de alvenaria ou concreto ou madeira que seja de fácil limpeza, ter  cobertura resistente ao fogo, ter condições ideais de limpeza, higiene e conservação, possuir ventilação natural e/ou artificial, dispor de pia, possuir instalações sanitárias, dispor de recipiente com tampa para coleta de lixo, possuir equipamento de refrigeração para conservação de alimentos, ter instalações elétricas adequadamente protegidas e

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dispor de uma área ventilada, coberta e fora do ambiente destinada para a instalação de botijões de GLP. Os trabalhadores da cozinha devem usar aventais e gorros.

Quando houver uma lavanderia num canteiro de obras, esta deve dispor de: cobertura, ventilação, iluminação e tanques individuais ou coletivos.

Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, que poder ser utilizado também como local de refeições.

3.3 Exercício: Anexo 1.

4 DEMOLIÇÃO

O trabalho de demolição é considerado muito perigoso e complexo, com isso, este deve ser programado e executado por um profissional habilitado, treinado e atencioso. Os trabalhadores devem estar cientes dos riscos e da importância do método a ser seguido nos serviços de demolição.

Uma vez definida a sequência dos serviços, pelo técnico responsável, as ordens devem ser cumpridas sem improvisações, de forma a não prejudicar a estabilidade do conjunto de demolição.

 Antes de se iniciar os serviços de demolição, deve-se tomar algumas providências, tais como:

 Desligar, retirar, proteger ou isolar as linhas de fornecimento de energia

elétrica,água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substancias tóxicas, canalização de esgoto e de escoamento de água;

 Examinar periodicamente as construções vizinhas, no sentido de

preservar sua estabilidade e a integridade física de terceiros;

 Remover os vidros, ripado, estuques etc;  Fechar as aberturas dos pisos;

 As escadas devem ser mantidas livres e desimpedidas para circulação

de emergência;

 Remover objetos pesados por dispositivos mecânicos, ficando proibido

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 Remover entulhos pior gravidade em calhas fechadas, com inclinação

máxima de 45º, fixada em todos os pavimentos;

 Instalar plataforma de retenção de entulhos, no máximo a dois

pavimentos abaixo do que será demolido, com dimensões de 2,5 m e inclinação de 45° em todo o perímetro da obra;

 Não abandonar elementos que possam desabar;  Umedecer material durante a demolição;

 Demolir paredes somente quando a estrutura for de concreto armado

ou metálica.

 Utilizar os EPIs necessários.

Quando ao prédio à ser demolido:

 estiver a mais de 3 m do alinhamento do logradouro, deve-se construir 

tapume com, no mínimo 2,20 m de altura;

 Tiver mais de 2 pavimentos e afastado menos de 3 m do alinhamento do

logradouro, deve-se construir galeria de proteção sobre o passeio, com altura interna livre de 3 m;

 Analisar os métodos construtivos utilizados;  Examinar cuidadosamente o terreno;

É necessário realizar levantamento detalhado da estrutura a ser demolida quanto à sua natureza e métodos construtivos usados. Prédios altos com paredes estruturais não é recomendado o uso de explosivos, pois podem conter f erro fundido ou de aço laminado, a não ser que se pretenda demolir todo o prédio.

 A demolição por métodos manuais deve ser progressivamente e de cima para baixo, fazendo uso de ferramentas manuais ou a ar comprimido. Quando o objetivo for  demolir apenas uma parte da estrutura, deve-se verificar a estabilidade da parte remanescente.

O uso de roupas largas deve ser evitado, pois a o risco de prenderem em pontas, parafusos, pregos etc. Quanto ao uso dos EPIs, além do capacete, calçado de segurança é necessário fazer uso de luvas de raspa de couro, em muitos casos há ruído e a necessidade do uso do protetor auricular, em locais acima de 2 m faz-se

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necessário o uso de cinto de segurança tipo páraquedista e em casos de poeiras o uso de respiradores contra poeira.

Demolições por métodos mecanizados com dispositivo de empurro, inicialmente deve-se reduzir a estrutura, por demolição manual, até a altura apropriada ao uso do equipamento e somente deve ser usado quando o equipamento estiver em solo firme e nivelado. E em nenhuma hipótese o ponto de aplicação do esforço pode estar a mais de 0,60 m medidos a partir do topo da parede.

 A cabina do operador deve possuir cobertura resistente e sempre verificar o seu afastamento da construção para que não seja atingida. É recomendável deixar uma faixa livre entre os trabalhadores e o equipamento de 6,0 metros.

 A Demolição mecanizada por tração não devem ser usadas em edificações unicamente de alvenaria, com mais de 20,0 m de altura e os trabalhadores não devem tomar qualquer iniciativa sem consulta prévia.

Para realização da técnica de demolição por tração deve ser utilizados cabos ou cordoalhas de aço com diâmetro superior ou igual a 12,0 mm, não devem ser usados em casos de apresentarem defeitos, inspecionar os cabos duas vezes ao dia no mínimo. Para definir o comprimento do cabo leva-se em conta a distância entre a peça ou parte a ser demolida e o equipamento de tração, para que não seja inferior a 2 vezes a altura da parte mais alta a ser puxada. É expressamente proibido aos trabalhadores atravessar sobre um cabo tracionado.

4.1 EXERCÍCIO:

Uma edificação antiga de 3 pavimentos sendo que na parte térrea existia uma panificadora e os demais pisos acima eram apartamentos (moradias), foi recentemente desativada e nossa empresa ganhou a concorrência para demolir e entregar limpa a referida área. Esta edificação se encontra em um local com vizinhos nas laterais e no fundo.

Você Engenheiro de Segurança do Trabalho, deverá desenvolver (descrever) os procedimentos efetuar a demolição, através dos melhores métodos de segurança.

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5 ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS 5.1 ESCAVAÇÕES

 Antes de iniciar os serviços de escavação, fundação ou desmonte de rochas, certificar-se da existência ou não de redes de água, esgoto, tubulação de gás, cabos elétricos e de telefone, devendo ser providenciada a sua proteção, desvio e interrupção, segundo cada caso.

Em casos específicos e em situações de risco, deve ser solicitada a orientação técnica das concessionárias quanto à interrupção ou à proteção das vias públicas. A área de trabalho deve ser previamente limpa e desobstruída as áreas de circulação, retirando ou escorando solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza. Outras situações de risco como muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escoradas, segundo as especificações técnicas de profissional legalmente habilitado.

Nas atividades com escavação os riscos comuns estão relacionados a Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a:

 Operação de máquinas;

 Sobrecargas nas bordas dos taludes;  Execução de talude inadequado;  Aumento da umidade do solo;  Falta de estabelecimento de fluxo;  Vibrações na obra e adjacências;

 Realização de escavações abaixo do lençol freático;

 Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas

adversas;

 Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água

potável e de sistema de esgoto;

 Obstrução de vias públicas;

 Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;

 Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de

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Quanto às medidas preventivas, a proteção coletiva deve ter prioridade sobre as proteções individuais. A proteção coletiva deve prever a adoção de medidas que evitem a ocorrência de desmoronamento, deslizamento, projeção de materiais e acidentes com explosivos, máquinas e equipamentos.

Para o correto dimensionamento das medidas de proteção coletiva o projeto executivo de escavações deve levar em conta as condições geológicas e os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como coesão e ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as condições geoclimáticas devem ser consideradas.

O responsável técnico deverá encaminhar ao CREA e aos proprietários das edificações vizinhas cópias dos projetos executivos, incluindo as técnicas e o horário de escavações a serem adotados.

Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação, objetivando observar zonas de instabilização global ou localizada, a formação de trincas, o surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias públicas.

Nos casos de risco de queda de árvores, linha de transmissão, deslizamento de rochas e objetos de qualquer natureza, é necessário o escoramento, a amarração ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita de maneira a não acarretar obstruções no fluxo de ações emergenciais.

 As escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência.

Todos os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da profundidade (H/2), medida a partir da borda do talude. Em solos estáveis os taludes com altura superior a 1,75 m devem ter estabilidade garantida, já para os solos instáveis o escoramento se faz necessário a partir de 1,25 m de profundidade.

 As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser  levadas em consideração para a determinação das paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais. O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima que assegure a segurança dos taludes.

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Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m protegidas por  guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m, quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre as escavações. Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre as escavações, com capacidade de carga e largura mínima de 4 m, protegidas por meio de guarda corpo.

Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar.

 A existência de riscos constitui impedimento à execução dos trabalhos, até que estes sejam eliminados. Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimentação de terra.

Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser executados por pessoas ou empresas qualificadas.

É proibido o acesso de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas e o operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada.

Para as escavações subterrâneas devem ser observadas as disposições do item 18.20 da NR-18 – Locais Confinados, e as da NR-22 – Trabalhos Subterrâneos.

 As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar quedas de pessoas e/ou equipamentos. Nas escavações em vias públicas ou em canteiros, é obrigatória a utilização de sinalizações de advertência e barreiras de isolamento.  Alguns tipos de sinalização usados:

 Cones

 Fitas

 Cavaletes

 Pedestal com iluminação  Placas de advertência  Bandeirolas  Grades de proteção  Tapumes  Sinalizadores luminosos 5.2 FUNDAÇÕES

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 Queda de materiais;  Queda de pessoas;

 Fechamento das paredes do poço;  Interferência com redes hidráulicas,

elétricas,  telefônicas e de abastecimento de gás;  Inundação;  Eletrocussão;  Asfixia.

Medidas Preventivas a serem adotadas na execução do serviço de escavação deverá ser feita por trabalhadores qualificados.

Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento / encamisamento fica a critério do responsável técnico pela execução do serviço, considerando os requisitos de segurança que garantam a inexistência de risco ao trabalhador.

Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões, cuja frente de trabalho não possibilite perfeito contato visual da atividade e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve estar preso a um cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional de superfície para o seu rápido socorro.

 A partir de 1 m de profundidade, o acesso da saída do poço ou tubulão será efetuado por meio de sistemas que garantam a segurança do trabalhador, tais como: sarilho com trava e guincho mecânico.

Nas escavações manuais de poços e tubulões a céu aberto o diâmetro mínimo deverá ser de 0,60 m.

Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estanques à penetração de água e umidade, alimentados por energia elétrica não superior a 24 volts. Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão ou explosão no interior dos poços e tubulões. Ainda, deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comunicação com a equipe de superfície através de sistema sonoro.

Em fundações escavadas a ar comprimido deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão, sendo a compressão e a descompressão executadas conforme os preceitos do Anexo 6 da NR-15, a fim de evitar danos à saúde do trabalhador, o qual não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 horas, por menor que seja o período de trabalho. Além

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disso, no transcorrer dos trabalhos nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm2;

 A equipe de escavações deve ser constituída de trabalhadores qualificados e de um profissional treinado em atendimento de emergência, que deve permanecer em regime de prontidão no local de trabalho, deve ser evitada a presença de pessoas estranhas junto aos equipamentos.

Do mesmo modo, a integridade dos equipamentos deve ser vistoriada diariamente e deve haver a manutenção do serviço médico de plantão para casos de socorro de urgência.

Na execução de Fundações Cravadas e Injetadas, encontra-se os seguintes riscos:

 Tombamento do bate-estaca;  Queda do pilão;

 Ruptura de cabos de aço;

 Ruptura de mangueiras e conexões

sob pressão;

 Ruptura de tubulações de cabos

elétricos e de telefonia;

 Vibrações afetando obras vizinhas

ou serviços de utilidade pública;

 Queda do trabalhador da torre do

bate-estaca;

 Ruído;

 Circulação de trabalhadores junto

ao bate-estaca.

 As medidas preventivas compreendem a preparação da área de trabalho levando-se em conta o acesso, o nivelamento necessário e a capacidade do solo de suportar o apoio da torre.

O responsável técnico deve avaliar a interferência da escavação na estabilidade de construções vizinhas e na qualidade dos serviços de utilidade pública.

Os cabos e mangueiras devem passar por inspeção periódica e na operação de bate-estacas a vapor, devemos dar atenção especial às mangueiras e conexões, sendo que o controle de manobra das válvulas deverá estar sempre ao alcance do operador.

 As operações de instalação, de funcionamento e de deslocamento do bate-estaca devem ser executadas segundo procedimentos de segurança estabelecidos pelos responsáveis das referidas atividades.

Em situação específica, na qual o bate-estaca tenha de realizar sua operação próxima à rede de energia elétrica, o responsável pela segurança na operação deve

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solicitar orientação técnica da concessionária local quanto aos procedimentos operacionais e de segurança a serem seguidos.

Quando o topo da torre do bate-estaca estiver num nível imediatamente superior  às edificações vizinhas, o equipamento deve ser devidamente protegido contra descargas elétricas atmosféricas.

Os cabos de suspensão do pilão devem ter, no mínimo, seis voltas enroladas no tambor do guincho, devendo ser inspecionados periodicamente, quando o bate-estaca não estiver em operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim da guia do seu curso.

Na operação de içamento do pilão, deverá ser observada freqüentemente a integridade do limitador de curso, a fim de garantir a não ultrapassagem do limite de içamento e para garantir, que não ultrapassem o limite de içamento do pilão, o limitador  de curso deve ser inspecionado periodicamente por profissional qualificado.

 A estaca pré-moldada, quando posicionada na guia do bate-estaca, deve ser  envolvida por corrente e inspecionada periodicamente para detectar trincas e evitar o seu tombamento em caso de rompimento do cabo.

 A manutenção ou reparos em bate-estacas devem ser executados somente quando o equipamento estiver fora de operação e para executar serviços na torre do bate-estaca, o trabalhador deverá, obrigatoriamente, utilizar o cinto de segurança do tipo “pára-quedista”, com trava-quedas fixados em estrutura independente.

Os trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora (ruído) superiores aos estabelecidos e tolerados pela NR-15 devem ser, obrigatoriamente, protegidos por  meio de medidas de proteção coletiva e/ou de equipamentos de proteção auditiva individual.

O bate-estaca instalado sob sistemas de roletes ou trilhos deve ter sua estabilidade garantida por contrapesos fixados conforme orientação técnica do fabricante ou responsável.

Devem ser adotados os seguintes cuidados especiais quanto às mangueiras e conexões de fluidos sob pressão de ar comprimido, vapor, etc. utilizados em fundações:

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c) as conexões devem ser vistoriadas diariamente, antes do início das atividades, para que não haja a ocorrência de vazamentos que venham a causar acidentes;

d) o controle de manobras das válvulas deve estar situado sempre ao alcance do operador;

e) atendimento às recomendações dos fabricantes.

5.3 Desmonte De Rochas

Nas atividades de desmonte de rochas com uso de explosivos é obrigatória a adoção de “Plano de fogo” elaborado por profissional habilitado.

Na execução do “Plano de fogo” é obrigatória a exigência de um profissional habilitado (Blaster), responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada de explosivos não detonados e providências quanto ao destino adequado das sobras de explosivos.

 A quantidade de explosivos e acessórios necessários ao “Plano de fogo” deve ser restrita ao momento de detonação, evitando-se a estocagem próximo à frente de trabalho.

O Blaster deve se ater-se às condições atmosféricas para realizar as detonações, sendo proibido realizá-las quando a atmosfera encontrar-se efetivamente carregada, evitando assim a detonação acidental provocada por descarga elétrica atmosférica.

 As áreas onde se utilizem explosivos deverão ser isoladas e sinalizadas, com sinais visuais e sonoros que não se confundam com os sistemas padronizados de emergência, tais como ambulância, polícia, bombeiro, etc.

O tempo entre o carregamento e a detonação deve ser o mínimo possível.

Em locais confinados (túneis, tubulões, etc.) deve ser garantida a ventilação, para a manutenção de uma atmosfera salubre ao trabalhador.

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5.4 EXERCÍCIO

1) O final da Avenida Brasil em Medianeira deverá se estender para o novo bairro. Portanto, no mesmo alinhamento atual da avenida iniciará os trabalhos de terraplanagem e pavimentação. Para isto, o projeto consta de toda a infra-estrutura, tais como: rede de água, esgoto, telefonia, elétrica e gás. Todos os sistemas serão instalados em dutos e/ou galerias subterrâneas.

a) Você Engenheiro de Segurança do Trabalho, prestará acessoria ao projeto das construções de infra-estrutura acima citado e, deverá desenvolver (descrever) recomendações de segurança necessárias durante as escavações das trincheiras (valetas) e para a execução das fundações.

2) Qual a pressão máxima que o trabalhador pode ser exposto? 3) Qual a temperatura máxima pode chegar no interior do tubulão?

4) Descreva os tipos de fundações, estudadas nesta aula, e seus respectivos riscos e as medidas preventivas de acordo com as particularidades de cada um.

5) Descrever os como deve ser o sistema de proteção em serviços com desmonte de rocha a fogo.

6) Quais EPIs, você recomendaria para os trabalhadores envolvidos nos serviços com desmonte de rocha?

7) Pesquisa: Os explosivos podem ser armazenados no canteiro de obras?

 se não justifique, se sim quais as recomendações de segurança.

6 CARPINTARIA

 As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da atividade de carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos da NR 18.

 A serra circular deve atender às disposições a seguir:

 Ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores,

anterior e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material metálico ou similar de resistência equivalente, sem

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irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;

 Ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;

 O disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído

quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;

 As transmissões de força mecânica devem estar protegidas

obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser  removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos;

 Ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação

do fabricante e ainda coletor.

 Lâmpadas da carpintaria protegidas contra impacto;  A carpintaria ter piso resistente e cobertura

O disco da Serra Circular deve:

o Diâmetro do disco > 0,25m e < 0,50m;

o Diâmetro do furo de encaixe de acordo com o diâmetro do eixo;

o Motor pode ser dimensionado em função da resistência da madeira, diâmetro do disco e velocidade de rotação do disco.

Os Riscos no manuseio da serra circular são:

 Cortes e amputações no membros superiores;  ruptura do disco;

 Ruído excessivo;  Descargas elétricas;

 Projeção de partículas e incêndios.

 As Medidas de proteção coletiva compreendem:

 Proteção das transmissões de força;  Cobertura da serra circular;

 Aterramento elétrico;  Instalação de extintor;

 A Medidas de proteção Individual compreendem:

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 Avental e luva de raspa;  Mascaras contra poeiras;

 Sapatos de segurança com palmilha de aço

Local de instalação deve oferecer fácil circulação aos trabalhadores e suficientemente amplo, a serra circular deve ser instalada preferencialmente no térreo, em local ventilado, ainda, deve-se designar um único carpinteiro para trabalhar na serra circular, este deve:

 Usar EPIs apropriados e não retirar os EPCs da máquina;  Manter o disco de corte amolado e travado;

 Desligar a chave de comando quando não estiver em uso;  Manter a ordem e a limpeza do local.

7 ARMAÇÕES DE AÇO

Estudar previamente o local de estocagem de vergalhões, a dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, afastadas da área de circulação de trabalhadores para evitar  perfurações dos mesmos.

 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries.  As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar 

protegidas contra impactos.

É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários. É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas e durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.

Na instalação das armações de pilares, vigas, etc. na sua destinação final devem ser apoiadas e escoradas, evitando tombamento e recomenda-se não fixar cinto de segurança diretamente às armações de viga de periferia.

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8 ESTRUTURAS DE CONCRETO

 As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço. Os suportes e escoras de fôrmas devem ser  inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado. No caso do uso de fôrmas deslizantes, este deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado.

O transporte de concreto quando executado por tubos transportadores devem possuir dispositivos de segurança em suas conexões, impedindo a separação das partes. Já as caçambas de concreto devem ter dispositivos de segurança que impeçam o seu descarregamento acidental.

 A confecção de formas não se deve usar peças partidas, lascadas deterioradas, com nós ou buracos e de resistência desconhecida, ao executar montagem de formas em altura superior a 2 m, deve usar cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança e a equipe de transporte de formas dirigida por profissional qualificado e destinar nº de pessoas adequadas.

Durante a instalação das formas o uso de escadas de mão, deve se tomar o cuidado de colocá-la na inclinação adequada e amarrá-la, sendo proibido o uso de gastalhos de pilar como degraus, entretanto, utilização de escadas de mão e pequenos andaimes entre os pilares são soluções corretas;

 Antes do inicio dos serviços, fechar provisoriamente as aberturas ao nível da ultima laje concretada e após a instalação das formas dos pilares de periferia, amarrar  nelas uma corda horizontal para servir como guarda-corpo provisório.

Logo que forem colocados os painéis externos das vigas de periferia, é importante fixar neles, sarrafos provisórios, onde será amarrada uma corda, para servir  de guarda-corpo provisório, devem-se proteger cabos elétricos dos equipamentos dos quais estão sendo utilizados com tabuas e pranchões, também para deslocamento sobre as ferragens;

É importante inspecionar as escoras e formas antes do lançamento do concreto e todos que trabalham no lançamento do concreto devem usar botas de borracha.

Quando o concreto for produzido na obra com uso de betoneiras devem-se tomar alguns cuidados com o seu manuseio, tais como:

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 Interrupção acidental da ação do freio ou da trava;  ruptura dos cabos e amarras;

 Distração do operador, não observou a presenças de pessoas;  Operação da betoneira por trabalhador não qualificado.

 Após a cura do concreto a desforma (retirada das formas e escoras) só poderá ser executada com a autorização prévia pelo técnico responsável pela obra e hipótese alguma é permitida a desforma prematura sem autorização do técnico responsável;

 Ainda, a equipe de segurança do trabalho deve ser comunicada antes do início da desforma, a fim de tomar as providências necessárias quanto à segurança, tais como:

 Isolar com barreiras a área do canteiro de obras localizada abaixo do que

vai ser deformado;

 Atravessar uma corda, a meia altura, em toda a periferia da laje,

amarrando nela longarinas inclinadas, formando um chama lixo;

 Proteção para quem passa pela circulação do andar em transito pela

escada;

 Fechar e cercar todas as aberturas do piso;

 Construir andaimes adequados para a desmontagem.

Durante as operações de protensão de cabos de aço, é proibida a permanência de trabalhadores atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros dispositivos de protensão, devendo a área ser isolada e sinalizada. Os dispositivos e equipamentos usados em protensão devem ser inspecionados por profissional legalmente habilitado.

9 ESTRUTURAS METÁLICAS

Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços de rebitagem, parafusagem ou soldagem, deve ser mantido piso provisório, abrangendo toda a área de trabalho situada no piso imediatamente inferior. Quando necessária a complementação do piso provisório, devem ser instaladas redes de proteção junto às colunas. Deve ficar à disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho, recipiente adequado para depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas.

(37)

proteção das linhas, além do aterramento da estrutura e equipamentos que estão sendo utilizados.

9.1 EXERCÍCIOS

1) Quais são os riscos no manuseio da serra circular e quais as medidas de proteção coletiva e individual que devem ser adotadas?

2) Quais os cuidados que devem ser tomados nos serviços de concretagem de uma laje?

3) Quais as recomendações de segurança quanto a fabricação e instalação das formas?

4) Quais as recomendações de segurança para se trabalhar na central de armações de aço?

5) Quanto as estruturas metálicas quais são as recomendações de segurança segundo a NR-18?

6) Quais são os principais riscos relacionados com a betoneira e como evitá-los? 7) Quais as medidas de prevenção a serem adotadas antes de se iniciar a

desformas?

10 OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE

 As operações de soldagem e corte a quente exigem um adequado programa de segurança que estabeleça normas para proteção dos trabalhadores e redução dos riscos de acidentes. Logo as operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados e, ainda, nas operações de soldagem é obrigatório a utilização de anteparo eficaz para proteção dos trabalhadores vizinhos.

 A soldagem é uma técnica de unir duas ou mais partes constituintes de um todo, assegurando entre elas a continuidade do material. Na industria da Construção, os processos mais empregados para soldagem são:

 Oxi-acetilênico;  Arco elétrico;

(38)

10.1

10.1 SOLDAGEM SOLDAGEM OXI-ACETILÊNICAOXI-ACETILÊNICA

 A

 A matéria matéria prima prima empregada é empregada é carbureto carbureto de de cálcio cálcio (C(C22Ca), que não é inflamávelCa), que não é inflamável nem explosivo, mas em contato com a água ou exposto a umidade, produz acetileno nem explosivo, mas em contato com a água ou exposto a umidade, produz acetileno (C

(C22HH22). Os maiores inimigos dos tambores de carbureto são: fogo, a umidade e as). Os maiores inimigos dos tambores de carbureto são: fogo, a umidade e as pancadas. O acetileno sem pressão não é explosivo, mas se atingir

pancadas. O acetileno sem pressão não é explosivo, mas se atingir pressões > 1,5 bar,pressões > 1,5 bar, estará susceptível de explosão espontânea, e as tubulações contendo acetileno devem estará susceptível de explosão espontânea, e as tubulações contendo acetileno devem ser de aço, pois

ser de aço, pois com cobre dá uma mistura explosiva.com cobre dá uma mistura explosiva.

Quando forem executadas operações de soldagem ou corte a quente em Quando forem executadas operações de soldagem ou corte a quente em materiais que envolvam chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será materiais que envolvam chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, pois a combustão dos metais que as cobrem, provocam poluição do de solda e corte, pois a combustão dos metais que as cobrem, provocam poluição do ar, que exige a

ar, que exige a sua renovação constante.sua renovação constante.

Do mesmo modo quando estes forem executadas em vasilhame, recipientes, Do mesmo modo quando estes forem executadas em vasilhame, recipientes, tanques que envolvam geração de gases é obrigatória a adoção medidas preventivas, tanques que envolvam geração de gases é obrigatória a adoção medidas preventivas, contra risco de explosão e intoxicação do trabalhador. Assim como, todos os serviços contra risco de explosão e intoxicação do trabalhador. Assim como, todos os serviços com solda envolvendo a mistura de gases combustíveis e oxigênio em locais fechados com solda envolvendo a mistura de gases combustíveis e oxigênio em locais fechados deve-se tomar medidas preventivas contra intoxicação, porque somente a combustão deve-se tomar medidas preventivas contra intoxicação, porque somente a combustão do oxigênio já produz gases tóxicos, tais como: óxido de carbono, hidrogênio fosforado do oxigênio já produz gases tóxicos, tais como: óxido de carbono, hidrogênio fosforado e vapores nitrosos.

e vapores nitrosos.  As

 As mangueiras mangueiras devem devem possuir possuir mecanismos mecanismos contra contra o o retrocesso retrocesso das das chamas chamas ee na saída do cilindro e válvula de contra fluxo chegada do maçarico. E é proibida a na saída do cilindro e válvula de contra fluxo chegada do maçarico. E é proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às

presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às garrafas de oxigênio.garrafas de oxigênio.

10.2

10.2 SOLDAGEM SOLDAGEM DE DE ARCO ARCO ELÉTRICOELÉTRICO

 A

 A soldagem de soldagem de metais metais por por arco arco elétrico elétrico é é um um processo manual, processo manual, no no qual qual o o calor calor  para a soldagem é gerado por arco estabelecido entre um eletrodo revestido e a peça a para a soldagem é gerado por arco estabelecido entre um eletrodo revestido e a peça a soldar.

soldar.

Os postos de solda de arco elétrico mais utilizados, na industria da construção, Os postos de solda de arco elétrico mais utilizados, na industria da construção, são:

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