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O USO DO SMARTPHONE PARA MINISTRAR AULAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: VANTAGENS E DESAFIOS SOB A ÓTICA DO PROFESSOR

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Academic year: 2021

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O USO DO SMARTPHONE PARA MINISTRAR AULAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:

VANTAGENS E DESAFIOS SOB A ÓTICA DO PROFESSOR

THE USE OF SMARTPHONE TO MINISTER CLASSROOMS IN BASIC EDUCATION: ADVANTAGES AND CHALLENGES UNDER THE TEACHER'S OPTICS

 Laura Cristhiane Mendonça Rezende Chaves (Universidade Federal de Pernambuco – lauracristhiane@hotmail.com)

 Valesca Patriota de Souza (Universidade Federal de Pernambuco – valesca_patriota@hotmail.com)

 Viviane Cristina Fonseca da Silva Jardim (Universidade Federal de Pernambuco – jardimviviane@yahoo.com.br)

 Selene Cordeiro Vasconcelos (Universidade Federal da Paraíba – selumares@gmail.com)  Iracema da Silva Frazão (Universidade Federal de Pernambuco – isfrazao@gmail.com) Resumo:

As tecnologias móveis têm proporcionando a estruturação de um novo paradigma educacional, que recebeu o nome de mobile learning ou aprendizagem móvel, por ser produzida por meio de dispositivos móveis. Dentre estes recursos, os smartphones estão cada vez mais presentes na sala de aula, por isso devem ser utilizados com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento dos conteúdos disciplinares. O objetivo do estudo é descrever a percepção do professor da educação básica sobre o uso de um aplicativo para smartphone. Trata-se de um relato de experiência resultado de entrevista realizada por doutorandas do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com professores da educação básica que utilizaram um aplicativo para smartphone para ministrar aulas de história a alunos do 7º ano do ensino fundamental de uma escola de referência localizada no município de Recife, Pernambuco. Constitui uma das atividades avaliativas do componente curricular da referida pós-graduação intitulado “Tecnologias na educação em saúde e na educação básica”. Os resultados mostram que a utilização do aplicativo possibilitou a facilidade em abordar o conteúdo da disciplina, maior interesse e comportamento dos alunos no desenvolvimento das aulas, além de melhores resultados avaliativos. Como pontos negativos, a insegurança de alguns professores em utilizar o recurso, a necessidade de treinamento dos educadores e o uso apenas pontual da tecnologia foram ressaltados.

Palavras-chave: tecnologia educacional, smartphone, educação básica. Abstract:

The mobile technologies have provided the structuring of a new educational paradigm, which has been called mobile learning, because it is produced through mobile devices. Among these resources, smartphones are increasingly present in the classroom, so they should be used in order to contribute to the development of disciplinary content. The objective of the study is to describe the opinion of the teacher of basic education about the use of a smartphone application used in history lessons given to 7th grade students of a reference school located in the city of Recife, Pernambuco. This is an experience report resulting from an interview conducted by doctoral students of the Graduate Program in Nursing at the Federal University of Pernambuco (UFPE), with teachers of

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basic education, in compliance with the evaluative activities of the curricular component "Technologies in education in health and basic education". The results show that the use of the application made it easier to approach the content of the subject, more interest and behavior of students in the development of classes, and better evaluation results. As a negative, the insecurity of some teachers in using the resource, the need for training of educators, and the only timely use of technology were highlighted.

Keywords: educational technology, smartphone, basic education

1. Introdução

O Ministério da Educação, em consonância com sua política de melhoria da qualidade da educação no Brasil, lançou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), cujo principal objetivo é promover uma educação básica que atenda às necessidades dos escolares (BRASIL, 2008).

Para que seja possível uma Educação Básica de qualidade no país, cada vez mais as tecnologias educacionais estão sendo inseridas na prática docente, estas que correspondem a estratégias metodológicas de caráter pedagógico e de gestão que têm por objetivo melhorar a aprendizagem dos escolares, onde o aluno é um agente ativo na construção do conhecimento junto com o docente (NIETSCHE; TEIXEIRA; MEDEIROS, 2014).

As tecnologias podem ser classificadas em dura, quando se utiliza instrumentos, normas e equipamentos tecnológicos; tecnologia leve-dura, quando se lança mão de saberes estruturados (teorias, modelos de cuidado, processo de enfermagem); e tecnologias leves, nas quais se visualiza claramente que a implementação requer o estabelecimento de relações (vínculo, gestão de serviços e acolhimento) (MERHY, 2002).

A tecnologia envolve conhecimento técnico e científico, podendo ser de fácil uso e rápida adequação ao ambiente escolar. Pode-se destacar como contribuições a facilidade de inserção para explanação dos assuntos abordados, alcançando positivamente um maior número de alunos comparada a metodologia tradicional (NIETSCHE; TEIXEIRA; MEDEIROS, 2014).

Dentre os recursos tecnológicos que podem ser utilizados para fins educativos, destacam-se os dispositivos móveis como instrumentos que podem facilitar o processo de educação em saúde entre adolescentes, uma vez que, são recursos que tem se tornado parte da vida dos jovens em todo o mundo.

É importante destacar que o acesso às tecnologias móveis tem proporcionando a estruturação de um novo paradigma educacional, que recebeu o nome de mobile learning ou aprendizagem móvel, por ser produzida por meio de dispositivos móveis. Essa forma de aprendizagem é resultante de vários projetos de investigação, podendo ser considerada como uma extensão do e-learning (SANTOS; SANTOS, 2015).

Os smartphones estão cada vez mais presentes na sala de aula, por isso devem ser utilizados com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento dos conteúdos disciplinares. Há muitos aplicativos didáticos disponíveis, mas as escolas não utilizam esses recursos, por isso, muitas delas não conseguem controlar o uso inadequado do celular durante as aulas. Então, por fazer parte do cotidiano de crianças e adolescentes em geral,

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além de oferecer diversos recursos, o celular precisa contribuir com o bom desenvolvimento da educação (DA SILVA, 2017).

Vários estudos têm demonstrado que o celular pode ser considerado como um recurso pedagógico, necessitando, portanto, de uma intervenção adequada por parte dos educadores, capaz de sensibilizar o aluno para a compreensão de sua utilização sob esse enfoque, no contexto da sala de aula (SANTOS; SANTOS, 2015).

Diante destas considerações, o estudo tem como objetivo descrever a opinião do professor da educação básica sobre o uso de um aplicativo para smartphone.

2. Metodologia

Trata-se de um relato de experiência resultado de entrevista realizada por doutorandas do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a professora de história da educação básica, em cumprimento das atividades avaliativas do componente curricular “Tecnologias na educação em saúde e na educação básica”. Foi realizada visita a uma escola estadual de referência, localizada no bairro da Várzea, no município de Recife, Pernambuco. A Escola de ensino fundamental possui atividades curriculares nos turnos da manhã, tarde e noite e oferece ensino do 6º ao 9º ano. Possui 426 alunos matriculados, entre jovens e adultos.

Quanto à infraestrutura e equipamentos possui cozinha, banheiros, biblioteca, laboratório de informática, laboratório de ciências, sala de diretoria, sala de professores e uma pequena área para lazer, além de acesso à internet, computadores, TV, DVD, copiadora, impressora, aparelho de som, projetor multimídia (Datashow) e câmera fotográfica/filmadora.

Para coleta de dados foi utilizado um roteiro semi-estruturado com questionamentos acerca das tecnologias utilizadas em sala de aula pelos professores, a experiência relacionada à utilização das mesmas, além dos desafios e vantagens vivenciados na prática educacional no manejo dessas tecnologias como estratégia de ensino-aprendizagem.

3. Resultados

Os questionamentos incluíram perguntas abertas que buscavam identificar as tecnologias utilizadas com os alunos, os tipos de tecnologias, o objetivo da utilização, experiências exitosas, como foram desenvolvidas, além dos resultados obtidos.

A opinião do docente centrou-se nas tecnologias utilizadas na escola, como vídeo, data show e um aplicativo para celular para ministrar aulas sobre a História do Brasil. Foi possível constatar que não existem tecnologias direcionadas ao desenvolvimento de ações de educação em saúde com escolares, foco de investigação das doutorandas.

Quanto ao aplicativo para smartphone para ministrar aulas de história, a sua utilização foi destacada como uma experiência exitosa pela professora, sendo a tecnologia

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desenvolvida por acadêmicos do curso de história da UFPE. A tecnologia foi proposta para uma turma do 7º ano do ensino fundamental, pois, de acordo com a professora entrevistada trata-se de uma turma “indisciplinada” e que apresenta grandes dificuldades de concentração. Por meio desse aplicativo os alunos ficaram mais interessados e concentrados nas aulas, participando e interagindo com os demais.

Ao ser questionada sobre o uso das outras tecnologias educacionais pelos demais professores e em outras turmas, afirmou que grande parte dos docentes apresentam dificuldades em utilizar as tecnologias em sala de aula, sentindo-se, portanto, inseguros, sendo necessário estímulo e capacitação.

A professora relatou que na turma em que o aplicativo foi utilizado houve significativa melhoria no comportamento dos alunos, maior interesse por parte dos mesmos, melhoria no processo de aprendizagem, verificado por meio de avaliações e professores mais estimulados. Outros pontos positivos destacados foram: facilidade de abordar o conteúdo por meio da tecnologia, uma vez que grande parte dos alunos possui smartphone e, utilizar o celular, que muitas vezes dificulta a aprendizagem em sala de aula, em benefício da educação dos jovens. Como pontos negativos, a insegurança de alguns professores em utilizar os recursos em suas aulas, necessidade de treinamento dos educadores e o uso apenas pontual da tecnologia, ou seja, para um conteúdo e turma específicos.

Por meio do quadro abaixo (Quadro 1), é possível visualizar as principais vantagens e desafios relatados pela entrevistada quanto ao uso do aplicativo para smartphone como recurso para ministrar conteúdos sobre a história do Brasil para alunos do 7º ano do ensino fundamental.

Quadro 1 – Principais vantagens e desafios relacionados ao uso de um aplicativo para smartphone como tecnologia educacional nas aulas de história do Brasil.

VANTAGENS DESAFIOS

Melhoria do comportamento dos alunos durante as aulas

Necessidade de capacitação dos professores Maior interesse dos alunos pelo conteúdo Motivação docente

Melhores resultados nas avaliações Uso rotineiro e não pontual Professores mais estimulados Insegurança docente em utilizar as

tecnologias em sala de aula Fonte: Autoria própria.

4. Considerações Finais

Por meio da entrevista realizada, foi possível consolidar os conhecimentos teóricos visto no componente curricular “Tecnologia na Educação em Saúde e na Educação Básica”,

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uma vez que se percebe que é uma tendência a inserção das tecnologias como ferramentas no processo de ensino aprendizagem nos diversos níveis de educação, sobretudo na educação básica.

A experiência permitiu perceber, ainda, que a utilização do smartphone como uma tecnologia educacional possibilita inúmeros benefícios aos alunos, dentre eles uma maior motivação em aprender, melhoria do comportamento e melhores resultados nas avaliações. Porém, alguns desafios precisam ser superados, dentre eles o fato dos professores não se sentirem seguros para utilização da tecnologia em sala de aula e a necessidade de capacitação dos mesmos para que isto aconteça.

5. Referências

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Guia de tecnologias educacionais. 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/guia_de_tecnologias_educacionais.pdf >. Acesso em: 27 out. 2017.

DA SILVA, J. M. Novas tecnologias em sala de aula. Revista ciencia, salud, educación y

economia n. 11, p. 32, 2017.

DOS SANTOS, J. O.; SANTOS, R. M. S. O uso do celular como ferramenta de aprendizagem.

Revista Brasileira de Educação e Saúde, v. 4, n. 4, p. 1-6, 2015. Disponível em:

http://gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/3108/2596

MEHRY, E. E. et al. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: a informação e o dia a dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. Agir em

saúde: um desafio para o público, 1997.

ONOKO, R. (organizadores). Agir em saúde: um desafio para o público. 2. ed. São Paulo: Hucitec, p. 113-150, 2002.

NIETSCHE, E. A.; TEIXEIRA, E.; MEDEIROS, H. P. Tecnologias cuidativo-educacionais: Uma

possibilidade para o empoderamento do(a) enfermeiro(a)?. Porto Alegre: Moriá, p. 213,

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