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Câmara aprova permissão para Petrobras negociar áreas do Pré-Sal

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Nº 77 – 21 de junho de 2018

Câmara aprova permissão para Petrobras negociar áreas do Pré-Sal

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 217 votos sim e 57 não, o Projeto de Lei 8939/2017. Todos os destaques apreciados foram rejeitados, mas ainda há outros destaques a serem cotados. O projeto foi retirado de pauta de ofício e retornará na próxima semana.

A proposta autoriza a Petrobras realizar transferência parcial, a terceiros, de áreas contratadas no regime de cessão onerosa.

A cessão onerosa foi criada pela Lei 12.276/2010, autorizando a União a ceder à Petrobras o direito de exercer, por meio de contratação direta, atividades de exploração e produção em áreas do Pré-Sal, que não estão sob o modelo de concessão, limitadas ao volume máximo de cinco bilhões de barris de petróleo e gás natural. O contrato tem 40 anos, prorrogáveis por mais cinco anos.

No mérito, o projeto de lei flexibiliza, de forma conveniente, o marco legal de exploração de petróleo em cenário de crise econômica que afetou a lucratividade da Petrobras.

Vale ressaltar que a proposição não impõe a obrigatoriedade de a Petrobras negociar os campos contratados no regime da cessão onerosa, mas apenas autoriza que isso seja feito, mediante três condições: a) a Petrobras deverá preservar a participação mínima de 30% no campo transferido; b) será necessária a prévia anuência da ANP para a cessão; c) o novo outorgado deverá cumprir os requisitos técnicos disciplinados e requisitados pela agência.

O projeto segue para o Senado Federal.

LISTA DE VOTAÇÃO PL 8939/2017. POSIÇÃO CNI:CONVERGENTE

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Rejeitado o Condicionamento de Geração de Empregos pela Concessão de

Financiamento de Máquinas no BNDES

A Comissão de Finanças e Tributação (CFT), da Câmara dos Deputados, aprovou o parecer do relator, deputado Jerônimo Goergen (PP/RS), pela rejeição do PL 3615/2015.

O projeto altera a Lei que enquadra o BNDES na categoria de empresa pública, para determinar que nas operações para o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, o BNDES deve condicionar o financiamento à geração de emprego e renda para as trabalhadoras e os trabalhadores rurais que perderem seus empregos em razão da mecanização e da automação.

Há uma contradição no texto muito simples que se resume na exigência de que se garanta que o financiamento gere emprego para os trabalhadores que perderam emprego em virtude da mecanização e automação.

A mecanização e a automação não, necessariamente, geram perda de emprego. Desde a primeira revolução industrial, o mito de que a automação gera desemprego ronda o cenário das relações de trabalho. A despeito disso, não há dúvidas de que até os dias de hoje a tecnologia e a inovação ajudaram no crescimento econômico das empresas e, por consequência, dos países, mas também proporcionaram melhorias de condições de vida de maneira geral.

No mercado de trabalho alemão – inquestionavelmente uma das economias mais estruturadas atualmente, na qual a quarta revolução industrial ( indústria 4.0, como também é conhecida) está mais avançada –, o grupo Boston Consulting (BCG) indica que o número de empregos deve aumentar 6% nos próximos anos.

Não se trata, portanto, de garantir o não fechamento de vagas de trabalho pela mecanização ou pela automação, até porque não é o que acontece. A ponte entre a inovação e a garantia do pleno emprego é a educação, o treinamento, a qualificação dos profissionais dentro de um novo contexto, de uma nova realidade de trabalho.

Ademais, não cabe impor às empresas uma obrigação absolutamente teórica – de criação de empregos, com dimensionamentos econômicos e sociais profundos, como se pudesse ser equiparada ao pagamento de uma verba.

A matéria segue para a apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sem análise de mérito.

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Câmara aprova o Marco Regulatório do Transporte de Cargas

A Câmara dos Deputados aprovou o PL 4860/2016, do Marco Regulatório do Transporte de Cargas - TRC, na forma da subemenda substitutiva global do relator, deputado Nelson Marquezelli (PTB/SP). O TRC é atividade de natureza comercial, aberto à exploração por pessoa física ou jurídica, nas seguintes modalidades: a) por conta de terceiros e mediante remuneração; b) de carga própria, em veículo próprio, sem remuneração.

O texto aprovado define regras para a contratação de transportadores, regras de segurança nas estradas e prevê normas para a contratação de seguros em caso de acidentes, perda de mercadoria, furtos e assaltos.

A matéria merece ajustes para garantir maior isonomia às partes contratantes, em benefício da segurança jurídica e da redução de custos com o transporte de mercadorias. Pontos como o seguro de carga, que ficou sob responsabilidade exclusiva dos transportadores, tempo de estadia e vale- pedágio, precisam de adequações.

Após negociações, o relator retirou de seu relatório o artigo que previa uma espécie de anistia às multas de trânsito e sanções judiciais aplicadas aos caminhoneiros na época da paralisação.

A matéria segue para o Senado Federal.

POSIÇÃO CNI: CONVERGENTE COM RESSALVA

Senado aprova projeto de prevenção e repressão ao contrabando, furto e receptação

O Senado Federal aprovou o PLC 8/2018, do deputado Efraim Filho (DEM/PB), que altera o Código de Trânsito Brasileiro para prever a cassação do documento de habilitação do condutor condenado por crime, em decisão judicial transitada em julgado, que se utilize de veículo para a prática de crime de receptação, descaminho e contrabando.

Também prevê, mediante processo administrativo, a possibilidade de baixa do CNPJ de pessoa jurídica que transportar, distribuir, armazenar ou comercializar produtos fruto de contrabando, descaminho ou falsificados.

A matéria foi aprovada no Senado, com emenda da Senadora Ana Amélia (PP/RS), que impõe a obrigatoriedade da baixa do CNPJ, da pessoa jurídica que incorrer nos crimes citados, ao invés da simples possibilidade como previsto no texto original.

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A matéria retorna para a Câmara dos Deputados para a análise das modificações aprovadas. POSIÇÃO CNI: CONVERGENTE COM RESSALVA

Comissão do Senado aprova suspensão do decreto que alterou IPI incidente sobre

insumos para refrigerantes

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou dois Projetos de Decreto Legislativo – PDS 57/2018 e PDS 59/2018 – que sustam o decreto presidencial que altera a alíquota do IPI de concentrados de refrigerantes de 20% para 4%.

De acordo com a justificativa das proposições a “Constituição Federal proíbe que os contribuintes sejam surpreendidos com a cobrança imediata do aumento da carga tributária e assegura o tratamento diferenciado para a Zona Franca de Manaus (ZFM)”.

A Comissão também aprovou requerimento de urgência para apreciação da matéria. Os projetos foram encaminhados para deliberação do Plenário do Senado Federal.

Instituição Fiscal Independente realiza no Senado seminário sobre os cenários fiscais

A Instituição Fiscal Independente (IFI) se reuniu no Senado para o debate do tema “cenários fiscais e prioridades orçamentárias”, que contou com a presença de diversos especialistas e representantes de órgãos governamentais.

Em geral, os expositores concluíram que o Brasil passa por um período turbulento e o déficit nas contas públicas chegou a níveis alarmantes, o que leva à necessidade de um plano consistente para a superação da crise.

Felipe Saito, diretor do IFI, defendeu que o país precisa de um ajuste fiscal que aumente a receita e reduza as despesas num valor próximo a 5% do PIB, e declarou que o rombo nas contas pode levar o próximo governo a descumprir tanto o teto de gastos quanto a regra de ouro.

Dentre as soluções apontadas para o problema, foi reforçada a importância de aprovação da Reforma da Previdência. Segundo George Soares, Secretário de Orçamento do Ministério do Planejamento, o Regime Geral de Previdência Social foi responsável pelo aumento de 3,1% (de um total de 4,2%) no déficit das contas públicas em relação ao PIB de 2013 até hoje.

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Debateu-se a necessidade de rever as renúncias fiscais praticadas pelo governo nos últimos anos, que não passaram por avaliações adequadas para aferição da eficácia dessas políticas em relação à geração de postos de trabalho.

Os expositores também teceram comentários acerca de uma necessária Reforma Tributária. Para Fernando Rezende, economista da FGV, não conseguiremos fazê-la sem abrir espaço nos gastos públicos. Em sua opinião, a Reforma não pode consistir apenas em juntar os impostos existentes numa mesma base, a questão federativa deve estar no centro do seu debate tendo em vista que hoje o endividamento dos estados é responsável por parte do problema.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, apontado como problema do sistema tributário as distorções existentes no Imposto de Renda. O secretário declarou que os ricos são beneficiados e a classe média prejudicada pela não tributação dos dividendos.

Fonte: Novidades Legislativas N° 35/2018

GERÊNCIA TÉCNICA E DE SUPORTE AOS CONSELHOS TEMÁTICOS – GETEC Conselho de Articulação Parlamentar – COAP

Coordenador: W. Rudi Christmann Fone: (51) 3347–8674

Referências

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