Forma de ocorrência das doenças
CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini
EPILAB /FAVET - UFRGS
Padrões de ocorrência: conceitos gerais
1.
Ocorrência endêmica
2.Ocorrência epidêmica
3.Pandemia
Ocorrência endêmica
Freqüência usual na freqüência da doença;
1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2 2,1 Ja n F e b M a r A p r M a y Ju n Ju l A u g S e p O ct N o v D e c Ja n F e b A p r M a y Ju n Ju l A u g S e p O ct N o v D e c Ja n F e b M a r A p r M a y Ju n Ju l A u g S e p Qtr1 Qtr2 Qtr3 Qtr4 Qtr1 Qtr2 Qtr3 Qtr4 Qtr1 Qtr2 Qtr3 2005 2006 2007 P re v a lê n c ia ( % ) DP DP
Ocorrência endêmica
Ocorrência Epidêmica
Repentino aumento na ocorrência de
doenças em uma população.
É a ocorrência de uma doença a um nível
Ocorrência Epidêmica
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 3 /4 /0 8 1 5 /4 /0 8 1 7 /4 /0 8 1 9 /4 /0 8 2 1 /4 /0 8 2 3 /4 /0 8 2 5 /4 /0 8 2 7 /4 /0 8 2 9 /4 /0 8 1 /5 /0 8 3 /5 /0 8 5 /5 /0 8 7 /5 /0 8 9 /5 /0 8 1 1 /5 /0 8 1 3 /5 /0 8 1 5 /5 /0 8 1 7 /5 /0 8 1 9 /5 /0 8 2 1 /5 /0 8 2 3 /5 /0 8Período (abril 08 - maio 08)
N úm e ro de c a s os
Pandemia
Epidemia disseminada que usualmente
compromete uma grande proporção da
população;
Pandemia IA H5N1 (aves e humanos)
Sistema para detecção precoce da doença
◦ Sistemas de monitoria e vigilância.
◦ Educação sanitária.
Planejamento de ação frente a um foco
(Equipes de Emergência):
◦ Treinamento.
◦ Capacitação.
Capacidade laboratorial
FAO - MANUAL ON THE PREPARATION OF NATIONAL
ANIMAL DISEASE EMERGENCY PREPAREDNESS PLANS (1)
Emergências são freqüentemente causadas por surtos
de doenças trans-fronteiriças (TAD) que causam um significante impacto econômico direto, no comércio de produtos e na segurança dos alimentos;
Essas doenças podem se espalhar facilmente e alcançar
Padrões temporais de ocorrência
Flutuações na ocorrência da doença podem ser
classificadas em três tendências de evolução
temporal:
1.
Curta duração (epidemias);
2.Cíclico (sazonal);
Para discussão 3 (10 minutos)
Que fatores relacionados ao:
1.
Agente infeccioso
2.
Ambiente
3.
População
Estão relacionados ao surgimento de uma
epidemia numa região?
Transmissão inter-espécies (Vírus da
Influenza)
Surgimento novo subtipo Ausência de Imunidade na População EPIDEMIA 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 N o. de ca sos t (semanas)Interface Aves Silvestres – Aves e Animais Domésticos
Interface Aves Silvestres – Aves e Animais Domésticos
FAO - MANUAL ON THE PREPARATION OF NATIONAL
ANIMAL DISEASE EMERGENCY PREPAREDNESS PLANS (2)
Doenças emergenciais não necessariamente são
doenças exóticas ou trans-fronteiriças;
Doenças de caráter epidêmico podem surgir de doenças
endêmicas após uma mutação e surgimento de um novo tipo antigênico em uma população suscetível.
Curvas Epidêmicas
A representação gráfica do nº. de novos casos no
eixo vertical e o período (tempo) no eixo
horizontal é a forma mais comum de representar
a ocorrência de uma doença.
A elaboração gráfica produz uma curva
Fases de infecção e doença
Período de latência Período infeccioso
Fase de infecciosidade
tempo
Período de Incubação Sinais Clínicos
Fase da doença
tempo
Suscetível
Fatores que afetam a forma da curva
1.
Período de incubação;
2.
Proporção de animais suscetíveis;
3.
Densidade;
4.
Infectividade do agente;
◦ Quantidade necessária do microrganismo para iniciar a infecção;
Aftosa: abate preventivo
Período de latência Período infeccioso Fase de infecciosidade tempoPeríodo de Incubação Sinais Clínicos
Fase da doença
tempo
Suscetível
Relationship Between Clinical Signs and Transmission of an Infectious Disease and the Implications for Control (Charleston et al., 2011)
O sucesso da estratégia de controle é
influenciada pelo período infeccioso, que ocorre
antes dos sinais clínicos aparecerem;
Vírus da febre aftosa (infecção experimental):
◦ O período infeccioso é menos da metade (média 1,7 dias) do que o preconizado até o momento;
◦ O período infeccioso ocorreu em média 0,5 dias depois que os sinais clínicos apareceram;
Doenças período incubação curto
Evolução clínica rápida (cura ou morte);
Alta densidade de hospedeiros susceptíveis é
necessária para garantir que ciclo de vida seja
perpetuado;
Combinação alta infectividade e grande
proporção susceptíveis:
◦ Curva inclinação inicial abrupta;
Doenças período incubação curto
Uma densidade mínima de animais
susceptíveis é necessária para permitir
que uma epidemia por contato tenha
início - Nível limiar.
◦ Na parvovirose canina, é necessária uma densidade mínima de 12 cães/km2 para a ocorrência de uma
Doenças período incubação curto
A medida que uma epidemia prossegue, o
n° de animais suscetíveis diminui:
◦
A propagação de uma epidemia de
parvovirose diminui quando a densidade de
susceptíveis ficar abaixo 6 cães/Km
2.
Tipos de epidemias
1.
Fonte comum (fonte pontual);
2.
Epidemia de propagação;
Fonte comum
•
Todos os casos são infectados de
uma fonte que é comum a todos os
indivíduos.
Epidemia de propagação
Causada por um agente infectocontagioso que, durante seus casos iniciais (primários*) é excretado infectando suscetíveis (casos secundário).
Os intervalos de tempo entre os picos de conjuntos de casos sucessivos reflete o período de incubação da infecção.
Caso “index” ou índice, que é o primeiro caso a chamar a atenção.
Modelos matemáticos:
1.
Modelo Reed-Frost
•
Modelo probabilístico;
2.
Modelos SIR
•
Modelo determinístico;
β
Modelos SIR
Cálculo aproximado
R
0para uma doença
viral hipotética
◦
Numa propriedade, um animal tem contato
“focinho-focinho” em média com 1,5 animais
por dia -
K◦
A probabilidade de ocorrer a transmissão por
contato é de 0,2 (20%) -
β◦
Um animal infectado pode eliminar o vírus
por 7 dias -
DExemplo
http://www.ens-newswire.com/ens/apr2005/20050415_feedlot.jpg
Razão básica de reprodução
Agente Transmissão R0
Influenza A Humana
(epidemia 1918) Aérea - contato 2-3
Influenza Aviária Contato 5 (2,9 – 8,6)
PRRS Aérea - Contato 3
Febre aftosa Aérea -contato 5
R0 < 1 R0 = 1 R0 > 1
Teoricamente, o que aconteceria se uma doença com um R0 = 4 entrasse numa população com 75% de indivíduos imunizados?
Avaliação da propagação de uma doença
doença não se propagadoença se propaga de forma endêmica doença se propaga de forma epidêmica
Modelos SIR
Aplicações:
Cobertura vacinal necessária para
erradicação de uma doença;
Prever comportamento de uma infecção
Simulação espalhamento IAAP (90 dias)
Padrões temporais de ocorrência
Flutuações na ocorrência da doença podem ser
classificadas em três tendências de evolução
temporal:
1.
Curta duração (epidemias);
2.Cíclico (sazonal);
Distribuição espacial
Epidemia representa um conjunto de casos em um
período de tempo e no espaço
“A construção de gráficos de curvas epidêmicas e o mapeamento são dois constituintes importantes no estudo de padrões de ocorrência das doenças e investigações de surtos de doenças”
Padrões Espaciais
Modelo de difusão Aftosa (Inglaterra) - simulação
Geoprocessamento
É o conjunto de técnicas (matemáticas e
computacionais) para elaboração de mapas em
programas especializados (SIG);
SIG – sistema de informação geográfica
◦ São programas de computador especializados na coleta, organização, manutenção, análise e apresentação de informações referenciadas espacialmente.
Mapeamento
◦
Método comum para representar a distribuição
espacial de uma doença e outras variáveis
(população, fatores ecológicos, áreas de risco);
◦
Principais usos:
1. Registro de áreas de ocorrência de doenças – monitoramento;
2. Gerar zona tampão ao redor de focos – auxílio na ação de contenção de uma epidemia;
3. Registro de estabelecimentos rurais;
4. Verificar distribuição da doença no espaço (contagiosa, randômica) – análise espacial;
Mapa – projeção cartográfica
A representação de uma superfície curva em
uma plana.
É o processo de transformação de medidas e
coordenadas de pontos na superfície de uma
esfera para uma superfície plana.
◦ Programa SIG faz ajuste automático
Processo mapeamento
1.
Obtenção de pontos (coordenadas) com
aparelho GPS;
2.
Exportação dos dados em planilha eletrônica;
3.Importação da planilha para programas SIG;
Mapas e sua aplicabilidade
Mapas e sua aplicabilidade
• Lagoa do Peixe (10km) • Domicílios da LP,