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Sexualidad, Salud y Sociedad

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Academic year: 2021

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Nº 26 (ago. 2017) Editorial

Sérgio Carrara, Claudia Mora, Silvia Aguião 9

Artigos

Sexualidad, migraciones y fronteras en

contextos de integración sur-sur 18

Martha Cecilia Ruiz

Activismo católico antiabortista en argentina:

performances, discursos y prácticas 38

Pablo Gudiño Bessone

Abortion, sexual abuse and medical control: the Argentinian

Supreme Court decision on F., A.L. 68

Maria Eugenia Monte

Superación de la violencia de pareja: revisión 85 Estefanía López Ramírez & Gladys Rocío Ariza Sosa

O debate legislativo carioca sobre a “mudança da homossexualidade”:

ciência, política e religião 103

Ana Teresa A. Venancio & Pilar Rodriguez Belmonte

La creación clínica de normas sexuales. Nosología, patologización y contramodelos sexuales en la penitenciaría nacional de Buenos Aires

(Argentina, 1901-1904) 126

José Ignacio Allevi

La revolución sexual antes de la revolución sexual. Discursos sobre

el placer de los médicos libertarios, Argentina1930-1940 148 Nadia Florencia Ledesma Prietto

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Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana

ISSN 1984- 6487 / n. 26 - ago. / ago. / aug. 2017 - pp.7-12 / w w w.sexualidadsaludysociedad.org

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Dossiê

Apresentação Dossiê Fundamentalismos 171

Horacio Sívori, Emerson Giumbelli, Fabíola Rohden, Sérgio Carrara

Ciência, justiça e antropologia no debate sul-africano da AIDS 191 Guillermo Vega Sanabria

“Ninguna mujer...” El abolicionismo de la prostitución en la Argentina 213 Cecilia Varela & Santiago Morcillo

Direito ao aborto, gênero e a pesquisa jurídica

em direitos fundamentais 236

André Freire Azevedo

Identidad sexual y pertenencia eclesial. Derroteros de visibilidad

en trayectorias de gays católicos 262

Lucas Leal

Aquém do fundamentalismo, além da intolerância: ‘hostilidade’

e ‘hospitalidade’ no debate sobre políticas sexuais 279 Renata Nagamine & Marcelo Natividade

Saúde sexual e reprodutiva, conservadorismo religioso e acesso a medicamentos: Uma discussão sobre a estratégia global de advocacy

do consórcio internacional sobre contracepção de emergência 306 Luiza Lena Bastos, Elaine Reis Brandão, Miriam Ventura

Resenhas

JOCILES RUBIO, María Isabel (Ed.). 2016. Revelaciones, filiaciones y biotecnologías. Una etnografía de la comunicación de los orígenes a los hijos e hijas concebidos mediante donación reproductiva.

1ª ed. Barcelona: Edicions Bellaterra, p. 384. 328 Irene Salvo Agoglia

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Copyright © 2017 Sexualidad, Salud y Sociedad – Revista Latinoamericana. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License (http creativecommons.org/licenses/by/4.0/), which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

Editorial N.26

Políticas sexuais contemporâneas: disputas e resistências

Sérgio Carrara

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Medicina Social

Departamento de Políticas e Instituições de Saúde Rio de Janeiro, Brasil

> scarrara1@gmail.com

Claudia Mora

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Medicina Social

Departamento de Políticas e Instituições de Saúde Rio de Janeiro, Brasil

> claudiamoraca@hotmail.com

Silvia Aguião

Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos - CLAM Rio de Janeiro, Brasil

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Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana

ISSN 1984- 6487 / n. 26 - ago. / ago. / aug. 2017 - pp.7-12 / w w w.sexualidadsaludysociedad.org

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O lançamento do número 26 de Sexualidade Saúde e Sociedade – Revis-ta Latino-Americana tem significado particular para sua equipe editorial. Vive-mos um momento sem precedentes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), instituição que sedia o Centro Latino-Americano em Sexualidade e Di-reitos Humanos (CLAM) e sua revista. Desde o ano passado, a UERJ vem sendo fortemente afetada pelos efeitos da corrente crise política e econômica brasileira e que se manifesta de modo dramático no estado do Rio de Janeiro. Nos últimos meses, a universidade viu seu financiamento cair a quase nada. Funcionários, téc-nicos e professores ficaram sem receber seus salários; alunos ficaram sem receber suas bolsas; e projetos de pesquisa e extensão tiveram suas dotações suspensas. Apesar disso, conseguimos manter as atividades vinculadas à revista. A finaliza-ção de mais um número é, portanto, prova da energia que anima o movimento de resistência em defesa da universidade pública e gratuita no Brasil, sem a qual este número não existiria.

Além disso, este número tem especial significado para quem vê com preo-cupação o acirramento dos conflitos em torno dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos em toda a América Latina, com o fortalecimento de discursos conser-vadores. Para além dos artigos contidos no dossiê “Fundamentalismos”, que conta com apresentação própria, os demais textos aqui publicados dedicam-se, de um modo ou de outro, a refletir sobre este conflitivo contexto político. E, em estreito diálogo com os artigos do dossiê, o fazem de diferentes maneiras. Em comum, a nada fácil tarefa de problematizar binarismos simplistas, como os que opõem ci-ência e religião, direito e arbítrio, proteção e violci-ência ou tratamento e repressão.

A questão dos direitos humanos das mulheres comparece de modo expressivo através da discussão de temas que permanecem nas fronteiras da possibilidade de sua plena afirmação, como são exemplarmente os casos da prostituição, da vio-lência doméstica e do aborto. Sobre o primeiro tema reflete Martha Cecilia Ruiz, cujo artigo, além de trazer à discussão o caso equatoriano, trabalha o fenômeno relativamente pouco explorado das migrações entre países do chamado Sul Glo-bal (Equador-Peru-Colômbia). Acompanhando literatura crítica desenvolvida em relação a outros contextos nacionais e outros fluxos migratórios, a autora explora o modo pelo qual o discurso dos direitos humanos, forjado para o combate ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, pode se converter, a despeito do interesse das supostas “vítimas”, em meio de controle rígido de fronteiras e de afirmação de identidades nacionais. Estefania López Ramirez e Gladys Rocío Ari-za SouAri-za, ambas da Universidad de Antioquia (Colômbia), voltam-se para a estra-tégica categoria de “superação”, conforme aparece no contexto das análises sobre violência doméstica, e a ela dedicam cuidadosa revisão bibliográfica. Em relação ao tema do aborto, temos dois textos originais que aprofundam a discussão sobre

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os entrelaçamentos entre religião, moralidade, ciência e direito. O artigo de María Eugenia Monte analisa recente decisão da Suprema Corte argentina em relação aos procedimentos legais para acesso ao aborto em casos de violência sexual, segundo previsto em lei. Conforme a autora, com esta decisão, a Corte estabeleceu que os juízes devem agora recorrer à ciência, a uma equipe formada por “médicos qua-lificados”, para estabelecer a “veracidade” do abuso reportado e para autorizar a interrupção da gravidez. Silencia-se assim a voz das mulheres vítimas de violência sexual. Para tal decisão, contribuiu o ativismo dos grupos provida, cuja intensa movimentação na Argentina é o tema da instigante etnografia de Pablo Gudiño Bessone. Em seu artigo, Gudiño aponta para o aggiornamento das posições ca-tólicas antiaborto, que se apresentam agora amparadas em discursos científicos, apoiadas em princípios da bioética.

É ainda sobre o complexo entrelaçamento entre ciência, religião e política que trata o artigo de Ana Tereza Acatauassú Venâncio e Pilar Belmonte. Sua atenção recai sobre as discussões legislativas ocorridas em 2003, no estado do Rio de Ja-neiro, em torno de um projeto de lei que visava permitir a alocação de recursos públicos para financiar instituições voltadas à “cura” de homossexuais, ou seja, à sua transformação em heterossexuais. O projeto, finalmente rejeitado, era apoiado por organizações de psicólogos cristãos, que invocam a ciência em apoio à sua causa e lutam contra resoluções do Conselho Brasileiro de Psicologia que, desde 1999, considera este tipo “tratamento” antiético.

Finalmente, dois artigos de cunho histórico abordam discursos médicos na Argentina da primeira metade do século XX. Conforme discutido por José Ignacio Allevi, o caráter normativo da medicina, alinhada a preceitos morais e a princípios religiosos, aparece claramente quando se trata da “inversão sexual” que, entre as paredes da Penitenciaría Nacional de Buenos Aires, é dada à observação do médico-legista Francisco de Veyga. Porém, como explora Nadia Ledesma Prietto é também no âmbito da medicina que emergem vozes dissidentes em relação à moral sexual vigente. Este é o caso dos médicos Juan Lazarte e Manuel Martín Fernán-dez que, alinhados à crítica política anarquista, posicionaram-se pela defesa do prazer sexual (heterossexual por certo) independentemente da reprodução, pela autonomia sexual das mulheres e pela legalização do divórcio. De certo modo, os ecos dessas vozes, mais liberais ou mais conservadoras, ainda ressoam nas posi-ções que polarizam a política sexual contemporânea.

Em conjunto, os artigos deste número e o dossiê que o acompanha ajudam a compor o complexo cenário em que nos situamos. No campo (bio)político em que se desenvolvem as atuais lutas em torno da sexualidade, enredam-se discursos de vários matizes – científicos, morais, religiosos, éticos; cada um deles tensionado in-ternamente por posições divergentes e às vezes antagônicas. É das sucessivas

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con-Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana

ISSN 1984- 6487 / n. 26 - ago. / ago. / aug. 2017 - pp.7-12 / w w w.sexualidadsaludysociedad.org

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figurações assumidas por tais tensões e enredamentos que dependem os horizontes possíveis dos direitos sexuais e reprodutivos. Por ora, nenhum avanço parece se mostrar plenamente assegurado; nenhum retrocesso parece ser impossível.

Referências

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