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Port Caderno Professor

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Português

CADERNO

DE

APOIO

AO

PROFESSOR

– 11.

o

ANO

Apresentação do projeto

Proposta de planificação

Fichas de avaliação

Propostas de correção

Materiais auxiliares de apoio

(2)

INTRODUÇÃO

. . . .

2

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS,

por PAULO FEYTOR PINTO

. . . .

3

O PROJETO

. . . .

7

PLANIFICAÇÃO ANUAL

. . . .

11

FICHAS DE AVALIAÇÃO

. . . .

14

Ficha de Avaliação – Sequência 1

. . . .

14

Ficha de Avaliação – Sequência 2

. . . .

18

Ficha de Avaliação – Sequência 3

. . . .

22

Ficha de Avaliação – Sequência 4

. . . .

26

Ficha de Avaliação – Sequência 5

. . . .

30

SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO

. . . .

34

REGISTOS ÁUDIO – ORALIDADE – COMPREENSÃO ORAL

. . . .

36

PROPOSTAS DE CORREÇÃO DE ALGUMAS ATIVIDADES DO MANUAL

. . . . .

41

MATERIAIS DE APOIO

. . . .

48

Grelha de observação da expressão oral

. . . .

48

Ficha de visionamento de um documento vídeo

. . . .

49

Cine-ficha (apreciação de filmes)

. . . .

50

Documento-guia de observação/audição de uma reportagem

. . . .

51

Guião de atividade de debate

. . . .

52

Modelo de relatório de visita de estudo

. . . .

53

Contrato de leitura

. . . .

55

Modelo de Ficha de leitura I

. . . .

56

Modelo de Ficha de leitura II

. . . .

58

A oficina de escrita

. . . .

60

A ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO SEGUNDO O PROGRAMA

. . . .

61

(3)

Estimados colegas

Agradecemos o privilégio de contar com a vossa atenção para, mais uma vez, podermos sujeitar o nosso traba-lho à vossa cuidada consideração e experiência profissional.

Desde 2003, ano do lançamento do primeiro projeto Página Seguinte, procurámos concretizar o espírito do Programa de Português, relativamente às competências nucleares aí enunciadas, entrecruzando-as com recur-sos scripto-áudio-visuais variados e diverrecur-sos.

Assim, à semelhança dos anteriores, este novo projeto concretiza de forma equilibrada e harmoniosa as com-petências nucleares do Programa, desenvolvendo-as pertinentemente.

INTRODUÇÃO

Elementos constituintes do projeto Página Seguinte 11.oano

Para o(a) Professor(a) Para o(a) Aluno(a)

Manual do Professor Manual

Caderno de Apoio ao Professor Caderno de Atividades

Planos de Aula (Obras Literárias) (CD-Rom e On-line)

O Dicionário Terminológico e o Programa de Secundário Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt

(CD-Rom e On-line)

(4)

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA

EDUCATIVO PORTUGUÊS

Principais alterações, por Paulo Feytor Pinto

A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em 2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período de 100 anos durante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portu-gueses que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.

Apesar de a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasi-leira, aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português. Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologia utilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.

As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes:

1.Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I).

2.Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX).

3.Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV).

4.Supressão de acento em palavras graves (Base IX).

5.Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções (Bases XV-XVII).

A consulta deste texto pode ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia, em especial das bases ou regras acima identificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução da Assembleia da República, de agosto de 1991, está permanentemente disponível em:

http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf

A Resolução do Conselho de Ministros que determina a entrada em vigor da nova ortografia, de janeiro de 2011, adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince desenvolvidos pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional, com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que o texto legal que descreve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferra-mentas são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:

(5)

ALFABETO

k w y

As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de utilização mantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias de outras lín-guas e seus derivados ou em siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo, Kuwait, km ou watt.

A posição destas três letras no alfabeto é a seguinte: …j, k, l… …v, w, x, y, z.

MINÚSCULAS

sábado agosto

verão sul

senhor Silva

A letra minúscula inicial é obrigatória nos:

– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira… – nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro… – nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…

– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci-dente europeu, mas o Ocioci-dente.

A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas de tratamento ou cortesia: senhor Silva, cardeal Santos…

A letra inicial tanto pode ser maiúscula como minúscula em:

– títulos de livros, exceto na primeira palavra: Amor de perdição ou Amor de Perdição. – nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática.

– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade. – designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.

C & P

ação facto

ótimo apto

As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acon-tece em algumas sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea, conce-ção, letivo, noturno, perentório, sintático…

As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto, con-tacto, corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…

(6)

Assim, tal como na oralidade, na escrita temos Egito e egípcio.

Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em sector e setor. Já existiam em português outras palavras com mais de uma grafia, como febra, fevra e fêvera.

As letras b, g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão de sequências idênticas de consoan-tes: subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente…

A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh: homem, oh, chega, mulher, vinho.

ACENTO

joia heroico

leem veem

pera para

O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se por-tanto a regra já aplicada em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloide, paranoico…

O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas em eem. Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, deem, preveem…

O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas da mesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordo já podia ser um nome ou uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verbo ou nome), fora (verbo ou advérbio)…

O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoa do plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos, andámos, comprámos…

HÍFEN

autoavaliação paraquedas

semirrígido suprassumo

fim de semana hei de

O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento não autónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria, anti-americano, bioalimentar, extraescolar, neoidealismo…

(7)

O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum seguido de vogal ou n, pan seguido de vogal ou m, ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter: pós-graduação, pan-americano, sub-região…

O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa por h, r ou s. No primeiro caso, man-tém-se a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico…

O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu, tal como já tinha acontecido com pon-tapé. Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…

O hífen é substituído por r ou s, duplicando-o, nas palavras derivadas e compostas acima referidas em que a última letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s: semirrígi-do, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto…

O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adver-biais, prepositivas ou conjuncionais: fim de semana, cão de guarda, cor de vinho…

O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidas da preposição de: hei de, hás de, há de e hão de.

Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano, cor-de-rosa, coocorrência. O hífen mantém-se em todos os restantes casos:

– generalidade das compostas: cobra-capelo, ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…

– derivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti--ibérico, hiper-realista…

– formas verbais seguidas de pronome pessoal dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei… – encadeamentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi…

(8)

SEQUÊNCIAS CONTEÚDOS

Diagnose Ficha de recuperação de saberes nas competências: oralidade, leitura (de texto e de imagem), funcionamento da língua e escrita.

Sequência de Aprendizagem 1 Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigo científico; Artigo técnico; Funcionamento da língua; Leitura de imagem.

Sequência de Aprendizagem 2 Discurso político; Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes (excertos); Textos expositivo-argumentativos; Ilustrações para exploração; Leitura de imagem; Funcionamento da língua.

Sequência de Aprendizagem 3 Drama; Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa; Textos argumentativos, expositivo--argumentativos; Resumo; Leitura de imagem; Funcionamento da língua; Ilustrações.

Sequência de Aprendizagem 4 Eça de Queirós, Os Maias; Quadros sinópticos; Ficha de Controlo de Leitura; Caricatura; Desenho humorístico; Debate; Síntese; Funcionamento da língua; Ilustrações.

Sequência de Aprendizagem 5 Editorial; Poesia de Cesário Verde; Ficha de Controlo de Leitura; Leitura de imagem; Publicidade; Artigo de apreciação crítica; Funcionamento da língua.

INFORMAÇÃO Funcionamento da língua; Oralidade, Escrita, Leitura de imagem; Enciclopédia Literária e Glossário de Símbolos.

O MANUAL

O Manual está estruturado em sete partes e apresenta cinco sequências de acordo com o programa.

O PROJETO

(9)

PREVIAMENTE… Apresentação de conceitos relativos aos conteúdos da sequência. ORALIDADE Exercícios de Compreensão e Expressão oral.

LEITURA Leitura e análise de textos das tipologias textuais propostas pelo Programa. FUNCIONAMENTO

DA LÍNGUA

Exercícios diversificados dos conteúdos potenciais e previsíveis – de acordo com o Dicionário Terminológico.

ESCRITA Elaboração de textos de diferentes tipologias. APRENDER Sistematização esquematizada dos conteúdos.

SABER MAIS... Aprofundamento de conhecimentos – conteúdos do Programa. FICHA FORMATIVA Treino e preparação para a avaliação escrita.

OFICINA DE ESCRITA Trabalho de escrita – aplicação das regras da textualidade. CONTRATO DE LEITURA Sinopses e propostas de obras para cumprimento do C.L. CIDADANIA ATIVA Textos informativos para envolver ativamente o aluno-cidadão. A PROPÓSITO... Textos complementares e esclarecedores dos temas explorados. CARTAZ Filmes e documentários aconselhados.

VISITA DE ESTUDO Propostas de visita de estudo (com e sem guião).

REMISSÕES Para Informação do Manual, especificando o conteúdo e a página. FICHAS DE CONTROLO

DE LEITURA Na 4.

ae 5.asequências de aprendizagem.

ILUSTRAÇÕES Para interpretação da linguagem icónica. CARICATURA E

DESENHO HUMORÍSTICO Com propostas de trabalho. BANDAS LATERAIS

(só Manual do Professor)

Propostas de soluções para a Oralidade, para a Orientação de Leitura e para o Funcionamento da Língua. Remissões para a Aula Digital – Áudio, Vídeo, Link Internet, PowerPoint.

Estrutura de cada Sequência de Aprendizagem

Cada Sequência de Aprendizagem explora as competências nucleares enunciadas no Programa e está estru-turada do seguinte modo:

(10)

AULA DIGITAL

A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Página Seguinte, através das novas tecnologias em sala de aula. É uma ferramenta inovadora que permitirá tirar o melhor partido deste projeto escolar, simplificando o trabalho diário do docente.

Na Aula Digital, são disponibilizadas as páginas do manual que o docente poderá projetar e explorar na sala de aula, e a partir das quais poderá aceder a um conjunto de conteúdos multimédia integrados no manual, para tor-nar a aula mais dinâmica:

• Vídeos– suportes multimédia que permitem a exploração de diferentes conteúdos programáticos. Assim, de acordo com o programa, encontramos no manual remissões para os seguintes vídeos: tomada de posse do Presidente da Assembleia da República na XI legislatura; entrevista ao Padre Hugo Ventura; Almeida Garrett; Os Maias ; Gato Fedorento, Bombeiros de Mafamude e outros.

• Áudios– gravações de diversos textos do manual como oralidade – compreensão oral; leituras expressivas; dramatizações; ciclo Eça; pregões; declamações e anúncios publicitários e outros.

• Apresentações em PowerPoint– recurso didático que visa expor e/ou sintetizar conteúdos tais como: Da ciência à tecnologia; A Assembleia da República; O discurso político; O Barroco; O teatro; O Romantismo; A educação n’ Os Maias ; Rafael Bordalo Pinheiro; Cesário, poeta pintor e a Força da imagem na publicidade.

• Testes Interativos– extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos temas do manual.

• Links internet– endereços para páginas na internet de apoio às matérias, para a obtenção de mais infor-mação.

A Aula Digital simplifica a preparação de aulas com as novas tecnologias. O docente pode preparar facilmente sequências planeadas e personalizadas de recursos digitais, para exploração com projetor simples ou Quadro Interativo.

Para poder avaliar facilmente os seus alunos, poderá:

Utilizar os testes pré-definidos ou criar um teste à medida da turma, a partir de uma base de mais de 300 questões.

Imprimir os testes para distribuir, projetar em sala de aula ou enviar aos alunos com correção automática.

Acompanhar o progresso dos alunos através de relatórios de avaliação detalhados.

Para poder comunicar mais facilmente com os seus alunos, a Aula Digital permite ao docente e alunos a troca de mensagens e a partilha de recursos.

Banco de imagens– imagens para exploração.

Textos teóricos / Fichas de atividades.

CADERNO DE ATIVIDADES

Esquemas e tabelas – sistematização de conceitos teóricos. Fichas (verdadeiro/falso).

(11)

Fichas formativas (estrutura idêntica às do Manual). Fichas de Funcionamento da Língua.

Produção escrita: resumo/síntese. Soluções.

CADERNO DE APOIO AO PROFESSOR

Planificação Anual a longo e a médio prazo; Principais alterações relativas ao Novo Acordo Ortográfico no sistema educativo português, por Paulo Feytor Pinto; Fichas de Avaliação; Registo escrito dos textos para Oralidade – Compreensão oral; Propostas de correção; quadros e esquemas (propostas de solução de exercícios do Manual); sugestões metodológicas para organização de portefólio e cumprimento de contrato de leitura; gre-lhas, fichas e guiões.

PLANOS DE AULA (OBRAS LITERÁRIAS)

Propostas de Planos de aula a desenvolver pelo docente, de acordo com as características específicas das turmas.

(12)

Conteúdos Suportes Sequência/Blocos

1.o

Período

Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigos científicos e técnicos

Textos informativos diversos e dos domínios transacional e educativo

Documentários de índole científica

Funcionamento da Língua

Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

Tipologia textual (protótipos textuais)

Estruturas lexicais

Neologia

Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras

Funções sintáticas e ordem das palavras

Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica e de Pragmática e Linguística textual do 10.oano

Discurso político; Pe. António Vieira, Sermão de Santo António

aos Peixes (excertos); exposição e outros textos expositivo--argumentativos

Documentários; Sermão de Santo António aos Peixes em CD

Filme Palavra e Utopia, outros

Exposição

Textos expositivo-argumentativos; textos de apreciação crítica

Funcionamento da Língua

Processos fonológicos

Interação discursiva (força ilocutória)

Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

Tipologia textual (protótipos textuais)

Processos interpretativos inferenciais (figuras)

Tempo e aspeto; modalidade

Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, figuras de sintaxe, funções sintáticas e ordem das palavras

Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica e de Pragmática e Linguística textual do 10.oano

Manual CD Áudio Aula Digital Avaliação interativa Manual CD Áudio Aula Digital Avaliação interativa Planos de aula Diagnose 1 bloco Sequência 1 8 blocos Sequência 2 15 blocos AVALIAÇÃO FORMAL 4 blocos Total = 28 blocos

PLANIFICAÇÃO ANUAL

(13)

2.o

Período

Drama; Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett (leitura integral); textos argumentativos, expositivo-argumentativos e resumo

Filme Frei Luís de Sousa; documentários sobre Garrett, o Romantismo e outros

Dramatização

Escrita: Textos argumentativos e expositivo-argumentativos; resumo de textos expositivo-argumentativos

Funcionamento da Língua

Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

Tipologia textual (protótipos textuais)

Tempo e aspeto; modalidade

Ordem de palavras; função sintática

Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funções sintáticas e ordem das palavras

Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica e de Pragmática e Linguística textual do 10.oano

Romance de Eça de Queirós, Os Maias; debate; síntese; caricatura, desenho humorístico (função crítica da imagem)

Documentários sobre vida e obra do autor

Excertos de filmes e séries baseados na obra do autor

Programas áudio e audiovisuais humorísticos

Debate (participação)

Síntese de textos expositivo-argumentativos

Funcionamento da Língua

Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

Tipologia textual (protótipos textuais)

Processos interpretativos inferenciais

Tempo e aspeto; modalidade

Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funções sintáticas e ordem das palavras

Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica e de Pragmática e Linguística textual do 10.oano

Manual CD Áudio Aula Digital Avaliação interativa Planos de aula Manual CD Áudio Aula Digital Avaliação interativa Planos de aula Sequência 3 12 blocos Sequência 4 15 blocos AVALIAÇÃO FORMAL 4 blocos Total = 31 blocos

(14)

3.o

Período

Editorial; Textos líricos de Cesário Verde; Textos publicitários; Artigos de apreciação crítica

Textos dos média: editorial, artigos de apreciação crítica; imagens (função argumentativa) e textos publicitários

Cesário Verde

Produções áudio e audiovisuais diversas

Textos publicitários (orais e audiovisuais)

Artigos de apreciação crítica; textos publicitários

Funcionamento da Língua

Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)

Tipologia textual (protótipos textuais)

Paratextos

Expressões nominais

Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funções sintáticas e ordem das palavras

Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica e de Pragmática e Linguística textual do 10.oano

Manual CD Áudio Aula Digital Avaliação interativa Sequência 5 14 blocos AVALIAÇÃO FORMAL 4 blocos Total = 18 blocos

(15)

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Os grandes avanços da ciência são, em geral, feitos por jovens.

Em 1905, há cem anos, o jovem Einstein – tinha apenas 26 anos – mudava as nossas ideias sobre a natureza da luz, sobre a constituição do mundo, sobre as propriedades do espaço e do tempo e ainda sobre a natureza da matéria e da energia. Foi um vendaval de ideias revolucionárias que a experiência veio confirmar! Mas, tendo em jovem sido o pai da teoria quântica, Einstein viria a distanciar-se dela. Foi ultrapassado por novos jovens: em 1925, um pequeno grupo onde pontificavam Heisenberg, com 24 anos, e Schröedinger, com 28 anos, estabeleceu a Física Quântica que tem vindo a descrever corretamente o mundo atómico e que nos trouxe, entre outros, o com-putador e a Internet. Fizeram-no «subindo aos ombros» de Bohr, nessa altura com 40 anos, mas que tinha proposto o seu modelo do átomo com apenas 28 anos. Bohr propôs a alguns dos seus alunos que tentassem compreender o que era a vida. Foi a origem da Biologia Molecular, que logo se revelou uma nova fronteira da ciência e que veio mudar as nossas vidas. Crick tinha 37 anos em 1953 quando identificou a estrutura molecular do DNA, juntamen-te com o seu amigo Watson, então com 25 anos. Não é só na Física, na Química e na Biologia que ser jovem é um trunfo: também o é em Matemática. Em 1993, Wiles, então com 40 anos, anunciou que tinha demonstrado o famosíssimo «último teorema de Fermat». Foi por pouco que não ganhou a medalha Fields, a maior distinção em Matemática, dada apenas a matemáticos com menos de 40...

Os jovens são, na ciência, uma inesgotável fonte de criatividade. São eles os autores de novas ideias e feitores de novas obras, os permanentes construtores do futuro. Em todo o mundo e também, obviamente, entre nós. (…) O principal recurso de um país em busca do desenvolvimento é a sua massa cinzenta. Felizmente, como mostra este caderno, isso não nos falta. Falta-nos acarinhá-la mais. (…) Nos dias de hoje, em que a riqueza provém do conhecimento, incentivar e apoiar a profissão de cientista é uma obrigação nacional.

A ciência poderá ser cara, mas a ausência de ciência é muito mais cara. Atrasar ou interromper o caminho que estes jovens estão a traçar significaria atrasar ou interromper o futuro. Eles estão em trânsito – e nós com eles – em direção ao futuro.

Profissão: Cientista – Retratos de uma geração em trânsito (Carlos Fiolhais) http://viveraciencia.org

5

10

15

20

Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1.

Delimita os momentos do texto, sintetizando cada um deles numa frase.

2.

Caracteriza os jovens cientistas.

3.

Considerando que «O principal recurso de um país em busca do desenvolvimento é a sua massa cinzenta» (l. 18), refere o que deve fazer Portugal, de acordo com a opinião do autor.

4.

Explica o significado da expressão: «Atrasar ou interromper o caminho que estes jovens estão a traçar significaria atrasar ou interromper o futuro.» (ls. 21 e 22)

(16)

GRUPO II

COMUNICADO DE IMPRENSA Juntos pelas crianças.

UNICEF mobiliza pessoal e ajuda para responder às necessidades causadas pela instabilidade

2 março 2011 – Preocupada com o aumento do número de retornados e trabalhadores migrantes que estão a chegar à Tunísia, a UNICEF está a mobilizar recursos humanos e ajuda humanitária para as fronteiras leste da Líbia.

O responsável pelas Operações de Emergência da UNICEF, Louis-Georges Arsenault, chegou quarta-feira pas-sada à Tunísia para se encontrar com membros do governo, agências da ONU e o Crescente Vermelho a fim de identificarem as necessidades humanitárias resultantes da instabilidade na Líbia.

Nos próximos dias, está prevista a chegada de aviões fretados pela UNICEF às duas capitais vizinhas, trans-portando mais de 160 toneladas de bens de primeira necessidade para responder às necessidades mais urgentes nas fronteiras egípcias e tunisinas, e estão a ser pré-posicionados stocks para uma possível intervenção no inte-rior da Líbia.

Nesta fase inicial está a ser dada prioridade a bens como kits de higiene, produtos nutritivos, e artigos recrea-tivos e para apoio psicossocial. Embora os dados reportados sobre o número de famílias que tem vindo a atraves-sar as fronteiras possam ser inferiores à realidade, a UNICEF está muito preocupada com as crianças e mulheres que no interior da Líbia foram seriamente afetadas pela instabilidade.

A UNICEF lançou ontem um apelo no total de 7,2 milhões de dólares a fim de responder às necessidades ime-diatas das crianças e das mulheres afetadas pela crise. Este documento será integrado no Apelo Conjunto das várias agências da ONU que será divulgado nos próximos dias.

Os fundos destinam-se a financiar o reforço das operações nas regiões fronteiriças da Tunísia e Egito para onde foram já enviadas equipas a fim de fazerem o levantamento das necessidades mais prementes dos retorna-dos e trabalhadores migrantes que fugiram da Líbia.

Em ambas as fronteiras a UNICEF está a trabalhar com o apoio do ACNUR1, da OIM2e em colaboração com as

Sociedades do Crescente Vermelho egípcia e tunisina.

http://www.unicef.pt

1ACNUR – Agência da ONU para Refugiados. 2OIM – Organização Internacional para a Migração.

5

10

15

20

Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1.

A UNICEF é uma organização de caráter:

a)

social.

b)

solidário.

c)

económico.

(17)

2.

A intervenção da UNICEF relativa ao presente comunicado faz-se sentir:

a)

no continente asiático.

b)

no continente americano.

c)

nos países árabes.

d)

nos Países Baixos.

3.

A UNICEF intervém:

a)

de forma independente.

b)

de forma concertada.

c)

de forma isolada.

d)

de forma irregular.

4.

Para apoiar os cidadãos dos países com necessidades:

a)

utiliza fundos próprios.

b)

utiliza empréstimos bancários.

c)

utiliza fundos cedidos.

d)

utiliza fundos negociados.

5.

Este comunicado de imprensa tem como objetivo divulgar:

a)

uma reportagem.

b)

um acontecimento.

c)

um produto.

d)

um serviço.

6.

No presente comunicado, a informação mais relevante encontra-se:

a)

no segundo parágrafo.

b)

no terceiro parágrafo.

c)

no primeiro parágrafo.

d)

no último parágrafo.

7.

A estrutura do comunicado pressupõe a apresentação da matéria:

a)

do geral para o particular.

b)

do particular para o geral.

c)

do fundamental para o acessório.

(18)

Coluna A Coluna B 1.A expressão «que estão a chegar à Tunísia» (ls. 1 e 2) tem um valor aspetual a)acrónimo.

2.«UNICEF» é uma palavra formada por letras de um grupo de palavras. Designa-se b)temporal.

3.A expressão «para se encontrar com» (l. 5) tem sentido c)coesão.

4.A expressão «Nesta fase inicial» (l. 11) tem referenciação deítica d)durativo.

5.A repetição da palavra «UNICEF» ao longo do texto tem como objetivo assegurar, no texto, a e)final. f)imperfetivo. g)causal. h)sigla.

GRUPO III

Elabora um texto de opinião, de cento e vinte a duzentas palavras, sobre o tema Ciência. Tópicos a desenvolver (escolhe dois ou mais):

Definir o conceito de Ciência.

Dialogar, comunicar Ciência é promover a sua aproximação com o cidadão comum.

Apoiar os cientistas é incrementar o desenvolvimento do país.

O conhecimento da Ciência tem / não tem limites.

(19)

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Nesta viagem, de que fiz menção, e em todas as que passei a Linha Equinocial, vi debaixo dela, o que muitas vezes tinha visto e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha1e pegado também

aos peixes. Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhe pegam aos costados, que jamais os desferram. De alguns animais de menos força e indústria se conta, que vão seguindo de longe aos Leões na caça, para se susten-tarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, tão seguros ao perto como aqueles ao longe; porque o peixe grande não pode dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta o peso e mais a fome. Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou e pegou de um elemento a outro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto2, depois que os nossos Portugueses o navegaram; porque

não parte Vice-Rei ou Governador para as Conquistas, que não vá rodeado de Pegadores3, os quais se arrimam a

eles, para que cá lhe matem a fome, de que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes desenganados da expe-riência, despegam-se e buscam a vida por outra via; mas os que se deixam estar pegados à mercê e fortuna dos maiores, vem-lhe a suceder no fim o que aos Pegadores do mar.

Rode a a Nau o Tubarão nas calmarias da Linha com os seus Pegadores às costas, tão cerzidos com a pele, que mais parecem remendos ou manchas naturais, que os hóspedes ou companheiros. Lançam-lhe um anzol de cadeia com a ração4de quatro Soldados, arremessa-se furiosamente à presa, engole tudo de um bocado, e fica

preso. Corre mais companha5a alá-lo6acima, bate fortemente o convés com os últimos arrancos; enfim, morre o

Tubarão, e morrem com ele os Pegadores. Parece-me que estou ouvindo a S. Mateus, sem ser Apóstolo pescador, descrevendo isto mesmo na terra. Morto Herodes, diz o Evangelista, apareceu o Anjo a José no Egipto, e disse-lhe, que já se podia tornar para a pátria; porque eram mortos todos aqueles que queriam tirar a vida ao Menino: Defuncti sunt enim qui quaerebant animam Pueri7Os que queriam tirar a vida a Cristo Menino, eram Herodes e

todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam e pendiam da sua fortuna. Pois é possível que todos estes morressem juntamente com Herodes? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morrem também com ele os Pegadores: Defuncto Herode, defuncti sunt qui quaerebant animam Pueri. Eis aqui, peixezi-nhos ignorantes e miseráveis, quão errado e enganoso é este modo de vida que escolhestes. Tomai o exemplo nos homens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como deveram, o de Santo António.

Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes

1Malícia. 2Peixes do mar alto. 3Oportunistas. 4Peixe abundante na costa noroeste que os pescadores usam como isco. 5Tripulação de uma

embarcação. 6Puxar para cima. 7(Mateus 2, 20).

5

10

15

20

25

Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1.

Situa o trecho na estrutura externa e interna do Sermão.

(20)

3.

O orador explica o modo de vida dos Pegadores ao mesmo tempo que faz uma crítica direta aos Portugueses. Justifica a afirmação.

3.1

Identifica os recursos estilísticos, referindo o seu valor expressivo, nas frases transcritas «para que cá lhe matem a fome, de que lá não tinham remédio» (l. 11).

4.

Mostra que a consequência do modo de vida dos oportunistas é exemplificada alegoricamente.

5.

Interpreta o argumento de autoridade a que o orador recorre para confirmar a sua tese.

GRUPO II

Alguns jornais acusam-nos, gravemente – de sermos hostis e violentos com a realeza e a família real: e dão ligeiramente a entender que nós estamos comprados pela demagogia para atacar a coroa.

Outros jornais acusam-nos severamente – de sermos hostis e violentos com todo o facto e toda a instituição – e sermos pelo contrário benevolamente cortesãos com a realeza e a família real: e dão infamemente a perceber, que nós estamos comprados pela coroa – para vergastar a demagogia.

Fundam-se os primeiros em que nós fomos menos amoráveis com sua majestade a rainha, – contando a histó-ria patética do mendigo preso.

Fundam-se os segundos em que nós fomos vassalamente aduladores com sua majestade el-rei, – dizendo que ele espalhava no lugar da Ajuda seis contos de reis de esmolas.

As pessoas imparciais compreendem decerto o nosso embaraço cheio de rubor.

Queríamos dizer palavras pungentes à coroa, para eficazmente provar que não estamos comprados – pelo seu oiro! – Mas então, patentemente se percebia que o que nos inspirava a prosa amarga – eram as bolsas de dinheiro, que nos atirara a pálida demagogia.

Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o poder dos tesou-ros demagógicos: – mas então abertamente se via que se falávamos com um som tão meigo – era sob a influência dissolvente dos cofres da coroa! Lívida colisão!

De tal sorte que resolvemos imprimir as duas seguintes cartas, pedindo a rápida justificação da nossa honra: Ao rei de Portugal Senhor. – Alguns malévolos, nossos comuns inimigos, espalham subtilmente que vossa majestade nos sacia de oiro, para que as Farpas tenham para vossa majestade um tom amoroso a untuoso. Rogamos a vossa majestade declare se já deixou cair na nossa mão estendida – o corruptor metal! Vossa majesta-de, com mal disfarçado despeito o dizemos, nem sequer é assinante de As Farpas! (…)

À Hibra da anarquia

Tendo alguns jornais dado a entender, que nós atacávamos a realeza porque estávamos para isso pagos pela Hidra da anarquia – pedimos ao dito bicho – declare a falsidade desta asserção imunda.

Eça de Queirós, Ramalho Ortigão; As Farpas

5

10

15

20

Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1.

A redação de «As Farpas» é acusada por jornais de diferentes orientações políticas de:

a)

imparcialidade.

b)

cinismo.

c)

difamação.

(21)

2.

Os jornais das diferentes fações demonstram as suas teses:

a)

com exemplificação.

b)

com citações.

c)

com argumentos de autoridade.

d)

com argumentos «ad terrorem».

3.

O jornal «As Farpas», acusado de ser a favor da realeza e contra a mesma, encontra-se com dificuldade:

a)

em defender as duas teses.

b)

em refutar uma tese.

c)

em contra-argumentar.

d)

manter a sua posição.

4.

Na frase «Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o poder dos tesouros demagógicos» (ls. 14 e 15), o sujeito da enunciação recorre a:

a)

analogias.

b)

metáforas.

c)

personificações.

d)

paralelismos.

5.

A frase nominal e expressiva «Lívida colisão!» (l. 16) visa:

a)

encadear logicamente os argumentos.

b)

destacar as contradições dos adversários.

c)

utilizar uma linguagem precisa.

d)

explorar as emoções do auditório/leitor.

6.

A síntese do discurso de «As Farpas» consiste num pedido de reposição da verdade:

a)

às entidades acusatórias.

b)

aos cidadãos em geral.

c)

ao poder político instituído.

d)

ao poder e ao contrapoder.

7.

Este discurso está estruturado de forma:

a)

indutiva.

b)

dedutiva.

c)

antitética.

(22)

Coluna A Coluna B 1.A expressão «pela demagogia» (l. 2) desempenha a função sintática de a)diretivo.

2.« os primeiros» (l. 6) e «os segundos»(l. 8) são marcadores discursivos com função de b)de qualidade.

3.Na expressão «pálida demagogia» (l. 13), o adjetivo tem valor c)consequência.

4.A expressão «De tal sorte que» (l. 17) exprime a ideia de d)agente da passiva.

5.O ato ilocutório presente em «Rogamos a vossa majestade» é e)complemento direto.

f)restritivo.

g)explicação.

h)ordenadores.

GRUPO III

Escreve um texto expositivo-argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre a atualidade do Sermão de Santo António aos Peixes.

(23)

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

CENA XI

Manuel de Sousa, Miranda e os outros criados

Manuel – Meu pai morreu desastrosamente caindo sobre a sua própria espada. Quem sabe se eu morrerei nas chamas ateadas por minhas mãos? Seja. Mas fique-se aprendendo em Portugal como um homem de honra e coração, por mais poderosa que seja a tirania, sempre lhe pode resistir, em perdendo o amor a coisas tão vis e pre-cárias como são esses haveres que duas faíscas destroem num momento… como é esta vida miserável que um sopro pode apagar em menos tempo ainda! (Arrebata duas tochas das mãos dos criados, corre à porta da esquerda, atira com uma para dentro; e vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a outra tocha; e sucede o mesmo. Ouve-se alarido de fora.)

CENA XII

Manuel de Sousa e criados: Madalena, Maria, Jorge e Telmo, acudindo. Madalena – Que fazes?… que fizeste? – Que é isto, oh meu Deus!

Manuel (tranquilamente.) – Ilumino a minha casa para receber os muito poderosos e excelentes senhores governadores destes reinos. Suas excelências podem vir, quando quiserem.

Madalena – Meu Deus, meu Deus!… Ai, e o retrato de meu marido!… Salvem-me aquele retrato! (Miranda e os outros criados vão para tirar o painel; uma coluna de fogo salta nas tapeçarias e os afugenta.)

Manuel – Parti! parti! As matérias inflamáveis que eu tinha disposto vão-se ateando com espantosa velocidade. Fugi!

Madalena (cingindo-se ao braço do marido.) – Sim, sim, fujamos. Maria (tomando-o do outro braço.) – Meu pai, nós não fugimos sem vós.

Todos – Fujamos, fujamos... (Redobram os gritos de fora, ouve-se rebate de sinos; cai o pano.)

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1.

Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.

2.

Atenta na Cena XI.

2.1

Classifica a modalidade de discurso na fala de Manuel de Sousa Coutinho.

2.2

Identifica os sentimentos que dominam a personagem.

3.

Discrimina as indicações cénicas presentes na didascália.

5 1 2 3 4 5 6 7

(24)

4.

Relê a Cena XII.

4.1

Interpreta a simbologia da destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho.

4.2

Denomina o recurso estilístico presente na resposta de Manuel de Sousa Coutinho a D. Madalena (fala 2), referindo o seu valor expressivo.

4.3

Designa este momento, de acordo com a tragédia clássica. Justifica a resposta.

GRUPO II

Tortsov começou a aula de hoje com as seguintes observações:

– Dostoievski foi impelido a escrever Os irmãos Karamazov pela preocupação que lhe ocupou a vida inteira: a procura de Deus. Tolstoi passou a existência lutando pelo aperfeiçoamento de si mesmo. Anton Tchekhov comba-teu a trivialidade da vida burguesa, e esse foi o leitmotiv da maior parte da sua produção literária.

«Vocês são capazes de sentir como estes propósitos mais amplos, vitais, dos grandes escritores têm o poder de atrair todas as faculdades criadoras do ator e de absorver todos os detalhes e unidades menores de uma peça ou um papel?»

Numa peça, toda a corrente dos objetivos individuais, menores, todos os pensamentos imaginativos, senti-mentos e ações do ator devem convergir para a execução do superobjetivo da trama. O elo comum deve ser tão forte que até mesmo o detalhe mais insignificante, se não tiver relação com o superobjetivo, salientar-se-á, como supérfluo ou errado.

E também esse impulso em direção ao superobjetivo deve ser contínuo durante toda a peça. Quando a sua ori-gem é teatral ou superficial, dará à peça uma orientação apenas mais ou menos certa. Quando é oriori-gem humana e se dirige para a consumação do propósito básico da peça, será como uma artéria principal, levando alimento e vida tanto a ela como aos atores.

Naturalmente, também, quanto maior é a obra literária, maior é o magnetismo do seu superobjetivo. – Mas… e se faltar à peça o toque do génio?

– Então o poder de atração será visivelmente mais fraco. – E numa peça ruim?

Aí o ator terá de indicar, ele mesmo, o superobjetivo, terá de torná-lo mais profundo e penetrante. Ao fazê-lo, o nome que lhe der será extremamente significativo.

Constantin Stanislavski, A preparação do ator, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2008, págs. 323-324

Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1.

Tortsov iniciou o seu discurso, referenciando três grandes autores com o objetivo de mostrar:

a)

a importância da produção literária desses escritores.

b)

a intemporalidade das suas obras literárias.

c)

as forças subjacentes ao seu trabalho artístico.

d)

as relações existentes entre os seus trabalhos.

5

10

15

(25)

2.

Tortsov diz aos seus alunos que todas as suas forças interiores e exteriores devem:

a)

convergir para o grande objetivo da representação.

b)

ser guardadas para o grande momento da representação.

c)

ser usadas em prol do trabalho da equipa de atores.

d)

convergir para o grande objetivo da encenação da peça.

3.

Segundo Tortsov, a qualidade da peça intervém:

a)

na qualidade da representação.

b)

na força que norteia o ator.

c)

na qualidade dos ensaios.

d)

na força que anima o autor.

4.

Se a peça não tiver a força magnética de atrair o ator, este:

a)

terá de rejeitar o papel.

b)

terá de modificar o texto.

c)

terá de a criar por si.

d)

terá de dar-lhe outro título.

5.

O texto apresentado tem um objetivo:

a)

crítico.

b)

didático.

c)

divulgador.

d)

político.

6.

O modo de expressão utilizado é:

a)

o monólogo.

b)

o discurso indireto.

c)

o diálogo.

d)

o discurso direto livre.

7.

Quanto à tipologia, o texto é:

a)

narrativo.

b)

descritivo.

c)

argumentativo.

(26)

Coluna A Coluna B 1.«pela preocupação» (l. 2) desempenha a função sintática de a)meronímia/holonímia.

2.Entre as unidades lexicais «detalhe» e «peça» (ls. 10 e 13) há uma relação de hierarquia semântica designada

b)pertinência.

3.«humana» (l. 13) é correferente de c)complemento oblíquo.

4.«Naturalmente, também» (ls. 12 e 16) são marcadores discursivos que se designam respetivamente

d)hiponímia/hiperonímia.

5.Na resposta «– Então o poder de atração será visivelmente mais fraco.» (l. 18) está presente o princípio da

e)origem.

f)peça.

g)operador e conetor.

h)conetor e operador.

Grupo III

Elabora um texto argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, defendendo e/ou rejeitando a seguinte tese:

O teatro é fundamental na formação cultural do cidadão.

(27)

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Subitamente, por sobre o novo silêncio da sala, um vozeirão mais forte que o do Rufino fez retumbar os gran-des nomes de D. João de Castro e de Afonso de Albuquerque... (…)

– É patriotismo, disse o Ega. Fujamos!

Mas o marquês reteve-os, gostando também de um bocado de Quinas. E foi o pobre marquês que o patriota pareceu interpelar, alçando na ponta dos botins o corpanzil rotundo, aos urros. Quem havia agora aí, que, agar-rando numa das mãos a espada e na outra a cruz, saltasse para o convés duma caravela a ir levar o nome portu-guês através dos mares desconhecidos? Quem havia aí, heróico bastante, para imitar o grande João de Castro, que na sua quinta de Sintra arrancara todas as árvores de fruto, tal era a isenção da sua alma de poeta?...

– Aquele miserável quer-nos privar da sobremesa! – exclamou Ega.

Em torno correram risos alegres. O marquês virou costas, enojado com aquela patriotice reles. Outros boceja-vam por trás da mão, num tédio completo de «todas as nossas glórias». E Carlos, enervado, preso ali pelo dever de aplaudir o Alencar, chamava o Ega para irem abaixo ao botequim espairecer a impaciência – quando viu o Eusebiozinho que descia a escada, enfiando à pressa um paletó alvadio. Não o encontrara mais desde a infâmia da Corneta, em que ele fora «embaixador». E a cólera que tivera contra ele, nesse dia, reviveu logo num desejo irresis-tível de o espancar. Disse ao Ega:

– Vou aproveitar o tempo, enquanto esperamos pelo Alencar, a arrancar as orelhas àquele maroto! – Deixa lá, – acudiu Ega, – é um irresponsável!

Mas já Carlos corria pelas escadas: Ega seguiu atrás, inquieto, temendo uma violência. Quando chegaram à porta, Eusébio metera para os lados do Carmo. E alcançaram-no no largo da Abegoaria, àquela hora deserto, mudo, com dois bicos de gás mortiços. Ao ver Carlos fender assim sobre ele, sem paletó, de peitilho claro na noite escura, o Eusébio, encolhido, balbuciou atarantadamente: «Olá, por aqui...»

– Ouve cá, estupor! – rugiu Carlos, baixo. – Então também andaste metido nessa maroteira da Corneta? Eu devia rachar-te os ossos um a um!

Agarrara-lhe o braço, ainda sem ódio. Mas, apenas sentiu na sua mão de forte aquela carne molenga e trému-la, ressurgiu nele essa aversão nunca apagada – que já em pequeno o fazia saltar sobre o Eusebiozinho, esfranga-lhá-lo, sempre que as Silveiras o traziam à quinta. E então abanou-o, como outrora, furiosamente, gozando o seu furor. O pobre viúvo, no meio das lunetas negras que lhe voavam, do chapéu coberto de luto que lhe rolara nas lajes, dançava, escanifrado e desengonçado. Por fim Carlos atirou-o contra a porta duma cocheira.

– Acudam! Aqui d' El-Rei, polícia! – rouquejou o desgraçado. Já a mão de Carlos lhe empolgara as guelas. Mas Ega interveio: – Alto! Basta! O nosso querido amigo já recebeu a sua dose...

Ele mesmo lhe apanhou o chapéu. Tremendo, arquejando, de bruços, Eusebiozinho procurava ainda o guarda --chuva. E, para findar, a bota de Carlos atirada com nojo, estatelou-o nas pedras, para cima duma sarjeta onde restavam imundícies e humidade de cavalo.

Eça de Queirós, Os Maias

5 10 15 20 25 30

(28)

5

10

15

20

Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1.

Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.

2.

Classifica o ponto de vista presente na apreciação do «patriota» (l. 4) observado. Justifica.

3.

Refere os sentimentos de Carlos, ao ver Eusebiozinho, explicitando o motivo que os provoca.

4.

Considera o incidente entre Carlos e Eusebiozinho e retira conclusões sobre o desfecho do mesmo.

4.1

Identifica as figuras de estilo presentes nas expressões transcritas e explica o significado da segunda – b).

a)

«carne molenga e trémula» (ls. 24 e 25)

b)

«esfrangalhá-lo» (ls. 25 e 26)

GRUPO II

Em Portugal, o humor, como representação do grotesco, da crítica moral e social, teve a sua expressão mais comum através da palavra escrita, quer sob a forma das cantigas de escárnio e maldizer quer sob a forma de tea-tro que Gil Vicente tão acutilantemente revelou. A Inquisição surgiu como censora da liberdade de expressão, remetendo para a representação iconográfica nas artes populares.

Como menciona Osvaldo de Sousa, o humor, expresso através do desenho associado à palavra impressa, é referido em Portugal já nos séculos XVIIe XVIII(sobretudo de origem estrangeira) mas com maior incidência no

século XIX, no contexto da Guerra Peninsular. No entanto, só em meados desse século é que emerge, com

regulari-dade, na imprensa a publicação de caricaturas e desenhos satíricos produzidos por autores portugueses que refletem a política nacional ou a crítica de costumes. Este tipo de humor passa a funcionar como uma forma de oposição ao poder instituído.

Nas décadas de 60 e 70 do século XIX, nomes como Manuel Macedo, Manuel Maria Bordalo Pinheiro e sobretudo

Raphael Bordalo Pinheiro, inseridos na corrente naturalista, irão marcar uma nova visão da caricatura e do humor em Portugal. A publicação dos seus trabalhos, bem como de outros artistas, era divulgada através de periódicos como «A Berlinda», «O Binóculo», «O Sorvete», «O Charivari» ou o «Pontos nos ii» entre outros. Dos temas tratados, com mais ironia, destacava-se a política monárquica, denotando-se a tendência republicana de muitos caricaturistas que se acentuará no final desse século. Ao nível do desenho um grupo de novos artistas de Coimbra introduz, na caricatura e nos cartoons, um depuramento do traço de influência modernista.

A implantação da República e os tempos conturbados que se lhe seguiram, assim como o facto de aquela não ser afinal a derradeira solução para o país, tornaram-na alvo da sátira e da pena dos humoristas.

A partir de 1926 o Estado Novo veio refrear a crítica política, condicionando os caricaturistas a abordarem sobretudo temas de crítica social e de costumes. Apesar dos constrangimentos da censura, é por essa altura que surge, no contexto das publicações humorísticas de caráter periódico, um dos jornais de referência da ironia em Portugal no século XX, o «Sempre fixe», publicado até 1962. Os seus colaboradores zombavam dos acontecimentos

ou astutamente tratavam os temas políticos.

(29)

Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1.

O autor afirma que o humor, em Portugal, remonta:

a)

à Idade Média.

b)

ao Renascimento.

c)

ao Período Barroco.

d)

ao Neoclassicismo.

2.

A sátira foi reprimida por causa da:

a)

censura exercida pela realeza.

b)

censura exercida pelo clero.

c)

censura exercida pela burguesia.

d)

censura exercida pelos juízes.

3.

A publicação de desenhos satíricos de autores portugueses surge na imprensa da segunda metade do século XIXcom o objetivo de:

a)

satirizar a religiosidade da época.

b)

opor-se aos adeptos da República.

c)

satirizar os defensores da Monarquia.

d)

opor-se ao poder vigente.

4.

A maior parte dos caricaturistas era adepta da:

a)

Monarquia.

b)

República.

c)

Regeneração.

d)

Maçonaria.

5.

Depois de 1910, os desenhadores humorísticos ridicularizaram:

a)

a República.

b)

a Monarquia.

c)

o clero.

(30)

6.

O regime salazarista condicionou o trabalho artístico dos humoristas, pelo que os temas proibidos eram tratados:

a)

deficientemente.

c)

convenientemente.

b)

ardilosamente.

d)

escassamente.

7.

O texto apresentado, quanto à tipologia, é:

a)

narrativo.

c)

expositivo.

b)

descritivo.

d)

argumentativo.

8.

Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

Coluna A Coluna B

1.«o riso e a ironia» são correferentes lexicais de «humor» porque estabelecem entre si uma relação de

a)sinonímia.

2.«mas» (l. 6), «No entanto» (l. 7) têm, nas frases, a função de estabelecer a coesão

b)adjetiva relativa restritiva.

3.«que se acentuará no final desse século» (l. 16) é uma oração subordinada c)advérbios.

4.«humorísticas» (l. 22) é uma palavra derivada por d)adjetiva relativa explicativa.

5.«astutamente» (l. 24) pertence à classe dos e)lexical.

f)antonímia.

g)interfrásica.

h)sufixação.

GRUPO III

Escreve um texto expositivo-argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre o romance Os Maias, escolhendo um episódio revelador da sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX.

Desenvolve os tópicos seguintes:

Crítica e denúncia de vícios.

Personagem(ns) caricaturada (s) – traços caracterizadores.

(31)

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5

GRUPO I

Lê atentamente o texto.

Nós (Parte I1)

Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre E a Cólera também andaram na cidade,

Que esta população, com um terror de lebre, Fugiu da capital como da tempestade. Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas (Até então nós só tivéramos sarampo),

Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo! Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga: O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos; Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos Morreram todos. Nós salvámo-nos na fuga. Na parte mercantil, foco da epidemia, Um pânico! Nem um navio entrava a barra, A alfândega parou, nenhuma loja abria, E os turbulentos cais cessaram a algazarra. Pela manhã, em vez dos trens dos batizados, Rodavam sem cessar as seges dos enterros. Que triste a sucessão dos armazéns fechados! Como um domingo inglês na city, que desterros!

Sem canalização, em muitos burgos ermos Secavam dejeções cobertas de mosqueiros, E os médicos, ao pé dos padres e coveiros, Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos! Uma iluminação a azeite de purgueira, De noite amarelava os prédios macilentos. Barricas de alcatrão ardiam; de maneira Que tinham tons de inferno outros arruamentos (…)

Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa, Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas, E em permanência olhando o horizonte em brasa, Não quis voltar senão depois das grandes chuvas. Ele, dum lado, via os filhos achacados,

Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda! E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados, E um salutar refúgio e um lucro na vivenda! E o campo, desde então, segundo o que me lembro, É todo o meu amor de todos estes anos!

Nós vamos para lá; somos provincianos, Desde o calor de maio aos frios de novembro!

Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde

1 O poema «Nós» é constituído por três partes num total de 128 estrofes. Na parte I (12 estrofes),o poeta evoca os acontecimentos trágicos ocorridos na capital e suas consequências Lembra que, nessa época, seu pai salvara a família, levando-a para o campo.

5 10 15 20 25 30 35 40

(32)

Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.

1.

O eu poético evoca o passado.

1.1

Caracteriza a capital nesse tempo.

1.2

Explica a tomada de decisão do pai do sujeito poético perante essa realidade.

2.

Refere os traços caracterizadores do espaço campestre.

2.1

Identifica o recurso estilístico presente na expressão «somos provincianos» (v. 39), explicitando o seu significado.

3.

O poema contém referências de natureza autobiográfica. Justifica a afirmação, exemplificando.

GRUPO II

A arquitetura paisagista é essencialmente uma arte e quem a pratica é um artista, pelo que na formação deste deve ser desenvolvido o sentido da proporção e do equilíbrio que conduzem, através da criatividade, ao belo. Bela arte, fundamentalmente social, porque se destina a ser vivida intrinsecamente pelas pessoas a quem se dirige e a ser, sobretudo, concretizada pelo uso. A arquitetura paisagista deve ter da paisagem que cria ou transforma uma conceção no espaço e no tempo, porque estando sujeita à dinâmica da vida, nunca está terminada. (…)

O funcionamento global da paisagem, em cada momento, traduz-se sempre pela procura de um equilíbrio dinâmico e de uma estabilidade temporal.

A presença ativa de cada um dos seus elementos tenderá sempre a contribuir para esse equilíbrio e estabili-dade, mesmo que corresponda a uma menor riqueza biológica.

A ação do homem poderá então determinar um caminho mais consentâneo com os seus interesses no sentido da diversidade biológica e de um maior potencial genético e de vida. (…)

O ordenamento do território deverá ter como princípios e conceitos eficazes de intervenção os da arquitetura paisagista, porque esta é uma arte que coopera com a natureza, posta à disposição do Homem para a realização dos seus fins.

A arquitetura paisagista encontra as suas mais remotas origens no ofício de jardineiro, cujos objetivos são, num espaço limitado, manter o grau de fertilidade, intensificar e dar continuidade ao aproveitamento e melhorar as plantas utilizadas. Bem depressa esse espaço limitado se transformou num lugar idílico de estar e simbólico da fertilidade. (...)

A realização da paisagem humanizada não deve deixar de considerar a vontade latente nas populações de se recriar o Éden, também presente no subconsciente das camadas mais desenvolvidas, necessidade cada vez mais imposta pela sistemática destruição de paisagens equilibradas e belas a que hoje assistimos, pela degradação, a uma escala nunca antes vista, dos recursos naturais de que a humanidade depende, pela alienação que representa o consumismo exorbitante das sociedades desenvolvidas.

A construção da paisagem tem de ter em consideração o desenrolar do processo civilizacional iniciado a partir da organização dos espaços com o fim de satisfazer as necessidades primárias da sociedade; criaram-se gradual-mente laços de fraternidade humana e solidariedade ecológica e desenvolveram-se culturas, que ainda hoje subsis-tem nas sociedades mais primitivas ou mesmo nas rurais mais afastadas das vias egoístas do chamado «progresso».

Prefácio da 1.aedição dos Fundamentos da Arq. Paisagista, Gonçalo Ribeiro Telles, Prof. Cat. Jubilado e Arq.oPaisagista

5

10

15

20

(33)

Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.

1.

Segundo o autor, a arquitetura paisagista é um arte que tem como objetivo:

a)

ser observada.

b)

ser vivenciada.

c)

ser protegida.

d)

ser apreciada.

2.

Uma intervenção da arquitetura paisagista nunca está terminada, porque tem de procurar a estabilidade e o equilíbrio:

a)

no tempo de concretização.

b)

no espaço em que se insere.

c)

nas espécies selecionadas.

d)

na dinâmica da vida.

3.

A arquitetura paisagista é de uma importância fundamental:

a)

na preservação da natureza.

b)

no equilíbrio ecológico.

c)

no ordenamento do território.

d)

na reabilitação dos jardins.

4.

A destruição da natureza tem levado as pessoas a desejarem a recriação:

a)

de espaços de lazer.

b)

de espaços ajardinados.

c)

de espaços paradisíacos.

d)

de espaços funcionais.

5.

A preservação da natureza e do equilíbrio ecológico ainda permanece em lugares afastados:

a)

da moderna civilização.

b)

da construção em altura.

c)

dos espaços desabitados.

(34)

6.

O texto constitui-se como uma apologia ao trabalho dos arquitetos paisagistas, enquanto promotores:

a)

da beleza dos antigos jardins.

b)

do equilíbrio paisagístico.

c)

do equilíbrio ecológico.

d)

da qualidade de vida.

7.

O texto, quanto à sua tipologia, é:

a)

narrativo.

b)

argumentativo.

c)

descritivo.

d)

preditivo.

8.

Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.

Coluna A Coluna B

1.Na expressão «deve ser desenvolvido» (l. 2) o verbo dever tem uma função a)correferência.

2.A oração «estando sujeita à dinâmica da vida» é (l. 5) b)lugar.

3.«arquitetura paisagista» e «esta» (ls. 12 e 13) estabelecem, entre si, uma relação de c)modalizadora.

4.«paisagem» (l. 19) e «espaços» (l. 25) são palavras do mesmo campo d)tempo.

5.«hoje» (l. 26) tem um valor deítico de e)não finita.

f)finita.

g)lexical.

h)semântico.

GRUPO III

Elabora um texto de apreciação crítica, de cento e vinte a duzentas palavras, sobre um filme ou livro que tenhas apreciado particularmente.

(35)

SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1

GRUPO I

1.Primeiro momento – primeiro parágrafo: «Os grandes avanços da ciência são, em geral, feitos por jovens.» (Introdução, l. 1)

Segundo momento – desde «Em 1905» (l. 2) até «obrigação nacio-nal» (l. 20): O emissor apresenta exemplos de cientistas e de teo-rias que propiciaram avanços surpreendentes da ciência e caracteriza os jovens cientistas. (Desenvolvimento)

Terceiro momento – último parágrafo: o emissor apresenta as consequências negativas do não apoio aos jovens cientistas. (Conclusão)

2.Os jovens cientistas são criativos, empreendedores e visionários. 3.O país deve criar condições para apoiar e incrementar o trabalho

desenvolvido pelos jovens cientistas.

4.Não criar condições de apoio ao trabalho dos jovens cientistas terá consequências negativas para o desenvolvimento futuro do país. 5.A temática do texto é a Ciência. A linguagem é predominante-mente objetiva, usa termos científicos (técnicos), língua padrão, frases curtas e utiliza a 3.apessoa.

GRUPO II 1.b); 2.c); 3.b); 4.c); 5.b); 6.c); 7.c). 8:1. f); 2. h); 3. e); 4. b); 5. c).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2

GRUPO I

1.O trecho situa-se no Capítulo V, na segunda parte – Exposição seguida de Confirmação –, onde o orador apresenta as repreen-sões em particular, neste caso, dirigidas aos Pegadores.

2.Os Pegadores são peixes pequenos que vivem agarrados às cos-tas de grandes peixes que lhes suportam o peso e os alimentam. Segundo o orador, são peixes «ignorantes e miseráveis». 3.O Padre António Vieira afirma que os Pegadores aprenderam

com os Portugueses este modo de vista oportunista, porquanto os Portugueses, que partiam para as viagens ultramarinas, com cargos importantes, iam sempre acompanhados de «Pegadores», pessoas astutas e oportunistas que apenas desejavam beneficiar da importância económica e social daqueles.

3.1Antítese: «cá» / «lá»; metáfora: «matem a fome (…) não tinham remédio». Os Portugueses oportunistas partiam para «cá», para o Brasil, para enriquecerem, pois em Portugal «lá»seriam sempre pobres.

4.Quando o Tubarão é pescado pelos pescadores, morre e com ele morrem os Pegadores (os que sobrevivem à sua custa). Assim, o Tubarão simboliza os homens importantes e os Pegadores aque-les que vivem à sua custa.

Quando o Tubarão – o homem socialmente importante – perde os seus cargos elevados, as suas fortunas, os «Pegadores» ficam reduzidos à miséria, porque daqueles dependem. Deste modo, o orador ilustra o vício do oportunismo, recorrendo ao exemplo do Tubarão e dos Pegadores.

5.O Padre António Vieira utiliza as palavras de S. Mateus para pro-var a sua tese. Apela, pois, ao sentimento de respeito pelo Evangelista para mostrar no exemplo concreto de Herodes e seus apoiantes o vício do oportunismo.

GRUPO II 1.d); 2.a); 3.c); 4.b); 5.b); 6.d); 7.c). 8:1. d); 2. h); 3. b); 4. c); 5. a).

GRUPO III

Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-tual solicitada pelo enunciado.

FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3

GRUPO I

1.O trecho situa-se no Ato I (Cenas XI e XII), no Conflito, quando Manuel de Sousa Coutinho ateia fogo ao seu próprio palácio, pois não quer hospedar nele os governadores do Reino (representan-tes do domínio filipino).

2.1Trata-se de um monólogo.

2.2Revolta, fúria (contra os governadores do Reino) e patriotis-mo (apatriotis-mor à pátria).

3.Movimentação rápida de Manuel de Sousa Coutinho, atitudes reveladoras de grande precipitação e exaltação; iluminação, ex.: «vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a outra tocha; e sucede o mesmo.»; ruído, ex.: «Ouve-se alarido de fora».

4.1A destruição do retrato constitui um indício trágico que pode ser interpretado como a antecipação/revelação do futuro de Manuel de Sousa Coutinho.

Ao mudar de espaço (do seu palácio para o de D. João de Portugal), Manuel de Sousa Coutinho não voltará a viver uma vida normal, pois o seu casamento será anulado pelo regresso do primeiro marido de D. Madalena. Tal aconteci-mento determinará a sua «morte» para o mundo profano e a sua entrada no Convento de S. Domingos, em Benfica, ingressando na Ordem dos Domínicos, como Frei Luís de Sousa.

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