Formadora: Liliana Grade
Formadora: Liliana Grade
Programa:
Programa: Programa Operacional do Programa Operacional do Potencial HumanoPotencial Humano Eixo Prioritário:
Eixo Prioritário: 2 2 – – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida Tipologia de
Tipologia de Intervenção:Intervenção: 2.3- Formações Modulares Certificadas 2.3- Formações Modulares Certificadas Entidade
Entidade Beneficiária:Beneficiária: Fundação São BarnabéFundação São Barnabé Entidade Formadora:
Entidade Formadora: SOPROFOR SOPROFOR – – Sociedade Promotora de Formação, Lda. Sociedade Promotora de Formação, Lda. UFCD: 6569
UFCD: 6569 – – Noções gerais sobre a pele e sua integridade Noções gerais sobre a pele e sua integridade
Área de Formação: 729 - saúde Área de Formação: 729 - saúde Carga Horária
Carga Horária: 25h: 25h Código
Código Referencial de Formação: 729281Referencial de Formação: 729281 – – Técnico/a Au Técnico/a Auxiliar xiliar de Saúdede Saúde Nível de Formação: 4
Nível de Formação: 4
Noções Gerais sobre a Pele e sua Integridade
Noções Gerais sobre a Pele e sua Integridade
A Pele
A Pele
A Pele
A Pele
PELE
PELE
epiderme
epiderme
derme
derme
GLÂNDULAS
GLÂNDULAS
sudoríparas
sudoríparas
sebáceas
sebáceas
mamárias
mamárias
PÊLOS
PÊLOS
UNHAS
UNHAS
A Pele
A Pele
••
Órgão externo que reveste e delimita o organismo, protegendo-o
Órgão externo que reveste e delimita o organismo, protegendo-o
através das inúmeras funções de relação com o exterior
através das inúmeras funções de relação com o exterior
••
Maior órgão do corpo (2 m2
Maior órgão do corpo (2 m2 no adulto)
no adulto)
••15% do peso corporal
15% do peso corporal
FUNÇÕES:
Barreira física
Termorregulação
Funções imunitárias
Funções metabólicas
Órgão dos sentidos
Protecção da desidratação
A Pele
HISTOLOGIA DA PELE:
•
Epiderme
•Derme
A Pele
A Pele
A Pele
A Pele
Células da Pele
Células de Merkel:
Localizadas na camada mais profunda da epiderme da
pele glabra
Importante papel sensorial - mecanorreceptores
Cerca de 3% do conjunto de células da pele
Fazem parte do sistema neuro-endócrino (APUD).
A Pele
Melanócitos:
•Ficam junto à membrana basal e emitem prolongamentos que lhes permitem
depositar a melanina dentro das células da camada basal e espinhosa
•Melanina – pigmento castanho escuro •Protecção contra a radiação ultravioleta
COR DA PELE:
•Influenciada por muitos factores: quantidade de melanina e caroteno,
quantidade de capilares e cor do sangue que os percorre
•Varia entre os indivíduos e de acordo com a parte do corpo
•Nº de melanócitos é igual em pessoas de pele clara ou morena; o que
determina esta diferença na cor da pele relaciona-se a quantidade de melanina produzida e sua distribuição na epiderme
•Factor genético é imperativo, mas pode-se estimular a produção de
melanina pela pele através dos raios solares.
COR DA PELE:
•Albinismo é a incapacidade hereditária de um individuo em
produzir melanina (pele, pêlos, olhos)
• A melanina tende a formar-se em manchas – as sardas.
•Na exposição repetida ao sol aumenta o número e a intensidade da melanina. •O excesso leva a cancro de pele que envolve as células basais e escamosas •O pigmento caroteno é encontrado no estrato córneo e nas áreas
gordurosas da derme
Células de Langerhans:
Arredondadas, citoplasma claro, encontradas na
periferia do estrato espinhoso.
Semelhantes aos melanócitos, porém são mais
constantes (os melanócitos estão sujeitos a diferenças regionais)
Derivam da medula óssea
Possuem receptores na superfície para as
respostas imunológicas semelhantes aos que caracterizam as superfícies dos macrófagos.
Facilitam ou colaboram com os linfócitos T nas
respostas de rejeição a enxertos e são facilmente lesados pela radiação UV
PÊLOS:
•
Finos bastões de queratina
•
Origem no folículo piloso
•
Músculo erector e glândula sebácea na base
•
Isolamento, protecção, recepção sensorial
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS:
•
Glândulas epiteliais dispersas na pele
•
Écrinas
–respondem ao aumento da temperatura corporal (suor)
•A
apócrinas
–tornam-se activas na puberdade (odor corporal)
•
Podem responder à dor, medo, emoções
•G
lândulas sudoríparas modificadas:
•
Ceruminosas
–
cera no ouvido
•Mamárias
–
leite
GLÂNDULAS SEBÁCEAS:
Glândulas holócrinas associadas aos folículos pilosos
Sebo
–
mistura de material gorduroso e restos
celulares
Sebo mantém a pele e os pêlos macios e impermeáveis
Acne
–
excesso de secreção de sebo
UNHAS:
Protecção
Estabilidade
Manipulação de objectos
Origem no leito ungueal
Lunula é a zona de crescimento mais activo
Células epiteliais dividem-se e tornam-se queratinizadas
Em toda a vida a unha pode crescer 42 metros
Alterações Dermatológicas decorrentes do envelhecimento
A Pele
“ Envelhecemos como Vivemos ”
Alterações Dermatológicas decorrentes do envelhecimento
A Pele
Escolhemos diariamente como queremos envelhecer !
Escolhemos se queremos : - Abusar do sol ou NÃO - Fumar ou NÃO
- Ser sedentário ou NÃO
- Alimentos gordurosos ou NÃO
- Abusar de bebidas alcoólicas ou NÃO
- Previnir ou ter controle de doenças sistémicas como diabetes , hipotiroidismo , etc...
Alterações Dermatológicas decorrentes do envelhecimento
A Pele
Envelhecimento da Pele é igual :
Envelhecimento cronológico + fotoenvelhecimento +
envelhecimento devido á diminuição hormonal +
envelhecimento por doenças não controladas +
envelhecimento por maus hábitos.
Alterações Dermatológicas decorrentes do envelhecimento
A Pele
Portanto as alterações do envelhecimento são decorrentes das: I. Alterações gerais do Envelhecimento do organismo
Alterações Dermatológicas decorrentes do envelhecimento
A Pele
I. Alterações gerais do Envelhecimento do organismo
Na pele senil ocorrem dois componentes distintos que alteram sua aparência e textura:
Envelhecimento Intrínseco Fotoenvelhecimento
Alterações Dermatológicas decorrentes do envelhecimento
A Pele
II. As alterações dermatológicas do Envelhecimento são decorrentes principalmente de :
1. Fatores hormonais (diminuição dos níveis de estrógeno e progesterona) 2. Fatores genéticos (envelhecimento cronológico- devido à idade)
3. Fatores ambientais (sol – fotoenvelhecimento)
4. Hábitos da paciente (fumo, abuso do álcool ,atividade física, alimentação) 5. Condições Gerais dos outros órgãos ( hepatite, aterosclerose)
6. Doenças cutâneas ou sistêmicos associados (Diabetes , ou hipotiroidismo , Melanoma , carcinoma espinocelular , carcinoma basocelular).
Cuidados a ter para manutenção da integridade cutânea
Higiene e Hidratação da Pele
Cuidados a ter no tratamento da pele envelhecida
Usar cosméticos contendo extractos de plantas contendo inibidores de radicais
livres.
Empregar cosméticos com proteínas vegetais e com extractos ricos em isoflavonas
(moléculas com acção estrogénica).
Usar cosméticos contendo extractos vegetais com teores elevados + em ácidos
gordos essenciais capazes de restaurarem a barreira epidérmica.
Empregar cosméticos contendo extractos cujos constituintes sejam estimulantes
celulares e que activem a microcirculação.
Vestuário
Roupa inapropriada (ex: apertada);
Lençóis enrugados;
Fricção de sapatos contra a pele;
Deve-se ter em atenção:
Exposição prolongada à humidade (sudação frequente, urina ou
fezes).
Cuidados a ter para manutenção da integridade cutânea
Alimentação e Hidratação
As Proteínas são fundamentais para a regeneração tecidular e
estimulam a função imunitária.
A Arginina aumenta a irrigação na área da ferida e facilita a
regeneração do tecido.
As vitaminas, principalmente a Vitamina C, ajudam na anulação dos
radicais livres obtendo-se uma melhor síntese de colagénos.
O Zinco facilita a mitose, com consequente aceleração do processo
Cuidados a ter para manutenção da integridade cutânea
Mobilidade e alternância de decúbitos
Técnicas de posicionamento dos doentes:
Evitar arrastar o doente – levantar!
Distribuir o peso do doente no colchão, evitando zonas de pressão.
Colocar o doente em posições “naturais”. (respeitando o alinhamento
corporal).
Não elevar a parte superior da cama mais que 30-35º quando o doente estiver
em posição lateral, de modo a evitar pressão de deslizamento.
O tempo que um doente pode permanecer em qualquer posição, depende dos
Cuidados a ter para manutenção da integridade cutânea
Manutenção de um ambiente seguro
Evitar barreiras arquitectónicas
Realizar adaptações técnicas
Dispor de espaços físicos específicos
Manter o nível sensorial
Ferida Aguda Vs Ferida Crónica
Ferida Aguda
Tempo
Ferida Aguda Vs Ferida Crónica
FERIDA AGUDA
Disrupção da integridade da pele e tecidos subjacentes que progride segundo um processo de cicatrização
(Bates Jensen & Wethe 1998)
São classificadas de acordo com o tipo de lesão, exemplo: cirúrgica, traumática
FERIDA CRÓNICA
O processo normal da cicatrização está alterado num ou mais pontos das fases de cicatrização
(Price & Enoch 2004)
São classificadas de acordo com a patologia de base, exemplo: úlceras venosas, úlceras de pressão
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Ferida Aguda Hemostase Inflamação Proliferação Migração Remodelação Ferida não Cicratizante R e m o d e l a ç ã o I n f l a m a ç ã o Proliferação Migração HemostaseA cicatrização
é um processo
sequencial de fases
sobrepostas em cascata que conduzem à reparação dos
tecidos lesados.
A cicatrização é um processo sequencial de fases sobrepostas em
cascata que conduzem à reparação dos tecidos lesados.
“O processo de cicatrização está
“O processo de cicatrização está
poderosamente
poderosamente programado e é
programado e é muito difícil
muito difícil
de obstruir, mas tem os seus
de obstruir, mas tem os seus inimigos.”
inimigos.”
Majno G, Joris I. 2004
Majno G, Joris I. 2004
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Cicatrização
Cicatrização da da úlcera úlcera aguda aguda Cicatrização Cicatrização da da úlcera úlcera “crónica”“crónica”
Tipo de células envolvidas Tipo de células envolvidas
Hemostase Hemostase Inflamação Inflamação Proliferação Proliferação Remodelação Remodelação Horas
Horas Dias Dias Semanas Semanas Dias Dias Semanas Semanas AnosAnos
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Plaquetas Plaquetas Plaquetas Plaquetas Macrofagos Macrofagos Neutrofilos Neutrofilos Macrofagos Macrofagos Linfocitos Linfocitos Fibroblastos Fibroblastos Células Células epiteliais epiteliais Fibroblastos FibroblastosCicatrização
Cicatrização da da úlcera úlcera aguda aguda Cicatrização Cicatrização da da úlcera úlcera “crónica”“crónica”
Tipo de células envolvidas Tipo de células envolvidas
Hemostase Hemostase Inflamação Inflamação Proliferação Proliferação Remodelação Remodelação Horas
Horas Dias Dias Semanas Semanas Dias Dias Semanas Semanas AnosAnos
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Plaquetas Plaquetas Plaquetas Plaquetas Macrofagos Macrofagos Neutrofilos Neutrofilos Macrofagos Macrofagos Linfocitos Linfocitos Fibroblastos Fibroblastos Células Células epiteliais epiteliais Fibroblastos Fibroblastos Estímulo Estímulo inflamatório persistente inflamatório persistenteCicatrização da úlcera
Cicatrização da úlcera “crónica”“crónica”
Tipo de células envolvidas Tipo de células envolvidas
Hemostase Hemostase Inflamação Inflamação Proliferação Proliferação Remodelação Remodelação Dias
Dias Semanas Semanas AnosAnos
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Plaquetas Plaquetas Plaquetas Plaquetas Macrofagos Macrofagos Neutrofilos Neutrofilos Macrofagos Macrofagos Linfocitos Linfocitos Fibroblastos Fibroblastos Células Células epiteliais epiteliais Fibroblastos Fibroblastos Cicatrização Cicatrização Estímulo Estímulo inflamatório persistente inflamatório persistente ••TraumaTrauma •• IsquemiaIsquemia •• InfecçãoInfecçãoA ferida
“crónica”
fixar-se num persistente estado de inflamação crónica,
causado por elevados níveis de citocinas pró-inflamatórias e diminuição
da actividade dos factores de crescimento:
• Aumento dos neutrófilos
• Elevada produção de citocinas pró-inflamatórias
• Os macrófagos chegam tarde, fagocitose é prejudicada • Liberação de proteases, causam destruição da MEC
Características das feridas na fase inflamatória
•
Vermelhidão, dor, calor e inchaço
•Dura cerca de 4 a 5 dias
•
Inicia o processo de cicatrização pela estabilização da
ferida através da atividade das plaquetas que páram a
hemorragia e desencadeiam a resposta imune.
OXIGÉNIO
• Os fibroblastos são sensíveis ao oxigénio
• PO2 <40 mmHg não há síntese de colagénio
• Diminuição PO2: causa mais comum de infeção da ferida
• A cicatrização é dependente da energia
• Fase proliferativa aumentou grandemente o metabolismo e a síntese de proteínas
HIPÓXIA
• O Endotélio responde com vasodilatação • Permeabilidade capilar
• Deposição de fibrina
• TNF-a e indução de apoptose
EDEMA
• Aumento da Pressão no tecido
• Compromisso da perfusão
• A morte celular e ulceração do tecido
INFEÇÃO
•
Diminuição da PO2 nos tecidos
…
prolongamento da fase
inflamatória
•
Angiogénese e epitelização prejudicadas
•
Atividade da colagenase aumentada
TEMPERATURA
•
A cicatrização das feridas é acelerada a temperaturas
ambientais de 30 ° C
•
A Resistência à tração diminui em 20% num (12 ° C)
ambiente de ferida frio
CICATRIZAÇÃO ANORMAL
–
FERIDAS CRÓNICAS
SENESCÊNCIA CELULAR
Células velhas – capacidade proliferativa
reduzida (as células estão programadas com um nº limite de divisões)
Células maiores, com > expressão de proteínas
da matriz e < resposta aos factores de crescimento
Fibroblastos envelhecem precocemente
1.células dividem-se futilmente e capacidade
proliferativa
2.microambiente da ferida conduz à
LESÃO TECIDULAR
Radicais livres
Proteases
Edema
Isquémia
Diminuição do aporte nutrientes
LEITO DA FERIDA FIBRÓTICO, COM TECIDOS
NECROSADOS
Importância do desbridamento; enxertos de pele !!!
FACTORES QUE PERTURBAM A CICATRIZAÇÃO
SISTÉMICOS
•Idade •Nutrição
•Vit. C e A; zinco, ferro •Trauma
•Doenças metabólicas •Diabetes mellitus •Patologia da tiróide •Imunossupressão
•Doenças do tecido conjuntivo •Tabaco •Medicação •Corticóides, doxorrubicina…
LOCAIS
•Lesão mecânica
•Infecção
•Edema
•Isquémia/necrose
•Agentes tópicos
•Radiação ionizante
•Diminuição tensão de O2
•Corpos estranhos
IDADE
Cicatrização mais difícil nos idosos
Alterações quantitativas e qualitativas do colagénio
Perturbação da angiogénese
Diminuição dos níveis de múltiplos factores de crescimento
Perturbação da actividade inicial dos macrófagos
Maior actividade das metaloproteases
Menor resposta à hipóxia
HIPÓXIA
O2 é essencial para os processo de inflamação, angiogénese,
epitelização e deposição matricial
Deposição de colagénio é directamente proporcional à PO2
Anemia, em contexto de normovolémia, só afecta significativamente
a síntese de colagénio se Ht<15%
Feridas em tecidos altamente vascularizados (cabeça, ânus, etc.)
cicatrizam muito rapidamente, sendo muito resistentes à infecção
MALNUTRIÇÃO
Perda de peso e depleção proteica conduzem a
cicatrização arrastada
Albumina < 2.0 g/dL
Carências de vitaminas C, A, K
Carência de zinco e ferro
MEDICAÇÃO
Doxorrubicina
Ciclofosfamida
Metotrexato
Tamoxifeno (anti-estrogénio)
–
Diminuição da produção de
TGF-Corticóides
–
Diminição proliferação de fibroblastos e a síntese de
colagénio; inibem a epitelização e a contracção das feridas;
estabilizam as membranas dos lisosomas (reversão pela vitamina A)
Altas doses de AINE
RADIAÇÃO IONIZANTE
Lesão celular endotelial
–
endarterite
Atrofia, fibrose e atraso na reparação tecidular
Não se inicia a angiogénese
Células em divisão rápida (ex. queratinócitos e fibroblastos durante a
cicatrização de feridas) são mais afectadas
Diminuição formação de tecido de granulação e epitelização
INFECÇÃO
≠ CONTAMINAÇÃO –
bactérias presentes não se multiplicam
≠ COLONIZAÇÃO –
replicação bacteriana sem resposta do
hospedeiro
INFECÇÃO
–
proliferação bacteriana com resposta do hospedeiro
Endotoxinas, aumento das metaloproteases
Infecção da ferida é um diagnóstico clínico
Antibioterapia
DIABETES E OBESIDADE
Infecção associada é frequente
–
má função dos leucócitos
Hiperglicémia
–
diminuição da inflamação, da angiogénese
e da síntese do colagénio
Alterações das plaquetas, da formação de capilares e da
proliferação dos fibroblastos
Aterosclerose
Neuropatia
DOENÇAS HEREDITÁRIAS
Síndrome de Marfan (1)
Síndrome de Ehler-Danlos (2)
Osteogénese Imperfeita
Epidermólise Bolhosa
Hidratação da Pele
Em relação à higiene e conforto, é importante que esta não
seja descurada. A aplicação de um creme hidratante é
fundamental para evitar o aparecimento de feridas e evitar
que a pele fique seca. Recomenda-se a utilização de o
sabonete neutro, uma vez que outros tipos de sabonetes,
em excesso, diminuem as proteções naturais da pele.
Alimentação
Na alimentação, o aporte dietético inadequado e o estado
nutricional alterado pode atrasar o processo de
cicatrização pela supressão de oxidação e por não por
existir formação de novos tecidos, aumentando o tempo de
duração da ferida.
Mobilização
No que respeita à mobilização, esta é necessária para
promover a circulação sanguínea e assegurar um aporte
correto de oxigénio a todas as células e tecidos do corpo,
diminuindo o risco do aparecimento de feridas
Importância da manutenção da integridade dos pensos
Penso Técnica de cuidados locais, exigidos pelo estado ou evolução de uma ferida, que visa: a prevenção da infecção, cicatrização de feridas e a minimização de lesões cutâneas Objectivos .
Prevenir a infecção; Promovera cicatrização; Minimizar lesões cutâneas; Prevenir hemorragia;
Prevenir a laceração da pele circundante; Promover o conforto físico e psíquico;
Impedir o contacto da ferida com o exterior; Favorecer a absorção de exsudado.
FISIOPATOLOGIA DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
Úlceras surgem nas zonas de compressão dos tecidos moles
entre as proeminências ósseas e uma superfície externa ou
noutras zonas sujeitas a pressão contínua
PRESSÃO LOCAL
•Intensidade (30 mmHg) •Duração (2h)
OUTROS FACTORES:
Forças de tracção e fricção
Humidade excessiva
Substâncias irritantes
Estado geral e de nutrição
Posicionamentos
Um posicionamento para ser eficaz, deve:
Promover conforto = deve-se adaptar o posicionamento às necessidades do
utente, este posicionamento sempre que possível deve ser uma opção conjunta entre o profissional de saúde e o utente;
Prevenir alterações da força muscular, movimento e amplitudes um
posicionamento para ser eficaz, deve: articulares = o posicionamento escolhido deve facilitar a mobilidade e mobilização do utente;
A mudança frequente de decúbitos contribui como
estimulo circulatório (movimento), induzindo o alivio
constante das zonas de pressão.
Posicionamentos
Posicionamento em Decúbito Dorsal (Barriga para cima)
Posicionamentos
SEMI-DEPENDENTE
•Membros superiores ligeiramente
abduzidos (afastados);
• Cotovelos semi-flectidos, dedos
ligeiramente abertos e semiflectidos;
• Tibio-társica em posição neutra (evitar o
Posicionamento em Decúbito Dorsal (Barriga para cima)
Posicionamentos
TOTALMENTE DEPENDENTE
•Colocação em posição neutra da cabeça,
tronco e membros;
• 1 almofada na cabeça e ombros;
• 1 almofada em cada membro superior e
membro inferior com ligeira abdução;
Posicionamento em Decúbito Lateral (Deitado de lado)
Posicionamentos
SEMI-DEPENDENTE
•Posicionamento funcional da mão;
•Membro inferior em apoio - anca em extensão,
tibio-társica bem posicionada/suportada (atenção ao maléolo externo).
Posicionamento em Decúbito Dorsal (Barriga para cima)
Posicionamentos
TOTALMENTE DEPENDENTE
•Colocação em posição neutra da cabeça,
tronco e membros;
• 1 almofada na cabeça e ombros;
• 1 almofada em cada membro superior e
membro inferior com ligeira abdução;
Posicionamento em Decúbito Dorsal (Barriga para cima)
TOTALMENTE DEPENDENTE
Ter em atenção:
Curvaturas fisiológicas;
Descarga das zonas de pressão;
Alívio total das zonas de pressão quando existir o mínimo sinal de
alarme;
Posicionamento em Decúbito Lateral (Deitado de lado)
Posicionamentos
SEMI-DEPENDENTE
•Posicionamento funcional da mão;
•Membro inferior em apoio - anca em extensão,
tibio-társica bem posicionada/suportada (atenção ao maléolo externo).
Posicionamento em Decúbito Lateral (Deitado de lado)
Posicionamentos
TOTALMENTE DEPENDENTE
• Almofada entre as costas e a cama;
•Manter o ombro infra-lateral ligeiramente
anteriorizado;
•Suportar a mão infra-lateral na almofada da
cabeça;
•Manter o membro supra-lateral ao nível do
ombro;
•Manter os joelhos em flexão com uma almofada
Posicionamento em Decúbito Dorsal (Barriga para cima)
TOTALMENTE DEPENDENTE
Ter em atenção:
Cabeça/segmento cervical suportado; Membro superior em apoio;
Membro superior contra lateral semi-flectido sobre o tronco ou apoiado numa
almofada;
Procedimento Padrão para executar uma Transferência
TRANSFERÊNCIAS
1- AVALIAÇÃO DO UTENTE
• Tipo de patologia;
• Grau de dependência;
• Condições em que está acamado.
2 - SELECÇÃO DA TRANSFERÊNCIA
• Tipo de transferência;
• Número de transportadores; • Trajecto;
• Saber se o utente já fez alguma
Procedimento Padrão para executar uma Transferência
TRANSFERÊNCIAS
3 - POSIÇÃO DO EQUIPAMENTO
• Preparar o espaço;
• Posição da cama, cadeira, C.R., etc ( + curto
+ fácil + seguro + funcional);
• Verificar onde estão os auxiliares de marcha; •Verificar a altura das superfícies implicadas na
transferência.
4 - INFORMAR O UTENTE E POSICIONÁ-LO
•Informar:
•Melhora a colaboração do utente;
•Reduz a ansiedade/medo; •Maior sintonia;
•Posicionar:
•Melhora a colaboração; •Diminui o risco de queda;
Procedimento Padrão para executar uma Transferência
TRANSFERÊNCIAS
5 - INSTRUÇÕES POSICIONAMENTO DOS AJUDANTES/COMANDOS • Só um comanda; • Palavras, números; • Exemplo: •Estão prontos? •Suportar •Puxar •levantar •2 passos para trás •Parar
•Procedimento Padrão para executar uma
Transferência
•Baixar o utente.
6- CONTACTOS MANUAIS
• Posição da mão/dedos; • Suportar, não agarrar; • Mãos suadas !!!! Não;
Regras
As mãos servem de suporte e não devem agarrar os membros por cima
(instabilidade e insegurança);
Evitar pressão com as extremidades dos dedos, magoar e transmitir medo e
insegurança;
Durante a elevação do utente, devem ser evitados movimentos de maior
amplitude.
Tipo de pegas
Recomendações
As transferências devem ser feitas em grupo, quando possível;
Estabelecer quem comanda a transferência após definida a estratégia;
Depois de toda a equipa informada, as ordens devem ser explicitas identificando
bem a situação;
A comunicação é fundamental, no sentido de explicar de modo claro e simples a
manobra ao utente;
Proporcionar uma atitude de segurança/confiança;
Explicação dos comandos à equipa, simples e adaptada à situação; Suporte, transmitir conforto e segurança pelo contacto manual.
Causas de Acidentes durante uma Transferência
•Falha na avaliação do peso e tipo de utente a transferir e nº de
pessoas requeridas;
• Utente muito pesado para o nº de transportadores;
•Segurar demasiado tempo o utente;
• Acessibilidade dificultada pelo meio circundante ou mobília; • Estar muito distante do utente;
Causas de Acidentes durante uma Transferência
•
Não haver comunicação com os transportadores ou com o
utente;
•
O utente falha na cooperação esperada;
•
Os transportadores não usam roupa adequada à tarefa;
•Transportadores com alturas muito diferentes;
•
Problemas do transportador (costas, pescoço, ombros).
Factores de Influência das Lesões Músculo-Esqueléticas
A saúde apresenta uma elevada taxa de Incidência de Lesões
Músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (Doenças profissionais), nomeadamente ao nível das lesões nas costas.
Os auxiliares de acção médica são uma das populações em risco de contrair este
tipo de patologia.
Factores de Influência das Lesões Músculo-Esqueléticas
Frequência, força e posturas associadas à transferência e posicionamento dos
utentes;
Características dos utentes, em particular, as suas limitações e o seu grau de
dependência;
Conhecimento e aplicação correcta de técnicas para transferência e existência e
uso apropriado dos equipamento de apoio para transferência e mobilização de utentes;
Organização do trabalho;
“ Crença” de que as lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho “
fazem parte do trabalho”.