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ATA Nº 13/2014 Sessão Extraordinária 23 de Outubro de 2014

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017

ATA Nº 13/2014

Sessão Extraordinária

23 de Outubro de 2014

I – ABERTURA --- ---Local: Auditório Municipal dos Paços do Concelho --- ---Hora: 20h00m ---

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II – PRESENÇAS --- --- Mesa da Assembleia: --- Presidente – Joaquim Moreira Raposo --- --- Primeiro Secretário – Luís Miguel Rodrigues Costa --- --- Segundo Secretário – António Miguel S. Figueiredo Lourenço --- --- Membros da Assembleia presentes: Todos, e nos termos do documento anexo à presente ata. --- --- --- Membros da Câmara Municipal --- --- Presidente em Exercício: Gabriel Alexandre Martins Lorena Oliveira --- --- Vereadores: Francisco José Santana Nunes dos Santos --- --- Martinho Joaquim Mendonça Caetano --- --- Rita Mafalda Nobre Borges Madeira --- --- Eduardo Amadeu da Silva Rosa --- --- Sónia Cristina Catarino Baptista --- --- Cristina Maria Rico Farinha Ferreira --- --- Maria João Duarte Moutela Ferreira --- --- António José da Silva Moreira --- --- Pelo senhor Presidente da Assembleia foi verificada a existência de Quórum. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 **************

III – REPRESENTAÇÕES E SUBSTITUIÇÕES --- ---REPRESENTAÇÃO--- O senhor Presidente da Assembleia informou de que a Presidente da Junta de Freguesia da Venteira, Senhora Carla Neves, ao abrigo da alínea c) do nº 1 do Artigo 18º da Lei nº 75/2013 de 12 de Setembro, se faz representar pelo seu substituto legal e por si designado, senhor Nuno Jorge Queiroz Correia. --- ---SUBSTITUIÇÃO --- O senhor Presidente da Assembleia informou de que, ao abrigo do nº 1 do artigo 78º da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro na sua atual redação, solicitaram a sua substituição, nesta Sessão, a senhora Marta Rodrigues, pelo PS, os senhores Carlos Almeida, António Calvino e Tiago Dores pela CDU, a senhora Patricia Ribeiro pelo PSD, e os senhores José Talento Pessanha e Sandra João pelo CDS-PP. --- De seguida, o senhor Presidente da Assembleia informou de que, e nos termos e para os efeitos do artigo 78º e artigo 79º da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro na sua atual redação, os membros substitutos são respetivamente, pelo PS, o senhor António Bito, pela CDU a senhora Ágata Pereira, o senhor José Fernandes e a senhora Mavíldia Pina, pelo PSD a senhora Carmina Martins por indisponibilidade dos senhores Daniel Rodrigues e Luís Sampaio, e pelo CDS-PP, os senhores Isaías Afonso e Luís Chiti Dias. --- --- Os documentos referentes às presentes substituições encontram-se em anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. ---

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IV – CORRESPONDÊNCIA --- O Senhor Presidente da Assembleia informou de que no início da Sessão, foi distribuída aos Representantes de cada Grupo Municipal, a relação do expediente, conforme o estipulado no n.º 2 do Artigo 30.º do Regimento, cujo documento se encontra anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 **************

V – ORDEM DO DIA --- O senhor Presidente da Assembleia deu conhecimento dos assuntos constantes da Ordem do Dia, estabelecida pela Mesa, e consultados os representantes das forças políticas, em sede de conferência dos líderes e nos termos do documento anexo à presente ata, dela constituindo parte integrante. ---

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VI – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --- O senhor Presidente da Assembleia explicou as normas regimentais pelas quais se deve reger a intervenção do público, tendo de seguida admitido a inscrição do senhor Luís Trindade nos termos infra enunciados. --- --- Pelo Senhor Luís Trindade: --- “Antes de mais, o que me traz aqui é a questão que tem a ver com os trabalhadores do Bingo do Estrela da Amadora. Sou dirigente sindical do Sindicato da Hotelaria do Sul, e estes 52 trabalhadores do Estrela da Amadora, em que existe também casais dentro destes trabalhadores, ou sabendo que, no dia 31 deste mês finda a concessão da concessionária, finda a concessão da exploração da concessionária que está no Bingo do Estrela, os trabalhadores do Bingo do Estrela ficaram preocupados e fizeram diversas ações, uma no dia 16 junto ao Ministério do Turismo, e outra no dia 21 no Ministério da Economia, em que dai resultou que houve um compromisso que, o Bingo do Estrela da Amadora a partir do dia 31 poderá continuar a funcionar com a mesma concessionária. - Estes trabalhadores também amanhã na Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, têm também uma reunião agendada com todos os envolventes no processo, e sabendo estes trabalhadores também que, o Bingo da Amadora, ou seja, que o trabalho é feito numa sala em que existe uma insolvência. --- O que eu queria aqui perguntar era: o que é que esta Assembleia pode fazer em relação a estes trabalhadores? --- E o que é que está ao alcance destes trabalhadores quando for aberto o concurso público do Bingo do Estrela da Amadora, para a concessão do Bingo do Estrela da Amadora,

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 para que estes trabalhadores possam fazer parte do caderno de encargos, para que não sejam mais um grupo de 52 trabalhadores que fiquem no desemprego? --- É isto aqui que eu quero deixar como informação, o que é que este município pode fazer em relação a estes trabalhadores? --- Para que não seja mais um grupo de trabalhadores que fique no desemprego e alguma parte, também grande destes trabalhadores, fazendo parte, sendo munícipes do Município da Amadora. Tenho dito.” --- --- Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao senhor Presidente em Exercício para as respostas tidas por convenientes. --- --- Pelo senhor Presidente em Exercício: --- “Boa noite senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhores Deputados, senhores Vereadores, público em geral que assiste. --- O processo, como sabemos, está com o administrador da insolvência e nós estamos disponíveis a receber, portanto, a comissão de trabalhadores do Bingo para encontrarmos formas de trabalho, para tentar encontrar uma solução para o problema que apresentou. Portanto, o que eu propunha depois, é que marcássemos então uma reunião de trabalho, para o que é que se pode fazer para salvar os postos de trabalho dos trabalhadores que, neste momento, laboram no Bingo. Era isso só o que eu queria dizer. Muito obrigado senhor Presidente.” --- --- Pelo Presidente da Assembleia: --- “Enfim, da parte da Assembleia dizer que nós, naturalmente, acompanharemos aquilo que são estas questões que preocupam o município e na Assembleia no seu todo, tendo em vista que são mais um conjunto de pessoas que poderão ficar no desemprego. --- De qualquer maneira, não é a Câmara, nem é a Assembleia que interfere na elaboração do chamado caderno de programa do concurso. Há regras definidas, enfim, há situações nalguns casos em que a legislação permite, em algumas áreas, como sabe, nomeadamente na questão da segurança e na questão da limpeza, permite que as empresas que ganhem englobem os trabalhadores que estão. --- Mas, neste caso não é assim, mas também há, e você também sabe disso tão bem quanto eu, há um conjunto de entidades que exploram muitas vezes, têm a concessão e eles próprios têm isso em conta, e penso que sobre essa matéria, acho que já tiveram

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 reuniões, nomeadamente, com quem está, neste momento, a terminar a concessão, em que da parte deles era no sentido de manter, mas enfim, havendo um concurso também não se sabe quem ganhará e depois essas coisas, enfim, por isso da nossa parte e, é isso que eu digo, nós iremos acompanhar. A Câmara depois de receber, muito bem, poderá junto de algumas entidades ver que tipo de influência pode exercer, mas, manifestar da parte da Assembleia que nós temos uma preocupação em relação a um conjunto de trabalhadores que, naturalmente, estão sujeitos a ficar sem emprego, é essa a preocupação que temos tido todos e sobre essa matéria, naturalmente, faremos aquilo que pudermos fazer e dentro daquilo que também são as nossas competências, como é evidente.” --- Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia encerrou o período de intervenção do público. ---

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VII – PERIODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA --- O senhor Presidente da Assembleia informou que neste período são abordados assuntos gerais e de interesse para a autarquia, com a duração de 1h, improrrogável, distribuído nos termos do artigo 33.º do Regimento da AMA. De seguida procedeu à abertura de inscrições e intervieram os seguintes membros, nos termos que se enuncia: --- Pelo senhor João Paulo Castanheira: --- “Senhor Presidente da Assembleia, senhor Vice-Presidente da Câmara, senhores Vereadores, caros colegas, estimado público. --- Nós estamos em 2014, século XXI, portanto, mas enfim, quem se deslocar a uma rua desta cidade, chamada Rua da Ribeira, que fica entre a Avenida de Ceuta e as traseiras das Escolas Seomara da Costa Primo e D. Francisco Manuel de Melo, parece ter recuado umas décadas para trás.--- Isso, porque naquela zona, em pleno centro da cidade existe um esgoto a céu aberto. O cheiro, em alguns dias, é insuportável, as queixas das pessoas, dos moradores, e dos empresários que ali têm as suas pequenas atividades são muitas, como é evidente. A situação, enfim, quando se fizer a reabilitação desta sala, eu acho que era importante ter aqui alguns meios audiovisuais para se poder mostrar estas fotografias que eu trago aqui, vou entregar ao senhor Vice-Presidente da Câmara, tiradas ontem e hoje, e de

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 facto é uma situação inarrável, enfim, as fotografias não resolvem o problema do cheiro, não trazem cheiro, mas de facto é uma situação incrível e que não se confina à Amadora, porque aquela antiga ribeira, hoje contaminada com esgotos, que vai desaguar na Ribeira de Carenque, que por sua vez vai desaguar no Rio Jamor, que por sua vez vai desaguar no Rio Tejo, na Praia da Cruz Quebrada, portanto, é um problema que não nos afeta apenas a nós, Amadora. Mas, que afeta sobretudo quem mora e quem trabalha naquela zona da cidade. Portanto, a minha pergunta é: o que é que a Câmara pode fazer em relação a isto, se tem conhecimento desta situação, provavelmente tem, e o que é que vai fazer em relação a esta matéria e quando é que vai resolver este problema? --- Uma última nota, um outro assunto, para perguntar ao senhor Vice-Presidente da Câmara, o que é que se passa com os espaços verdes desta cidade? --- Há inúmeras, incontáveis árvores que vão morrendo e que assim vão ficando, há, eu já aqui falei várias vezes nisto, dezenas de árvores que foram abatidas na Freguesia da Mina de Água, nomeadamente na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, e que foram deixados os troncos, os restos dos troncos das árvores, e que hoje os ramos vão crescendo nos passeios e vão impedindo o estacionamento e circulação de pessoas, a Câmara vai lá e corta os ramos, mas a verdade é que não resolve, não retira os troncos, nem planta novas árvores. Isto já lá vai um ano, exatamente há um ano desde que isto aconteceu. Portanto, há aqui uma situação de desleixo, quase que uma anarquia nesta matéria, que nós não conseguimos entender o porquê e gostávamos de perguntar ao senhor Presidente da Câmara, o que é que se passa, e quando é que estas situações vão ser definitivamente resolvidas? --- Porque, os alertas nesta matéria já foram tanto, que não se percebe, tanta dificuldade em resolver uma coisa aparentemente tão simples. Muito obrigado.” --- --- Pelo senhor Miguel Vidigal: --- “Boa noite senhor Presidente da Assembleia, senhor Vice-Presidente, Membros da Mesa, Executivo, caríssimos Deputados, excelentíssimo público. --- Eu em primeiro lugar, a primeira questão que queria aqui apontar, tem a ver justamente com a intervenção do público e do Bingo do Estrela da Amadora. --- O facto de não existir nada previsto neste regime jurídico destas concessões em particular, relativamente a uma obrigatoriedade dos cadernos de encargo que contenha disposições em relação aos trabalhadores, não impede que as mesmas existam, e

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 portanto, voltamos e estamos aqui a falar de 52 postos de trabalho, estamos aqui a falar de uma situação em que o país atravessa, e a Amadora também em que nós vemos, que a necessidade é pelo contrário a criação de postos de trabalho e não a sua destruição, e portanto, eu acho que aqui a Assembleia e obviamente deve instar a Câmara Municipal a fazer mais do que meras reuniões de trabalho e tentar fazer pressão junto da Secretaria de Estado do Turismo e do Ministério de Economia, no sentido que garanta que neste caderno de encargos vem de lá bem definido que, garantam os postos de trabalho atualmente existentes com todos os direitos que eles têm. --- Sabemos que, hoje em dia, muitas destas concessões servem justamente para, contratando os mesmos trabalhadores que lá estavam, aproveitar para voltar a pô-los na estaca zero, e portanto, lá se foram antiguidades e um conjunto de coisas que os trabalhadores vão adquirindo ao longo dos anos e por isso entendemos, a Bancada da CDU entende, que era essencial fazer esta pressão, especialmente porque quando estamos a tratar de um concurso que já deveria ter sido lançado há coisa de um ano, tendo em conta os prazos que os concursos demoram e que ainda hoje continuam à espera e dia 31 é já aqui “ao virar da esquina”. --- Um segundo ponto: para saudar os movimentos de utentes, as Autarquias e os Sindicatos que hoje fizeram uma manifestação junto ao Conselho de Ministros a dizer claramente que, estão contra a privatização da EGF, e obviamente aqui em relação à Amadora, em relação à privatização da Valorsul, com aqueles argumentos que nós todos já conhecemos, ou seja, trata-se de uma venda por aquilo que se costuma dizer “por tuta e meia” de um património avaliado em cerca de mil milhões de euros, e um conjunto de empresas que têm resultados positivos, e obviamente, chegamos à conclusão é que não se trata de melhorar serviços, não se trata de tornar rentáveis coisas que hoje não são, trata-se apenas e tão só de entregar ao sector privado negócios que são, de facto, apetecíveis, porque o tratamento de resíduos sólidos, é naturalmente, uma necessidade essencial de todas as sociedades, e portanto ele tem sempre de ser feito.--- Lançar uma saudação a esta manifestação feita hoje, e obviamente, a todas as posições que têm sido tomadas por várias autarquias, nomeadamente até pela Autarquia da Amadora também, relativamente à questão da privatização da EGF contra esta privatização e contra a situação do que irá acontecer à Valorsul, e ainda por cima a “joia da coroa” da EGF, é a empresa por excelência desta “sub-holding” do grupo Águas de Portugal. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Mas, uma questão de fundo, e que é esta questão da EGF não está, de facto, de maneira nenhuma afastada, é que nós não podemos hoje deixar de refletir sobre os ataques, sobre a menorização do papel das autarquias em Portugal, e este Governo tem continuamente tudo feito para empurrar as autarquias para posições de subalternes duma Administração Central. --- Nós vemos isso com este caso da EGF, por exemplo, em que as Autarquias fizeram contratos programa com o Governo, em que, uma das coisas tinham inclusive cláusula de salvaguarda caso alguma vez o Estado vendesse a sua posição teria o direito a adquirir a posição maioritária e o Governo prepara uma lei que diz que estas cláusulas é como se não existissem e acaba com elas, é como quem diz: “nós fazemos os contratos com vocês e quando chega a altura fazemos uma lei que põe literalmente os contratos para o lado”. --- Olhamos para o orçamento de estado, bem desgraça, nós sabemos que para algumas forças políticas, aqui presentes nesta sala, certamente que nós já sabemos que vivemos num “paraíso à beira mar plantado”, e que o mais humilde de 249 milhões de euros de austeridade para cima dos portugueses, é um orçamento amigo das famílias, que uma perda, no mínimo, de 8.6% de perda do poder de compra desde 2011 para os trabalhadores da Administração Pública, eram valores muito bem pagos, e portanto, tinham mais era que contribuir para o estado em que o país chegou. --- Que as autarquias, que nós sabemos, que são a grande causa de divida pública em Portugal, e portanto, têm que ser penalizadas, têm de se criar FAM’s, têm que se criar restrições à contratação de pessoal, à persecução dos serviços públicos, e portanto, caminhamos depois para casos, mais EGF’s que por ai fora haverão, com a entrega de mais serviços a setores privados. --- Estamos a falar de uma administração pública que em 5 anos a manter essas medidas que está nesta proposta de orçamento de estado terá perdido para cima de 100 mil trabalhadores, o que não é um número despiciente de importância. --- Estamos a falar de um aumento da carga fiscal para os portugueses que ronda os 5.5%, mas depois, estranhamente, verificamos que não só aqui o problema do aumento da carga fiscal, mas, acima de tudo, o aumento das desigualdades entre a taxação dos rendimentos do trabalho, em relação aos rendimentos do capital, o que mais uma vez são menos penalizados do que os rendimentos do trabalho, e obviamente, que tudo isto cria cada vez mais limitações às Autarquias, que cada vez ficam mais impedidas de realizar os seus serviços, quando têm cada vez mais competências, porque depois vão

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 sendo transferidas, existem ai algumas ideias mirabolantes que esperamos todos, julgo eu, não sejam concretizadas, nomeadamente na área da saúde e na área da educação, e portanto, mais competências, mais responsabilidades, menos financiamento, e tudo isto cria uma situação para o país que é cada vez mais grave. --- Mas agora, o governo conseguiu ainda nesta prepotência em relação às autarquias e ao poder local em geral, e ao poder local democrático que a constituição instituiu. Sabemos que este governo, tem alguns problemas em relação à Constituição da República Portuguesa, conseguiu agora uma coisa fantástica, 9 meses depois de pedir um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República em relação aos Acordos Coletivos da Entidade Empregadora pública a sua participação nestes, 9 meses depois o parecer vem à luz, mas é verdade que o parecer já estava nas mãos do governo desde maio, e ele acabou de chegar às mãos de todos os intervenientes.--- Logo uma semana depois o governo que no mesmo dia em que deu a conhecer esse parecer, deu a conhecer, através da comunicação social, aliás, homologou o parecer, e portanto, tornou-o obrigatório para todos os serviços independentes, consegue a proeza de mandar uma circular para as autarquias em que viola completamente até as conclusões de um parecer, diga-se de passagem, que ainda por cima está muito mal feito, e sob a autonomia do poder local pouco ou nada diz, mas também é verdade que tudo o que diz dava para sustentar a posição tomada no final como outra tomada exatamente ao contrário, e portanto, nós chegamos à conclusão que para este governo, com este orçamento de estado, com estas legislações sucessivas, o que nos vemos é que realmente o alvo a abater é cada vez mais o poder local democrático, porque é o poder que está junto das populações. --- Achamos que nós aqui nesta Assembleia Municipal enquanto eleitos, enquanto representantes desse poder local democrático, não podemos deixar de afirmar que isto é inaceitável, não podemos deixar de afirmar perante o governo, também, que a autonomia do poder local não é uma palavra morta, é um princípio constitucional, é inclusive um princípio constitucional que coloca limitações à própria revisão da constituição. Muito obrigado. Boa noite.” --- --- Pelo senhor Isaías Afonso: --- “Senhor Presidente da Mesa, senhor Vice-Presidente da Câmara, senhores Vereadores, senhores Deputados, minhas senhoras e meus senhores. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Eu tinha prometido na última sessão fazer uma oferta de um DVD de mercados e vendas de sótão à senhora Presidente e filmei estes mercados em França, e trago aqui precisamente um DVD para fazer chegar à mesa através da pessoa que secretaria esta Assembleia. --- E portanto, temos aqui, precisamente, e tive o cuidado de ainda mais, de só filmar os mercados e as vendas de sótão em câmaras socialistas, exceto uma, exceto em Saintes. Saintes foi onde se deu uma batalha entre os franceses e os ingleses, e nós, o Rei Português D. Afonso III esteve nessa batalha, e portanto, ali realizou-se o maior mercado, com mil expositores. Eu tenho aqui o filme dos mil expositores que fizeram esse mercado, que era necessário introduzir esta circunstância, precisamente também na Cidade da Amadora. --- Isto tem de ser calendarizado, não pode ser por acaso, agora realiza-se um, depois daqui a dois ou três meses realiza-se outro, tem de haver um calendário como fazem precisamente em França. E eu trago precisamente aqui isso. Ao mesmo tempo também foi evocado aqui a questão do clima, as dificuldades do clima, eu filmei também o mercado com neve a cair, precisamente na zona parisiense, para se ver como é que se faz esse trabalho. --- Também tive o cuidado do seguinte: de ir à terra, onde é hoje a terra de naturalidade de onde foi Presidente da Câmara, o atual ministro francês. O atual Primeiro-ministro francês, decorou junto ao mercado, decorou uma ponte de tal maneira bonita que eu trago aqui um filme para verem como é que se decoram as pontes, a semente daquela que temos ali sobre a linha de caminho-de-ferro, que eu vi em agosto de 1974, na RDA, são precisamente cópias daquilo que se passava na RDA com aquelas pontes. Eu trago aqui o filme junto ao mercado, como foi decorado essa ponte, e portanto, ao mesmo tempo, já que o tempo urge, trago aqui também um livro para fazer chegar à Biblioteca Fernando Piteira Santos. --- Fernando Piteira Santos foi meu professor numa cadeira polémica, descolonização portuguesa. Fiz com ele, era um homem brilhante, apesar de não ser da minha cor politica. Eu trago aqui, como já fiz oferta à Junta de Freguesia da Venteira do I volume do livro negro do Comunismo, trago aqui o segundo, porque ainda não foi editado em Portugal. Está aqui o segundo volume. --- Como o tempo urge, talvez com a proposta da educação, eu conto o episódio com alunos da Bulgária, talvez quando apresentarem essa moção, eu venha aqui contar o que aconteceu aos alunos da Bulgária. E portanto, faço também chegar à Mesa para a

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Biblioteca Fernando Piteira Santos, o segundo volume, já que o primeiro foi publicado pela Zita Seabra, foi insultada na rua com o autor do próprio livro ao lado, e, ele cita precisamente aqui as ofensas que fizeram à Zita Seabra. E portanto, este é o segundo volume que farei chegar também para a Biblioteca. Muito obrigado.” --- --- Pela senhora Deolinda Martin: --- “Boa noite senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhor Vice-Presidente, senhores Vereadores, senhores Deputados, caríssimo público. --- Não vos trago livros, nem vos trago DVDs. Faço parte daquele conjunto de portugueses que têm o salário cortado desde 2011, e portanto, viagens para nós, é bastante difícil e cada vez mais será um sonho distante. --- Mas, não foi isso que me levou aqui a inscrever-me, o que me levou a inscrever foi a preocupação destes 52 trabalhadores e respetivas famílias, que ficam numa situação de grande fragilidade económica e social. A 31 de outubro é daqui a uma semana, penso que, para nós amadorenses, estas questões devem ser abraçadas por todos, sobretudo em termos de solidariedade, porque quando uma empresa fecha todo o comércio à volta o sente, toda a cidade o vive, e portanto, deixar aqui a nossa disponibilidade do Bloco de Esquerda, para que tudo o que for necessário fazer, para evitar que a nova concessão, para fazer com que a nova concessão seja uma realidade. --- Também deixar aqui a preocupação que o Miguel já referiu, é que são utilizadas as novas concessões, os contratos coletivos de trabalho a caducarem, portanto, tudo isto é utilizado como um instrumento para a desregulação dos direitos e dos, portanto, daquilo que está convencionado com os trabalhadores. Que não sirva a nova concessão para que isso aconteça, e portanto, aqui estaremos todos, eu penso que, se estivermos com esta convicção de que hoje são eles e amanha poderemos ser nós, certamente estes trabalhadores sairão vencedores naquilo que é a sua pretensão. Muito obrigada.” --- --- Pelo senhor Hugo Freire: --- “Boa noite senhor Presidente da Mesa da Assembleia e restantes colegas, senhor Vice-Presidente da Câmara e restante executivo, caros colegas, estimado público. --- O que me aqui são duas questões, uma que já foi aqui abordada pela nossa bancada, não tenho a certeza se fui eu na altura, é a questão do Parque Urbano Armando Romão. Eu continuo, pelo menos as pessoas que eu conheço, que vivem ali nas imediações do Parque Urbano Armando Romão continuam a falar do excesso de lixo que é mandado

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 pelas janelas, para dentro dos taipais. Eu não sei, a câmara da última vez disse que se ia resolvendo, pelo menos até se ir resolvendo, até chegar a uma fase mais final da resolução, ou inicial até, para o caso, se calhar uma solução temporária, uma limpeza, uma manutenção periódica que vai acontecendo ali para aquilo não chegar aos níveis a que chega. --- Outra questão, que queria aqui levantar, foi na última Assembleia de Freguesia da Venteira surgiu um problema, e a senhora Presidente da Junta, em nome de todo o executivo, como é óbvio, respondeu de uma maneira que realmente eu fiquei com a sensação que há dificuldades das Juntas de Freguesia recolherem entulho nas ruas e o entregarem nos estaleiros da Câmara Municipal. --- Era só para saber, pelo menos há mais Presidentes de Junta que já me constou que, se deparam com o mesmo problema e era para saber alguma explicação. --- Se me permite senhor Presidente, só 30 segundos, só para dizer ao senhor Isaías Afonso, que me pode dar o Livro Negro do Comunismo, trocamos e eu arranjo-lhe o livro negro do Capitalismo, aliás, se formos contar número a número é o que interessa. Quando uma pessoa gosta de livros deve ler os dois lados da história, mas eu agradecia que me fizesse chegar o livro, até porque eu não sei quem é que o edita. Muito obrigado.” --- --- Pelo senhor Rui Medeiros: --- “Senhor Presidente da Assembleia, senhor Presidente em Exercício, digníssima mesa, senhores Vereadores, senhores Deputados, estimados munícipes. --- Apenas uma pequena palavra também para nos solidarizarmos com a questão do Bingo do Estrela da Amadora, e naturalmente, com o Partido Socialista está e vai estar sempre disponível e a acompanhar dentro do quadro legal tudo o que se vai passar e estaremos sempre efetivamente atentos a essa situação e não queríamos aqui também deixar de dar uma palavra nesse sentido.” --- --- Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao senhor Presidente em Exercício para as respostas tidas por convenientes. --- --- Pelo senhor Presidente em Exercício: --- “Boa noite, muito obrigada senhor Presidente da Assembleia. Relativamente ao Bingo do Estrela da Amadora, portanto a Câmara, mostramos a nossa disponibilidade em receber,

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 portanto a comissão de trabalhadores e os trabalhadores do bingo, dentro das nossas possibilidades encontrar soluções, como já fizemos com outras empresas aqui do município, e portanto, penso que com isso respondo a uma série de Deputados Municipais que levantaram a questão. --- Relativamente ao João Paulo Castanheira a Rua da Ribeira, nas traseiras, nós há uns anos atrás, solicitámos ao Ministério do Ambiente, aquilo não é cano a céu aberto, aquilo é uma ribeira, chama-se Ribeira da Amadora e aquela ribeira foi solicitado ao Ministério que fosse encanado. O Ministério do Ambiente não deixou encanar aquele espaço, aliás, ela está toda encanada até chegar à Rua da Ribeira. Vem da zona do Bairro de Santa Filomena e desagua ali. Depois aquela ribeira junta-se com a Ribeira de Carenque e segue em direção ao Rio Jamor. --- Por vezes, há pessoas que despejam, aquela água em princípio, não recebe águas domésticas, são só pluviais, por vezes há pessoas que descarregam naquela ribeira águas, como acontece noutros locais, águas contaminadas e aparecem esses cheiros. --- Nós temos feito, aliás, temos um projeto neste momento na CCDR para tratar desse assunto. --- O Ministério do Ambiente mais uma vez não deu um parecer favorável, estamos à espera de uma reunião com o Ministério do Ambiente para que reveja essa questão, aliás, essa questão depois permite a ligação da Estrada Velha de Queluz a Carenque, e estamos à espera que o Ministério do Ambiente reveja a situação que levantou, que é não permitir que aquela ribeira seja fechada. Portanto, estaremos de acordo, espero que o senhor Ministro, que é do seu partido, possa resolver o problema. --- Espaços Verdes, nós lançamos concursos, infelizmente, agora toda a gente resolve por tudo em tribunal, aliás, temos vários em tribunal, porque todos acham que, podem ganhar os concursos, estamos em período de crise e há poucos municípios a lançar concursos de obras, e nada como atrasar, neste momento, e portanto, esperemos que em breve esta situação e outras relativamente a esta questão que levantou sejam resolvidas. --- À questão do Miguel Vidigal, estou de acordo consigo, relativamente ao ataque às autarquias, isto é claro, basta ver o FAM, para nós tem um impacto grande, não devemos nada a ninguém e a nós é que vêm buscar o dinheiro, portanto, basta ver isso para perceber qual é a filosofia deste governo. --- Isaías Afonso agradeço o DVD. Eu conheço vários mercados em Paris, a situação, nós temos alguns feitos já com as Juntas de Freguesias, portanto vamos analisar. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Hugo Freire, nós notificámos o metropolitano para limpar esse espaço, portanto, não limparam? Já percebi! Eles disseram que tinham limpo, portanto, o que a gente vai fazer é novamente notificar, e se não limparem, limpamos nós. É nossa obrigação manter aquele espaço limpo. De qualquer forma faz parte da responsabilidade do metropolitano a recuperação daquele espaço todo e ficaremos com um parque novo. Esperemos que durante o ano de 2015 haja boas notícias relativamente ao metropolitano da Reboleira e que se inicie a obra. --- Sobre a Freguesia da Venteira e sobre a recolha do entulho, não existe nenhum impedimento, a única coisa que é necessário é que, aquilo que entregam no ecocentro esteja devidamente dividido de acordo como são as normas, portanto é a única coisa que se pede, portanto não existem limites, existe é que as coisas tenham que ser bem-feitas, é só a única coisa que é preciso fazer. Muito obrigado senhor Presidente.” --- --- Pelo senhor João Paulo Castanheira (pedido de esclarecimento): --- “Pedido de esclarecimento, em primeiro lugar uma primeira nota para o senhor Vice-Presidente da Câmara, enfim, nós somos o mais possível solidários com o senhor Ministro do Ambiente, embora se tenha que informar melhor quanto ao partido dos membros do governo. Tem que se informar melhor. --- Mas, passando à frente dessa nota, eu quero-lhe dizer o seguinte: eu não sou por norma, embora admita que possa ser uma solução para ali, não sou por norma defensor de que para resolver o problema se tape o problema, porque se o esgoto lá continuar, o esgoto ali não se vê, mas vai sair mais lá à frente, e portanto, a minha pergunta é; o meu pedido de esclarecimento é o seguinte, não acha que resolver o problema, em vez de ser só tapar, e tapar pelos vistos está a ser complicado, seria descobrir porque há esgoto, basta lá ir senhor Vice-Presidente, basta lá ir a qualquer hora e ver, está lá, eu dei fotografias, cheira-se e vê-se, mas está lá, mas, não seria melhor tentar saber donde é que vem o esgoto do que tentar evitar que esses esgotos fossem deitados na ribeira? Não seria essa uma solução intermédia enquanto não arranjam uma outra solução?” ---- --- Pelo senhor Presidente em Exercício (resposta ao pedido de esclarecimento): --- “Senhor Presidente posso responder já. É assim: aquela solução que ali está foi feita em 2000 sensivelmente, e aquilo é só para receber águas pluviais. O que acontece é que há muita gente, e aliás, nós sabemos isso, acontece na Ribeira de Carenque e noutros locais, em que as pessoas despejam coisas pelas ribeiras, e portanto, e às vezes, em

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 alturas de cheias, como já aconteceu agora muito recentemente, aliás, aconteceu na baixa, como sabemos, quando os limites atingem uma saturação, às vezes há algum esgoto que entra na própria ribeira. De qualquer forma, esse problema vai ser analisado, vamos reanalisar outra vez, mas a solução, aquilo é esgoto pluvial, não é esgoto doméstico, é só para esclarecer. É o que está lá. Muito obrigado.” --- --- Pelo senhor Hugo Freire (pedido de esclarecimento): --- “Eu se calhar devido ao tempo não me expliquei bem, mas o problema do Parque Urbano Armando Romão, não é um problema que seja passível de sei lá, limpar, porque assim que é limpo, passados dois ou três dias voltamos a ver o problema, não está ao mesmo nível que estava, mas vai-se agravando, ou seja, enquanto não se avançar, enquanto não se iniciar a reestruturação do parque, que é mais do que até do que requalificação parece-me, tem de haver uma solução intermédia. Era nesse sentido. --- Relativamente à recolha de entulhos por parte das Juntas de Freguesia, é o mesmo erro, provavelmente não me expliquei bem, mas é quando a entrega tem de ser feita nos estaleiros da Câmara Municipal, de monos, de coisas, que as pessoas deixam ao lado dos caixotes de lixo. Bem sabemos que tem de haver recolha que tem de ser, as pessoas têm de informar, e há serviços da junta que prestam, que depois vão fazer a recolha, mas também é preciso andar às voltas, porque as pessoas, a maior parte não sabe e vão deixando e ignoram a lei e vão deixando o entulho. Era relativamente ao estaleiros da junta quando não há possibilidade, seja, por que motivo for de ir ao ecoponto e até fazer tratamento do diverso lixo recolhido.” --- --- Pelo senhor Presidente em Exercício (resposta ao pedido de esclarecimento): --- “Muito obrigado senhor Presidente, relativamente às obras do Armando Romão, aquilo está numa fase, em que, quando a obra se reiniciar, vão entrar outra vez máquinas pesada outra vez naquele espaço para concluir o túnel. O túnel não está concluído naquele troço, portanto o túnel de ventilação, por maquinaria elétrica, eletrónica naquele espaço, portanto, e neste momento, o espaço não é tecnicamente, nós cedemos ao metropolitano para possibilitar fazer essa obra, portanto, e quando a obra se reiniciar, que esperemos que seja durante o primeiro trimestre de 2015, já vai estar outra vez em movimentação e este problema que põe fica sanado. --- Relativamente aos monos, o que se fazem, é que as Juntas de Freguesia recolhem, esses têm de ser separados alguns elementos e são entregues no ecocentro que é ali

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 junto a Carenque, e portanto, é assim o dia-a-dia, e quando as pessoas têm elementos, quantidades superiores, telefonam às juntas muitas vezes para dizer: “temos aqui um sofá, ou qualquer coisa deste género”, mas tem funcionado bem. Às vezes e nós notamos este ano, devido à crise muita gente não foi de férias e portanto, houve mais lixo e entulhos este verão do que é habitual. É só isso. Muito obrigado.” --- --- Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia, deu por encerrado o Período de Antes da Ordem do Dia. ---

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VIII – PERÍODO DA ORDEM DO DIA --- O senhor Presidente da Assembleia apresentou os assuntos constantes da Ordem do Dia, colocando aqueles à apreciação da Assembleia Municipal, nos termos que de seguida se enuncia: --- --- 1 – Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo do nº 6 do artigo 22º do Decreto-Lei nº 197/99 de 8 de Junho na sua atual redação, da proposta da C.M.A. relativa às “Grandes Opções do Plano (Plano Plurianual de

Investimentos e Plano de Atividades Municipais) de 2014 – Anos Seguintes – 10.ª Modificação (Proposta n.º 473/2014)”; ---

--- O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou estabelecido em conferência de representantes, foi definido um período de 15 minutos para a discussão da presente proposta e que a análise da mesma foi dispensada pela Comissão Permanente. --- --- O Senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao senhor Presidente em Exercício para apresentação da proposta, o qual prescindiu da mesma, tendo procedido à abertura das inscrições, em que interveio o seguinte membro: --- --- Pela senhora Deolinda Martin: ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 “Boa noite, mais uma vez, eu só tenho duas ou três perguntas para colocar. Naquilo que estive a ver dos números, queria perguntar, qual a razão do reforço da posição da Câmara Municipal da Amadora relativamente à Valorsul? --- No momento em que se fala de privatização gostaria de perceber o porque deste reforço, da posição que a Câmara tem. --- Também queria reforçar aqui a ideia da necessidade de uma lei do ruído, parece-me que as câmaras têm mesmo de ter este direito, e não pode continuar na mão de outros aquilo que deverá de ser um direito, uma regulação feita pela Câmara Municipal. --- Depois, também no documento é falado de um Clube de Empreendedorismo. Eu gostaria de ter alguma informação sobre o que é que se trata este projeto? São trinta e tal mil euros por um Clube de Empreendedorismo. --- E a terminar, foi ontem numa conversa que tivemos com a senhora Presidente da Câmara, foi-nos falada da possibilidade da construção de dois novos centros de saúde e aqui, “sem nada na manga”, fomos a pensar que, há uma Junta de Freguesia que é a de Águas Livres, que passará a ter 3 centros de saúde, por aquilo que nos foi ontem exposto. Eu queria perguntar porquê desta opção? Quais são os números e os indicadores que levam a Câmara a decidir por 3 centros na Freguesia de Águas Livres? -- Fica a Damaia, ficará o futuro da Reboleira e o outro da Buraca a ser construído. Pronto, são estas questões. Muito obrigada.” --- --- Pelo senhor Presidente em Exercício: --- “Relativamente à posição da Valorsul tem a ver com uma coisa antiga, que a Câmara já no mandato anterior, penso eu, propôs adquirir uma série de ações e que o governo demorou muito tempo a responder. Penso que agora terá respondido positivamente a essas ações e nós entendemos que nesta fase seria interessante adquirirmos. --- Sobre o Clube de Empreendedorismo, eu não sei responder claramente, não lhe sei responder a esta questão. --- Sobre a Lei do Ruído nós estamos a efetuar neste momento a ‘Carta-branca’ do ruído aqui da Amadora, portanto, esperemos que dentro em breve esteja concluída. --- E sobre os três novos centros de saúde, cabe à ARSS definir essa política de saúde aqui para o município, nós podemos é colaborar, e aquilo que virá no próximo plano, será da parte da câmara a nossa vontade de colaborar na construção destes centros de saúde. Obrigado senhor Presidente.” --- ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Não se tendo registado mais intervenções por parte dos membros da Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia submeteu a proposta a votação, sendo esta aprovada por maioria com 31 votos a favor (18 PS, 8 CDU, 5 PSD) e 5 abstenções (3 CDS e 2 BE) anexando-se à presente ata, dela constituindo parte integrante, o documento ora aprovado. Não se encontrava presente na votação, os senhores Jaime Garcia, Joaquim Rocha e João Vieira do PS. --- --- --- 2 – Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea c) do nº 1 do artigo 6º da Lei nº 8/2012 de 21 de fevereiro, conjugado com os nºs 1 e 6 do artigo 22º do Decreto-Lei nº 197/99 de 8 de junho, ambos os diplomas na sua atual redação, da proposta da C.M.A. relativa a “Procedimento para a Prestação de

Serviços para Execução de Diversas Ações no Âmbito da Manutenção e Inspeção de Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes – Autorização Prévia para a Assunção de Compromissos Plurianuais (Proposta n.º 476/2014)” ---

--- O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou estabelecido em conferência de representantes, foi definido um período de 15 minutos para a discussão da presente proposta e que a análise da mesma foi dispensada pela Comissão Permanente. --- --- O Senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao senhor Presidente em Exercício para apresentação da proposta, o qual prescindiu da mesma, tendo procedido à abertura das inscrições. --- --- Não se tendo registado intervenções por parte dos membros da Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia submeteu a votação a proposta, a qual foi aprovada por unanimidade com 36 votos dos membros presentes, anexando-se à presente ata, dela constituindo parte integrante, o documento ora aprovado.

Não se encontravam presentes na votação, os senhores Jaime Garcia, Joaquim Rocha e João Vieira, do PS. --- --- ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 3 – Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea c) do nº 1 do artigo 6º da Lei nº 8/2012 de 21 de fevereiro, conjugado com os nºs 1 e 6 do artigo 22º do Decreto-Lei nº 197/99 de 8 de junho, ambos os diplomas na sua atual redação, da proposta da C.M.A. relativa a “Procedimento para Fornecimento de

Energia Elétrica - Autorização Prévia para a Assunção de Compromissos Plurianuais (Proposta n.º 477/2014)” ---

--- O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou estabelecido em conferência de representantes, foi definido um período de 15 minutos para a discussão da presente proposta e que a análise da mesma foi dispensada pela Comissão Permanente. --- --- O Senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao senhor Presidente em Exercício para apresentação da proposta, o qual prescindiu da mesma, tendo procedido à abertura das inscrições. --- Não se tendo verificado intervenções por parte dos membros da Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia colocou a proposta a votação, a qual foi aprovada por unanimidade com 36 votos dos membros presentes, anexando-se à presente ata, dela constituindo parte integrante, o documento ora aprovado. --- Não se encontrava presente na votação, do PS os senhores Jaime Garcia, Joaquim Rocha e João Vieira. --- --- --- 4 - Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea a) do nº 1 do artigo 53º e da alínea j) do nº 2 do artigo 25º, ambos da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, conjugados com a alínea b) do nº 1 do artigo 11º do Regimento da A.M.A, da moção apresentada pelos Grupos Municipais do BE e da CDU e relativa a “Moção sobre Educação” --- --- O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou estabelecido em conferência de representantes, foi definido um período de 60 minutos para a discussão da presente moção, apresentada pelos grupos municipais do BE e CDU. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 O senhor Presidente da Assembleia deu a palavra à representante do Grupo Municipal do BE para a apresentação da mesma, tendo a senhora Deolinda Martin procedido à sua leitura, finda a qual, o senhor Presidente da Assembleia, procedeu à abertura das inscrições, tendo intervindo os seguintes membros: --- --- Pelo senhor Isaías Afonso: --- “Senhor Presidente, senhor Vice-Presidente, senhores Deputados, senhores Vereadores. Acabo de ouvir, efetivamente, esta moção, esta proposta, não me repugna, efetivamente, concordar com algumas das passagens do documento, não me repugna. -- Eu fui professor durante 49 anos, 10 meses e 24 dias, e portanto, há aqui situações a que eu sou sensível a elas, de facto do inicio do ano escolar ainda não ter começado em plenitude, mas também, me lembro no tempo do Partido Socialista, quando eu dirigi o setor de avaliação da coordenação geral do ensino português em França, também tive imensos atrasos na nomeação de professores e que prejudicaram, efetivamente, também os emigrantes portugueses, os jovens emigrantes portugueses, e portanto, é quase estrutural estes atrasos, há uns mais do que outros, é uma verdade, mas, é de regime, tem sido efetivamente de regime estes atrasos. --- Mas, não me repugna ter ouvido, efetivamente, algumas das passagens que podem ser verdadeiras, outras não. O cenário não é tão negro com o pintam. Acontece que, talvez seja agora oportuno contar aquele episódio do livro que ofereci, no episódio que se passou na Bulgária: um grupo de alunos foi fazer uma excursão junto à fronteira com a Grécia. Em agosto de 1974, estive na Bulgária, não me enganei na data, agosto de 1974, na RDA, na Checoslováquia, na Bulgária e na Roménia. Talvez eu tenha aprendido demasiado e fiquei vacinado. --- Ora na Bulgária passou-se o seguinte: então oiçam o que é que se passou com os alunos da Bulgária. --- Há uma excursão desses alunos, e esses alunos, jovens de 15, 16 anos passaram durante umas horas a fronteira para a Grécia, entretiveram-se, divertiram-se e regressaram quase ao anoitecer. Acontece que um oficial, o oficial da fronteira montou-lhes uma emboscada, metralhou-os, matou alguns, os corpos foram entregues às famílias, feriram outros e o oficial foi aspirado à categoria de general e colocado no ‘burreau’ politico, na nomenclatura no Partido Comunista Búlgaro. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Em 9 de novembro de 1989, caiu o muro de Berlim, 8 dias depois o general suicidou-se. Muito --- Pela senhora Ágata Pereira: --- “Boa noite senhor Presidente da Assembleia, senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal da Amadora, senhores Vereadores, colegas Deputados, excelentíssimo público. Vou fazer um à parte antes da intervenção, podemos acrescentar, não sei se no livro negro, se noutro um bocadinho mais colorido, que um desses países que aqui já foi chamado de terceiro mundo, e já que contamos histórias, os professores gostam de contar histórias, não é? Num desses países que aqui numa vez, numa assembleia a que aqui assisti foi chamado de terceiro mundo, e por acaso está categorizado pelos relatórios, vários relatórios internacionais, como um dos países com melhor qualidade de vida para as crianças, disseram-me (…) é Cuba; disseram-me num congresso de pedagogia, no qual eu percebi que estão anos de luz de nós, em educação, e no respeito pelos alunos, pelos cidadãos e pelos professores. --- Disseram-me, que não existia naquele país o conceito de professores de mais. Não existem. Eu até fiquei um bocadinho comovida. --- Eu acho que, numa sociedade evoluída, não estou a dizer que não tenha as suas falhas, mas, numa sociedade evoluída, este é o tipo de conceitos que nós devemos ter. --- Defendendo esta moção, proposta conjuntamente com o Bloco de Esquerda e pela CDU, queria reiterar a ideia de que, defender a escola pública de abril, é defender a democracia, em Portugal democrático, com futuro para as classes trabalhadoras. --- A escola pública democrática e de qualidade para todos, consagrada na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Base do Sistema Educativo, é uma das mais belas e significativas conquistas da Revolução de Abril, e está sobre ataque há muito tempo. Trata-se de um ataque desencadeado pelos setores mais retrógrados da sociedade portuguesa, que com o apoio e cobertura da social-democracia portuguesa, mesmo quando usa o pseudónimo de socialismo democrático, tem vindo a fazer a apologia de um regresso ao passado, sobre a fórmula do ‘Back to basics’. --- Procura-se desse modo justificar o retorno ao liceu elitista do salazarismo, acompanhado de um miserabilismo do aprender a ler, a escrever e a contar, ou no máximo, do acesso a uma atualização da velha escola industrial e comercial, num género ‘remake’, para assegurar a rápida inserção dos filhos dos pobres nos mercados de trabalho. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 A entrada em funções do Governo PSD/CDS trouxe no seu seio, o extremismo do neo-conservadorismo de Nuno Crato. Este ministro, fabricado por uma comunicação social desinformadora e dependente do capital nacional e estrangeiro, é o responsável pelo mais vil agravamento, do ataque final à escola pública. --- A diminuição do financiamento ao ensino público, a par da proteção garantida aos interesses privados, nomeadamente a alguns grupos económicos criados e geridos por pessoas, que passaram pela administração educativa, em anteriores governos do bloco central de interesses, é uma das vertentes deste ataque. --- Mas, a descredibilização dos profissionais, que ao longo dos últimos quarenta anos, puseram de pé, a escola que ajudou o país a superar um enorme e crónico défice educativo, quase eliminado o analfabetismo em Portugal, é talvez o aspeto mais grave das malfeitorias, que os últimos três governos fizeram ao desenvolvimento do nosso país.--- Nuno Crato o comentador ‘anti-eduquês’ e ministro do rigor, ficará na história como o responsável pela mais atribulada e desastrosa abertura de um ano letivo. --- E, não se pense que tudo se resume à incompetência, pois, o disparate que assistimos este ano visa na cabeça do ministro e do secretário de estado, responsável pelo assunto, criar as condições necessárias ao fim do concurso nacional de professores. --- Este, já era um velho sonho de Maria de Lurdes Rodrigues, que também um dia quis colocar os professores e os seus sindicatos de classe na ordem, mas, que acabou por sair de funções sem honra nem proveito. --- Vejamos então porque chegamos ao caos deste início de ano letivo. --- Durante muitos anos, foi recorrente uma deficiente abertura do ano letivo, com inícios de ano a prolongar por outubro dentro. Era o tempo da democratização do ensino, e da abertura da escolaridade a todas as crianças e jovens, que fez aumentar exponencialmente alunos a frequentar a escola, e o número de anos que cada aluno devia passar dentro do sistema. --- As dificuldades desse tempo justificavam-se com a falta de instalações escolares, a que se somavam um número de insuficiente de professores. Um número de insuficiente de professores! Para assegurar o funcionamento do sistema; agora também temos, mas, é por imposição! Não é por inexistência! --- Mas, nos primeiros anos deste século a situação foi estabilizando e de facto, o concurso nacional, não só solucionou definitivamente este problema, porque os sucessivos governos, nunca garantiram a vinculação dos professores necessários a este sistema.

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Até, vieram diretivas da europa dizerem-nos, que tínhamos que vincular professores, vinculem professores! Não! Há professores a mais! Diz, o nosso ministro. --- Por isso, ano após ano, muitos milhares de professores viam-se obrigados andar de casa às costas, e ficavam impedidos pelo Ministério da Educação, de estabelecer uma relação duradoura com a escola e com a respetiva comunidade educativa. --- Durante o primeiro Governo de Sócrates, a ministra da altura resolveu retirar um conjunto de escolas do concurso nacional de professores, alegadamente, para que os seus diretores pudessem escolher os melhores, para o seu projeto educativo. --- Como na prática os mais experientes já pertenciam a um quadro de escola. Pois poderiam escolher aonde queriam trabalhar, havendo vaga. Onde desenvolviam um trabalho a médio e a longo prazo, portanto, estabilidade na carreira. O que sobrou para esta escolha, destes contratos de autonomia TEIP, foram os professores com menos experiência, não menos valor, menos experiência, alguns dos quais nunca tinham dado aulas até esse ano. --- Desde aí este conjunto de escolas com contratos de autonomia em territórios de intervenção prioritária têm começado os anos letivos com menos professores colocados, e maior instabilidade no corpo docente, do que as escolas em que vigora o concurso nacional. --- Mas, a teimosia e o extremismo ideológico, de um ministro autoconvencido, acolitado por um Secretário de Estado muito incompetente, acabaram por dar neste triste espetáculo. De um lado, alunos sem aulas, pais em sossego e diretores aflitos por não terem resposta adequada. --- Do outro lado, professores desempregadas, ofendidos na sua dignidade e empurrados à força para fora da profissão. --- Eu acrescentava aqui, mais um pequeno lado, eu sei que, somos sortudos alguns, por termos trabalho, por termos colocação em escolas, mas, muito subcarregados e isso também ataca a dignidade da profissão, também ataca a dignidade da educação, da estrutura educativa de um país. E, tudo sem que os responsáveis por tamanha monstruosidade, sem que estes consigam provar a bondade da sua tese. --- É por isso, que o único caminho para sair desta enorme trapalhada, é mudar de políticas e para que tal aconteça é imprescindível que os portugueses expressem a sua vontade, e possam escolher um Governo de preferência patriótico e de esquerda, que defenda de facto, a escola pública. Disse. Obrigada.” --- ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Pela senhora Deolinda Martin: --- “Não venho aqui fazer a apologia de Governo, mas, venho aqui responder à afirmação do Deputado Isaías Afonso, quando dizia que, o cenário não era tão negro como o pintávamos. --- Eu pergunto, se ele era capaz de dizer isto, aos inúmeros pais que estiveram à porta das escolas, alguns deles só ontem é que viram a professora ou professor chegar para o seu filho, quando as aulas iniciaram a quinze de setembro? --- Eu pergunto, se o cenário não é assim tão negro, o que é que ele diria aos professores que foram colocados, e, que após uma semana, muitos deles vindo de longe, porque aqui na Amadora, caso os senhores Deputados não tenham esta noção, estão imensos professores que vêm de Trás-os-Montes, vêm do Minho, vêm da Covilhã, e que, alugam casa para cá estarem a dar aulas. --- Alguns destes professores alugaram a sua casa e após uma semana ficaram descolocados outra vez, e voltaram ao desemprego. --- Eu pergunto, se este cenário é negro, ou não é?--- Mas, a terminar, pergunto ao senhor Isaías Afonso, que é um homem que esteve no ensino, e portanto, saberá a dimensão do que eu lhe estou a contar, o que é que vai dizer, às crianças que iniciaram ontem aulas? --- Como é que estas crianças vão cumprir o que está previsto em termos de currículo até ao final do ano, quando já perderam trinta dias letivos? --- É disto que estamos a falar! Trinta dias letivos que são irrecuperáveis ao longo do ano. Estes alunos terão que depois estar em igualdade de circunstância a fazer exame, com as crianças que iniciaram as aulas a quinze de setembro. É uma situação de facto, muito negra. Não é isto que nós desejamos para a escola pública. --- A escola pública tem que ter patamares de equidade, patamares de acesso e de sucesso idêntico para todos e para todas que a frequentam.” --- --- Pelo senhor Isaías Afonso: --- “Senhor Presidente, senhor Vice-Presidente, só dizer aqui o seguinte, não há dúvida nenhuma que, estes quarenta e nove anos, dez meses e vinte e quatro dias que exerci a profissão, tive um longo percurso. Não andei efetivamente no centro das cidades. Colocado em Serpa, colocado numa terra com nomeação compulsiva para o quadro, devido a um artigo que escrevi no Diário do Alentejo, colocado em Vales Mortos, a dezassete km de Serpa, no interior da própria serra de Serpa. Professor em Marvila,

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 uma zona de intervenção prioritária, Professor e Diretor da maior escola de todo o espaço português, escola primária em Luanda, dois mil e oitocentos alunos e setenta professores. Bairro de Cazenga, um bairro difícil! Depois, Professor efetivo na Falagueira, também fui professor efetivo na Falagueira. --- Portanto, há aqui todo, um longo período; claro que, depois também estive na coordenação do ensino durante seis anos, fui professor liceu Mountain de Paris, na secção portuguesa, e, fui professor depois de cultura portuguesa na Universidade de Versailles, na Licenciatura de Espanhol. --- Portanto, tenho um longo percurso e não preciso de forma alguma de receber lições, quer de moral, quer de ética, ou quer até de profissionais, da vida profissional. --- Eu disse aqui, que concordava efetivamente e com algumas partes que aqui foram apontadas relativamente, à abertura do ano escolar. --- Não sou insensível a essa matéria! Eu sei o que é que significa isso, porque também estive em Paris, na coordenação geral do ensino português em França. --- Uma vez, com a FENPROF, ocupou a coordenação, estive três dias e duas noites a comer sandes e a beber laranjadas, porque não me deixavam de lá sair. E portanto, há também, todas estas circunstâncias, não preciso de receber lições relativamente à abertura deste ano escolar. --- Eu partidário da escola pública e da escola privada. Que haja livre escolha. Não é apenas a escola pública, como acontecia nos países de leste, que era apenas a escola pública. Portanto, aqui há outra opção e há a escolha, e, eu não sou indiferente minha senhora, não sou indiferente à deficiência do começo deste ano escolar. --- Porque, também o Partido Socialista teve destas circunstâncias. Eu sofri na carne e na alma, também estas circunstâncias em Paris, quando me faltavam professores. O Partido Socialista acabou com os exames de equivalência em França, porque gastava dez mil contos por ano para realizar estes exames. Portanto, havia muitas coisas a dizer. Muito obrigado senhor Presidente por me ter permitido que eu viesse aqui.” --- --- Pelo senhor António Ramos Preto: --- “Obrigado senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhor Vice-Presidente, Mesa, senhores Vereadores, caros e caras colegas. Duas ou três notas também, sobre esta moção que aqui nos trazem, principalmente sobre o tema que está em cima da Mesa. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Porque estamos a falar senhor Presidente, de uma das mais importantes áreas de estratégicas para o desenvolvimento do país, e para, a competitividade do país, que tem sido efetivamente muito mal tratada por este governo. Há que dizê-lo! --- Na verdade, este ministro, deste governo na sua totalidade, o Ministro promove as políticas do Governo, obviamente. --- É um governo que, tem estado em experimentalismo nesta área. Eu até costumo dizer, que já houve um Secretário de Estado que se demitiu por plágio, devia haver uma demissão do outro por não ter feito plágio, por ter feito experimentalismo. Porque, se tivesse feito plágio, se calhar nada disto tinha acontecido. --- Mas, o que é mais grave e que não posso deixar passar aqui nesta intervenção, em nome do Partido Socialista, não é só o facto, gravíssimo em si, do atraso do início do ano escolar, e que estamos aqui há quinze minutos, meia hora talvez a discutir o início do ano escolar. --- O que é grave, é a política de agressão da escola pública, que tem sido efetivamente a escola pública agredida, com golpes rudes, agressivos, por motivos ideológicos e que efetivamente visam o desmantelamento da escola pública, e, visam, digamos, vejam-se as transferências que há para a escola privada, nestes últimos orçamentos, digamos, refletir-mos sobre este facto. --- Mas, o que é mais grave, é que toda uma política, que tem sido seguida ao longo dos últimos anos, uma política de promoção da igualdade de oportunidades, tal como, a Constituição da República prevê. Uma política, em que o valor central, em qualquer das políticas públicas de educação, foi sempre diabolizado por este Governo, mas, em que a informação e a qualificação ao longo da vida, como vimos logo no início deste governo, as novas oportunidades, acabar com um conjunto de políticas, de valorização ao longo da vida. Um conjunto de políticas de qualificação de todos os cidadãos. Ao fim, e ao cabo, uma política, de consagração prática daquilo que são os princípios instituidores da nossa Constituição da República, de que, a imanente dignidade da pessoa humana deve ser defendida e o Estado tem o dever de promover políticas públicas, que deem efetivamente, a todos uma oportunidade igual, para no quadro do seu trabalho, e da sua ação na escola terem efetivamente as mesmas oportunidades. --- Mas, é esta política de irradicação de todo um sistema científico português, que tem sido um elemento, e, que tem que ser, e será, necessariamente terá que ser um elemento estruturante da nossa competitividade, tudo isto, tem sido profundamente abalado por este Governo e nós queríamos deixar aqui esta nota. ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 E, como se tudo isto, esta política de agressividade às políticas públicas, que têm sido seguidas até dois mil e onze, até à tomada de posse deste governo, fosse pouco, confrontamo-nos agora, como aqui já foi referido, por alguns interventores, com a circunstância, de haver milhares de alunos ainda sem aulas, quando se vai iniciar a sétima semana. Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a quarta, nem a quinta, é a sétima semana, que é cinquenta porcento do primeiro período, ou seja, metade do primeiro período, há crianças da Amadora, onde, já agora em nota de parenteses, hoje de manhã ainda faltava colocar setenta e dois professores, e é isto que eu quero enfatizar, aqui nesta Assembleia Municipal, porque nós somos eleitos pela população da Amadora. Somos responsáveis pela população da Amadora, interessa-me obviamente a política geral, que aqui foi referida, mas, interessa-me nesta intervenção, enquanto eleito pela população da Amadora, defender os interesses da população da Amadora. --- Hoje de manhã havia setenta e dois professores em falta de colocação, por colocar nas escolas da nossa terra. E portanto, um número, enorme de crianças, nossos sobrinhos, nossos filhos, nossos netos, estavam hoje com sete semanas de atraso, em relação a outros, que iniciaram as aulas no tempo próprio e no momento próprio. Isto é gravíssimo! --- Isto é a demonstração da completa incompetência técnica, científica e política deste Ministro. Portanto, nós não aceitamos que um Primeiro-Ministro venha dizer, perante esta evidência, não é uma especulação minha, é uma evidência! Há setenta e dois professores na Amadora, que hoje de manhã não estavam colocados. --- Eu não aceito que o Primeiro-Ministro venha dizer, que descobriu o supra sumo do homem, de definição, que teve a sorte enorme de defender, de descobrir o homem que, define uma excelente política de educação. --- Mas, também, quero aqui referir e deixar aqui uma nota também, embora não queira aceitar só a vertente cooperativa dos professores, ou dos sindicalistas dos professores, mas, quero deixar aqui obviamente uma nota para a circunstância de haver também nesta desregulação, neste desnorte, um profundo respeito pela dignidade dos profissionais de educação, que hoje são colocados na Amadora têm que arrendar uma casa, têm de estabilizar a sua vida para um certo sítio, depois, passado quinze dias passam para outro sítio qualquer. Isto não é bom para ninguém! Não é bom para o país! Não é bom para nenhum de nós! ---

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Ata n.º 13/2014, de 23 de outubro de 2014 Quadriénio 2013/2017 Portanto, nós entendemos, que efetivamente foi, está a ser deferido um enorme golpe contra o serviço público de educação em Portugal, contra as políticas públicas. --- Essas políticas públicas, que eram boas, como a escola, a tempo inteiro, que está a ser desmantelada, como o despedimento de milhares de profissionais de educação, que aqui também já foram referidas. Como se calhar o aumento de alunos em turma, contra ciclo, contra as normas da OCDE, que nós fazemos gala de estar inseridos. --- Eu lembro-me, que o Partido Socialista, quando deixou o poder há três anos, Portugal estava no décimo lugar de todos os países da OCDE em termos de, níveis de educação. Claro que o Bloco e agora o PC vêm dizer que, não sei quê, isto não se tem agravado muito e continua a agravar-se, tal na moção que têm ai, até pedi para retirarem, mas, não querem retirar, portanto, o PS votará contra a moção deles, porque efetivamente não sabem distinguir ‘o trigo do joio’, o inimigo também é o PS! --- O PS é a história do outro, do lacrau que pede ao elefante para o passar para a outra margem e no meio dá-lhe uma picada, e diz-lhe, vamos morrer os dois, não resisti. --- O Bloco e o PC aqui, não resistiram a atacar o PS nesta moção. Portanto, como o PS não é masoquista, terá de votar contra a moção, mas efetivamente, não pudemos fazer, sem deixar de realçar; que é mais grave do que as suas piadas. Agora, o que estamos aqui a discutir, sem realçar este facto, que é um facto de redução de autonomia das escolas, como a centralização de decisões e focando, digamos, os diretores com burocracia, como este ministro fez. Nós somos pelo aumento da autonomia das escolas. Somos verdadeiramente pelo aumento, temos aqui uma divergência, somos defensores do aumento da autonomia nas escolas, somos defensores de uma profunda integração da escola na comunidade.--- Na Amadora demos ao longo de dezassete anos e continuaremos a dar, exemplo, daquilo que temos feito, como um Município de referência, quer em termos de equipamentos, quer em termos de pavilhões desportivos, quer em termos de criar; essa tal Ministra, horrorosa que aqui referiram, conseguimos criar um programa doze/quinze, como se chama. Que é um programa que permite, que as crianças que, saíram da escola, estejam hoje na escola das profissões, em programa integrados, com a pilotagem de uma escola oficial, e que, alguns são reintegrados, e que, foi uma escola apoiada por nós, pelo PSD, por todos, penso eu, aqueles que têm participado, uns mais na gestão obviamente, outros noutra posição, mas, todos têm apoiado. --- Que, infelizmente, estamos em vias de ver acabar, por causa dessa miserável Lei do sector empresarial local. Espero que o PSD na Assembleia da República apoie, tal como

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