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O que é Desenvolvimento Humano?

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FIOSOFIA: Textos de aprofundamento do tema da PI do 4º Período de 2015

O que é Desenvolvimento Humano?

Desenvolvimento Humano

O conceito de desenvolvimento humano considera que apenas o crescimento econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma nação.

O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser.

Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou da renda, para o ser humano.

O conceito de Desenvolvimento Humano também parte do pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente econômico e considerar outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Esse conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicados anualmente pelo PNUD.

O que é o IDH

Índice de Desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: renda, saúde e educação.

Foto: Kenia Ribeiro/CNM/PNUD Brasil.

O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão

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econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade,

sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate. Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma:

 Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida;

 O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança;

 E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.

Publicado pela primeira vez em 1990, o índice é calculado anualmente. Desde 2010, sua série histórica é recalculada devido ao movimento de entrada e saída de países e às adaptações metodológicas, o que

possibilita uma análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações regionais através do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).

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“Viver é desenvolver suas potencialidades!”

O homem, em sua vida diária, busca se desenvolver em várias áreas para poder atingir estados e possibilidades superiores, tanto física quanto psicologicamente, dentro do seu mundo das relações

humanas.

O interessante é que existem dentro de cada um de nós, possibilidades infinitas a serem exploradas e, chegar assim, a desenvolver e florescer todos esses aspectos, através da busca de um equilíbrio psico-fisiológico ir logrando todas essas possibilidades.

O Ser Humano, em sua busca, muitas vezes esquece que todas essas possibilidades que estão dentro de si. Por isso, se esse desenvolvimento não começar de dentro para fora, nunca irá conseguir atingir sua meta. Obviamente, todos os seres humanos sobre a face da Terra, sem nenhuma exceção estão buscando unicamente a mesma coisa.

Nesses momentos, poderíamos perguntar; o que todos, sem exceção, estão buscando? Refletindo um pouco, poderíamos verificar e nos perguntar, o que adiantaria conquistarmos nosso emprego, bens, etc. se não tivermos saúde ou se a perdêssemos para conquistar tudo isso? Valeria a pena ter um maravilhoso emprego e ter vários tipos de medos, traumas, complexos, frustrações ou até mesmo sofrer com alguma perda ou dúvida que, internamente, não quer se calar?

Obviamente, muitos responderiam que fazem o que podem, ou que talvez façam o possível dentro de suas possibilidades, ou do que enxergam que podem. Seria mais ou menos estar perdido dentro de uma caverna sem nenhuma luz, em total escuridão, buscando sair dela sem saber o caminho. Nesta alegoria, percebemos o quanto seria bom ter uma luz neste caminho. Mas de onde viria essa luz?

Todos nós, sem exceção, queremos algo que nos complete de verdade, uma luz que ilumine nosso caminho e que, assim, possamos sentir dentro de nós mesmos, o sabor de ter uma vida de plenitude com todos seus aspectos, ou seja, que possamos estar em pleno equilíbrio em nossas vidas.

Mas existe essa possibilidade? Ela está ao nosso alcance? E como isso seria possível se não temos a luz que nos leva a ver, com nossos próprios olhos, esse caminho em nossas vidas? Que fazer, se não conseguimos enxergar o caminho para onde a vida está caminhando? Lograremos o que desejamos mesmo sem saber para onde estamos indo?

Temos, sem dúvida alguma, a máquina mais perfeita já inventada, embora não saibamos bem como utilizá-la. Aprendendo a nos concentrar e transformar nossas energias sabiamente, podemos ativar gradualmente nossas faculdades adormecidas e aumentar, gradativamente, todo o nosso potencial humano.

Com vários recursos, alcançaremos uma vida mais saudável, podendo interagir, inteligentemente, com o Mundo das Relações, atingindo mais equilíbrio e combatendo males tão comuns dos dias de hoje, como o estresse e os medos, despertando as possibilidades adormecidas dentro de cada um de nós.

Fonte: http://gnosisbrasil.com/desenvolvimentohumano em 5/10/2015

A escola como contexto de desenvolvimento humano

A escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças. É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os indivíduos processam o seu

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desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e realizadas na sala de aula e fora dela. O sistema escolar, além de envolver uma gama de pessoas, com características diferenciadas, inclui um número significativo de interações contínuas e complexas, em função dos estados de desenvolvimento do aluno. Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparação para a inserção na sociedade.

QUAL É O PAPEL DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO?

Estudo Errado

(Gabriel, o Pensador)

Eu tô aqui Pra quê? Será que é pra aprender?

Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer? Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever A professora já tá de marcação porque sempre me pega Disfarçando espiando colando as prova dos colegas E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude

Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!" Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi

Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde Ou quem sabe aumentar minha mesada

Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?) Não. De mulher pelada

A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!) A rua é perigosa então eu vejo televisão

(Tá lá mais um corpo estendido no chão)

Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação - Ué não te ensinaram?

- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..

Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio (Vai pro colégio!!)

Então eu fui relendo tudo até a prova começar Voltei louco pra contar:

Manhê! Tirei um dez na prova

Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova Decorei toda lição

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Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!)

Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Decoreba: esse é o método de ensino

Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos Desse jeito até história fica chato

Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente

Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente E sei que o estudo é uma coisa boa

O problema é que sem motivação a gente enjoa O sistema bota um monte de abobrinha no programa Mas pra aprender a ser um ignorante (...)

Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir) Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre

Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste - O que é corrupção? Pra que serve um deputado?

Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso! Ou que a minhoca é hermafrodita

Ou sobre a tênia solitária.

Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...) Vamos fugir dessa jaula!

"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?) Não. A aula

Matei a aula porque num dava Eu não agüentava mais

E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam (Esse num é o valor que um aluno merecia!)

Íííh... Sujô (Hein?) O inspetor!

(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!) Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar E me disseram que a escola era meu segundo lar E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente

Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre! Então eu vou passar de ano

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Não tenho outra saída

Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida Discutindo e ensinando os problemas atuais

E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais Com matérias das quais eles não lembram mais nada

E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada Manhê! Tirei um dez na prova

Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova Decorei toda lição

Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!)

Encarem as crianças com mais seriedade

Pois na escola é onde formamos nossa personalidade

Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios Quem devia lucrar só é prejudicado

Assim cês vão criar uma geração de revoltados Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio

Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Fonte: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/estudo-errado.html#ixzz3njxiKM5g em 5/10/2015

O Líder do Futuro - John Naisbitt

Como se posicionar ou desenvolver-se diante das aceleradas

mudanças que a globalização e as inovações tecnológicas vêm

impondo ao mundo?

Nesse ambiente altamente dinâmico, as pessoas precisam entender as mudanças

que realmente afetarão suas vidas e atividades e ter segurança na tomada de

decisões.

Consagrado especialista na previsão do futuro e autor de

Megatendências

, John

Naisbitt revela em seu livro

Mind Set!

, os 11 Modelos Mentais que considera

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ao que está por vir. ELes nos capacitam a caminhar com segurança por este mundo

repleto de informações em direção a um entendimento claro do presente – o que

representa a chave para a compreensão do futuro. Suas diretrizes nos ajudam a

filtrar notícias veiculadas pela mídia, slogans políticos e até mesmo opiniões

pessoais que cultivamos por anos a fio. É por meio desse processo, segundo o

autor, que aprendemos a selecionar e avaliar os fatos que formarão os novos

cenários nas mais diversas áreas.

"Os conceitos funcionam como estrelas fixas na nossa cabeça. Concentrando-se

neles, nossa mente, flutuando tal qual um navio num oceano de informações,

encontra orientação", afirma Naisbitt. Com base em suas análises do presente, ele

descortina uma série de projeções para o futuro, entre as quais:

avanços revolucionários ocorridos no final do século passado. É improvável que uma

"grande novidade" surja nos próximos 50 ou 75 anos.

Ele detalha esses conceitos

e explica o impacto que cada um deles tem sobre os

negócios e a vida. Enquanto destaca histórias de grandes pensadores e mentes

revolucionárias em diversas áreas, Naisbitt apresenta as seguintes diretrizes:

passageiros.

outros e amplie seu campo de aprendizado e crescimento.

oportunidades.

-se no que de fato atende seus

interesses.

precisamos aprender uma

linguagem nova para interagir. A vantagem competitiva num mundo visual será a

educação em tecnologia e

nas artes.

humana.

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isso exige que os governos façam da educação sua prioridade número um. O que é

customização? A palavra customização, que até pouco tempo não existia na língua

portuguesa, foi criada para traduzir uma expressão em inglês – custom made -

significa então sob medida. Tudo indica que essa proposta nasceu com o

movimento hippie na década de 60, com o advento dos processos artesanais e o

desenvolvimento de técnicas de tingimentos de tecidos, trabalhos com retalhos

(patchwork) contribuindo para personalização das peças. (PALOMINO, 2002)

Nessa onda, customizar significa reciclar, transformar o básico numa nova peça,

única, exclusiva, seja com recortes, apliques, costuras decorativas, lantejoulas,

pedrarias, babados, botões, tingimentos, pinturas, dentre outras infinidades de

maneiras e materiais utilizáveis. É um verdadeiro “vale tudo” para a obtenção de

roupas e acessórios únicos, diferentes daqueles produzidos em série. Pode ser feito

através de técnicas somente manuais, técnicas à máquina, colada, silkada, cortada,

como também usando todas as técnicas necessárias e possíveis para um bom

resultado estético harmonioso.

Segundo Castilho (2004), o homem tem essa tendência de redesenhar o próprio

corpo, em razão dessa eterna insatisfação com a própria aparência, mas graças a

nossa segunda pele, onde podemos esconder ou evidenciar as possíveis imperfeições,

a roupa colabora perfeitamente na construção de uma nova imagem mais próxima do

que desejamos.

Essa prática, do saber-fazer, de reorganizar, do reinventar, faz parte de um

momento, onde o movimento da diferenciação colabora para que cada um procure

fugir da massificação, permitindo uma individualização por meio de peças únicas.

Esse momento é agora, com a onda da customização, essa proposta possibilita o

indivíduo destacar-se em um grupo homogêneo. É uma tendência que reflete a

necessidade de diversificar e individualizar as roupas com o objetivo de fugir das

normas impostas, porque reflete através das vestes sua ideologia e até sua crença.

"Vinte anos atrás, John Naisbitt publicou

Megatendências

com previsões altamente

precisas. Ele não errou em nenhuma delas." (Financial Times)

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A ESCOLA DOS MEUS SONHOS

Frei Betto

Na escola de meus sonhos, os alunos aprendem a cozinhar, costurar, consertar eletrodomésticos, fazer pequenos reparos de eletricidade e de instalações hidráulicas, conhecer mecânica de automóvel e de geladeira, e algo de construção civil. Trabalham em horta, marcenaria e oficinas de escultura, desenho, pintura e música. Cantam no coro e tocam na orquestra.

Uma semana ao ano integram-se, na cidade, ao trabalho de lixeiros, enfermeiras, carteiros, guardas de trânsito, policiais, repórteres, feirantes e cozinheiros profissionais. Assim, aprendem como a cidade se articula por baixo, mergulhando em suas conexões subterrâneas que, à superfície, nos asseguram limpeza urbana, socorro de saúde, segurança, informação e alimentação.

Não há temas tabus. Todas as situações-limite da vida são tratadas com abertura e profundidade: dor, perda, falência, parto, morte, enfermidade, sexualidade e espiritualidade. Ali, os alunos aprendem o texto dentro do contexto: a matemática busca exemplos na corrupção dos políticos e nos leilões das privatizações; o português, na fala dos apresentadores de TV e nos textos de jornais; a geografia, nos suplementos de turismo e nos conflitos internacionais; a física, nas corridas da Fórmula 1 e pesquisas do supertelescópio Hubble; a química, na qualidade dos cosméticos e na culinária; a história, na violência de policiais a cidadãos, para mostrar os antecedentes na relação colonizadores—índios, senhores—escravos, Exército—Canudos etc.

Na escola dos meus sonhos, a interdisciplinaridade permite que os professores de biologia e de educação física se complementem; a multidisciplinaridade faz com que a história do livro seja estudada a partir da análise de textos bíblicos; a transdisciplinaridade introduz aulas de meditação e de dança e associa a história da arte à história das ideologias e das expressões litúrgicas.

Se a escola for laica, o ensino religioso é plural: o rabino fala do judaísmo; o pai-de-santo, do candomblé; o padre, do catolicismo; o médium, do espiritismo; o pastor do protestantismo; o guru, do budismo etc. Se for católica, há periódicos retiros espirituais e adequação do currículo ao calendário litúrgico da Igreja.

Na escola dos meus sonhos, os professores são obrigados a fazer periódicos treinamentos e cursos de capacitação, e só são admitidos se, além da competência, comungam com os princípios fundamentais da proposta pedagógica e didática. Porque é uma escola com ideologia, visão de mundo e perfil definido do que seja democracia e cidadania. Essa escola não forma consumidores, mas cidadãos.

Ela não briga com armas leva-a para a sala de aula: são exibidos vídeos de anúncios e programas e, em seguida, analisados criticamente. A publicidade do iogurte é debatida; o produto, adquirido; sua química, analisada e comparada com a fórmula declarada pelo fabricante; as incompatibilidades denunciadas, bem como os fatores porventura nocivos à saúde. O programa de auditório de domingo é destrinchado: a proposta de vida subjacente; a visão de felicidade; a relação animador-platéia; os tabus e preconceitos reforçados etc. Em suma, não se fecha os olhos à realidade; muda-se a ótica de encará-la.

Há uma integração entre escola, família e sociedade. A Política, com P maiúsculo, é disciplina obrigatória. As eleições para o grêmio ou diretório estudantil são levadas a sério e um mês por ano setores não vitais da instituição são administrados pelos próprios alunos. Os políticos e candidatos são convidados para debates e seus discursos analisados e comparados às suas práticas.

Não há provas baseadas no prodígio da memória nem na sorte da múltipla escolha. Como fazia meu velho mestre Geraldo França de Lima, professor de História (hoje romancista e membro da Academia Brasileira de Letras), no dia da prova sobre a Independência do Brasil os alunos traziam à classe toda a bibliografia pertinente e, dadas as questões, consultavam os textos, aprendendo a pesquisar.

Não há coincidência entre o calendário gregoriano e o curricular. João pode cursar a 5ª série em seis meses ou em seis anos, dependendo de sua disponibilidade, aptidão e recursos.

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É mais importante educar que instruir; formar pessoas que profissionais; ensinar a mudar o mundo que a ascender à elite. Dentro de uma concepção holística, ali a ecologia vai do meio ambiente aos cuidados com a nossa unidade corpo-espírito, e o enfoque curricular estabelece conexões com o noticiário da mídia. Na escola dos meus sonhos, os professores são bem pagos e não precisam pular de colégio em colégio para poderem se manter. Pois essa é a escola de uma sociedade onde a educação não é privilégio, mas direito universal, e o acesso a ela, dever obrigatório.

(Jornal O Estado de São Paulo, 14/05/1997)

COMO DESENVOLVER-SE?

“CADA UM DE NÓS TRAZ EM SI FORÇAS CRIADORAS; NÓS TEMOS O DEVER DE DESCOBRIR ESSAS FORÇAS E DE SABER USÁ-LAS”.

“Deus deu a cada ser humano, normalmente constituído, certas possibilidades de realizar qualquer coisa em sua vida. É isto que chamamos vocação humana. Alguns receberam mais que os outros, mas Deus não deixou ninguém no vazio. Quando você descobrir para que foi criado, deve fazer todo o possível para realizar isso. Deve procurar fazer qualquer coisa de tal modo que ninguém seja capaz de fazer essa coisa melhor que você. Deve fazê-la como se cumprisse uma missão especial confiada por Deus, a você pessoalmente, e naquele exato momento da história do mundo. Ninguém é capaz de realizar qualquer coisa, fora do comum, se não perceber que foi chamado para fazer especialmente aquilo.

Se a sua missão for de varredor de rua, você deverá varrer as ruas com o mesmo espírito que Beethoven compôs suas músicas, com que Michelangelo e Leonardo da Vinci pintaram seus quadros, com que Castro Alves escreveu suas poesias. Você deve varrer a rua de tal maneira perfeitamente que cada pessoa que passar poderá dizer: “Aqui trabalhou um varredor esforçado! Ele cumpriu muito bem o seu dever”.

Se você não pode ser uma árvore sobre a colina, seja um graveto no vale, mas você deve ser o melhor graveto nas léguas em derredor. Se você não pode ser uma estrada, seja um caminho. Se não pode ser o sol, seja uma estrela. O valor não se mede pelo tamanho, mas pela qualidade. Você pode ser o que for, mas deve ser isto

profundamente.

'' . “Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos”

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Martin Luther King, Jr. (Atlanta, Geórgia, 15 de janeiro de 1929 — Memphis, Tennessee, 4 de abril de

1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Membro da Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho".

Referências

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