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ESTUDO SOBRE O PERFIL DE PERITOS CONTADORES NO RIO GRANDE DO SUL

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Academic year: 2021

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ESTUDO SOBRE O PERFIL DE PERITOS CONTADORES NO RIO GRANDE DO SUL

Marta Feldmann1 Aline Gauer2

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é analisar o perfil dos peritos contadores do Rio Grande do Sul, em relação a seu nível de conhecimento, atuação e educação continuada. Para discutir esse tema, foi realizada uma pesquisa quanti-qualitativa cujos dados foram coletados através de questionário enviado a peritos contadores do estado do Rio Grande do Sul demonstrando a análise do perfil destes profissionais atuantes nas esferas judiciais. Os resultados obtidos nesta pesquisa indicam que os peritos contadores exercem tanto a função de perito do juízo como de assistente técnico e estes demonstram que suas maiores dificuldades são fixação de honorários e a obtenção de documentos necessários para o trabalho pericial. Além disso, podemos dizer que a educação continuada faz com que o trabalho desenvolvido por este profissional tenha qualidade, pois traz a tona o novo conhecimento adquirido em cursos e atualizações.

Palavras-chaves: Contadores, Perícia e Peritos.

ABSTRACT

This study aims to verify the profile of expert accountants in Rio Grande do Sul in regards to their level of knowledge, action and continuous educational improvement. To find an answer to the problem a qualitative and quantitative research was conducted demonstrating through a questionnaire sent to expert accountants in the state of Rio Grande do Sul the analysis of the level of the professionals acting in the judicial circles. The results obtained in this research indicate that most of the expert accountants are males and they perform either as legal experts or as technical assistants and they show that their biggest difficulties are defining of fees and the acquisition of the necessary documents for the expert work.

Key words: Accountants, Expertise and Experts

1 Graduanda em Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto.

2 Especialista em Auditoria e Perícia Contábil – FEEVALE/RS; Mestranda em Administração Internacional – UDE/UY; Professora do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto.

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1 INTRODUÇÃO

Este estudo discute o perfil do perito contador quanto ao seu nível de conhecimento, atuação e formação.

O objetivo geral desta pesquisa visa verificar o perfil dos peritos contadores no Rio Grande do Sul, em relação a seu nível de conhecimento, atuação e educação continuada. Como objetivos específicos busca-se realizar uma pesquisa bibliográfica sobre perícia e o perito; observar os tipos de profissionais que fazem parte da Perícia Contábil qual sua formação, atuação e também quais dificuldades encontradas na área Pericial.

A finalidade desta pesquisa é conhecer e analisar o profissional Perito que hoje atua nas esferas judiciais, não tendo como objetivo propor mudanças ou alterações quanto ao perfil do perito-contador em nenhum âmbito, mas apenas demonstrar seu nível de conhecimento e qualificações.

Devido ao interesse em se conhecer o perfil dos peritos contadores, busca-se contemplar o seguinte problema: Qual o perfil dos peritos contadores atuantes nas esferas judiciais no Rio Grande do Sul?

Segundo Santos et al (2006, p. 27), o perito se utiliza de técnicas, conhecimentos de ciências contábeis, procedimento e práticas profissionais para prestar serviços de qualidade. Para conseguir a qualidade dos seus serviços, o autor comenta que o contador deve estar sempre se especializando, analisando também como os contadores peritos estão se comportando em relação à atualização.

Assim, este estudo se apresenta da seguinte forma: referencial teórico que apresenta assuntos relativos à perícia contábil e o perito, metodologia que apresenta a forma de elaboração do estudo, coleta e análise de dados, e considerações finais.

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2 Referencial teórico

2.1 Perícia: conceituação

A pericia é o caminho trilhado com objetivo de alcançar os meios afirmados para os fatos contábeis alegados ou contestados. É também a ação de provar, de fazer a prova contábil, Santos (1983).

A perícia é uma das provas admitidas na legislação brasileira, portanto é de suma importância nos procedimentos judiciais. Assim, se torna importante sabermos o conceito de perícia.

Lopes de Sá (2002, p. 14) conceitua Perícia Contábil como sendo,

A verificação de fatos ligados ao Patrimônio individualizados visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à opinião.

A perícia contábil traz ao juízo e as partes os fatos que se encontram em divergência, através da elaboração do trabalho do perito, utilizando todos os meios de prova.

Segundo Alberto (2002), a perícia distingue-se das provas periciais, visto que a primeira é por definição um instrumento especial de constatação, prova ou demonstração, científica ou técnica, da verdade de situações, coisas ou fatos; enquanto a segunda é um dos aspectos de utilização da perícia mais restrita. Portanto, pode-se dizer que a perícia contém a prova pericial, mas esta não tem a abrangência daquela.

O perito, para participar da perícia, deve tomar conhecimento dos fatos que motivaram a questão, os argumentos de cada um, os documentos apresentados, enfim, todo o processo.

Assim sendo, destacar os fatos são ocorrências que motivaram uma perícia, é necessário ao perito ter pleno conhecimento de ambos, a fim de que possa melhor planejar e executar o seu trabalho. Para que se possa caracterizar um trabalho como sendo pericial, este deverá essencialmente ser conduzido por pessoa qualificada na matéria.

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Alberto (2002) define que os ambientes de atuação da perícia dividem-se em quatro tipos: a Perícia Judicial, a Perícia Semijudicial, a Perícia Extrajudicial e a Perícia Arbitral.

Conforme Alberto (2002, p. 53):

Perícia judicial é aquela realizada dentro dos procedimentos processuais do Poder Judiciário, por determinação, requerimentos ou necessidade de seus agentes ativos, e se processa segundo regras legais específicas. Esta espécie de perícia subdivide-se, segundo suas finalidades precípuas no processo judicial, em meio de prova ou de arbitramento.

A perícia judicial é aquela que acontece quando as partes buscam a resolução de um litígio através da justiça estatal, porém existem alguns tipos que ocorrem de forma diferenciada, como a perícia semijudicial.

Segundo Alberto (2002, p. 53), a Perícia Semijudicial é aquela cumprida dentro de um contexto institucional do Estado, tendo como intuito fundamental ser meio de prova nos ordenamentos institucionais usuários.

Perícia Extrajudicial, conforme Alberto (2002, p. 53), é um tipo de Perícia realizada fora do Estado, por necessidade de escolha de entes físicos e jurídicos particulares, e seu objetivo poderá ser: demonstrar a veracidade ou não do fato em questão, discriminar interesses de cada pessoa envolvida em matéria conflituosa; comprovar fraude, desvios e simulação.

Por fim, o autor Alberto (2002, p. 53) define Perícia Arbitral como aquela realizada no juízo arbitral, é portanto, um método extrajudicial para dissolução de conflitos, cujo árbitro desempenha função semelhante à do juiz estatal.

2.2 Perfil e atribuições do perito contador

O perfil do perito contador é a formação superior, a instrução técnica e a ética. Lopes de Sá (2002, p. 21) ressalta que “o perito precisa ser um profissional habilitado, legal, cultural e intelectualmente, e exercer virtudes morais e éticas com total compromisso com a verdade”.

De acordo com Ornelas (2007, p. 50),

[...] ser um profissional habilitado, ou seja, deve ter capacidade legal para o exercício da função pericial contábil advinda de seu título

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universitário de bacharel em Ciências Contábeis, ou equiparado devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade.

Se o perito-contador fizer qualquer exercício incorreto, designadamente que possa trazer danos às partes, objetará por estes e ainda estará sujeito a punições do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de sua jurisdição e sanção da Lei Penal.

Magalhães et al (2006) comenta que o grau de conhecimento exigido para a função pericial contábil é o bacharelado em Ciências Contábeis. Exigem-se do profissional os mais adequados conhecimentos da especialidade e a orientação ética, que lhe emprestam a necessária autoridade técnica/científica para o acatamento do resultado de sua atuação.

Santos et al (2006, p. 34) salienta que:

É essencial ao profissional a observância de uma postura critica, buscando desenvolver um espírito critico no que diz respeito ao rigor e a legitimidade da matéria sob apreciação. Esse espírito critico deve ser desenvolvido pelo perito contábil de modo a lhe permitir chegar à verdade dos fatos contábeis para os quais ele foi designado.

O Código de Processo Civil, em seu artigo 145, determina o perito como “àquele que irá ser essencial ao Juiz e possuir obrigação em seus serviços”, pois, será o responsável por completar a falta de informação do objeto analisado.

Segundo Lopes de Sá (2002, p. 8), o profissional que realiza a Perícia contábil necessita de competência, que são suas qualidades e, entre essas qualidades essenciais a esse tipo de profissional, podem-se citar as principais que são:

Legal: É a que lhe confere o título de Bacharel em Ciências Contábeis e o registro no Conselho Regional de Contabilidade.

Profissional: Essa qualidade caracteriza-se por conhecimento técnico da contabilidade, Conhecimento prático da tecnologia contábil, Experiência em perícia, Perspicácia, Perseverança, Sagacidade, Conhecimento geral das ciências afim à contabilidade, Indole criativa e intuitiva.

Ética - é a capacidade que está estabelecida no Código de Ética profissional do Contador e na norma emanada do Conselho Federal de Contabilidade.

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Moral – é a capacidade estribada na virtude das atitudes pessoais do profissional.

A responsabilidade do profissional perito e do assistente técnico na realização de trabalhos periciais segundo Moura (2007, p. 56 - 57), é:

- cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos contratados em perícia extrajudicial e arbitral;

- assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações fornecidas, quesitos respondidos, procedimentos adotados, diligências realizadas, valores apurados e conclusões apresentadas no Laudo Pericial e no Parecer Técnico;

- prestar os esclarecimentos determinados pelo juiz, representados os prazos legais;

- prestar os esclarecimentos necessários de forma oportuna, respeitando o contato e o objeto da perícia quando se tratar de perícia extrajudicial, bem como os normas do juízo arbitral.

No desempenho desta atividade, o Perito Contador e o Perito Assistente estão obrigados a portar-se com ética, lealdade, idoneidade e honestidade em relação ao juiz e às partes litigantes.

Segundo Moura (2007, p. 55) “o dever de sigilo subsiste, vigora, mesmo na hipótese de o profissional se desligar do trabalho antes de concluído”.

Antes de repassar seus serviços o Perito deve elaborar seus honorários considerando as variáveis que vão trazer ao juízo de forma clara e consubstanciada o valor a ser cobrado.

Conforme Moura (2007, p. 46 - 47) o profissional perito e assistente devem considerar fatores para estabelecer previamente seus honorários, assim avaliando seu trabalho, sendo estes:

a) a relevância, o vulto, o risco e a complexidade dos serviços a executar;

b) as horas estimadas para realização de cada fase do trabalho; c) a qualificação do pessoal técnico que irá participar da execução dos serviços;

d) o prazo fixado, quando indicado ou escolhido, e o prazo médio habitual da liquidação, se nomeado pelo juiz;

e) a forma de reajuste e de parcelamento se houver;

f) os laudos inter-profissionais e outros inerentes ao trabalho;

g) no caso do assistente técnico, o resultado que, para o contratante, advirá com o serviço prestado, se houver, e

h) o local em que o serviço será prestado.

O pedido dos honorários deve contemplar todos os itens que levaram o perito ao valor solicitado, pois e assim, demonstrará às partes os gastos,

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desenvolvimento e diligências envolvidas na concretização do seu trabalho pericial.

3 Metodologia

A metodologia e os procedimentos utilizados neste artigo formam uma pesquisa bibliográfica e documental, tendo técnicas utilizadas como reflexo de literatura e documentos oficiais existente sobre o tema.

Finalizando, as tipologias destacam uma pesquisa quantitativa pela utilização dos questionados e qualitativa, pois vem demonstrar o perfil dos peritos.

Este questionário consiste em informações sobre os peritos e posteriormente, solicitada uma listagem dos peritos contadores inscritos na Associação dos Peritos da Justiça do Trabalho – Apejust/RS, contatando-se com estes via correio eletrônico (e-mail) para solicitar a colaboração na pesquisa. Importante mencionar que a amostra é intencional, alcançados por acessibilidade, embora o universo de peritos contadores no Rio Grande do Sul é superior ao número de questionados.

A pesquisa foi realizada através do envio do questionário com respostas padronizadas de múltipla escolha a 15 (quinze) peritos selecionados de forma aleatória, sendo estes cadastrados na Apejust/RS – Associação dos Peritos na Justiça do Trabalho e outros fornecidos pelo CRC/RS – Conselho Regional de Contabilidade. Nesta pesquisa, foram adotados procedimentos para a elaboração de um questionário composto de 10 (dez) questões objetivas, facilitando assim as respostas dos peritos.

4 Análise de dados

4.1 Estudo sobre o perfil de peritos contadores no Rio Grande do Sul

As respostas fornecidas pelos questionados, foram tabuladas para uma análise à resposta ao problema de pesquisa

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O primeiro questionamento teve o intuito de verificar qual o gênero dos peritos contadores do estado do Rio Grande do Sul. Para demonstrar a proporcionalidade do campo de trabalho entre homens e mulheres.

Neste conjunto de análise quantitativa, a resposta com o percentual de maior relevância são os contadores peritos de gênero masculino, sendo eles com 73% (setenta e três por cento) e os de gênero feminino que 27% (vinte e sete por cento) dos entrevistados. Atualmente o gênero feminino vem buscando seus espaços no mercado de trabalho verificaram que na perícia o sexo masculino nesta amostra de pesquisa, é a maioria.

Posteriormente, se questionou a faixa etária destes peritos.

GRÁFICO 2 – A faixa etária dos Contadores Peritos do Estado do Rio Grande do Sul

Observa-se nesta questão, que dos 15 peritos questionados 47% (quarenta e sete por cento) tem idade entre 31(trinta e um) anos a 40 (quarenta) anos; 20% (vinte por cento) têm idade entre 41 (quarenta e um) anos a 50 (cinquenta) anos; 20% (vinte por cento) entre 51 (cinqüenta e um) anos a 60 (sessenta) anos; 13% (treze por cento) entre 21(vinte e um) anos a 30 (trinta) anos; e com mais de 61 (sessenta e um) anos não teve peritos questionados.

Na sequência, questionou-se que demonstra há quanto tempo o profissional concluiu a sua graduação.

13% 47% 20% 20% 0% 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos Mais de 60 anos

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GRÁFICO 3 – Tempo de conclusão da graduação dos Peritos Contadores do Estado do Rio Grande do Sul

Na amostra coletada, observa-se que a maior parte dos profissionais Peritos concluiu sua formação há 11 a 20 anos, tendo estes um desempenho no gráfico de 33% (trinta e três por cento). Profissionais graduados a mais de 30 anos com 27% (vinte e sete por cento), de 21 a 30 anos com 20% (vinte por cento), com 13% (treze por cento) os profissionais entre 6 a 10 anos de formação e com 1 a 5 anos 7 %( sete por cento) dos 15 peritos entrevistados. Podemos avaliar que os profissionais com maior proporção na pesquisa, entre 11 a 20 anos, o que nos remete à constatação de que são profissionais que possuem experiência e conhecimento prático na área contábil.

O próximo gráfico relata qual o grau da formação do profissional Perito, obtendo- e os seguintes resultados:

GRÁFICO 4 – Graduação máxima dos Contadores Peritos do Estado do Rio Grande do Sul

Nesta questão mostra um resultado que cerca de 73% (setenta e três por cento) dos peritos questionados tem o Bacharelado em Ciências Contábeis,

7% 13% 33% 20% 27% 1 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 20 anos 21 a 30 anos Mais de 30 anos 73% 7% 20% 0% 0% Bacharel Especialista Mestre Doutor Pós-doutor

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20% (vinte por cento) são Mestres e 7% (sete por cento) especialistas. No quesito Doutor e Pós- doutorado não houve respostas.

Em um trecho do Livro de Lopes de Sá (2002, p. 21) ele ressalta que “o perito precisa ser um profissional habilitado, legal, cultural e intelectualmente, e exercer virtudes morais e éticas com total compromisso com a verdade”.

A importância da continuidade da sua formação faz com que o profissional se mantenha qualificado e trazendo maior qualidade aos seus trabalhos periciais.

A quinta questão teve a intenção de verificar se o Perito esta participando de algum curso de educação continuada e com as respostas, obteve-se a seguinte representação:

GRÁFICO 5 – Curso de educação continuada dos Contadores Peritos do Estado do Rio Grande do Sul

O gráfico desta questão demonstra que 80% (oitenta por cento) dos profissionais Peritos questionados não estão participando de nenhum tipo de curso de educação continuada e 20% (vinte por cento) destes estão cursando. Estes cursos muitas vezes são realizados pelo próprio Conselho Regional de Contabilidade, com o intuito de atualização e aprimoramento na área de contabilidade e âmbito profissional.

A pesquisa também questionou como o Perito atua dentro na perícia, se como perito do juízo ou defendendo as partes como assistente técnico.

20% 80%

Sim Não

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GRÁFICO 6 – Perito ou Assistente técnico

Os resultados demonstram que dos 15 (quinze) peritos questionados, 67% (sessenta e sete por cento) destes atuam como perito e assistente e 33% (trinta e três por cento) somente como perito do juízo. Tendo um maior número de profissionais que atuam como peritos do juízo e assistentes, isso demonstra que há um vasto campo de trabalho para o profissional contador, o que auxilia ao juiz, bem como as partes de um processo.

No item seguinte foi questionado qual é a área judicial que o Perito atua com mais freqüência, obteve-se a seguinte representação:

GRÁFICO 7 – Área Judicial que o Perito atua com freqüência

Nos dados coletados, demonstra que 47% (quarenta e sete por cento) dos pesquisados atuam na área judicial civil, 20% (vinte por cento) na área trabalhista e com o mesmo resultado, 20% (vinte por cento) na área Federal e com 13% (treze por cento) trabalham com mais frequência na área judicial de Família.

O gráfico demonstra a freqüência de trabalhos periciais vistos pelos peritos mensalmente. 33% 0% 67% Perito do Juizo Assistente Técnico Perito Assistente

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GRÁFICO 8 – Frequência de Trabalhos Periciais dos Peritos

Os peritos questionados responderam que realizam perícias com freqüência, média no mês de 5 a 15 processos judiciais. Apresentado no gráfico acima esta situação, 80% (oitenta por cento) dos peritos desenvolvem trabalhos judiciais com esta frequencia e 20% (vinte por cento) destes realizam trabalhos com freqüência inferior a 5 (cinco) processos mês.

GRÁFICO 9 – Quantidade de perícias anuais dos Peritos

Tendo como base 80% (oitenta por cento) das respostas positivas, isto é, dos 15 (quinze) entrevistados somente 12 (doze) peritos responderam positivamente a questão anterior, obtendo a quantidade de processos calculados anualmente. O gráfico interpreta que 42% (quarenta e dois por cento) desenvolvem de 20 a 40 processos judiciais anuais, 33% (trinta e três por cento) mais de 40 processos anuais, 17% (dezessete por cento) entre 11 a 20 processos e somente 8% (oito por cento) dos entrevistados responderam que calculam em media no ano de 1 a 10 processos judiciais.

80% 20% Sim Não 80% 20% Sim Não 8% 17% 42% 33% Entre 1 a 10 Entre 11 a 20 Entre 20 a 40 Mais de 40

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E por fim se questionou quais foram as maiores dificuldades encontradas pelos Peritos no desenvolvimento de seus trabalhos periciais, no qual se obtiveram os seguintes resultados apresentados abaixo:

GRÁFICO 10 – Maiores dificuldades encontradas pelos Peritos nos trabalhos periciais

No gráfico 10 apresentam-se as situações em que os peritos encontram obstáculos para desenvolver as atividades que cercam um processo judicial. Observa-se que a maior dificuldade encontrada é com relação a fixação de honorários, visto que estes valores devem ser informados previamente tomando por base informações iniciais, representando 47% (quarenta e sete por cento) dos peritos questionados. A obtenção de documentos necessários é outra dificuldade encontrada pelos peritos significando 40% (quarenta por cento) destes. Com 13% (treze por cento) é apontado a dificuldade de relacionamento com os peritos é com relação dos demais peritos envolvidos no trabalho pericial. 40% 0% 13% 47% 0% Obtenção de documentos necessários Apoio das partes envolvidas

Apoio dos demais peritos

envolvidos Fixação de Honorários Outros

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5 Considerações finais

As informações demonstradas compõem o perfil dos peritos contadores atuantes nas esferas judiciais no Rio Grande do Sul como propôs o objetivo geral desta pesquisa.

Com base nas respostas do questionário enviado pelos peritos contadores foi respondido o problema contemplado neste trabalho, pelo qual analisou sua formação, seu tempo de graduação, e com qual freqüência realizam estes processos, mostrando serem peritos profissionais entendidos na matéria pericial, ter responsabilidade, sendo estes legais, isso é, a que lhe confere o título de Bacharel em Ciências Contábeis e o registro no Conselho Regional de Contabilidade.

Analisando-se a pesquisa, observa-se em relação à formação profissional, que 7% dos questionados possuem especialização em perícia e 73% não possuem nenhuma especialização, somente o bacharelado. Ainda por ser uma amostra pequena para população de peritos, percebe-se que a formação dos mesmos não influencia diretamente na sua nomeação pelo juízo.

Contudo, os peritos encontram algumas dificuldades na conclusão de seus processos principalmente no que diz respeito à fixação de honorários e obtenção de documentos necessários o que ocasiona atrasos e desinformações abrindo brechas no sistema contábil pericial.

Esta pesquisa explanou um assunto de interesse, mostrando que agregou um grande conhecimento sobre o trabalho dos peritos contadores no Estado do Rio Grande do Sul. Um aprendizado teórico bibliográfico e também uma forma de se conhecer o perfil deste profissional.

Como forma de continuidade desta pesquisa, sugere-se o estudo da visão dos magistrados perante a utilização do trabalho pericial como forma de auxílio na elaboração da sentença processual.

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6 Referências

ALBERTO, Valder Luiz Palombo. Perícia Contábil: 3.ed. São Paulo Atlas, 2002.

CóDIGO DO PROCESSO CIVEL – Disponível em:

<http://www.clubjus.com.br/ ?artigos&ver=3.8511.Em: 18/07/2010.

D´Áurea , Francisco. Revisão e Perícia Contábil. 3.ed. São Paulo: Nacional, 1962.

MAGALHÃES, Antonio de Deus Farias et al. Perícia Contábil. 5.ed. São Paulo: Atlas ,2006.

NBC P 2 – NORMAS PROFISSIONAIS DO PERITO. Disponível em: <http://www.crcrs.org.br/resnormas>.Em: 18/07/2010.

NBC T 13 – DA PERÍCIA CONTÁBIL. Disponível em: <http://www. Laudo e Parecer Técnico portaldecontabilidade.com.br/nbc/t13.htm>. Em: 18/07/2010. ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia Contábil. 4.ed.São Paulo: Atlas, 2007.

SÁ, Antonio Lopes de. Perícia Contábil. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, Jose Luiz dos et al. Fundamentos de Perícia Contábil. São Paulo:Atlas, 2006, 18v.

SANTOS, Moacyr Amaral. Prova judiciária no cível e comercial. 5.ed.São Paulo: Sariva, 1983.

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