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O PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO: AS ORAÇÕES COORDENADAS

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O PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO:

AS ORAÇÕES COORDENADAS

1. Leia as orações dos itens seguintes, observando o tipo de relação semântica existente entre elas. Reescreva-as e ligue-as, empregando uma conjunção coordenativa que faça o período ficar coerente. a) Choveu. O chão está molhado. Choveu, porque (pois) o chão está molhado.

b) A criança está decepcionada. Você deve confortá-la.

c) Você deixa os sanduíches semiprontos. Só dá o acabamento na hora de servir. d) Fale baixo. Cale-se. Fale baixo ou cale-se.

e) O presidente do grêmio estudantil fez muitas promessas durante a campanha eleitoral. Depois de eleito, não cumpriu nenhuma delas. O presidente do grêmio estudantil fez muitas promessas durante a

campanha eleitoral, mas, depois de eleito, não cumpriu nenhuma delas.

2. Fazer a distinção entre uma oração coordenada explicativa e uma oração subordinada adverbial causal nem sempre é fácil, porque ambas podem ser introduzidas pelas conjunções que e porque. Em alguns casos, para eliminar a dúvida, você deve observar o seguinte:

• a oração coordenada explicativa explica o que foi afirmado na oração anterior:

A chuva foi violenta, porque muitas árvores foram derrubadas.

• a oração subordinada adverbial causal tem o papel de advérbio em relação à oração principal, isto é, indica a causa do efeito expresso pelo verbo da oração principal:

Pudemos passear na praça porque fazia sol.

• a oração coordenada explicativa é frequentemente empregada depois de orações imperativas e optativas:

Não corte os galhos dessa roseira que ela pode morrer. Deus te ajude, porque és um bom rapaz!

a) Na tira abaixo, entre as falas do 2º e do 3º quadrinho, é possível subentender a conjunção que ou porque. Tanto em um caso como em outro, como você classificaria a 2ª oração? Justifique sua resposta. Oração coordenada sindética explicativa, porque está empregada depois de uma oração imperativa.

A criança está decepcionada; você deve, portanto, confortá-la/... decepcionada; portanto você...

Você deixa os sanduíches semiprontos e/mas só dá o acabamento na hora de servir.

A primeira oração é causal, pois a falta de planejamento indica a causa de o telhado ter caído. Já na segunda não há uma relação de causa e efeito entre o canto do galo e o amanhecer, a oração explicativa cumpre a intenção de explicar o comentário feito anteriormente (“Deve ter amanhecido”).

(Laerte. Gato e gata + um micoleão. São Paulo: Ensaio e Circo, 1995. p. 5.)

b) Compare estas frases:

O telhado caiu porque não foi bem planejado. Deve ter amanhecido, porque o galo já está cantando.

Observe que ambas as orações destacadas são introduzidas pela conjunção porque, porém a primeira é subordinada adverbial causal e a segunda, coordenada sindética explicativa. Justifique essa classificação do ponto de vista lógico.

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3. Enquanto mas aparece sempre no início de uma oração, as outras conjunções coordenativas adver-sativas — porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto — podem ocupar diferentes posições em uma oração.

Observe o anúncio:

Se o falante substituir a conjunção mas por entretanto, por exemplo, ele terá estas opções de cons-trução da mesma frase:

Mãe diz que não liga, entretanto adora ganhar presentes. Mãe diz que não liga; adora, entretanto, ganhar presentes. Mãe diz que não liga; adora ganhar presentes, entretanto.

Reescreva os períodos a seguir, empregando a conjunção de oposição em várias posições na oração a que pertence.

a) Tentamos uma conciliação, porém os alunos continuam inflexíveis em suas posições.

b) O ator foi severamente criticado pela imprensa nacional, no entanto conseguiu prêmios inter-nacionais.

Tentamos uma conciliação; os alunos, porém, continuam... / Tentamos uma conciliação; os alunos continuam inflexíveis em suas posições, porém.

O ator foi severamente criticado pela imprensa nacional; conseguiu, no entanto, prêmios internacionais. / O ator foi severamente criticado pela imprensa nacional; conseguiu prêmios internacionais, no entanto.

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4. Leia esta tira:

(Angeli. Chiclete com banana. 6. ed. São Paulo: Circo, 1984. p. 41.)

Na tira, nos dois casos, o valor semântico da conjunção é de oposição; porém a oração a que cada uma delas se opõe está implícita. Levante hipóteses quanto a que oração, de acordo com o contexto, poderia anteceder as seguintes orações:

a) “Mas sardinhas não estragam os dentes!” Você come sardinhas em lata, mas sardinhas não estragam os dentes!

b) “Mas as latas estragam!” Sardinhas não estragam os dentes, mas as latas estragam!

5. Leia as orações abaixo:

I. Eu não arrumei meu quarto porque estava com febre. II. Eu não arrumei meu quarto, mas arrumei a sala.

No período I, a oração destacada é subordinada causal; no II, a oração destacada é coordenada adversativa.

Empregar uma ou outra forma depende da imagem que o falante faz de seu interlocutor. Suponha que o interlocutor desse falante seja a mãe dele, uma pessoa severa, brava. Levante hipóteses: a) Em que situação ele empregaria o período que contém a subordinada causal?

b) Em que situação ele empregaria o período que contém a coordenada adversativa?

Leia esta tira para responder às questões 6 e 7: Nesse caso, o falante pressupõe ou sabe que ideia a mãe tem a seu respeito (ele é preguiçoso, malandro, etc.) e cria uma oposição argumentativa, possivelmente para rebater o que a mãe pode ter-lhe dito.

(Ziraldo. O Menino Maluquinho. Porto Alegre: L&PM, 1991. p. 38.)

6. Observe a estrutura sintática deste período:

“Eu quebrei o vaso da mulher do 103 e disse que foi você...”

Esse período é misto, isto é, apresenta duas orações coordenadas e uma oração subordinada. a) Identifique a oração subordinada e classifique-a. que foi você: substantiva objetiva direta

b) Reconheça a oração coordenada assindética. Eu quebrei o vaso da mulher do 103

c) Reconheça a oração coordenada sindética e classifique-a. e disse: coordenada sindética aditiva

Em uma situação em que ele deseja se justificar para não ser punido, ou para ser gentil; pressupõe que a mãe não sabia que ele tivera febre.

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7. Observe agora o enunciado do balão do 4º quadrinho.

a) Como se classifica a oração “mas pode deixar”? coordenada sindética adversativa

b) E a oração “que eu te defendo”? coordenada sindética explicativa

8. Leia este anúncio:

(Claudia, nov. 2000.)

No anúncio, há dois períodos. Transforme-os em um único período, ligando as orações com uma conjunção coordenativa. Em seguida, classifique a oração coordenada sindética.

9. Leia as orações dos itens seguintes, observando o tipo de relação semântica existente entre elas. Reescre va-as e ligue-as, empregando uma conjunção coordenativa que faça o período ficar coerente. a) A garota está nervosa. Você deve acalmá-la. A garota está nervosa, por isso você deve acalmá-la.

b) Eu adoro ir ao cinema. Geralmente o ar condicionado do cinema é muito forte.

Eu adoro ir ao cinema, mas geralmente o ar condicionado do cinema é muito forte.

c) Quebrou um prato. Há cacos no chão. Quebrou um prato, pois há cacos no chão.

d) Eu vou ao aniversário do meu amigo? Eu vou ao teatro? Eu vou ao aniversário do meu amigo ou vou ao teatro?

e) Pela manhã, fomos ao Museu de História Natural. À tarde, fomos ao cinema.Pela manhã, fomos ao Museu de História Natural e, à tarde, (fomos) ao cinema.

Não deixe esta revista no seu banheiro, pois (que) ele pode ficar com inveja. / A segunda oração é coordenada sindética explicativa.

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10. Leia agora um poema de Paulo Leminski, exposto na rua em painéis de publicidade, e um anúncio pu blicitário.

a) Nos dois textos, não há conjunções ligando as ora-ções. Caso quiséssemos ligá-las por meio de uma conjunção, quais seriam elas?

b) Como se classificam essas conjunções e a oração que cada uma introduziria?

Leia o anúncio a seguir e responda às questões 11 e 12.

No 1º texto, seria uma conjunção como por isso, logo,

portanto; no 2º texto, seria uma conjunção como e.

No 1º texto, a conjunção seria conclusiva e introduziria uma oração coordenada sindética conclusiva; no 2ºtexto, seria uma conjunção aditiva e introduziria uma oração coordenada sindética aditiva.

11. Observe o enunciado “Você come pra viver ou come pra viver bem?”, que aparece em des ta que no anún-cio. A seguir, classifique as orações: a) “Você come”oração coordenada

assin-dética

b) “ou come” oração coordenada sindética alternativa

c) “pra viver” e “pra viver bem”

orações subordinadas adverbiais finais

12. Observe que a conjunção ou intro-duz no enun ciado a ideia de opção, de escolha entre o “viver” e o “viver bem”.

a) Qual é o sentido da expressão “viver bem” no contexto?

Viver com saúde, e não apenas viver.

b) Que expectativa o anunciante cria em re la ção às qualidades de seu produto? O anunciante procura transmitir a ideia de que seu produto é sau-dável, que faz bem à saúde.

Pedr

o Rubens/Abril Imagens

DeBRITO

(Veja São Paulo, 16/4/2003.) (Claudia, jul. 2005.)

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O anúncio a seguir foi publicado um dia depois da morte da escritora Rachel de Queiroz, autora dos romances O quinze e Memorial de Maria Moura, entre outras obras. Leia-o e responda às questões 13 e 14.

(Folha de S. Paulo, 4/11/2004.)

13. Observe o enunciado verbal em des ta que no anúncio. Note que ele é constituído por dois períodos simples, mas po deria consistir em um único período, com duas orações.

a) Levante hipóteses: Que razões teriam levado o anunciante a isolar as duas orações com o ponto? Qual é a dife rença de sentido do enunciado com o ponto e sem o ponto?

b) Se as orações compusessem um único período, como se classificaria a se gun da oração? oração coordenada sindética adversativa

14. Relacione o enunciado verbal com a imagem e explique o jogo de palavras existente na última oração. Em outros contextos, a expressão sem palavras significa “ficar mudo”. No anúncio, entretanto, há um jogo de sentidos

com essa expressão. Como Rachel de Queiroz era escritora, sugere-se que, com os seus livros, ela nos tenha deixado muitas palavras. Logo, ela não nos deixou “mudos”, pois nos deixou muitas palavras.

Com o ponto se dá destaque a

Referências

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