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Pois olhou do alto do seu santuário; dos céus olhou o Senhor para a terra, (Sl 102:19)

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Academic year: 2021

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A iniciativa de habitar entre os homens foi divina. Deus sempre desejou estar

entre o seu povo e ter comunhão com ele. No entanto, o Lugar onde Deus deve

habitar tem de obedecer a determinados requisitos:

E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis. (Ex 25:8,9)

Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo-sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da Majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo sumo-sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que esse sumo-sacerdote também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem seria sacerdote, havendo já os que oferecem dons segundo a lei, os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: Olha, faz conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores promessas... (Hb 8)

Moisés copia o desenho do Tabernáculo (heb. Mishkan) de um modelo que o

YHWH lhe mostrou. O modelo é o próprio lugar celestial onde Deus habita. Há um

lugar real onde Deus, o Pai, está reinando sobre todas as coisas. Embora a

Teologia dê uma imagem de Deus muito etérea, a Bíblia apresenta-o num lugar de

certa forma “material” e visível, embora não corruptível.

O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens. (Sl 11:4)

Pois olhou do alto do seu santuário; dos céus olhou o Senhor para a terra, (Sl 102:19)

Por algum motivo, Deus não só se oculta na Terra como também o faz no

Céu. Na realidade não há só pecado na terra, mas também nos céus, como é

referido nas seguintes versículos retirados de Job:

Eis que Deus não confia nos seus servos, e até a seus anjos atribui loucura. (Job 4:18) Eis que Deus não confia nos seus santos, e nem o céu é puro aos seus olhos. (Job 15:15)

Além de satanás, outros anjos pecaram (II Pd 2:4; Jd 1:6-7), no entanto a

Redenção não se destinou aos anjos, mas ao seu povo eleito, como está escrito:

“Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de

Abraão.”(Hb 2:16). Assim, nos céus, Deus também oculta a sua face. Há alguns,

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no entanto, que vêem a sua face (Mt 18:10; Jo 1:18) e existe a promessa de que

os salvos o verão (I Co 13:12).

O Tabernáculo de Moisés foi purificado com sangue, antes que o Espírito de

Deus descesse ao Tabernáculo. Quando o homem entrasse no Tabernáculo, o

sangue dos animais derramado em seu lugar, cobriria o seu pecado. Também no

céu, o Filho de Deus, purificou o Tabernáculo Celestial, como está escrito:

Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que estão no céu fossem purificadas com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. (Hb 9:23)

O Messias abriu caminho para o homem poder entrar (Hb 6:20) no Lugar

Santíssimo Celestial. A purificação do Tabernáculo Celestial não se destinou a

anular o pecado dos anjos, mas o pecado dos homens perante Deus. Os anjos

pecadores não verão mais a face do Pai, mas os redimidos vê-lo-ão. Em Ap

11:15-12:5 é relatado grande acontecimento que será a abertura do Lugar Santíssimo

celestial para a entrada dos vencedores, filho varão, ou noiva do Messias.

Visto que os céus também foram contaminados com pecado pelos anjos e

este pecado ficou sem perdão e sem purificação, além de uma nova terra há

também necessidade de novos céus (Is 65:17; 66:22).

O primeiro pacto está ligado ao primeiro tabernáculo, figura e sombra do

Verdadeiro Tabernáculo. Este Tabernáculo celestial está ligado com o novo pacto.

O capítulo nove de Hebreus descreve sublimemente a ligação entre o Tabernáculo

terrestre e o celeste, por isso este capítulo é inserido na totalidade neste estudo:

Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário terrestre. Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar; mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto; e sobre a arca os querubins da glória, que cobriam o propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente. Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados; mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o tempo presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo de reforma. Mas Cristo, tendo vindo como sumo-sacerdote dos bens já realizados, por meio

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do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Pois onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento não tem força senão pela morte, visto que nunca tem valor enquanto o testador vive. Pelo que nem o primeiro pacto foi consagrado sem sangue; porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos novilhos e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo, dizendo: este é o sangue do pacto que Deus ordenou para vós. Semelhantemente aspergiu com sangue também o tabernáculo e todos os vasos do serviço sagrado. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que estão no céu fossem purificadas com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para se oferecer muitas vezes, como o sumo-sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio; doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. (Hb 9)

O tabernáculo de Moisés era constituído por um pátio e duas tendas. No

pátio, ou Átrio, estavam o Altar do Holocausto e a Bacia de Bronze. A primeira

tenda era chamada de Lugar Santo e ali estavam o Candelabro, a Mesa e o Altar

do Incenso. A segunda tenda era chamada de Lugar Santíssimo ou Santo dos

Santos. Era neste lugar muito privado onde se encontrava a Arca da Aliança. A

Arca tinha uma tampa muito especial, chamada Propiciatório, com dois querubins

na extremidade de faces voltadas para o meio (Ex 25:19-22). Era entre os

querubins que o Senhor descia e falava a Moisés. Os sacerdotes ministravam o

seu serviço continuamente no Lugar Santo, mas no Lugar Santíssimo apenas uma

vez por ano, no Dia da Expiação, entrava o Sumo-sacerdote. A seguinte imagem

mostra de forma simples o tabernáculo de Moisés (para mais imagens ver o anexo

final):

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Para a visualização do Tabernáculo, veja este pequeno vídeo com legendas em português:

http://www.youtube.com/watch?v=OFb9EKsx8YQ

Visto que este tabernáculo terrestre foi feito à imagem do celeste, as mesmas

coisas encontram-se no céu, ainda que as terrestres sejam apenas sombras e não

totalmente idênticas às celestiais. O livro de Apocalipse é muito rico em referências

ao Santuário celestial, cujo Sumo-sacerdote é o Messias. Vejamos as referências:

Referências aos componentes do Tabernáculo Celestial: Ap 11:19 “Santuário de Deus que está no céu”

Lugar Santíssimo Lugar Santo Átrio

Ap 8:3,5; 9:13; 11:1 Altar de ouro diante do Trono Ap 8:3,5 Incensário de ouro

Ap 11:19 Arca da Aliança

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Este estudo poderia ser muito mais aprofundado, mas pretende apenas resumidamente mostrar a existência do Tabernáculo Celestial provada na Bíblia e que esse é o Lugar a partir do qual Deus reina todas as coisas. No final da Bíblia Deus mudará o Lugar da sua habitação:

Ap 21.1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.

Ap 21.3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.

Ap 21.22 Nela não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

Ap 21.23 A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, porém a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

Ap 22.1 E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

Ap 22.2 No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.

Ap 22.3 Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão,

Ap 22.4 e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.

Ap 22.5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.

Deus promete viver a eternidade reinando no meio dos homens. Tudo será feito novo e nessa nova criação, Ele não mais se ocultará do homem, vê-lo-emos plenamente e conhecê-lo-emos como somo conhecidos (I Co 13:12).

Lucinda Alves

2001

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ANEXO

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Referências

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